quarta-feira, 30 de setembro de 2015

Ingredientes básicos para um casamento longo e feliz

Confira seis itens essenciais para uma união saudável e duradoura

Um bom casamento começa com uma faísca que cresce dando-se muita atenção às suas necessidades. Os seguintes ingredientes essenciais têm sido uma parte importante do nosso casamento por quase 30 anos. Sem eles, eu não acho que poderia ter conseguido vencer as provas que vieram e continuam a vir em nosso caminho.

1. Sempre de mãos dadas - mesmo quando em desacordo um com o outro

Eu me lembro da alegria que senti quando meu marido e eu demos as mãos pela primeira vez. Este simples gesto confirmou que ele me amava tanto quanto eu o amava.

Após quase 30 anos de casamento, ainda ficamos de mãos dadas. Eu amo meu marido hoje mais do que no dia de nosso casamento e não posso imaginar não ter sua mão na minha - no carro, durante as caminhadas, ao assistir a um filme, quando oramos, quando fazemos compras e quando e onde quer que estejamos.

Segurar a mão de seu cônjuge aquece seus corações.

2. Faça o que puder para olhar para si e para o seu cônjuge e sentir-se bem

Lembram-se dos encontros? Escolhíamos nossas melhores roupas e sapatos. Cada fio de cabelo estava alinhado. Cheirávamos bem, estávamos e nos sentíamos ótimos. Fazíamos tudo isso para o nosso encontro. Em seguida, o casamento e a vida entram em cena e acabamos por descuidar de nós mesmos.

Muitas vezes penso sobre isso. Eu sou culpada de me descuidar. Como eu sei? Eu decidi cuidar melhor da minha saúde. Estatisticamente tendo em vista nossa genética familiar, eu estou chegando ao fim da minha vida devido à diabetes, doenças cardíacas e câncer. Nenhum deles se manifestou em mim, mas para mantê-los longe, eu decidi cuidar melhor de mim mesma. Você pode acompanhar este processo no meu blog.

Eu não tinha percebido o estado do meu corpo até que eu perdi peso. Na minha mente, eu ainda tenho 20 anos. Sinto-me melhor, mais bonita e apesar de o nosso casamento não parecer em perigo, eu e meu marido vimos e sentimos a diferença. Dele ouço agora comentários regulares quase esquecidos, que me sinalizam que ele gostou das mudanças.

Planeje um encontro com o seu cônjuge e leve algum tempo para se produzir. Você pode sentir-se 10 ou 20 anos mais jovem.

3. Não aponte

Muitas vezes, ao repreender meu marido por seus defeitos, percebi que não conseguia muito a não ser irritá-lo. Ele não mudava aquilo que me desagradava. Comecei a me perguntar se tinha cometido um erro ao me casar com ele. Eu não queria que nosso casamento acabasse, mas não sabia como encontrar a alegria que antes pertencia ao nosso amor.

Um bom amigo me aconselhou a apontar o dedo para mim. Se eu mudasse, ele iria mudar e, muito provavelmente, da maneira necessária. Eu tentei isso e nosso casamento agora é mais forte e mais alegre. Também aprendi que essas pequenas coisas que não mudam são parte dele e percebi que eu não quero que essas partes dele se percam de mim.

Agora, quando estou tentada a apontar o dedo para ele, eu me lembro de que quando aponto um para ele, meus dedos restantes estão apontando para mim.

4. Beijar

Beijem-se para despedir, quando se encontram, quando chegam a casa, antes de saírem do carro - sempre que se sentirem bem. Não há nada tão reconfortante como a lembrança do amor de seu cônjuge através de um beijo.

Lembro-me do nosso primeiro beijo. Eu sabia que ele me amava. Eu sabia que ele era meu (Eu disse a ele que para sempre). Eu ainda sinto isso. Mesmo quando é um beijo rápido, como ao sair para o trabalho de manhã.

Sempre se cumprimentem e se despeçam com um beijo, mesmo que seja em público.

5. Divirtam-se juntos

Meu marido é um técnico automotivo. Eu amo animais. Ele coleciona carros, eu coleciono animais. Não tem sido fácil conciliar nossas coleções. Com o tempo eu aprendi a desfrutar de nossas conversas sobre automóveis e às vezes ele me mostra como consertá-los, e ele já se apaixonou pela maioria dos animais que eu trouxe para casa.

Como nossos filhos estão crescidos e passamos mais tempo juntos fora de casa, aprendemos a apreciar a natureza juntos. Caminhadas no Everglades, passeios de trilha no seu jipe Discovery, fotografia e caminhadas ao longo da praia. No passado, essas atividades nem sempre envolviam nós dois e as crianças. Agora as crianças se juntam a nós sempre que seus horários permitem.

