quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

O MAIOR DOS PERIGOS

 Frequentemente, me perguntam o que considero como a maior ameaça às famílias atualmente. Eu poderia, em resposta, falar do alcoolismo, uso de drogas, da infidelidade, e de outras causas comuns de divórcio. Mas há outra praga responsável por mais famílias desbaratadas do que as outras juntas. É a simples questão do excesso de compromissos e a tirania da urgência.
Maridos e mulheres que enchem suas vidas com volumes de trabalho infindáveis estão demasiado exaustos para passear juntos, compartilhar suas emoções mais profundas, compreender e satisfazer as necessidades recíprocas. Eles chegam mesmo a ficar muito desgastados para ter um relacionamento sexual significativo, porque a fadiga é uma destruidora do desejo.

Este ritmo alucinante predomina em milhões de famílias, deixando cada membro irritado e esgotado. Os maridos trabalham até a noite para trazer mais dinheiro para casa. As esposas estão ocupadas com suas próprias carreiras. Os filhos são frequentemente abandonados, e a vida segue em disparada numa rotina mortal. Até mesmo os avós estão muito ocupados para cuidar dos netos. Vejo esta espécie de excesso de compromissos como o caminho mais rápido para a destruição da família. Deve haver simplesmente um caminho melhor.

Alguns de meus amigos recentemente venderam suas casas e se mudaram para um lugar menor e menos oneroso exatamente para poder reduzir suas despesas e diminuir as horas exigidas no trabalho. Este tipo de descida na escala social é quase inaudita atualmente. Mas quando chegarmos ao fim de nossas vidas e olharmos para trás para as coisas que mais nos importaram, aqueles preciosos relacionamentos com as pessoas que amamos figurarão no topo da lista.

Se amigos e familiares são um tesouro para nós, então por que não viver da forma como cremos hoje ser a melhor? Este pode ser o conselho mais importante que já pude dar a alguém – e o mais difícil de ser aplicado.

Extraído de James Dobson,”Lar, Doce Lar”,

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terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

Como Não se Separar Depois Que os Filhos se Vão?

Normalmente o casal já está na faixa dos 47 a 55, pouco mais ou pouco menos,já passaram por diversas fases do casamento, enfrentaram crises, sairam fortalecidos, ganharam experiências, porém chega a hora de uma nova crise, a crise do "ninho vazio", e nem sempre o casal está informado desse vento que pode chegar.
Eles não investiram, não cuidaram do relacionamento a dois, não priorizaram um ao outro, mas deram-se por inteiro para os filhos e agora é chegada a hora de cada um seguir o seu caminho, construir a sua própria história, e lá se vão eles.Na casa ficou um vazio pela ausência daqueles que davam sentido a vida.Os filhos eram o que tinham de mais precioso.Mas agora vão se deparar com mais um outro vazio além desse. Eles estavam juntos,havia uma luta a ser vencida, porém, agora a luta não mais existe e perdeu o sentido de permanecerem juntos, agora eles estão vazios de si mesmo, já nem se conhecem, é como se fossem dois estranhos dentro de casa.Já não encontram forças para vencer mais esta crise, porque parece que já não tem motivos.A proximidade se perdeu no tempo, a intimidade se foi, o diálogo já não existe.

Em outras épocas eles até se sujeitariam a viver assim, uma relação por compaixão ou por estar um "acostumado" com o outro.E até mesmo por medo de uma nova relação.

Mas agora os tempos são outros, o viagra está aí para dar sustentação e coragem ao homem da terceira idade.Há uma voz corrente que diz que eles devem procurar o que é melhor , que não há nada de errado em buscar uma nova paixão, e isso vale para os dois.E se acreditarem nisso, ao invés de melhorar o que tem na mão, vão procurar novas aventuras e novos amores.Mas não se esqueçam, o casamento está firmado por Deus sobre 03 pilares, ele deve ser monogâmico,heterossexual e para sempre.

Olha, a separação na terceira idade é um perigo real , um inimigo que precisa ser vencido hoje, enquanto os filhos ainda estão em casa,enquanto há um ideal para ser conquistado.

Tenho aprendido que posso até negligenciar com algumas áreas de minha vida, porém, não posso ser negligente com o meu cônjuge, sob pena de uma surpresa desagradável.Penso que algumas medidas devam ser tomadas e deixo aqui algumas sugestões:

-Compreender de forma concreta que o casal é mais importante que os filhos, então não se escravize por eles, procurem aproveitar a vida a dois. A mulheres-mães devem desmamar suas "crianças" de 25,30,35 anos e assim por diante.Volte-se para o seu marido, cuide dele, volte a namorar, a passear , a fazer coisas juntos.O amor ressurge quando vocês tiverem atitudes românticas, como passear juntos, andar de mãos dadas, sairem para jantar fora, divertirem indo ao cinema, ao teatro ( sendo que o pecado não pode estar incluso nessa diversão);

-Tenha sempre uma meta, um ideal, uma conquista, um motivo pelo qual lutar, e isso deve ser algo que interresse aos dois. Como cristão acredito que um trabalho na igreja, aproveitando dons e talentos, somados com a experiências da vida certamente será muito bom. A própria Palavra diz que a mulher mais avançada em idade deve ensinar as mais jovens, olha aí uma oportunidade.Em não sendo assim, busque um serviço voluntário, não caustigante, mais que desperte nos dois um sentido para a vida.Tudo que nós fizermos de bom para os outros é a nós mesmos que estamos fazendo.

-Esqueça a idéia de construir casa grande, aumentar os comodos, fazer reformas, preparar um ambiente para festa, imaginando que todos os filhos, os netos, os afins, virão para estar para sempre com você. Não gere esse tipo de dependência para ser feliz, porque você pode se decepcionar.Só parta para isso caso já seja um costume deles fazer de sua casa um ponto de encontro, aí sim, vale a pena.Lembre-se que o Senhor disse: "Deixarás pai e mãe....". Eles estão deixando, não abandonando, mas deixando geograficamente, financeiramente e emocionalmente.

-Os homens, devem evitar os bares, as jogatinas, porque não é incomum eles se tornarem viciados em alguma coisa assim depois de chegada a idade.Pense assim, aonde eu puder frequentar, a minha mulher também pode, eu só vou se ela, em querendo, puder ir também.

-Procurem conhecer sobre a sexualidade na terceira idade, os dois devem fazer isso. Os homens me parecem ser mais espertinhos e logo vão buscar um viagra, então a mulher não deve ficar atrás, busque informações sobre as transformações ocorridas no seu corpo e lembre-se, há profissionais psicoterapeutas, ginecologistas,geriatras e remédios para auxiliar, caso necessário.A impotência tanto masculina quanto feminina ( disfunções sexuais) tem cura. O que não deve acontecer é o caso de um estar ainda no pique todo para amar e o outro não, porque aí o perigo de um adultério é grande.

- Descubram uma atividade para fazer juntos, que diga respeito ao condicionamento físico, seja uma academia,natação, caminhada, o que você mais gostar. Mas preste atenção, se você fizer aquilo que você gosta, a coisa prazerosa, divertida, então o aproveitamento para saúde será muito melhor.

-Tenham um compromisso de participar ativamente da igreja,seja importante para ela, ajude, participe, colabore, contribua. Se você cuidar dos interesses de Deus, Ele cuidará dos seus interesses. Se você olhar pelos filhos de Deus, ele olhará pelos seus.A igreja é um lugar terapêutico para quem nela trabalha e para quem dela usufriu.

-Leia bastante, leia a Bíblia, leia jornais, bons livros, porém cuidados com tudo aquilo que desmerece Deus ou tenta matar a nossa fé, não perca tempo com isso, por exemplo, lendo "O código da Vinci", que é uma agressão a nossa fé.

-Tudo o mais de bom que você fizer para melhorar o relacionamento será bem vindo.


Abraços. No amor de Jesus,

Pr Ismael e Pra Cleire

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segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

COMO VENCER TODAS AS DIFICULDADES DO CASAMENTO

Educação e cultura não bastam para fazer um casamento feliz. Fazemos essa afirmação com muito cuidado. As chances de ocorrer desavenças, sofrimento e conflitos são maiores num casamento onde os cônjuges não partilham da mesma prática e compromisso cristãos. Por mais que ele ou ela seja uma pessoa educada, culta e experiente, falta-lhe a presença do Espírito Santo no seu coração. Educação não resolve todos os problemas do homem.
Faz alguns anos, os jornais publicaram um escândalo ocorrido com o reitor de uma universidade federal aqui no Brasil. Era um homem que estou no exterior, cheio de cultura e conhecimentos. Era um homem brilhante. Infelizmente, era corrupto. Acabou sendo processado por haver-se enriquecido às custas do dinheiro público. Não estamos dizendo que todos os intelectuais e homens cultos do país são corruptos. Apenas que existem coisas que somente o Espírito de Deus pode fazer. Educação, cultura e conhecimento são coisas boas e devem, quando possível, ser adquiridas. Mas elas não substituem o poder do Espírito Santo que habilita duas pessoas diferentes a viverem felizes, anos a fio, debaixo de um mesmo teto.

Depois de anos de escândalo, o príncipe Charles e a princesa Diana anunciaram em 1996 sua intenção de se divorciarem. Cada um confessou que havia sido infiel no casamento. O pomposo casamento de Charles e Diana, em 1981, na famosa Catedral de São Paulo, em Londres, foi considerado o casamento do século. Jovens, ricos, bonitos, educados, famosos, foram entretanto incapazes de viver como marido e mulher. Acabaram por quebrar os votos de fidelidade que haviam feito perante o mundo inteiro, que assistiu deslumbrado a cerimônia de seu casamento pela televisão.

Voltamos a dizer que não estamos afirmando ingenuamente que casais crentes nunca terão problemas em seus casamentos e famílias. Nem que todos os casais não cristãos não conseguirão ser felizes juntos. O que afirmamos é que, cheios do Espírito, terão o poder necessário para vencer tais dificuldades – coisa que uma boa educação não dá. Nunca deixou de nos impressionar o fato de que homens e mulheres ilustres, intelectuais e artistas famosos, mesmo tendo sido capazes de vencer na vida, frequentemente têm uma vida pessoal e afetiva conturbada, passando por vários casamentos, divórcios litigiosos e conflitos com os filhos. Na sua autobiografia, o multimilionário americano J. Paul Getty refere-se aos seus cinco casamentos e cinco divórcios: “Em resumo”, diz ele, “foram cinco fracassos”. Em seguida, ele que foi uma das pessoas mais ricas do mundo, faz a seguinte pergunta excruciante: “Como e por que foi possível para mim construir meu próprio automóvel, perfurar poços de petróleo, construir uma fábrica de aviões, erigir e liderar um império financeiro – mas não fui capaz de manter ao menos uma relação marital satisfatória?”

Pela graça de Deus, mesmo as pessoas menos cultas, conhecendo a Deus, tendo Seu Espírito e enchendo-se dele, poderão ser como o mais sábio dos homens. É no temor que os pais têm do Senhor que os filhos encontram um forte refúgio (Pv. 14:26).

Adaptado de Augutus Lopes e Minka Lopes, “A Bíblia e Sua Família”, Ed. Cultura Cristã, p. 19-20.

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domingo, 26 de fevereiro de 2012

Maridos que Falam Através do Silêncio

Em muitos lares, o silêncio do marido em determinados momentos parece ser uma parede impenetrável – a esposa de um lado, confusa, algumas vezes até mesmo com raiva por causa do silêncio do seu marido; enquanto que do outro lado se encontra o marido calado, confuso e irritado pela reação dela.
A maioria dos casais concorda que, independente se a mulher é mais ou menos extrovertida, ela tem a tendência de se expressar verbalmente com mais freqüência do que a maioria dos homens. As mulheres são encorajadas desde a infância a partilharem seus sentimentos. Os homens não são; a facilidade em se abrir é uma característica feminina.
Os homens também são ensinados que eles devem sempre estar no controle da situação, e que a maneira mais fácil de permanecer no controle é ficar fora do território desconhecido – o que pode incluir a conversação.

As pesquisas sobre comunicação mostram que na média, os maridos e as esposas gastam 30 minutos por semana conversando um com o outro. Isso acaba acontecendo por causa das obrigações do trabalho, das necessidades das crianças, das responsabilidades da igreja, e das tarefas diárias. Assim, fica muito difícil se encontrar um tempo para uma conversa despreocupada, e menos tempo ainda para uma trocQa íntima de sentimentos.

Mas, e se houver tempo para conversar, e os sons do silêncio continuarem a ecoar? Por que alguns maridos deixam surgir uma parede entre eles e as mulheres durante a conversação?

Aqui estão algumas respostas masculinas:

Algumas vezes não me tenho vontade de falar. Eu trabalho bastante durante o dia todo. Meu trabalho exige que eu converse com muitas pessoas. Eu preciso de tempo para ficar sozinho. Depois que eu tive me recuperado, é mais provável que tenha vontade de conversar.

Quando estou cansado, eu não quero conversar. Depois de ser bombardeado com fatos e números o dia inteiro no trabalho, eu não quero ter que pensar por algum tempo. Eu quero dormir, não interagir.

O silêncio me ajuda a evitar diferenças de opinião. Eu cresci numa família que raramente expressava os sentimentos mais profundos. Por isso, conversar é algo difícil para mim, especialmente quando eu sei que o que eu tenho a dizer não é o que minha esposa quer ouvir.

O silêncio me protege. Algumas vezes, não quero conversar com minha esposa sobre certas coisas porque tenho medo que ela irá usar isso contra mim no futuro.

O silêncio mantém um equilíbrio confortável entre união e liberdade na relação. Algumas vezes, preciso de afeto, mas outras vezes preciso de distância. Eu fico mais satisfeito com nosso casamento quando há um ritmo natural de idas e vindas em nossa interação.

O silêncio evita discussões acaloradas. Se eu não falar, terá menos probabilidade de ferir minha esposa, e não precisarei lidar com a mágoa depois.

Algumas vezes, não falo para proteger minha esposa. Se algo me incomoda, eu faço um favor para nós dois ao manter meus lábios fechados, especialmente se ela estiver cansada e agitada depois de um dia cansativo de trabalho e/ou com as crianças. Aprendi que quando o tanque emocional dela está perto do “vazio”, não é bom começar uma discussão pesada.

Quando tem alguma coisa me incomodando, não converso porque minha esposa tem a tendência de reagir além da conta e pode piorar ainda mais a situação. A última coisa que eu quero é alguém derrubando as paredes com raiva ou amargurada por causa disso.

Se analisarmos essas respostas, perceberemos que as primeiras quatro mostram que alguns homens precisam de um silêncio seletivo para agirem de forma mais eficiente. E as últimas quatro respostas mostram que os homens, algumas vezes, ficam em silêncio para o bem do relacionamento. Isso mostra um ponto muito importante: o silêncio nem sempre é uma coisa ruim.

Uma pergunta importante a ser feita é: Quando é útil tentar ultrapassar o muro e quando é melhor deixar que o silêncio reine? Saber o tempo certo é crucial. Não é uma boa decisão abrir uma discussão pesada sobre distanciamento emocional quando você estiver doente, emocionalmente ou fisicamente exausto, ou com fome. A lógica é uma qualidade rara quando você está precisando descansar. Até mesmo Cristo alimentou as multidões antes de falar sobre as coisas mais profundas da vida. “A palavra a seu tempo, quão boa é”. (Pv. 15:23). E lembre-se também de evitar as distrações, para que vocês possam ter um longo momento de conversa franca.

Outra dificuldade é que muitas pessoas acham que seus cônjuges deveriam ser capazes de adivinhar o que está se passando com eles, que um companheiro sensível deveria simplesmente saber quando elas precisam de mais atenção e de conversa. Mas, idéias como essas tendem a enfraquecer o relacionamento – a única pessoa que é onisciente é Deus.

Enquanto que uma conversa franca e direta funciona para alguns, o afeto é necessário para quebrar o gelo de outros. Quando você se sentir distante de seu marido, uma boa coisa a fazer é tocar antes de falar.

Felizmente, a habilidade de quebrar o silêncio não é uma arte misteriosa. Quase qualquer casal pode cultivar a franqueza se adotarem algumas regras básicas para se comunicarem quando ocorrem os tempos de silêncio que incomodam:

Pense antes de falar. Não tente impulsivamente quebrar o silêncio do seu cônjuge – planeje primeiro. “Tens visto um homem precipitado nas suas palavras? Maior esperança há para o insensato do que para ele.” (Pv. 29:20). Quando você estiver desesperada por causa do silêncio do seu marido, tome tempo para organizar seus pensamentos. Pode ser útil se você escrevê-los num pedaço de papel.

As primeiras palavras a serem ditas são as mais importantes: “Dá para dizer que você teve um longo dia e não se sente com vontade de conversar sobre isso. Mas, quando você quiser, me avise, tudo bem?”

Depois, pergunte: “Você sente vontade de conversar agora?” Se ele diz não, dê um pouco mais de tempo pra ele. Se você sentir que o silêncio está durante um tempo muito longo, você pode dizer: “Parece que alguma coisa está te preocupando mais que o normal. Tem alguma coisa pela qual eu possa orar?”

Ou talvez, você precise partilhar seus sentimentos. Você pode começar a conversa com algo do tipo: “Tenho sentido uma distância entre nós ultimamente. Eu realmente queria saber como posso ir de encontro às suas necessidades. Será que você poderia me ajudar a entender porque você tem estado tão quieto?”

Reconheça que o silêncio não é necessariamente um sinal de rejeição. Muitas mulheres vêem o silêncio como uma rejeição pessoal, e por causa de sua insegurança, elas clamam por atenção.

Veja o silêncio como uma dica de que talvez você precise dar ao invés de receber. É quando damos alegremente, que recebemos. Isso parece quase contraditório – se você der espaço para seu marido, isso vai aproximá-lo de você.

Por fim, uma pequena história. Numa exibição de arte chinesa, um homem estava estudando um grande painel e se perguntou, em voz alta, porque o pintor tinha feito apenas uma pequena ave no galho de árvore.

A esposa do pintor respondeu: “Porque se o artista tivesse enchido todo o espaço, não haveria espaço para o pássaro voar”. Tal como uma ave, cada um de nós precisa de um espaço aberto de tempos em tempos. E, algumas vezes, o silêncio é esse espaço onde seu companheiro é capaz de abrir suas asas.

REFERÊNCIA: VREDEVELT, Pam Walker. Husbands Who Speak Through Silence. Partnership Magazine, July-August, 1987.

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sábado, 25 de fevereiro de 2012

Necessidades Diferentes no Casamento

Certo homem foi visto chorando junto a um túmulo. Ele dizia: “Por que você morreu? Por que você morreu?”.
Um outro homem passava por ali, e perguntou: “O que aconteceu? Sua mãe acabou de morrer?”
“Não, senhor”, respondeu ele.
“Seu pai?”, perguntou de novo o desconhecido.
“Não”, respondeu o homem, e continuou “Ah, por que você foi morrer?”
Com um olhar de quem não está entendendo, o homem falou: “Bem, então, quem morreu?”
Com os olhos marejados, olhando o horizonte, aquele homem respondeu: “Esse era o primeiro marido de minha mulher!”

Incrível como as coisas mudam, não é? No começo do namoro, as coisas parecem maravilhosas, o casal fica todo apaixonado, contando os minutos para se verem novamente. No entanto, com o passar do tempo, tudo fica diferente. Aquele homem que antes prometia dar a vida pela amada, se necessário, quando se casa, não é capaz nem de dar um botão de rosa para a esposa.

O problema é que o casamento é uma grande jornada rumo ao desconhecido que envolve a descoberta de que as pessoas partilharão não apenas o que não conhecem sobre a outra pessoa com quem se casaram, mas também o que nunca imaginaram sobre si mesmas.

Logo o casal descobre que os sentimentos românticos não existem todos os dias. É preciso esforço para deixar um casamento forte, para evitar que as pequenas discordâncias da vida se tornem grandes motivos de separação, e para escolher palavras doces e gentis ao invés de comentários mal-educados e descorteses.

Mesmo os casamentos que foram belas histórias de amor, dirigidas por Deus, exigem que os homens e as mulheres sejam responsáveis por sua manutenção. O apóstolo Paulo já anunciava isso ao dizer “[...] os que se casam enfrentarão dificuldades” (I Cor. 7:28). Dificuldades e problemas existirão, e muita adaptação e abnegação será necessária.

A razão para isso é que o casamento é a união de duas pessoas com histórias diferentes, vidas diferentes, desejos e vontades diferentes, valores diferentes, enfim, dois mundos diferentes. Ou, como dizia alguém, é quando você concorda em passar o resto da sua vida dormindo num quarto que está muito quente, ao lado de alguém que está reclamando que o quarto está muito frio.

Precisamos entender que os conflitos conjugais acontecem por duas razões básicas: ou o casal falha em fazer um ao outro feliz, ou o casal realmente faz um ao outro infeliz. No primeiro caso, os cônjuges se frustram porque suas necessidades não estão sendo supridas. No segundo, eles estão deliberadamente magoando um ao outro.

Portanto, quanto mais e melhor um cônjuge se conscientizar das necessidades do outro, e se preocupar em supri-las de uma maneira saudável, melhor probabilidade de o casamento ser feliz. E menos magoada uma pessoa fica.


PESSOAS DIFERENTES

Em seu livro, “Ela Precisa, Ele Deseja”, o Dr. Willard Harley Jr, doutor em psicologia e conselheiro matrimonial, afirma que cada cônjuge precisa suprir a necessidade emocional do outro cônjuge. Ele deve fazer isso, principalmente, porque o casamento é um relacionamento muito especial e diferente, no qual se promete ao outro o direito exclusivo de satisfazer determinadas necessidades emocionais. Se essas necessidades não são satisfeitas dentro do casamento, a pessoa que está insatisfeita procurará preencher seu vazio com outras alternativas, como o desperdício financeiro, um caso extraconjugal, uma vida desregrada, vícios, etc.

Isso ocorre, segundo ele, porque os casais que não se sentem satisfeitos, com suas necessidades não supridas, tornam-se negligentes, e perdem o respeito mútuo.  Quando isso acontece, o casamento envereda por caminhos desagradáveis e que contribuem para o seu término.

Agora, se essas necessidades são tão importantes, como supri-las? Ou melhor, como saber quais são, para que possam ser supridas?

Em primeiro lugar, devemos lembrar que Deus nos criou diferentes. Como diz o texto de Gên. 1:27, “ E Deus criou o homem à Sua imagem; à imagem de Deus o criou; homem e mulher os criou”. Você percebeu algo diferente? Nas duas primeiras frases do texto, é mencionado o homem como sinônimo para humanidade. Agora, na terceira frase, parece que o autor procura dar um enfoque especial, repetindo que Deus criou os seres humanos como homens e mulheres. Por que há essa especificação no texto? Por que o texto não repetiu a fórmula das duas outras frases?

Se a Bíblia tomou tempo para distinguir os seres criados, é porque isso tem importância. Devemos lembrar que somos, já em nossa origem, diferentes. Apesar de sermos seres humanos, somos criados com diferenças, como homem e mulher.

Contudo, mesmo reconhecendo que somos diferentes, não podemos deixar de pontuar que tanto homem quanto mulher são iguais em termos de valor, dignidade e glória diante de Deus. Ambos foram criados à Sua imagem e semelhança. O que os difere são as questões relativas aos papéis que ambos desempenham no casamento.

A melhor maneira de entendermos essa questão é analisarmos o que a Bíblia apresenta sobre os diferentes papéis de homem e mulher. E a resposta para essa indagação está no texto de Efésios 5:33: “Cada um de vós ame a sua mulher como a si mesmo, e a mulher respeite ao seu marido” (Almeida, Séc. 21).

IMITADORES DE CRISTO

Em primeiro lugar, esses versículos são parte de um contexto maior da carta de Paulo. Ele começa o trecho inteiro nos dois primeiros versos do capítulo 5. Ele diz: “Portanto, sede imitadores de Deus, como filhos amados; e andai em amor como Cristo amou”. A primeira idéia que devemos entender é que todos os nossos relacionamentos devem ser baseados no exemplo de Cristo. Devemos imitá-lo, e andar em amor, como Ele andou quando aqui esteve.

Portanto, a explicação de Paulo sobre o papel do homem e da mulher está contida dentro do contexto de que ambos devem ser imitadores de Cristo. Ao mesmo tempo que isso nos dá uma idéia de como devemos agir, isso também nos mostra os limites. Não devemos agir contrários à vontade de Deus. Assim, se de alguma forma, um dos cônjuges busca realizar algo que é contrário à vontade de Deus, ou que é pecado, devemos nos lembrar de que nossa responsabilidade para com o cônjuge não pode ser maior do que nossa responsabilidade para com Deus, pois isso é imitar o exemplo de Cristo, que nunca fazia nada contrária à vontade de Seu Pai do céu.

No verso 21 do mesmo capítulo, que é o início da discussão desse tema, está escrito: “…sujeitando-vos uns aos outros no temor de Cristo”.  Ou seja, os papéis que homem e mulher devem desempenhar no casamento devem ser uma atitude da vontade da pessoa, de se submeter e amar a outra, por causa do amor a Cristo, não porque a pessoa mereça, ou porque ela esteja tratando-a bem. O motivo para seguir esse caminho é a vontade Deus.

Portanto, se entendemos que o que fazemos é para imitar o exemplo de Cristo, e o que nos motiva é que isso faz parte da vontade de Deus, e não do que a outra pessoa faz, podemos começar a entender as diferentes necessidades que ambos temos.

A QUESTÃO DO AMOR E DO RESPEITO

É por causa do texto de Efésios 5:33 que podemos descobrir porque um homem e uma mulher se comportam do jeito que fazem. A leitura do texto diz que o homem deve amar sua esposa como a si mesmo, e a esposa deve respeitar seu marido.

Em primeiro lugar, percebemos que essa é uma ordem incondicional. O problema é que o homem tem mais facilidade para respeitar sua esposa, e a mulher tem mais facilidade para amar seu marido. Nisso reside o maior problema sobre as diferenças nos relacionamentos. O homem valoriza mais o respeito, e acha que isso é importante para a mulher também. Enquanto que a mulher sente mais falta das demonstrações de amor, e acha que o mesmo é o que agrada o homem. Não estou dizendo que a mulher não goste de respeito, e que o homem não gosta de amor. O que estou dizendo é que a prioridade para ambos é diferente.

Quando você e seu cônjuge entenderem o que significa amar e respeitar, os conflitos relacionais poderão ser evitados. O resultado poderá ser um amor maior, uma intimidade mais profunda, e os dois rumarem em direção ao casamento que Deus deseja para vocês.