Atente para os hobbies e aquilo que seu cônjuge gosta de fazer. Procurem atividades para fazerem juntos e se divertir. Vocês podem se apaixonar novamente.

6. Eu te amo

Ficar de mãos dadas quando estão juntos e beijar o mais possível é como dizer, pensar e escrever pequenos bilhetes dizendo "Eu te amo”.

Meu marido disse estas palavras a mim quando estávamos namorando. Eu não respondi. Ele perguntou por que e eu lhe disse que não queria dizer: “Eu te amo” a menos que ele compreendesse bem o que eu queria dizer. Discutimos o significado dessas três palavras importantes. Ele aprendeu que quando eu digo “Eu te amo”, eu quero dizer para sempre, e não só para ontem ou hoje. Eu o amo, não só pela alegria que ele me trouxe, mas também pelos desafios que nos fizeram crescer e amadurecer juntos e que vai continuar no futuro.

Considere a adição destes ingredientes essenciais ao seu casamento. Discuta-os com o seu cônjuge e vocês poderão fortalecer e acrescentar anos à sua união.

Dennise Sleeper

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terça-feira, 29 de setembro de 2015

A advertência de Deus, através do Apóstolo Paulo, aos que repudiaram e desejaram se casar de novo

A Carta aos Gálatas representa mais que um encorajamento espiritual; representa uma advertência dura àqueles que haviam conhecido a Graça do SENHOR JESUS e desejavam voltar ao tempo da Letra envelhecida e morta.

O apóstolo Paulo fora o maior porta-voz da Graça de DEUS às igrejas cristãs primitivas que iam se formando, em diversos lugares, por meio do arrependimento e do novo nascimento em CRISTO JESUS. Os novos cristãos adoravam a DEUS nas casas, pois se havia dado o conhecimento a eles de que o SENHOR não habitara “em templos feitos por mãos de homens” (Atos 17:24).

Maior indignação do apóstolo acontecera quando ele soube que os gálatas, rapidamente, haviam transtornado o Evangelho da Graça de DEUS por outro evangelho anunciado por pessoas que insistiam em viver debaixo da Lei antiga: “Maravilho-me de que tão depressa passásseis daquele que vos chamou à graça de Cristo para outro evangelho; o qual não é outro, mas há alguns que vos inquietam e querem transtornar o Evangelho de Cristo. Mas, ainda que nós mesmos ou um anjo do céu vos anuncie outro evangelho, além do que já vos tenho anunciado, seja anátema” (Gálatas 1:6-8).

E por que os gálatas queriam abraçar novamente ao velho sistema? Dentre outras coisas, porque nele os homens viviam uma vida de devassidão carnal, de pecado, pois achavam que a simples execução de obras os salvaria. Vejamos o capítulo 3: “Ó INSENSATOS gálatas! Quem vos fascinou para não obedecerdes à verdade, a vós, perante os olhos de quem Jesus foi evidenciado, crucificado, entre vós? Só quisera saber isto de vós: recebestes o Espírito pelas obras da lei ou pela pregação da fé? Sois vós tão insensatos que, tendo começado pelo Espírito, acabeis agora pela carne?” (versículos 1 a 3). Adiante, Paulo prosseguiu com a dura exortação em defesa da Graça de DEUS: “Todo aquele, pois, que são das obras da lei estão debaixo da maldição, porque está escrito: Maldito todo aquele que não permanecer em todas as coisas que estão escritas no livro da lei, para fazê-las. E é evidente que pela lei ninguém será justificado diante de Deus, porque o justo viverá pela fé” (versículos 10-11). Essa fé, defendida por Paulo, consistia em obediência aos preceitos de CRISTO e em uma vida de santidade, afastando-se de tudo o que desagrada a DEUS, como obras das manifestações carnais. A carne dos homens cristãos e tementes a DEUS fora morta em CRISTO na cruz do calvário.