Muitas pessoas não entendem essa diferença, e por não perceberem como mudar, eles não conseguem mais viver juntos. E muitos casamentos terminam por incompatibilidade. O problema é que não é uma questão de compatibilidade, mas de se assumir com seriedade o compromisso de suprir as necessidades emocionais mais importantes um do outro. Isso é o que faz a diferença no casamento.

Em primeiro lugar, segundo o texto, o homem deve amar sua esposa. Por que Paulo cita isso?

Há uma história que diz que um casal estava casado já há 3 anos, e o marido não falava nunca EU TE AMO para a esposa. Ela estava muito triste, e sempre procurava agradá-lo, mas essas palavras nunca apareciam. Por fim, numa noite, ela se vira para ele, e toda tímida pergunta se ele ainda a ama. Ele, quase dormindo, apenas faz um hum-hum com a cabeça. Ela não se dá por satisfeita, e pergunta novamente se ele tem certeza de que a ama. Com uma voz ainda mais baixa, ele repete o hum-hum. Ela, quase em desespero, pergunta pela terceira vez se ele a ama. Cansado, sem conseguir ter paz para dormir, o marido se vira para a esposa, e com uma voz de quem está muito contrariado diz: “Se eu não te amasse, não teria casado com você. E quando deixar de te amar, eu vou embora dessa casa!”

Isso não é amar uma esposa. O que os maridos precisam entender é que as mulheres não apenas precisam ser amadas, elas precisam ter certeza de que são amadas. É mais cômodo tratar essa necessidade da mulher de qualquer jeito, pois o homem não valoriza isso na vida dele. Só que, fazer uma mulher se sentir amada é algo que envolve muitos aspectos.

Um jeito de fazer a esposa se sentir amada é por meio de palavras, cartões, flores, presentes, gentilezas do dia a dia, etc. Por exemplo, é aquele marido que abraça e beija a esposa várias vezes durante o dia, criando um ambiente de afeto, e dando a ela a garantia de que ele a ama. Mas sem demonstrar qualquer iniciativa visando a relação sexual. Ele demonstra afeto porque a ama.

Outra maneira é por meio do diálogo. O homem precisa reservar um tempo diariamente para conversar com sua esposa. O assunto da conversa pode ser os fatos da vida, as novidades da família, curiosidades, medos, planos de futuro, educação de filhos, etc. Deve-se ter cuidado para não usar esse tempo para criticar ou ridicularizar o outro. Esse é um momento de partilhar pensamentos, idéias, sentimentos. Só que o marido deve lembrar que nesses momentos, ele precisa ser completamente honesto e sincero para a esposa. Não pode omitir nada. Por mais que ele tente disfarçar, a esposa percebe quando há algo que não está sendo mostrado. E isso a deixa muito insegura.

Mais outro aspecto é quando o marido se preocupa com a estabilidade financeira da família. Mesmo que a mulher trabalhe, é bom que o homem possa ser responsável pela alimentação e vestuário. Ele não precisa ser rico, mas é bom que ele possa ter condição de arcar com as despesas básicas da família. A esposa pode ajudar nessa questão, mas ela precisa estar certa de que o homem se dispõe a cuidar de sua família. Só que o ele não pode trabalhar demais, de tal forma que fique sem tempo para a família.

E por fim, a esposa precisa se sente amada quando o marido se envolve com a vida familiar. Ele precisa achar tempo para acompanhar o desenvolvimento educacional e moral de seus filhos. Não deve deixar tudo nas costas da esposa, como se ela fosse a única responsável. Deve estar presente nas apresentações musicais, nos jogos esportivos importantes, nos momentos difíceis dos filhos. Ele deve também discutir com a esposa os rumos a dar na educação e métodos de disciplina da casa. E deve fazer as coisas combinando com sua esposa, pois isso é o que melhor serve para educar os filhos.

Só que, do mesmo jeito que a esposa precisa se sentir amada, o marido precisa se sentir respeitado. Por que Paulo fala isso? Porque a tendência feminina é ter dificuldades em demonstrar esse respeito. É muito fácil para uma esposa, quando em público, ficar ridicularizando o homem, ou tratando ele com rudeza. Ou então, a esposa manipula o marido por meio de suas emoções, fazendo com que ele se sinta mal por pensar diferente dela. Só que devemos nos lembrar que o marido precisa do respeito do mesmo jeito que precisa do ar para respirar,

Um instituto de pesquisa americano fez uma pesquisa nacional acerca dos relacionamentos entre homens e mulheres. Uma pergunta feita aos homens dizia o seguinte:

“Até mesmo os melhores relacionamentos enfrentam conflitos acerca dos problemas cotidianos. Quando estou em conflito com minha esposa, é mais provável que eu esteja sentindo:

a) Que minha esposa não está me respeitando,

b) Que minha esposa não me ama.”

Não é de admirar que 81,5 por cento dos homens escolheram a letra A.

E, como a mulher pode demonstrar respeito por seu marido? Eis aqui algumas dicas.

Em primeiro lugar, e uma das mais importantes necessidades masculinas, é a realização sexual. Não estamos falando de métodos sexuais, mas sim da atitude. A mulher deve estar atenta para suas próprias reações sexuais, a fim de conhecer e entender o que melhor se apresenta nela e, em seguida, compartilhar com o marido essa informação. O objetivo é que ambos encontrem repetidos momentos de prazer e realização. Mas, lembre-se de manter-se atraente fisicamente para ele. A esposa precisa cuidar de seu visual para o marido. O homem é um ser que se atrai pelo físico e o que vê. Por essa razão, cuidar da aparência, das roupas, do corpo, estar bela e atrativa para ele é algo que o deixa muito orgulhoso da esposa quando estão em público, e o motiva para os momentos de intimidade dos dois.

Outro ponto é que o homem tem no lazer uma parte muito importante de sua satisfação. Por isso, é importante a mulher se interessar pelo que o marido gosta, e tentar ser eficiente nessas atividades. Ou sugerir ao marido outras atividades em que ambos possam encontrar satisfação juntos. Com isso, ela se torna sua companhia favorita para os momentos de entretenimento.

A mulher também deve proporcionar em seu lar um refúgio para os momentos de estresse que o marido encontra na vida diária. O lar para ele deve ser o local onde mais deseja estar, pois ali encontrará o conforto e o consolo que não encontra nas lutas da vida. Ali, ela demonstra compreender e admirar o marido mais do que qualquer outra pessoa. Está sempre lembrando ele de seu valor e de sua capacidade de realizar coisas maiores. Ela cuida e aumenta a autoconfiança dele, e se torna sua fã número um. Evita criticá-lo e se orgulha dele, pois tem um profundo respeito pelo homem que escolheu como marido.

Quando uma esposa tem cuidado em demonstrar respeito, obedecendo com isso a Deus, seu marido fica ligado a ela, e aberto a conversar sobre as dificuldades. Quando um marido demonstra seu amor para sua esposa, ela se sente valorizada. E ambos terão o que necessitam para viver bem.

Quando amor e respeito incondicionais são demonstrados por meio do tom de voz, das expressões faciais e das palavras que são ditas, os cônjuges se sentem revigorados e motivados no relacionamento.

CONCLUSÃO

Portanto, apesar de todos os outros problemas do relacionamento serem importantes, eles não são os principais. A falta de respeito ou a falta de amor é o principal problema. Apesar das outras coisas nos afetarem, elas não chegam nem perto do que realmente significa a falta de amor e respeito. O que mantém um relacionamento crescendo e melhorando é o amor e respeito que um tem pelo outro.

Conta-se a história de um senhor americano chamado Joseph H. Choate. Ele era um advogado muito respeitado em seu país, há alguns anos. E também era muito espirituoso, e sempre fazia comentários muito inteligentes. Alguém, certa vez, o perguntou: “Sr. Choate, se o senhor não fosse a pessoa que é, quem o senhor gostaria de ser?”

Sem hesitar, ele respondeu: “O segundo esposo de minha esposa”.

Esse é o alvo que é alcançado quando o casal pratica o princípio do amor e do respeito no casamento. O relacionamento se torna maravilhoso e cumpre o papel dado por Deus. Será que não está na hora de aplicarmos as verdades do plano de Deus para o casamento? Pode dar trabalho, mas sempre vale a pena. E, mesmo que você ache que a outra pessoa não merece, lembre-se de que Deus demonstra o Seu amor por nós mesmo quando menos merecemos. Siga o exemplo de Cristo, e você será muito mais feliz.

Que Deus abençoe sua família,

Osmar Reis Junior
Psicólogo do CEAFA

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sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

Você Pode Mudar Seu Cônjuge?

Nossa missão no casamento é incentivar mais do que criticar, perdoar mais do que acumular mágoas, construir mais do que reformar. Ao agir assim, ajudamos o nosso cônjuge a melhorar dia a dia. Sua missão é facilitar as coisas ou torná-las possíveis.
Muitas pessoas acham que o casamento sufoca e limita, impedindo-as de ser o que desejam. Isso quase sempre acontece porque um dos cônjuges assume o papel de reformador crítico. Os reformadores tentam forçar os parceiros a agir de acordo com seus padrões e transformarem-se em réplica deles próprios. As pessoas inseguras querem que os comportamentos, as opiniões e as atitudes do cônjuge sejam iguais aos delas e sentem-se ameaçadas diante de supostas ou reais diferenças. Essa não é uma forma saudável de mudar alguém.

Reflitam sobre o seguinte:

Algumas pessoas parecem ter uma necessidade urgente de reformar ou de melhorar o cônjuge de qualquer maneira. Isso é constante; elas nunca estão satisfeitas. A mulher pode querer transformar o marido em uma pessoa mais sociável ou, então, fazê-lo assumir mais responsabilidade no lar. O marido deseja que a mulher seja uma dona de casa mais eficiente ou mais organizada. Às vezes, até mesmo hábitos insignificantes parecem merecer ação corretiva: modo de vestir, modo de andar, modo de apertar o tubo de creme dental.

Todos nós precisamos mudar e crescer de mil formas diferentes. Mas isso se torna um problema quando o marido ou a mulher se autodenomina Dono(a) da Verdade, e passa a exigir mudanças dizendo: “Você precisa mudar. Não aceito seu modo de ser, a menos que se apresse em mudá-lo”. Como consequência, o encanto desaparece e todo o genuíno desejo de mudar em função do amor é arrancado pela raiz. (Joseph Cooke)

Aí está a diferença! A exigência confina; o pedido liberta. Você é capaz de pedir em vez de exigir?

Descobri, há alguns anos, uma citação sábia:

Tentamos modificar as pessoas para adaptá-las à nossa ideia de como deveriam ser. Deus também age assim. Mas a semelhança termina aqui. A maneira pela qual tentamos adaptar as outras pessoas é completamente diferente da maneira pela qual Deus age em relação a nós. Nossa ideia a respeito do que os outros deveriam fazer ou de como deveriam agir pode ser um benefício ou uma prisão. Podemos libertar o outro de padrões de comportamento que restringem seu desenvolvimento ou, então, simplesmente torná-lo prisioneiro de padrão diferente. As mudanças que Deus opera em nós são sempre libertadoras para sermos o que Ele idealizou para nós. (James Fairfield)

A mudança que você procura, seja qual for, precisa ser vantajosa para você, para seu cônjuge e também para sua vida conjugal. Não temos a responsabilidade de assumir a tarefa de reformadores. O Espírito Santo faz isso muito melhor do que nós. Nossa tarefa é pedir que nosso cônjuge mude, demonstrando aceitação e paciência para que Deus tenha a liberdade de agir. A partir daí, devemos aprender a confiar que Deus realizará o trabalho.

Os casamentos bem-sucedidos têm um ingrediente em comum – educação mútua. Educação mútua significa que ambos os cônjuges devem ser excelentes professores e alunos desejosos de aprender. A razão disso tudo é desenvolver um alto grau de compatibilidade. Se você negligenciar esse processo de educação, seu casamento correrá sérios riscos.

O aprendizado mútuo é um processo delicado. Envolve a modelagem positiva de atitudes e de comportamentos desejados, de incentivos moderados, de lembretes dedicados, de encorajamento e de confiança, em que o cônjuge pode obter êxito sem repreensões nem censuras. O aprendizado mútuo concentra-se no elemento positivo, e sua intenção é trabalhar para que o resultado da mudança seja positivo. Estou certo de que é isso o que vocês também desejam fazer.

Citado de: Norman Wright, “Começando Juntos”, Ed. United Press, págs. 95-97.

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quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

Alimentando o Fogo do Amor Sempre

Beth olhou para Roberto na mesa durante o desjejum, enquanto ele lia uma rápida história infantil para o filhinho, logo antes de sair para o trabalho. A cena era tão perfeita que Beth se perguntou por que se sentia tão triste. Ela virou o rosto, segurando as lágrimas. “Qual é meu problema?”, ela pensou. “Roberto é um homem maravilhoso – um esposo fiel, trabalhador, um pai sem igual. Mas algo está faltando”.
Ela voltou o pensamento para o tempo do namoro, quinze anos e três filhos atrás. Lembrou-se do dia em que telefonou para sua mãe para dizer entusiasmada que estavam noivos. “Mãe, ele é tão fantástico, e eu o amo tanto! E a melhor parte é que sinto que encontrei um amigo para a vida toda!” De repente, Beth percebeu o que estava faltando: a amizade com o homem a quem amava.
Talvez você já tenha se sentido como Beth. Quer esteja casado há quinze ou cinqüenta anos, você provavelmente descobriu que a amizade no casamento não acontece naturalmente. Além do mais, ter sido amigo ou amiga de seu cônjuge há dez anos não é garantia de que serão amigos daqui a dez anos.

Todos nós queremos o conto-de-fadas. As mulheres querem que o Príncipe Encantado venha resgatá-las. Os homens desejam que a Cinderela apareça maravilhosa e radiante.

Você consegue se lembrar dos sentimentos que tinha quando viu seu atual cônjuge pela primeira vez? Lembra-se de sentir-se como um adolescente no primeiro encontro, se perguntando se ele ou ela iria gostar de você? Era mágico.

Vocês tomavam tempo para ficar juntos, costumavam ouvir um ao outro, e mostravam compreensão e apoio mútuos.

Com o tempo, porém, a mágica dissipou-se. Negócios e obrigações aumentaram e roubaram sua alegria. O brilho apagou-se, o êxtase de sentimentos desapareceram, e você se pergunta o que aconteceu com o Príncipe Encantado e com a Cinderela.

Um dos primeiros desafios no crescimento conjugal é reconhecer que o Príncipe Encantado e a Cinderela são apenas contos-de-fada. Ninguém é perfeito, e se você está em um relacionamento há alguns meses, provavelmente já percebeu isso. Você descobrirá que todas as pessoas – incluindo você mesmo – possuem defeitos.


A questão da amizade no casamento

Um casamento baseado na amizade tem a força e o poder para durar. A paixão é importante, mas a amizade é mais forte. O casamento se torna um lugar de serenidade, paz, calma e alegria para o casal.

O relacionamento conjugal deve ser sua amizade mais profunda. Você deve ser capaz de confidenciar tudo com seu amado ou amada, falar despreocupadamente sobre seus sonhos, e cuidar dos anseios um do outro. Na verdade, a cumplicidade permanece mesmo quando nenhuma palavra é dita – a mera presença de seu cônjuge já lhe trará paz.

No livro de Cantares 5:16 encontramos o seguinte verso: “Este é meu amado, este é meu amigo.” O cônjuge deverá ser o melhor amigo que você já teve, pois vocês compartilharão mais coisas entre si do que com qualquer outra pessoa com quem tenham convivido. Compartilham a vida, o futuro, e o corpo nessa amizade especial.

Bons amigos não são egoístas. O apóstolo Paulo disse aos Filipenses, “Cada um de vós procure não os seus próprios interesses, mas os interesses dos outros.” (Filip. 2:4) Este é um grande conselho para o relacionamento conjugal. O amor desinteressado coloca os anseios e necessidades do cônjuge em primeiro lugar. O amor genuíno floresce quando doamos. Quando oferecemos nosso amor, estamos nos concentrando na alegria e prazer da outra pessoa; isto é amar seu cônjuge, e não apenas explorar o que ele ou ela tem a oferecer.

Outro aspecto da amizade conjugal é que “o amigo ama sempre” (Prov. 17:17). Este é o tipo de amor que perdura. Ele suporta uma grave doença, suporta dez cheques que retornam do banco sem fundos, suporta o carro que estraga logo na segunda-feira pela manhã, suporta os conflitos com os pais, e todas as discórdias que aparecem. Mesmo com todas essas dificuldades, os amigos amam. A amizade é o tijolo do casamento – a paixão é o cimento.

Quando a Bíblia diz que os dois se tornarão uma só carne (Gênesis 2:24), ela quer dizer mais do que apenas intimidade física. A unidade que o casamento cria envolve o coração, vontades, mente e emoções. Nutrir a amizade ajuda o casal a se conectar de todas essas maneiras. A amizade também provê um modelo para a vida familiar. Quando os filhos vêem que seu pai e mãe dialogam, respeitam-se, e trabalham juntos, estabelecem um padrão para toda interação familiar. Isto provê um forte senso de segurança que dá à criança uma base sólida para relacionamentos saudáveis em toda sua vida.

Deus deseja que seu casamento tenha alegria

O casamento é, sem dúvidas, um assunto sério, que não deve ser tomado com descuido, como se fosse temporário. Mas Deus também deseja que vocês se divirtam. Você se casou com a pessoa que significava mais para você do que todas as outras. Esta pessoa é quem lhe conhece e se preocupa com seu melhor – se preocupa mais do que sua própria mãe. Então, se alegre! Ressalte o que é positivo, elimine o que é negativo. Se a vida está indo bem, aproveite. Aprenda a se contentar com o que possui e viva o momento, ao invés de se preocupar excessivamente com o amanhã. Não me entenda mal: você precisa sonhar e fazer planos para o futuro, e Deus prometeu-nos um grande futuro (Jeremias 29:11), mas aproveite a jornada até lá! Alguns casais se preocupam tanto com o dia seguinte que perdem a alegria do hoje. A maior parte da diversão está na caminhada, e não apenas no destino.

Riam juntos. Rir um com o outro ajuda a superar muita coisa. Mas nunca se divirta às custas de seu cônjuge. Seja sensível às dificuldades que cada um enfrenta. Não faça piadas porque seu esposo não é habilidoso com um martelo ou uma furadeira; não critique a comida que ela faz; não ria do fato de ele ou ela ter ganhado peso.

Leva algum tempo e muito esforço para nutrir a amizade conjugal. Como o peixe que nada contra a maré, o casamento é bombardeado pelas exigências da vida diária que roubam o tempo da amizade. Profissão, filhos, e mesmo compromissos na igreja podem entrar no seu caminho. Mas não desista! Cultive o relacionamento de vocês!

Os dois são necessários

Se apenas um dos cônjuges está pronto para cultivar a amizade, o desafio é maior, mas não é impossível. Aqui vão duas sugestões: primeiro, descubra o que ele ou ela necessita. Pode ser que seu cônjuge deseje encorajamento quanto ao seu papel como pai ou mãe, pode ser que precise de tempo para falar sobre suas lutas e dificuldades, ou precise simplesmente da certeza de que você ainda o ama e o valoriza. Tente dar exatamente isso ao seu cônjuge – de graça, sem cobrar nada em troca. Você ficará surpreso com os frutos que irá colher. É claro, nem sempre é fácil ser bondoso e gentil com alguém que simplesmente não se importa. Mas, lembre-se: Cristo, nosso maior exemplo, deu Sua vida por pessoas que não o amavam, zombaram dEle, e o trataram como um criminoso. Não há nada que você possa fazer por seu cônjuge que Jesus não tenha feito por você.

Segundo, permita que seu cônjuge ame você do jeito que ele ou ela é capaz. Talvez a pressão no trabalho o esteja esgotando. Talvez ela tenha crescido em uma família muito reservada, onde o amor não era expresso com facilidade. Receba, com gratidão, a amizade e o amor que seu cônjuge lhe oferecer, mesmo que não seja exatamente aquilo que você espera. E aguarde enquanto Deus transforma o coração de vocês.

As estações mudam

Assim como a mudança de estações no ciclo da natureza, o casamento passa por diferentes fases.

1ª fase: Este é o estágio da paixão. É o momento da química, das emoções à flor da pele, em que os dois estão cheios de energia, entusiasmo, alegria e romance. Nesse estágio, nos comportamos como dois adolescentes apaixonados, que não vêem obstáculos para o seu amor. Este é o período em que temos grande facilidade para nos abrir, compartilhar sentimentos, emoções, medos e planos. O relacionamento é puro romance, e vocês se tornam melhores amigos. Contudo, assim que os elementos químicos vão embora, o casal entra na segunda estação de seu casamento, o acomodamento.

2ª fase: Neste estágio, vocês voltam a se comportar como antes de se conhecerem. Hábitos que antes não eram percebidos, agora começam a incomodá-los; as diferenças entre vocês ficam evidentes; as conversas já não são tão interessantes, e vocês ficam mais calados. Nessa fase, muitos casais descobrem que cometeram um erro, e se separam. Esse estágio geralmente acontece quando os filhos ainda estão em casa, e boa parte das suas energias físicas e emocionais são gastas com eles. O cônjuge passa a ser uma conveniência, e não detém mais sua atenção e cuidado. Nessa época, você precisarão tomar muito cuidado para não cair na armadilha de Satanás. Com muita oração e dedicação de tempo de qualidade um ao outro, vocês poderão sair da zona de perigo e chegar à próxima fase: a estação da descoberta.

3ª fase: O estágio da descoberta é o momento em que vocês, despertados por Deus, decidem retornar ao primeiro amor. Para muitos, será necessário redescobrir seu cônjuge. Se seu amado(a) tornou-se um estranho para você, descubra um momento adequado para que se conheçam novamente. Ambos criaram expectativas que foram frustradas com o passar do tempo, e precisam trabalhar isso. Um dos cônjuges pode ter se tornado muito calado e fechado, e agora precisará se abrir novamente. Encarem isso como um novo namoro. Administrem seus momentos juntos para que sejam de qualidade, já que não terão muito tempo sobrando. Dêem valor a esta estação, pois ela lhes conduzirá à próxima e mais prazerosa fase do casamento: o amor intencional.

4ª fase: A última estação é a do amor intencional. Esta é uma combinação entre a fase da paixão com a fase da descoberta. Aqui estarão juntas a química, a emoção e a energia de quando se conheceram, unidas com a experiência, intimidade e cumplicidade adquiridas com o tempo. Para cultivar essa fase, pequenos gestos farão a diferença: escreva um bilhetinho e coloque dentro da carteira dele, gaste dez minutos do seu dia para ouvirem um cd de música juntos, tomem tempo para assistirem a um filme. Talvez hoje essa fase pareça um sonho distante. Mas, acredite: com o auxílio de Deus e a influência do Espírito Santo em seu casamento, ajudando-os a colocar em prática os ensinos divinos, você e seu cônjuge poderão cultivar a amizade conjugal em todas as estações do casamento, e isso fará com que cada fase seja mais divertida e prazerosa do que a anterior.

Prescrição universal

Deus nos adverte a não perder o primeiro amor (Apocalipse 2:4). É claro que talvez seja impossível voltar a sentir-se como nos primeiros meses de namoro, mas existem coisas que você pode fazer intencionalmente, e assim recriar o romance em seu casamento. Eis algumas dessas coisas:

1) Coloque seu cônjuge como sua prioridade, seu foco, seu alvo;

2) Reorganize sua vida, atividades e tempo de modo que seu cônjuge possa estar envolvido em tudo o que for possível;

3) Deseje agradar seu cônjuge;

4) Dê ao seu cônjuge seu tempo e atenção;

5) Toquem um ao outro com afeto, sem intenções sexuais;

6) Compartilhem ideias sobre seu futuro, objetivos e sonhos;

7) Riam e brinquem juntos. Divirtam-se;

 Apóiem um ao outro mesmo nas circunstâncias mais difíceis;

9) Trabalhem juntos para resolver as diferenças.

Descobrindo o que diz “eu te amo”

Descubra o que é capaz de dizer claramente ao seu cônjuge que ele ou ela é amado. Nesse momento, é importante que entendam as diferentes necessidades entre homens e mulheres, pois elas são essenciais para que cada um cumpra seu papel no relacionamento.

Para sentir-se amada, a mulher precisa de cinco coisas: 1) Afeto. Diga a ela com freqüência que a ama – de forma verbal e não verbal – as mulheres não se cansam de ouvir isso; presenteie-a com flores ocasionalmente; faça um esforço para lembrar-se de datas especiais; comunique-se com ela – sua agenda, seus planos de futuro, seus sentimentos; toque-a de forma gentil, sem intenções sexuais – segure sua mão, abrace-a, beije-a antes de ir para o trabalho; 2) Honra. Aprecie sua esposa acima de todas as outras. Elogie as características físicas que você mais aprecia nela – se ela está um pouco acima do peso, ou já não está com a pele tão firme quanto antes, procure os traços que podem ser elogiados – o cabelo, o sorriso, os olhos, as mãos, etc. Proíba seus olhos de se deterem no que é mal: um outdoor no meio da rua ou uma mulher provocante que passa por você, por exemplo; 3) Transparência. Nada traz mais insegurança a uma mulher do que não saber o que se passa na cabeça de seu marido. Ser calado, fechado é uma característica masculina muito comum, mas que deve ser trabalhada e transformada. Um homem sábio é honesto com sua esposa sobre o que está em seu coração e mente. Isso não é sinal de vulnerabilidade. Pelo contrário, é o elo que pode aproximá-los a um nível nunca experimentado de intimidade; 4) Compreensão. A mente masculina baseia-se na lógica, na objetividade, na racionalidade. Por outro lado, a mulher baseia-se na emoção, nos sentimentos. Deus nos fez diferentes para que nos completássemos. Muitas vezes, sua esposa aproxima-se de você para desabafar, e ao tentar ajudá-la, trazendo soluções para o problema que ela apresenta, você sente que a situação terminou pior do que no início. A questão é que na maioria das ocasiões, as mulheres não precisam de soluções. Basta que você a ouça e diga que a compreende. Isso será o mundo para ela. Caso esteja na dúvida sobre o que fazer, ou como agir, pergunte a ela: “Querida, você quer que eu a ajude a resolver este problema, ou quer apenas que eu a abrace e diga que estou ao seu lado?”. Frequentemente, a resposta será que ela apenas deseja a sua presença ao lado dela. Isto é compreensão; 5) Compromisso. O compromisso no casamento é mais do que intimidade sexual exclusiva. Requer que você comprometa todas as suas energias para servir aos interesses de sua esposa. Você deve planejar seu dia de forma que possa auxiliá-la no que for preciso. Por exemplo: se sua esposa não dirige, comprometa-se a buscá-la no trabalho; se ela gosta de ir ao shopping aos finais de semana, mesmo que você não goste, sacrifique-se para fazer-lhe companhia; considere os desejos e necessidades dela como uma prioridade em sua vida.