Era notório que os gálatas quisessem se reaproximar das obras da lei, visto que, através delas, eles se sentiam livres para repudiar seus cônjuges e contraírem novas núpcias, como acontecia com os fariseus e escribas nos tempos de JESUS. Anos antes, JESUS havia lhes apresentado a doutrina da Graça, muito mais estreita e disciplinadora que os aspectos da velha lei. Em Mateus, o SENHOR advertiu que o adultério era muito mais que a prática da conjunção carnal ilícita: “Ouviste que foi dito aos antigos: Não cometerás adultério. Eu, porém, vos digo, que qualquer que atentar numa mulher para a cobiçar, já em seu coração cometeu adultério com ela” (5:27-28). Diferentemente da lei antiga, o adultério, na época da Graça, acontece bem antes da relação sexual ilícita. Ocorre quando um homem casado cobiça, deseja outra mulher que não seja a esposa dele. Fora esse caminho apertadíssimo que o SENHOR apresentou aos Seus discípulos um pouco mais adiante: “Entrai pela porta estreita; porque larga é a porta e espaçoso o caminho que conduz à perdição, e muitos são os que entram por ela. E porque estreita é a porta, e apertado o caminho que leva à vida, e poucos há que a encontrem” (Mateus 7:13-14). O apóstolo Paulo também havia ensinado esse mesmo caminho estreito aos irmãos em Roma e em Corinto (Romanos 7:2-3 e 1 Coríntios 7:10,11 e 39).

A questão é que, muitos hoje em dia, que se dizem cristãos, querem viver deliberadamente as obras da carne, estando na Graça, o que é impossível aos olhos de DEUS. Paulo chegou a questionar os irmãos em Roma sobre esse modo de vida: “Que diremos pois? Permaneceremos no pecado para que a graça abunde? De modo nenhum. Nós, que estamos mortos para o pecado, como viveremos ainda nele?” (Romanos 6:1-2).

Voltando às advertência de Paulo aos gálatas, no capítulo 5 ele escreveu: “Digo, porém, Andai em Espírito, e não cumprireis a concupiscência da carne. Porque a carne cobiça contra o Espírito, e o Espírito contra a carne; e estes opõem-se um ao outro, para que não façais o que quereis. Mas, se sois guiados pelo Espírito, não estais debaixo da lei. Porque as obras da carne são manifestas, as quais são: adultério, fornicação, impureza, lascívia, idolatria, feitiçaria, inimizades, porfias, emulações, iras, pelejas, dissensões, heresias, invejas, homicídios, bebedices, glutonarias,e  coisas semelhantes a estas, acerca das quais vos declaro, como antes vos disse, que os que cometem tais coisas não herdarão o reino de Deus” (Gálatas 5:16-21) (grifos meus).

O apóstolo de DEUS afirmou que quem é guiado pelo Espírito de DEUS não faz o que quer, ou seja, não busca em si mesmo a sua própria felicidade; antes renuncia a tudo o que é contrário ao Espírito. Adiante, Paulo listou algumas obras da carne. A primeira da lista é o ADULTÉRIO. Logo em seguida a fornicação. Ambas relação sexual ilícita. A primeira de quem é casado e a segunda de quem é solteiro e mantém relação sexual com outra pessoa solteira. Ao final da lista, Paulo fez os gálatas se lembrarem de uma sentença divina que, outrora, ele havia transcrito aos irmãos em Corinto (ver 1 Coríntios 6:9-10): QUEM VIVE NA PRÁTICA DO ADULTÉRIO E NA FORNICAÇÃO NÃO HERDARÁ O REINO DE DEUS. E que reino herdará depois de morrer? Para onde irá o espírito dessas pessoas? “Quem vencer, herdará todas estas coisas; e eu serei seu Deus, e ele será meu filho. Mas, quanto aos tímidos, e aos incrédulos, e aos abomináveis, e aos homicidas, e aos que se prostituem, e aos feiticeiros,e  aos idólatras e a todos os mentirosos, a sua parte será no lago que arde com fogo e enxofre, que é a segunda morte” (Apocalipse 21:7-8) (grifos meus).

Se essas fossem palavras minhas, nos tempos de hoje, diriam os desobedientes que eu estaria julgando, atirando pedras, que estaria sendo ortodoxo e legalista demais, ou coisa parecida. Mas, graças a DEUS, não fui eu, o Pastor Fernando César, quem escreveu essas palavras. Elas saíram do coração de DEUS como advertência para toda a igreja.

No livro das Revelações também está escrito: “Quem é injusto, seja injusto ainda; e quem é sujo, seja sujo ainda; e quem é justo, seja justificado ainda; e quem é santo, seja santificado ainda” (Apocalipse 22:11). Costumo dizer aos meus irmãos em CRISTO que a santificação é uma escada para cima, sem o último degrau. Quanto mais santo somos, mais DEUS manda-nos santificarmos mais ainda. Só há um caminho para quem deseja sair da sujeira, da podridão do pecado, e seguir em direção ao Reino de DEUS: aceitando a Verdade, arrependendo-se e buscando viver uma vida de santidade aos pés de JESUS. Faça isso enquanto há tempo. DEUS te ama tanto, que ELE não te quer perdido, nos caminhos do adultério e da prostituição, fazendo o que você quer ou acha certo. Renuncie a sua carne e se arrependa. Há um lugar guardado para você no Reino de DEUS. Só depende da atitude que você terá hoje diante de DEUS.