Por sua vez, o homem também precisa de cinco coisas para sentir-se amado no casamento. Elas são completamente diferentes das da mulher, por isso, as esposas devem se atentar a cada uma delas. 1) Admiração e respeito. A maior necessidade dos homens é por admiração e respeito. Procure meios de mostrar a ele que é o melhor, que não há ninguém tão bom para você além dele! Mesmo que seu esposo não mereça sua admiração e respeito, ele precisa disso. Assim como a mulher precisa de amor, o homem precisa ser admirado e respeitado. Peça a Deus que abra seus olhos para mostrar-lhe quais as características que seu esposo possui que podem ser admiradas – sua responsabilidade e eficiência no trabalho, sua aparência, sua habilidade nas atividades de casa, a maneira como ele trata os filhos… Nunca o critique ou desrespeite na frente dos outros! Isto é a pior coisa que poderia fazer. Evite tratá-lo como um filho, ensinando-o o que fazer. Ao invés disso, confie nele e valorize o que ele faz bem feito; 2) Companheirismo. Quando Deus criou o homem e viu que ele estava só, não criou um amigo para ele. Criou Eva, sua companheira. Então, não invente desculpas, dizendo que seu esposo prefere sair com os amigos do que com você. Acompanhe-o nas atividades que ele gosta, mesmo que você não goste. No entanto, tome cuidado com sua atitude! Não fique reclamando ou resmungando, pois isto pode estragar o passeio! Seja a melhor companhia! 3) Seja atraente. Os homens são extremamente visuais. Portanto, dê uma olhada na foto de seu casamento, e depois olhe no espelho. Você vê a mesma pessoa? É claro que os anos passam, os filhos vem, e nossa aparência muda. Mas você tem feito seu melhor para manter-se atraente para seu marido? Algumas mulheres tem realmente dificuldade para manter-se no peso, mas seu esposo vê que você se esforça para cuidar de si mesma? Isto diz ao seu marido que ele é importante para você, que você o valoriza. Cuide melhor de sua aparência, das roupas que veste, da maneira como trata seu cabelo, e do cuidado consigo mesma; 4) Intimidade sexual. O romance não precisa acabar quando o casamento começa. Na verdade, precisa ser buscado e cultivado diariamente. Intimidade física e toque são muito importantes para seu marido, porque Deus o criou assim. Algumas mulheres possuem fortes traumas emocionais que as impedem de se conectar ao seu marido dessa maneira. Isto pode não ser culpa sua, mas tome a iniciativa para mudar. Peça a ajuda de Deus e procure um psicólogo cristão para auxiliá-la. Fale com seu esposo sobre os motivos que a levam a se afastar dele. Quando a intimidade física acontece, seu marido se sente profundamente unido a você; 5) Seja uma ajudadora. Deus criou a mulher para ser uma ajudadora (Gên. 2:18). A mulher ideal, descrita em Provérbios 31, é aquela que desenvolve bons hábitos no trabalho, que administra bem o dinheiro e cuida de sua casa com eficiência. Ela busca maneiras de aliviar o fardo de seu esposo. Pergunte a si mesma: “Como posso ser uma ajudadora de meu esposo no dia de hoje?” Quando ele chegar do trabalho, tenha a casa limpa e ordenada para ele. Mesmo que ambos trabalhem fora, e dividam as tarefas domésticas, faça sua parte nas atividades. Seja cuidadosa, e busque formas de facilitar a vida de seu amado.

Deus nos criou com uma capacidade de desenvolver relacionamentos profundos. No casamento, ele nos dá a oportunidade de compartilhar o mais profundo de nossa alma. A amizade é uma idéia de Deus. O casamento é uma idéia de Deus. Coloque essas duas ideias juntas, e veja quão fantásticos serão os resultados.

Que Deus abençoe a sua família,

Osmar e Bruna Reis
Psicólogo do CEAFA e esposa

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quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

Por que dar mais uma chance?

A história se repete em todos os lugares e na maioria das situações. O divórcio se torna a alternativa para alguma atitude errada de um ou dos dois cônjuges. Um pensa em se divorciar porque a esposa gasta tudo o que tem com coisas aparentemente sem importância. Outra pensa em se divorciar porque o marido não tem tempo para ela e para os filhos. Outros pensam que não devem continuar casados porque não conseguem desenvolver uma conversação por mais de dez minutos sem que haja algum tipo de discussão. De uma forma ou de outra, você já se encontrou em uma situação na qual acha que o casamento não tem mais nada a oferecer, e que a melhor coisa a fazer é se divorciar.
Essa é uma realidade cada vez mais comum até mesmo nos ambientes cristãos. Antigamente, achava-se que num mundo cristão, as coisas seriam mais difíceis de acontecer, que o casal que fosse religioso teria mais probabilidade de permanecer junto. Atualmente, as pesquisas mostram que os mesmos problemas afetam tanto casais religiosos, que professam seguir a Cristo, quanto casais sem qualquer fé. Por quê? O que pode ser útil para conservar um casal unido? Mais que isso, como manter um casal não apenas casado, mas também em intimidade, melhorando a vida a dois a cada ano?

Acho importante destacar isso porque muitas pessoas apesar de viverem juntas, sob o mesmo teto, não possuem uma vida em comum que seja cada vez mais satisfatória. Ao contrário, com o tempo, marido e mulher vão ficando cada vez mais separados, e acabam se tornando dois estranhos dentro de uma mesma casa, e até mesmo sob uma mesma cama.

Por que isso acontece? Como fazer para continuar casado por toda a vida, e ainda ter um relacionamento melhor a cada dia?


Propósito do Casamento

Em primeiro lugar, precisamos pontuar aqui qual é o propósito maior do casamento. Por que duas pessoas se casam? Qual a principal motivação para duas pessoas decidirem-se por unir os rumos de suas vidas?

Muitos respondem que é para ser feliz. E isso realmente é uma ideia partilhada por muitos. As pessoas se casam, achando que com isso vão resolver seus problemas de solidão, de não se sentirem amados, de serem rejeitados pelos outros. As pessoas acham que no casamento, isso deixará de acontecer.

Devo afirmar que o casamento até mesmo pode proporcionar isso. O casamento é, em seu propósito original, feito para que seja um lugar no qual a pessoa saiba que ali ela é amada mais do que em qualquer outro lugar. Ali há alguém que a estimulará, que a fortalecerá, que a compreenderá, que a fará melhor. Só que, e aqui está um problema, esse não é o objetivo a ser buscado no casamento. Isso é algo que vem como consequência da vida a dois.

Isso precisa ficar bem claro, para que as pessoas não cheguem ao casamento com uma falsa expectativa. O objetivo do casamento não é fazer alguém feliz. A pessoa fica feliz durante a vida de casamento, mas ela não deve viver para ser feliz por causa do casamento. E isso é importantíssimo de ser dito porque, pessoas que se casam querendo ser feliz, quando não encontram a felicidade, acham que tomaram a decisão errada, e que estão num relacionamento fadado ao fracasso.

Outra crença errada quanto ao propósito do casamento é imaginar que ao se casar, a solidão termina, e a partir daquele momento a pessoa sempre terá uma companhia para dividir a vida. E as pessoas para justificarem essa expectativa até mesmo usam o verso de Gênesis 2:18, que diz que não é bom que o homem esteja só. As pessoas se casam pensando que agora terão alguém para ficarem juntos até o final da vida.

Entretanto, muitas pessoas atualmente vivem casadas, e estão se sentindo mais solitárias do que antes. Essas pessoas simplesmente não encontram a tão esperada companhia, a pessoa que a acompanharia até o final da vida. Essa pessoa, muitas vezes, não a acompanha nem durante uma partida de futebol, ou a um passeio ao shopping. E aí, ao perceberem que continuam solitárias, as pessoas acham que as coisas estão erradas, que o casamento não está dando certo, e que devem se separar.

Casar para viver com alguém, e acabar com a solidão é uma expectativa que será frustrada muito rapidamente… quem sabe, na própria lua de mel.

Ora, então qual deve ser a principal motivação para o casamento? Por que as pessoas devem se casar? Eu lhes digo: o casamento não foi feito para fazer uma pessoa feliz, ou sem solidão, mas para torná-la mais semelhante a Cristo.

Como assim? Alguns podem perguntar. Como devo eu ser mais semelhante a Cristo com o meu casamento?

Os Princípios que Regem um Casamento Bem Sucedido

O problema é que muitas pessoas pensam em ser mais semelhante a Cristo, mas não conseguem transformar isso em realidade. Elas têm a informação do que precisam fazer, mas não são transformadas por essa verdade. Elas ficam convencidas das verdades da Bíblia, mas não têm o coração convertido e submisso a Jesus. Elas sabem que precisam de Deus, mas não sabem como agir com Ele, como ser vencedores como Ele. Vou tentar dar algumas dicas práticas para que você possa alcançar isso.


Amar a Deus acima de todas as coisas – Esse é o primeiro princípio dentro de um casamento. Acima de seus negócios, de suas expectativas, do que você acredita que seja o papel do homem e da mulher, você precisa estabelecer em sua vida o princípio de que o amor a Deus é mais importante. Se o amor a Deus for a prioridade de sua vida, antes de começar o dia você irá procurá-lO, por meio da oração, de seu culto pessoal, do estudo da Bíblia. Você vai apresentar diante dEle as suas preocupações, suas necessidades, suas carências, seus planos, e “o meu Deus suprirá todas as vossas necessidades” (Fp. 4:19). Amar a Deus acima de tudo, é colocar sua vida e tudo o que você fizer diante de Deus, e perguntar se é isso mesmo o que Ele deseja que você faça. E é basear suas decisões nos princípios já apresentados na Bíblia.

Amar ao seu próximo como a si mesmo – Quando Cristo é a prioridade em minha vida, eu entendo o lugar em que me encontro nessa vida, e entendo que os outros devem ser tão valorizados em minha escala de prioridades como a mim mesmo. Valorizar os outros inclui perdoá-los em amor, ser paciente, ser benigno, ser misericordioso, ser pacificador, ser semeador de felicidade, suprir as necessidades dos que precisam. Significa dedicar minha vida para fazer o que Cristo fez, que foi espalhar o bem. Ser semelhante a Cristo é respeitar, amar e sempre valorizar o outro.

Servir ao invés de ser servido – Esse talvez seja o princípio mais difícil de seguir. Significa que vou fazer as coisas para o meu cônjuge independente do que eu receba em troca. Significa que vou continuar amando, vou continuar tratando bem, vou continuar sendo uma benção para a outra pessoa, mesmo que ela não retribua o que estou fazendo. Nesse ponto, muitos deixam de ser semelhantes a Cristo. Em muitos casamentos, parece que se estabelece um sistema de barganha: só vou fazer isso, se meu cônjuge fizer aquilo. Só vou demonstrar carinho, se a outra pessoa fizer algo por mim também. Parece que o casamento virou uma conta de investimento, na qual o lucro só aparece se for investido algo. Viver como Cristo é agir sem esperar a recompensa. É fazer o que é certo, porque é certo fazer, e não porque o cônjuge mereça.
Segredo do Sucesso no Casamento

Muitos podem estar lendo nesse momento os princípios acima, e dizerem: “Isso é simples demais. Na minha vida, isso não funciona. Já fiz o que precisava ser feito, e não funciona. Por que devo tentar de novo? Por que devo dar mais uma chance?”

Vou lhe explicar o porquê, na minha opinião. Se você deseja que seu casamento seja transformado, significa que você e/ou seu cônjuge precisam mudar. Pois se continuarem fazendo as mesmas coisas, continuarão recebendo os mesmos resultados.

Pois bem, ou você, ou seu cônjuge, ou ambos, vão precisar ser transformados. E eu lhe pergunto, quem é capaz de mudar o coração de outra pessoa? “Eu, o Eterno, examino os pensamentos e ponho à prova os corações. Eu trato cada pessoa conforme a sua maneira de viver, de acordo com o que ela faz.” (Jer. 17:10, NTLH).

Sim, meu querido amigo, minha querida amiga, é somente a pessoa de Deus que pode transformar o coração de outra pessoa. E Deus estabeleceu os princípios bíblicos para tal fim. Por isso, se agir de acordo com Ele, “mudarei o destino de meu povo” (Jer. 30:10), e Ele ainda promete que se nos apropriarmos das verdades bíblicas, e nos deleitarmos nEle, “Ele satisfará os desejos do teu coração” (Sl. 37:4). Sim, há esperança para qualquer relacionamento. Mas para que isso ocorra, Deus precisa da sua decisão de se permitir ser transformado e usado por Ele.

Que Deus abençoe sua família,

Osmar Reis Junior
Psicólogo do CEAFA

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terça-feira, 21 de fevereiro de 2012

UM MISTÉRIO AINDA MAIOR: Aquele que ama, entende, e quem entende, ama.

Partilhar profundamente é abundante, mas raro. Estamos sempre alerta por causa de milhares de medos que temos. Primeiro, é o medo de quebrar as defesas, de chorar. Depois, também temos medo de que os outros não perceberão a tremenda importância significada por aquela memória ou sentimento. Quão doloroso é quando um momento tão importante, no qual decidimos partilhar algo significativo, é recebido por ouvidos desinteressados, por ouvidos preocupados com outras coisas, ou por zombaria, ouvidos que não percebem o significado do que estamos dizendo.
Isso pode acontecer entre marido e esposa. O cônjuge que teve coragem de falar, mas que não foi entendido pelo outro, cai numa terrível solidão emocional. Ele pode ficar doente por causa disso. Alguns vão procurar o pastor ou o sacerdote, outros vão procurar o médico. Eles estão simplesmente procurando alguém que os entenda. Em certos casos de terapia, a ajuda de um médico ou conselheiro espiritual pode ser necessária. Contudo, frequentemente, uma esposa pode obter a mesma ajuda de seu marido, e vice versa, se o mesmo cuidado em aliviar a dor fosse exercitado pelo ouvir do cônjuge.

É impossível enfatizar demais a imensa necessidade que as pessoas têm de serem ouvidas, de serem levadas a sério, ou de serem compreendidas. A igreja sempre soube disso; a psicologia moderna demonstrou atenção a isso também. Na base de toda a psicoterapia está esse tipo de relacionamento no qual a pessoa pode se sentir livre para falar tudo, como uma criança faz com sua mãe.

Ninguém consegue se desenvolver livremente nesse mundo, e encontrar uma vida de satisfação, sem se sentir compreendida por pelo menos uma pessoa. Pela incompreensão, uma pessoa perde a auto-confiança; ele perde sua fé na vida e até mesmo em Deus.

Aqui está um mistério ainda maior: ninguém consegue se conhecer apenas pela introspecção, ou na solidão do seu diário pessoal. Ao invés disso, é no diálogo, é encontrando outros para expressar suas convicções, que uma pessoa se torna consciente deles. Aquele que deseja ver claramente deve estar aberto para uma pessoa que tenha sido escolhida confiantemente, e também se demonstrar digna dessa confiança. Ela pode ser um médico, um amigo, o cônjuge.

É por isso que Deus diz: “Não é bom que o homem esteja só”. Isso é, não é bom que o ser humano fique sozinho. Uma pessoa precisa de companheirismo – ele precisa de um parceiro, de um encontro significativco com outras pessoas.

Sozinha, uma pessoa marca os horários como deseja, e faz as coisas do seu jeito. Mas, nos confrontos do casamento, ele deve ir além dele mesmo, e desenvolver maturidade para saber lidar com essas situações.

No entanto, quando um casamento é reduzido a apenas duas pessoas que estão se protegendo uma da outra, mesmo que possa parecer que está em paz em alguns momentos, ele perdeu o rumo completamente. Falhar em entender o cônjuge é falhar em se entender a si mesmo.

Os psicólogos falam de três fases do casamento. A primeira é chamada de “fase da lua-de-mel”. O casal sente que ambos se entendem bem. Uma mulher pode dizer: “Meu noivo e eu temos os mesmos gostos em tudo; concordamos um com o outro, e somos capazes de conversar sobre tudo”.

Então, vem a segunda fase, normalmente encontrada entre o quinto e o décimo ano de casamento. Nessa fase, ambos percebem que não são tão parecidos quanto pensavam. Ele descobre falhas que antes passaram imperceptíveis. Ou ela descobre que as falhas que ela pensou que iriam desaparecer rapidamente, continuaram – um traço de temperamento, egoísmo, mentira, rudeza, violência, vulgaridade, bebedeira – e que desapontamento. A reposta a princípio vem gentilmente, através de um aviso, então vem como repreensão, súplica, e por fim, ameaça. Aí, aparece a tão bem conhecida expressão: “Eu não consigo entender ele…” Isso leva à tentação de abdicar, de se recolher a si mesmo, para diminuir o risco de conflito.

A terceira fase se desenvolve de duas maneiras. A primeira é uma desistência gradual da busca pela felicidade. Essa fase é caracterizada pelo ressentimento, amargura ou rebelião.

Nesse momento, o casal pode começar a pensar em divórcio. Ou, eles podem viver em constantes disputas que raramente são resolvidas. Então, novamente, eles podem entrar em algum tipo de acordo para capitular da luta – um dos cônjuges se rende ao abrir mão da sua própria personalidade. Ou, talvez, cada um se isola do outro, organizando sua vida, e se tornando mais e mais segregado.

A segunda possibilidade desta terceira fase é a da coragem. Através da corajosa aceitação da realidade, um cônjuge é aceito como é, sem o halo de santidade que o rodeava no começo. Uma tentativa genuína é feita para entender essa pessoa tão longe de ser atrativa.

Realmente, ele tem falhas; ele tem problemas que não resolveu. Ele não entende a si mesmo, e ele reage de forma grosseira quando seus defeitos são apontados. Por quê? Porque ele se sente incapaz de superar suas falhas.

Mas, ele pode ser ajudado de uma maneira diferente – através do amor demonstrado a ele não tanto por suas qualidades, como por seus defeitos. Ele pode ser ajudado ao sua esposa o entender: entender o que ele perdeu durante sua infância; a entender o que ele ainda sente falta; e entender como ela pode cuidar dessa necessidade da melhor maneira possível.

Paul Tournier

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segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

Descobrindo Qual o Seu Valor para Seu Cônjuge

Quanto você vale? Não sei quantas vezes você já se fez essa pergunta ou quantas vezes lhe fizeram ela. Mas é muito importante descobrir o quanto valemos.
Se formos analisar apenas o aspecto químico de nosso corpo, podemos fazer um orçamento inicial, de acordo com o que se segue:
Nosso corpo é constituído de cerca de 30 litros de sangue água, temos gordura suficiente para fazer sete barras de sabão, carvão para algumas dezenas de grafites de lapiseira, ferro para fazer um prego de tamanho médio, cal suficiente para pintar de branco um pequeno galinheiro e enxofre bastante para livrar um cachorro de suas pulgas. Fazendo a conta total, podemos chegar ao valor de aproximadamente R$ 300,00.
Será que é isso? Será que esse é o valor de cada pessoa? Para analisar essa questão, vamos fazer uso de duas palavras muito usadas por aí, mas muitas vezes mal compreendidas: AUTO-ESTIMA.

Mas, o que é realmente a auto-estima? Auto-estima é sentir-se bem consigo mesmo, entender que temos valor e competência para enfrentar os desafios básicos da vida, é sentir-se merecedor de felicidade. É acreditar que conquistas, sucessos, amizades, respeito, amor e aperfeiçoamento são adequados para nós.

Todos temos auto-estima. Todos somos capazes de dizer se somos merecedores ou não de carinho, amor, reconhecimento, elogios, etc.

Como ela se constitui? Como surge a auto-estima?

Parte 1 – Formação da Auto Estima

A auto-estima é algo que adquirimos durante a vida. Diz respeito a tudo o que fazem a nós, e com o que passamos na vida, e que nos afetam de alguma forma.

Aqui estão quatro definidores de auto-estima:

a) O Meio: Influência dos pais, irmãos, amigos e outros significativos pra você.

Englobam toda a sua experiência de vida até o presente. Reflete a maneira pela qual foi tratado, instruído e como se relacionou com os pais, familiares, amigos de sempre, etc. E a forma pela qual essas mensagens foram transmitidas para você (expressão facial, tom de voz, gestos, palavras, ações).
Uma auto-estima baixa pode começar no berço, acompanhar-nos durante os primeiros anos da escola e intensificar-se na adolescência. Depois que nos tornamos adultos, ela parece se assentar sobre nós como uma névoa densa, que cobre muitas pessoas, dia a dia. Infelizmente é uma praga que afeta muitos cristãos.
O que o pai fala para uma criança, mesmo sendo brincadeira, é levado muito a sério pela mesma, causando com isso traumas que serão levados por toda a vida. (Ex. “você é burro, imprestável, preguiçoso, cabeçudo, etc.”)
b) Você Mesmo: Isso diz respeito aos seus sentidos, capacidade de aprender, registrar fatos, reagir diante da realidade.

Um dos segredos para ter a vida feliz é “Seja feliz, não faça comparações”. Quando você olha para os pontos fortes de outra pessoa e os compara com suas fraquezas, de modo algum você conseguirá sentir-se bem a respeito de si mesmo. Ex. O importante para muitas pessoas não é quão alta ela seja, mas que ela seja a mais alta. Nem é tão importante ser bonita, mas ser a mais bonita, mais inteligente, mais charmosa, etc.
Em consequência disso, surge um padrão doentio de comportamento que está presente durante toda a vida. A pessoa vive à caça de elogio e aprovações que a façam sentir-se importante, pois não encontra este senso de valorização dentro de si mesmo. Já outros desprezam-se e lamentam que Deus os tenha feito do jeito que são.
c) Armadilhas de Satanás: Algumas das armas mais fortes do arsenal de satanás são de natureza psicológica: O medo, a dúvida, raiva, hostilidade, preocupação e sentimento de culpa.

Mas a maior arma psicológica de Satanás é um sentimento de inferioridade e incapacidade, que se acha enraizado no profundo de nosso ser.

Existem 4 maneiras pelas quais Satanás aplica essa arma, que é a mais mortal de todas as suas armas emocionais e psicológicas, com o objetivo de derrotar-nos e fazer-nos fracassar:

Uma baixa auto-estima paralisa nosso potencial – é o trágico desperdício de potencial humano, talentos perdidos, com grande prejuízo de uma verdadeira mina de capacidade e possibilidades humanas. Satanás quer que fiquemos tão tolhidos que acabemos imobilizados, congelados, paralisados, acomodando-nos a um tipo de vida que se acha muito aquém de nossas reais possibilidades.

Uma baixa auto-estima destrói nossos sonhos – não estou falando de sonhos fantasiosos, ilusões. Estou me referindo aos sonhos audaciosos – visões do que Deus quer realizar para nós, em nós e principalmente através de nós. Está na hora de sairmos para o mundo com nosso testemunho de maneira mais poderosa. O que está nos segurando? Medo de sermos criticados, medo de correr riscos, medo das tradições? Por causa da nossa baixa auto-estima frustramos o plano que Deus tem para nós!

Uma baixa auto-estima destrói o relacionamento com os outros – Satanás usa nosso doloroso sentimento de inferioridade e de incapacidade para isolar-nos dos outros. A maneira mais comum de tolerar o complexo de inferioridade é nos retrairmos para dentro de nós mesmos, e ter o menor contato possível com outras pessoas, ou então nos tornarmos grosseiros e até violentos.

No relacionamento com Deus, se começarmos a criticar o projeto (nós), não vai demorar muito para estarmos falando mal do Projetista. (Deus)

Uma baixa auto-estima prejudica grandemente o serviço cristão – Qual é a primeira coisa que muitas pessoas dizem ao serem convidadas para participar na igreja?

Passar a carta missionária? Tenho vergonha de falar em público!
Dar um testemunho na reunião do Ministério da Mulher? Ah, eu não saberia falar nada!
Montar um pequeno grupo? Tenho medo de fazer isso!
Ajudar no Departamento Infantil? Não tenho jeito para essas coisas!
Cantar no coral? Por que você não convida Maria? Ela sim sabe cantar, eu não!
O problema é que nossa baixa auto-estima rouba de Deus grandes oportunidades de demonstrar Seu poder e capacidade por meio de nossa fraqueza.

“Muitos dos que se eximem de trabalhar para Cristo alegam sua incapacidade para a obra. Fê-los, porém Deus assim incapazes? Não, nunca.” (Mente, Caráter e Personalidade, pág. 800.)


d) Deus e Sua Palavra: A Palavra de Deus também tem o poder de nos mostrar o valor que temos.

“O Senhor fica decepcionado quando Seu povo se estima a si mesmo como de pouco valor. Deseja que Sua escolhida herança se avalie segundo o preço que ele lhe deu. Deus a queria, do contrário não enviaria Seu Filho em tão dispendiosa missão de a redimir.” (DTN, pág. 668).

“A contemplação de Cristo leva o homem a dar-se a si próprio o devido valor, pois compreende que o amor de Deus o fez grande” (Para Conhecê-Lo, MM, 1965, 24 de fevereiro).

“A aceitação de Cristo proporciona valor ao ser humano.” (Mensagens Escolhidas, Vol. 1, pág. 299).

Parte 2 – Características da baixa auto-estima

Algumas das principais características da baixa auto-estima são as que se seguem:

1. Preocupa-se demais com que os outros pensam. Essas pessoas se tornam quase que obcecadas com o que as pessoas estarão pensando delas. E o pior, elas sempre acharão que o pensamento deve ser de desprezo ou de menos valia.

2. Acha que não é amada (pois não se ama). Para uma pessoa, é muito difícil se sentir amada. Ela acha que as outras pessoas ou estão interessadas em algo que ela tenha a oferecer, ou então elas estão agindo assim simplesmente porque não a conhecem direito. E isso se torna um empecilho para que ela possa se relacionar de maneira verdadeira com os outros.

3. Está sempre se desculpando porque tem a impressão de estar fazendo tudo errado. Por se sentir muito insegura para agir no mundo, essa pessoa evita tomar a iniciativa de alguma coisa. E quando faz, ela procura fazer tudo de modo tão perfeito que sempre encontra erro no que realizou ou fez.