FERNANDO CÉSAR

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segunda-feira, 28 de setembro de 2015

ALIANÇAS SEM CARINHO


A ausência de carinho entre os cônjuges é um dos maiores motivos para a frieza sexual existente no casamento e uma das armas mais poderosas de satanás para atingi-lo.

Muitos casais perdem a afeição, o carinho e o respeito, uns pelos outros, logo nos primeiros anos de convivência conjugal. Outros até levam mais tempo. Isso acontece por causa da comodidade que brota na alma e no coração. É como se o objetivo do casamento se encerrasse na troca de alianças, seja no púlpito de algum templo, seja diante de um Juiz de Paz. O casamento começa a partir daí e não deveria perder forças nos estágios iniciais.

Namorar e noivar são bem diferentes da convivência conjugal diária, embora muitos casais estejam tratando o namoro e o noivado com as mesmas características de um casamento. Só lembrando que a fornicação (relação sexual ilícita entre casais que ainda não se deram em casamento) gera maldição futura no relacionamento. E como nos tempos atuais ela passou a ser muito comum, a tendência é que o número de separações, de divórcios e novos casamentos infelizmente cresça ao longo dos anos.

Os únicos frutos da fase do namoro e noivado que deveriam ser levados para o casamento são o carinho, a atenção e o respeito (este último já tem se ausentado antes mesmo de o casamento ocorrer).

O carinho e a atenção funcionam como oxigênio para a convivência conjugal diária. A falta deles gera desproteção e desânimo. Até as críticas devem ser feitas com carinho e respeito. O bom relacionamento sexual necessita de carinho. Assim como a boa comida, a casa em ordem, as roupas bem passadas. Tanto uma esposa como um marido funcionam melhor quando priorizam essas qualidades no casamento. Casais carinhosos têm maior probabilidade de superarem os obstáculos juntos do que aqueles casais secos, frios, duros como cimentos, e que não aprenderam a conviver na atmosfera do carinho. Antes, as suas trajetórias como casados foram a base de espinhos, flechas, pedras, cruzes.

Uma frase que deveria ser constante no coração de casais casados: “Calma. Você vai conseguir”. Ela é um ingrediente que faz uma convivência conjugal ir mais longe. Ou quando a esposa diz: “Eu só faço coisas erradas”, o marido logo retruca: “Qual é o problema? Eu também erro muito”. Nesse caso, o marido traz a esposa para o nível dele, e não a deixa se sentir inferior ou desqualificada. O ruim é quando o marido ou a esposa se sente muito melhor que o seu cônjuge e a (o) deixa em uma condição inferiorizada. Isso serve como incentivo para todas as áreas do casamento, especialmente a financeira e a profissional, quando um tem se destacado mais que o outro.

A falta de carinho, atenção e reconhecimento maltrata, apaga a última luz dentro do ser até que tudo se transforme em escuridão. Os hábitos de casais casados devem ser voltados para eles próprios. O tempo da solteirice acabou. Acabou o tempo em que não se tinha obrigação de dar satisfação ou hora para voltar para casa. Tempo em que se podia fazer tudo sozinho (a). Agora não são mais duas pessoas individualizadas, mas duas que se fizeram uma. Assim tudo precisa ser compartilhado com sinceridade, carinho e respeito.

A falta de carinho e atenção também deixa o cônjuge super vulnerável, carente e desprotegido. É nesse momento que satanás se ocupa em colocar no caminho outra pessoa muito carinhosa e atenciosa, que venha preencher aquilo que o cônjuge legítimo não fez. Muitas das traições ocorreram exatamente por essa lacuna existente no casal. Não que elas justifiquem nem deem legalidade espiritual para um novo relacionamento. Por exemplo: a justificativa “hoje eu sou feliz porque estou com uma pessoa muito carinhosa ao meu lado, que me respeita e me faz tudo o que o meu ex- não fez durante o tempo de casados” não tem o menor valor para os que desejam caminhar para o Reino de DEUS.