4. Fica muito constrangido com um elogio. Para uma pessoa assim, o elogio é algo sem razão. As pessoas falam isso apenas para ser gentis, mas não pensam nisso realmente. Elas não conseguem imaginar que alguém possa realmente demonstrar algum tipo de apreço por elas.

5. Não dá muita atenção à sua aparência porque não gosta de si mesma. Uma pessoa com baixa auto-estima procura sempre passar despercebida na multidão. Quanto menos ela chamar a atenção, melhor ela se sentirá.

6. Tem medo de mudança (insegurança). Às vezes se acomoda numa situação durante muito tempo, só para não correr riscos. Isso é algo plenamente compreensível, pois uma pessoa assim acha que faz tudo errado e se cobra perfeição no agir, mesmo que seja por um parâmetro pessoal de perfeição inalcançável. Acha que se tentar fazer alguma coisa fora do que está acostumada, simplesmente não vai ser capaz de realizar nada, vai causar muitos estragos, vai perder muita coisa, e assim, coloca mil empecilhos.

7. Concorda sempre com as outras pessoas, mesmo que em seu íntimo não esteja de acordo. Essa pessoa não se acha capaz de ter uma boa opinião, assim, acha que simplesmente não tem que falar nada. As outras pessoas são melhores que ela.

Parte 3: Por que estudar auto-estima no casal?

Você, talvez, tenha se identificado, ou talvez identificado alguém que você conhece com essas características. Talvez, você possa perceber isso em seu cônjuge mesmo. Pois bem, a primeira coisa que devemos ter em mente é entender a importância desse tema para casais.

De acordo com o casal de terapeutas Les e Leslie Parrot, duas coisas tornam importante que os cônjuges entendam bem a questão da auto-estima.

Primeiramente, eles dizem que é impossível se viver junto com uma pessoa e não ser afetado por suas palavras – tanto positivas quanto negativas. Se uma pessoa se torna ranzinza, isso afeta a outra. Se uma pessoa está sempre de mau humor, a outra também vai se sentir morando num lugar de tristeza. Casais, lembrem-se que vocês são responsáveis pelo clima de seu lar!

E em segundo lugar, como seres humanos, não é suficiente vivermos apenas sem palavras negativas. Precisamos também de palavras positivas, de elogio. Agora, quando uma pessoa se sente sempre menor que os outros, se sente menos capaz, etc., como ela pode receber ou dar palavras positivas? Se ela mesmo se encontra numa vida de negativismo, como pode ela oferecer coisas boas?

Assim, pela felicidade do lar de vocês, lembrem-se de trabalhar com a auto-estima um do outro. E, para tanto, oferecemos algumas dicas à seguir:

Parte 4 – Dicas para a Cura da Baixa Auto-Estima


Antes de tudo, vocês precisam se lembra que a força não vem de vocês mesmos. De acordo com Filipenses 4:13, “Tudo posso nAquele que me fortalece”. Por isso, você não precisa ficar pensando que não vai ser capaz. É a força de Deus em sua vida que vai fazer a diferença, não sua capacidade pessoal.

Essa proposta é para casais. Você cônjuge que deseja melhorar a auto-estima de seu marido/esposa, deve estar pronto para caminhar junto com ele/ela nessa jornada.

Dica 1: Descubra em que assuntos seu cônjuge gosta de ser elogiado e pratique falar bem dessas qualidades a ele/ela. As pessoas, como vimos anteriormente, têm necessidade de ouvir essas palavras. Mesmo que à princípio você não seja bem recebido ou não faça muita diferença, lembre-se de perseverar.

Dica 2: Aborde as quatro áreas envolvidas na auto-estima. Sim, não é suficiente elogiar apenas o visual da outra pessoa. Ela precisa ser reconhecida nos outros aspectos. As quatro áreas são:

a)      Intelectual: Necessidade de se sentir competente. Saber que pode fazer coisas, e que isso é percebido pelo cônjuge, é uma grande injeção de ânimo para alguém com baixa auto-estima. Mas, é necessário paciência, pois fazer algo que nunca se fez antes necessita de prática.

b)      Física: Necessidade de se sentir atraente. Saber que com o passar do tempo, a pessoa ainda ocupa o primeiro lugar no coração e nos olhos do cônjuge é algo indispensável para que a pessoa perceba o valor que possui.

c)      Social: necessidade de se sentir respeitado(a). Isso vale muito para as brincadeiras feitas em grupos sociais. A pessoa necessita de se sentir respeitada e valorizada diante de situação sociais. Na verdade, melhor ainda é a pessoa ficar sabendo que você, o cônjuge, a valorizou na ausência dela. Isso é muito forte e faz uma grande diferença.

d)     Espiritual: Somos a voz, os braços e as pernas de Deus nesse mundo. Podemos reconhecer em nosso cônjuge os aspectos de destaque dele/dela, e valorizá-los para que ela se sinta fortalecida como cristã e como filha de Deus. Somos a maior fonte do amor de Deus para o cônjuge.

Dica 3: Focalize-se em quem seu cônjuge é, não no que ele/ela faz. Fazer coisas erradas, não apropriadas todas as pessoas fazem. Mas, sentir que você a/o ama mesmo diante do erro e do fracasso é um poderoso argumento a favor do valor pessoal.

Dica 4: Faça uma boa lista de coisas que aprecia em seu cônjuge e tome tempo para dizê-la. Não tudo de uma vez, mas um pouco a cada dia, a cada situação nova. Isso demanda tempo para conhecer o cônjuge. Você não será capaz de fazer essa lista se não tiver intimidade com seu cônjuge.

Dica 5: Elogie verdadeiramente e evite a lisonja. Um elogio falso é o que de pior você poderia oferecer. É melhor não elogiar do que usar do artifício do elogio apenas para obter alguma coisa em troca. Elogie por ter descoberto realmente coisas em seu cônjuge que você aprecia, e que fazem diferença para você.

Conclusão:

Acima de tudo, você deve se lembrar da maior fonte de auto-estima, da pessoa que sempre vê em nós os vencedores que podemos ser, mesmo quando nós mesmos não conseguimos isso.
A Bíblia diz em Filipenses 4:19: “E o meu Deus, segundo a Sua riqueza em glória, há de suprir em Cristo Jesus, cada uma das vossas necessidades”. Sim, é Deus quem vai nos dar o poder para nos aceitarmos como somos, para que possamos ser felizes pela maneira pela qual Ele nos fez.
“Pois tu (Deus) formaste o meu interior… Graças te dou, visto que por modo assombrosamente maravilhoso me formaste”. Salmos 139:13-14
Só quando reconhecemos isso, é que temos a capacidade de sermos agradecidos a Deus. E gratidão é o melhor antídoto contra a baixa auto-estima.

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domingo, 19 de fevereiro de 2012

Casamento Sem Manchas

Jonas e Mariana são um casal muito normal. Eles se conheceram durante a faculdade, num encontro de jovens da igreja, namoraram durante algum tempo, e se casaram. Agora, estão tentando educar três filhos enquanto ambos trabalham.
Jonas está crescendo em seu trabalho, mas ele tem enfrentado muitas dificuldades para se manter no mesmo nível dos executivos mais jovens. Por ser cristão, ele despreza as saídas para tomar cerveja em barzinhos e para paquerar, que são comuns em seu ambiente de trabalho. No fundo, porém, ele acha que está perdendo alguma coisa por não participar disso. Mariana tem um bom emprego, mas ela se preocupa com o que é necessário para se preparar para esse trabalho, e o tempo que ele exige. Ela tem um sentimento de perda a cada manhã, quando sai para o trabalho e deixa seus filhos com a babá. Ela fica muito grata porque seu chefe, Roberto, é muito compreensivo. Ele é um ótimo cristão, e muito bondoso com ela.

Jonas e Mariana são pessoas muito ativas na igreja. Jonas atua em várias comissões, e Mariana canta no coral. Eles freqüentam um grupo de estudos de casal aos domingos pela manhã, e esse parece ser o único momento do dia no qual eles fazem alguma coisa juntos. De vez em quando, Jonas se sente culpado por se sentir sexualmente estimulado pelas mulheres do grupo. Mariana quase sempre olha para os outros homens bem sucedidos, e se pergunta se as esposas deles também têm que trabalhar tanto quanto ela.

Ultimamente, quando chega a noite, Jonas e Mariana adquiriram o costume de ir para a cama em momentos diferentes. Mariana fica exausta com todas as suas atividades e por ter que colocar os filhos na cama. Jonas também fica exausto, mas o estresse que ele sente evita com que ele tenha sono. O sexo entre os dois tem ficado cada vez mais raro. Apesar de ficar muito irritado com isso, Jonas não expressa seus sentimentos de maneira adequada, e fica se controlando para não estourar.

Mariana vai para a cama, e Jonas fica acordado até mais tarde. Ultimamente, para lidar melhor com seu estresse, Jonas tem experimentado um interesse crescente com respeito a determinados filmes que passam em determinados canais da TV a cabo. Ele também tem ficado bastante curioso sobre certos números de telefone que aparecem em algumas propagandas, nas quais algumas mulheres muito bonitas perguntam se a pessoa precisa de um amigo, ou precisa desabafar com alguém.

O que vai acontecer com Mariana e Jonas? Não há nada extremamente errado com algum deles dois. Eles estão, contudo, experimentando os estresses da nossa cultura atual, que é cheia de pressões econômicas, sociais, e até sexuais. Apesar de não aceitarem completamente, Jonas e Mariana se sentem muito solitários. Outras pessoas e outros estímulos sexuais estão sempre fazendo parte de sua vida, e isso pode ser uma tentação para eles, levando a um pecado sexual. Como podem permanecer fiéis aos votos que fizeram um ao outro?

Vivemos em um tempo quando o estímulo e as mensagens sexuais estão por toda a parte. As imagens pornográficas podem ser vistas em um comercial de TV, e o conteúdo de alguns programas da TV a cabo não merecem nem ser descritos.

O problema é que parece que perdemos a preocupação do efeito que isso tem para nossa mente e nosso espírito. Paulo avisou isso aos Efésios : Havendo se tornado insensíveis, entregaram-se à devassidão, para cometer com avidez todo tipo de impureza (Ef. 5:19).

Se para o tempo de Paulo isso já era um problema, quanto mais agora, diante da libertinagem que toma conta de nossa sociedade. Precisamos entender o perigo que corremos para podermos permanecer fiéis a Deus, e ao nosso cônjuge.


A VISÃO CRISTÃ DO SEXO
A primeira coisa que necessitamos fazer é entender a visão que Deus tem do sexo. Precisamos relembrar o modelo, o ideal que devemos buscar em nossa vida.

Por mais chocante que possa parecer, devemos lembrar que para os cristãos, o sexo é uma coisa grandiosa, porque é assim que Deus o vê. Apesar de muitas pessoas de fora da religião acreditarem o contrário, que o sexo na vida cristã é uma coisa maçante e sem qualquer entusiasmo, precisamos lembrar que a realidade é bem oposta a essa. Os cristãos encontram na Bíblia uma visão muito superior de sexualidade humana que a maioria das pessoas.

Por ter sido originado quando Deus criou o homem e a mulher, o sexo deve ser visto como algo sagrado, e até mesmo buscar saber qual a intenção de Deus quando o criou. Por incrível que possa parecer para algumas pessoas, cujo contexto de vida entendem o sexo como algo ruim, devemos lembrar que o interesse de Deus na sexualidade humana é muito maior do que simplesmente assegurar que as pessoas se comportem adequadamente. Deus, e os que escolhem segui-lO, levam a sério o sexo, e a proposta cristã da sexualidade é mais vibrante, entusiástica e, até mesmo, … mais sexy do que qualquer outra visão que encontramos em nossa cultura. Como resultado disso, a vida sexual do cristão é muito mais satisfatória também.

A preocupação com a vida sexual não deveria ser apenas dos casais casados. Todos temos, em algum sentido, uma percepção de nossa sexualidade. Ela pode ser vista nos pensamentos que temos, na maneira pela qual nos vestimos, nas maneiras pelas quais nos relacionamos com garotos e garotas quando somos jovens, e homens e mulheres quando ficamos mais velhos. Ela é parte até mesmo da maneira como vimos e nos relacionamos com Deus. Por isso, a expressão sexual deve ser feita de maneira que demonstremos o nosso amor a Ele.

Por isso, podemos entender que o sexo não é um fim em si mesmo, da mesma maneira que um portão não é o ponto final. Ele leva a algum lugar. O sexo conduz a algo maior e mais glorioso, mais do que podemos imaginar. Por essa razão, precisamos entender sua natureza e participar dele como foi planejado para ser.

A paráfrase bíblica The Message (A Mensagem), de autoria de Eugene Peterson, apresenta o texto de I Coríntios 6:16-18 de uma maneira muito interessante. Ela diz:

O sexo é mais do que simplesmente contato de pele com pele. O sexo é tanto um mistério espiritual quanto um fato físico. Como foi escrito nas Escrituras: “E OS DOIS TORNAM-SE UM”… Não devemos buscar o tipo de sexo que evita o compromisso e a intimidade, o que nos deixa mais vazios do que antes – o tipo de sexo que nunca pode tornar um. Há uma maneira de ver, pela qual os pecados sexuais são diferentes de todos os outros. No pecado sexual, violamos a sacralidade de nossos próprios corpos, os quais foram feitos pelo amor de Deus por nós, e cujo modelo seguimos para nos tornarmos um com a outra pessoa.

Visto dessa maneira, podemos entender a idéia de que atividade sexual é mais do que simplesmente “fazer sexo”. Implica também no contexto, numa visão de todo, numa perspectiva de que um casal deve agir junto. Deve ser a união de duas pessoas, sob a benção de Seu Criador. E também trata de um ambiente – onde prevaleça a amizade, o companheirismo e a intimidade entre duas pessoas que se amam.

Quando Adão se sentiu sozinho, Deus não lhe deu um homem, um animal, ou uma multidão de pessoas. Deus lhe deu uma mulher – diferente dele, mas que fazia com ele a imagem de Deus. Quando Adão olhou pela primeira vez para sua nova companheira, ele ficou tão maravilhado que exclamou: “Finalmente, essa é osso dos meus ossos, e carne da minha carne”. Deus proveu alguém para ele, para que entendesse que tipo de união deveria caracterizar os dois, uma união de corpos e de vida.

Contudo, Satanás pode corromper a sexualidade, e a natureza pecaminosa pode fazer com que isso se torne algo sujo e feio. Mas isso não faz com o sexo, em seu propósito primordial, deixe de ser algo maravilhoso e bendito. Por isso devemos cuidar para não desonrar a Deus em nossa vida sexual, do mesmo jeito que devemos nos manter firmes nas outras áreas de nossa vida. No aspecto sexual, desonramos a Deus quando servimos a nós mesmos e nossas tendências da natureza pecaminosa.

PORNOGRAFIA
Uma das maneiras pelas quais desonramos a Deus em nossa vida sexual é quando fazemos uso da pornografia. Por pornografia, entendemos a comunicação gráfica que tem o objetivo de produzir estímulos sexuais nos quais incluímos revistas, anúncios, outdoors etc.. Com o advento da internet, a pornografia popularizou essas comunicações gráficas e intensificou a natureza depravada das imagens. Hoje, a pornografia se tornou uma das forças mais destrutivas de nossa cultura, pois nunca esteve tão disseminada e nunca foi tão facilmente encontrada.

A cada dia, cerca de 40 milhões de pessoas visitam um ou mais dos 4.2 milhões de sites pornográficos da Internet. E isso não é um privilégio apenas de pessoas sem religião. Perto de 50 por cento de cristãos chegam a admitir que a pornografia seja um problema em seus lares.

Além disso, o que é conhecido como “pornografia hardcore” – o tipo de pornografia que apresenta imagens, vídeos, ou descrições de comportamento erótico – tem crescido rapidamente nas últimas duas décadas. No passado, a pornografia ficava disponível apenas em lojas, ou em cantos dos centros comerciais. Mas a indústria da pornografia normalmente é a primeira a tirar vantagens da nova tecnologia e dos novos formatos de mídia – e agora com a TV a cabo, DVDs, telefones celulares, iPods, e especialmente a internet, é muito mais fácil do que jamais foi acessar esses conteúdos, e parece ser quase impossível resistir.

Mas, por que a pornografia é tão perigosa? Quais os prejuízos reais do consumo freqüente de pornografia?

Para começar, a pornografia desumaniza a sexualidade e despersonaliza a pessoa. Ela transforma quem vê em consumidor, e quem é visto em objeto. O perigo é que começamos a ver as outras pessoas em nossa vida da mesma maneira como vemos os objetos de revista, filmes, ou sites da internet: como um corpo sem sentimentos, história, etc., uma coisa que existe só para dar prazer.

Além disso, a pornografia também desumaniza o usuário, pois fomos feitos para a intimidade com o outro sexo, só que a intimidade não pode acontecer com uma imagem ilusória. Só que a pessoa, por não ter outra para partilhar a vida, acaba por relacionar sexo apenas com uma estimulação física. E isso faz com que a masturbação passe a ser encarada com uma saída possível, já que dá a satisfação que procura.

Com o passar do tempo, a pornografia deforma e perverte a beleza e o propósito bíblico da criação divina. O foco passa para o prazer sexual, e isso se torna uma droga tão poderosa que destrói tudo o que é importante na vida. Isso faz com que homens e mulheres vejam um ao outro como nada mais que objetos sexuais Isso faz com que eles fantasiem sobre as relações sexuais com outras pessoas, e isso é um desastre para o compromisso sexual.

Além disso, a pornografia da internet tem adquirido a reputação de ser a cocaína do vício sexual. O Dr. Robert Weiss, do Instituto de Recuperação Sexual em Los Angeles, Estados Unidos, num artigo publicado em um jornal de Washington, diz que a pornografia “é rápida e instantaneamente intensa”. Ele diz que começaram a aparecer clientes que nunca tiveram qualquer histórico com esse problema, mas que decidiram testar apenas uma vez, e ficaram presos no vício.

Num primeiro momento, até parece que o entretenimento está funcionando. Só que com o passar do tempo, percebe-se que o nível de absurdo e violência precisa aumentar para que produza novamente o mesmo nível de prazer sexual.

Os homens são facilmente estimulados pelas imagens, pelo visual; e isso os torna os alvos para a indústria da pornografia. No começo, a natureza gráfica da pornografia atrai a natureza agressiva dos homens, e faz com que acreditem que uma necessidade está sendo suprida. O problema é que, num ambiente de constante estimulação sexual, essa natureza agressiva exige mais e mais estímulos gráficos. Quanto mais um homem assiste pornografia, mais gráfica e violenta a pornografia precisa ser para voltar a produzir o mesmo nível de estímulo.

Só que o que não se percebe, até que seja tarde demais, é que a pornografia é como se fosse um poço vazio. Esse poço é vazio para os homens porque ele nunca poderá satisfazê-los por completo, já que Deus os criou para partilharem a sexualidade com a companheira.

Além disso, a pornografia afeta também o romance do casamento, e como o casal se relaciona. O homem deixa de sentir prazer com a esposa. A sua reação emocional é a mesma de estar em casa, lendo o jornal ou assistindo à TV. Ele, por estar com seu impulso sexual viciado em algo mais forte e agressivo, acaba por perder todo o romance pela esposa. É como se a capacidade de sentir as coisas se esvaísse deles.

Alguns acham que uma alternativa para isso é participar da pornografia como um casal. Só que logo a mulher descobre que o poço também está vazio para ela. Se um casal participa de atividades pornográficas, seu relacionamento inevitavelmente sofre. A mulher se sente usada, e o homem acaba ficando com a frustração de ter sido o único satisfeito com a atividade. Solidão e afastamento caracterizam a vida dos dois, e finalmente o casal conclui que não conseguem mais satisfazer a necessidade um do outro.

Outro problema da pornografia é que o desempenho passa a ser mais importante da relação sexual. O casal começa a demandar certo tipo de ação para obter o nível de diversão que esperam. Contudo, se um relacionamento íntimo é baseado no desempenho, o resultado final é frustração e insegurança. O sucesso sexual em qualquer casamento exige que a descoberta da satisfação sexual aconteça num ritmo confortável para o casal. Contudo, se eles estabelecem como modelo o padrão da pornografia, esse processo é acelerado, e acabar por trazer mais tristeza do que satisfação.

Uma das piores conseqüências da pornografia é que as pessoas que ficam dependentes dela não percebem o quão viciante essa atividade pode ser. Da mesma forma que aqueles que são viciados em tabaco ou em drogas, ou em álcool, há uma força que os atrai e faz com que eles continuem procurando cada vez mais satisfação, sem notar os riscos envolvidos na ação.

LIBERTANDO-SE DA ARMADILHA

Se você já se encontra nesse estado de dependência da pornografia, e deseja se libertar do pecado sexual e da luxúria, a primeira coisa que você precisa fazer é perceber que você não consegue resolver esse problema sozinho. Você precisa da presença de Deus em sua vida.

Primeiro Passo: Confesse seu pecado. Se você tentar manter esse pecado secreto, sua consciência não vai lhe deixar em paz. Arrepender-se significa dar a volta. Quando você desenvolve um hábito pecaminoso em sua vida, é como se você estivesse num carro, dirigindo para longe de Deus. Quando você se arrepende, é como se você parasse de fugir de Deus, e dando meia volta, passasse a olhar para Ele de frente, e pelo Seu poder, começando a se mover em Sua direção de novo. Arrependimento é a tristeza que vem por perceber que você ofendeu a santidade de Deus. Você deve estar disposto a deixar o seu pecado, e dirigir a vida de acordo com o plano de Deus. Se você quer ser vitorioso sobre o seu pecado, arrependimento é o único caminho. Ao mesmo tempo, você precisa confessar também para sua esposa. Você não deveria contar-lhe todos os detalhes mais sórdidos de como você ficou preso em pornografia. Mas se você não confessar seu pecado para ela, e lhe pedir perdão, as coisas nunca ficarão completamente claras entre vocês, e seu relacionamento não vai crescer e prosperar como deveria.

Segundo Passo: Não planeje cumprir os desejos da carne. Em Romanos 13:14, Paulo nos diz: “Revesti-vos do Senhor Jesus Cristo, e não fiqueis pensando em como atender aos desejos da carne”. Ou seja, você precisará remover todos os traços de pornografia de seu lar e de seu escritório. Além disso, você precisará estabelecer passos práticos para levantar barreiras de proteção entre você e as coisas que lhe fazem pecar. Se sua tentação é com as revistas, evite ir nos locais onde você comprava esses artigos. Se você tem assistido a filmes eróticos na televisão a cabo ou por satélite, peça para bloquearem esse serviço, ou então cancele a sua assinatura. Quando em viagem, tente ficar em quartos que não possuam como você liberar canais por assinatura de pornografia. Se seu problema é com a internet, talvez você precise trocar seu provedor, seu endereço de e-mail, e até mesmo seu cartão de crédito, para que os sites não entrem em contato com você. Encontre um programa que possa controlar o conteúdo da internet, e peça para sua esposa, ou alguém de confiança, colocar a senha. Mude seu computador para um lugar movimentado, e autorize seus filhos ou sua esposa a falarem com você a qualquer hora que desejarem.

Passo Três: Cresça na verdade e na Palavra de Deus. Se você tem enchido sua mente com imagens pornográficas, é muito provável que você não tem colocado muito tempo na leitura e estudo da Palavra de Deus. É muito importante prestar atenção ao que a Bíblia diz em I Pedro 5:8-9: “Tende bom senso e estai atentos. O Diabo, vosso adversário, anda em derredor, rugindo como leão que procura a quem possa devorar. Resisti-lhe firmes na fé, sabendo que os mesmos sofrimentos estão acontecendo entre vossos irmãos no mundo”. Gaste tempo em comunhão com Deus, por meio da oração e da leitura da Palavra, e você será fortalecido para enfrentar essa grande batalha.

Agora, se por acaso, você percebe que esse é um problema de seu marido, mas ele não quer ajuda, o que você pode fazer? Simultaneamente, enquanto tenta ser um encorajamento para seu esposo, você pode apenas mudar seus próprios comportamentos e circunstâncias. Procure aconselhamento ou ajuda profissional para saber como lidar com um cônjuge viciado. Não despreze a ajuda que pode receber, mesmo se seu cônjuge não deseja. Isso pode fazer superar a culpa, de se sentir a responsável pelo que está acontecendo. Você precisa entender, e por isso precisa de ajuda profissional, que o pecado sexual é de seu cônjuge, não seu. Você pode escolher estabelecer limites que sejam úteis para você e seu casamento. Coloque um ponto final nas ações que não sejam apropriadas ou que sejam pecaminosas e que envolvem a sua participação. Você pode encontrar apoio e companheirismo com outros que estejam passando pelo mesmo problema, ao encontrar um grupo de pessoas cristãs e amigas que se disponham a orar intercessoriamente por você, seu cônjuge e seu casamento. Você pode descansar na fidelidade de Deus para suprir todas as suas necessidades.


CONCLUSÃO

A lição mais importante que devemos tirar dessa palestra é que Deus nos chama para sermos fiéis, para O amarmos em todos os nossos atos, inclusive na vida sexual, o que significa ser puro na plenitude da pessoa que Deus nos criou para sermos – incluindo os aspectos físicos, emocionais, intelectuais e espirituais. Fazer isso é viver em plenitude de vida.

Agora, a chave para o sucesso sexual do casamento é o equilíbrio. O casal deveria estar aberto ao processo da descoberta, que é inerente a qualquer relacionamento íntimo. Mas tudo deve ser feito respeitando-se o tempo e a consciência de cada um. Nada deve ser motivado pelas imagens, pelas práticas, ou pelas iniciativas de outras pessoas, ou da cultura.

Por fim, um último conselho, um casal não conseguirá ter uma ótima vida sexual se o marido exige sexo. Nem pode ser bom se a esposa crê que precisa fazer sexo com seu marido porque é sua obrigação como mulher. Uma vida sexual plena é produto da atitude dos dois de se doarem para o outro. As maiores bênçãos de Deus são oferecidas e recebidas gratuitamente. Quando você gratuitamente se dá para seu cônjuge, e gratuitamente recebe seu cônjuge, vocês desenvolvem seu casamento de acordo com o que Deus celebra e afirma em Cantares 5:1: “Comei, amigos, bebei o quanto puderem, ó amados”.

Isso é uma vida plena. Isso é uma vida motivada pela alegria de viver com alguém que é companheiro e amigo em todas as horas. E isso é o cumprimento do plano de Deus para o casamento, e que trará alegria para a vida dos que se dispuserem a assim proceder.

Deus abençoe sua família,

Osmar Reis Junior
Psicólogo do CEAFA

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