Há casos em que a abstinência sexual se inicia lentamente pela falta de carinho. Em outros casos porque, independentemente dele, o coração do cônjuge já está contaminado pelo pecado da traição. Mas há uma diferença entre um caso e outro. No primeiro exemplo, o cônjuge não carinhoso é responsável direto pelo pecado da traição. No segundo exemplo, não. A abstinência sexual entre pessoas licitamente casadas infelizmente tem se tornado algo muito comum. Não existe uma quantidade certa e exigida para se praticar sexo no dia ou na semana, mas quanto mais se praticar, melhor para o casamento (leia 1 Coríntios 7:5). Cada casal, desde o início do casamento, conhece o seu parâmetro sexual. Quanto mais cedo se detecta o esfriamento sexual e as causas, mais possibilidade haverá para restauração. O importante é não se acomodar com ele.

Ser carinhoso (a) não se resume apenas a palavras, mas principalmente a atitudes. É procurar tomar café, almoçar e jantar juntos, sempre que isso for possível. Sair para passear juntos, demonstrar o quanto é importante a presença do outro em nossa vida. Ser carinhoso nem sempre vai resultar no ato sexual em si. Algumas vezes ele pode ficar no plano das carícias, dos abraços e beijos. O sexo tem que ser tão natural como o respirar; mas ele será muito mais prazeroso quando vier como resultado de um carinho intenso.

Os relacionamentos serão muito melhores quando as pessoas descobrirem o real valor do carinho. É um dos exercícios do servir, do doar-se, do fazer ao outro sem esperar uma recompensa. Carinho não se cobra; carinho se dá. O carinho destrói as muralhas do egoísmo, da frieza e da solidão. Eu não dou carinho porque eu recebo carinho; mas dou carinho para que a minha companheira, amiga e esposa sinta-se mais valorizada. É uma semente que é plantada no coração e na memória do outro. Não foi a toa que o apóstolo Paulo orientou: “Maridos, amem as suas esposas e não as tratei com amargura” (Colossenses 3:19), para que, quando houver distância, separação, exista ainda uma saudade no coração a brotar: a saudade dos momentos de carinho. Porque a pior coisa é não ter tido carinho para se lembrar no amanhã.


FERNANDO CÉSAR

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domingo, 27 de setembro de 2015

Salvando Minha Família

 

A família sempre foi e será a célula mãe da sociedade, sem esta instituição de respeito chamada família não tem como ter sociedade. De alguns anos para cá, estamos vendo famílias, cada dia mais, sendo atacadas pelos poderes do diabo (Jo 10:10), que muitos julgam não existir. Os valores familiares como: criarem os filhos juntos, educarem os filhos nos princípios de Deus, estão sendo trocados todos os dias pela tal dependência de ambos os lados, que julgam poder criar os seus filhos sem a ajuda um do outro, ou seja, um erro muito grave e desrespeitoso do princípio fundamental da família que é a Palavra de Deus, pois quando o Senhor colocou o primeiro casal no jardim do Éden (os dois juntos) para guardar, administrar e cultivarem (Gn 2:7-25), o próprio Deus deixou a responsabilidade de juntos fazerem o melhor para o Senhor Deus.

Hoje os valores estão sendo colocados de lado para darem lugar aos casamentos e famílias de conveniência (hoje estão juntos, amanhã não), os homens não querem mais ter compromisso e as mulheres só querem independência. Os seres humanos estão a cada dia mais pervertendo os valores que Deus deixou, como uma família abençoada e um lar edificado em Cristo Jesus (Mt 7:24).
Um grande homem de Deus, Pr: Abner Santos, falando sobre família, diz:

“A família é a espinha dorsal da sociedade, foi constituída por Deus, Todavia, está sendo destruídos pelo pecado, vícios, incredulidade e dureza de coração” [1]

    A Bíblia diz: “O diabo vem somente para roubar, matar e destruir” (Jo 10:10 a), é não pense que o mal pelo qual sua família está passando é normal; o diabo é inimigo dessa instituição abençoada por Deus chamada família, ele tem tentado acabar com o seu lar, pois acabando com ele estará automaticamente acabando com a sociedade e mandando muitas vidas para o inferno da destruição familiar. Mas o Senhor Jesus chegou para acabar com os poderes de satanás e lhe trazer paz em todas as áreas de sua família.

A Bíblia Sagrada nos traz uma grande esperança que é a luz no final do túnel: “Eu vim (Jesus) para que tenham vida e a tenham em abundância” (Jo 10:10 b). Deus tem, e quer o melhor para a sua família, mas precisamos buscar ao Senhor Jesus todos os dias, para que Deus possa abençoar nosso lar trazendo a esperada Salvação em Cristo Jesus, libertação e dias melhores de vida para o nosso lar e família (Mt 11:28-30).
    Muitas famílias hoje estão sofrendo, sem saber que a causa de todo este sofrimento é nada mais que o pecado dentro de nossos lares (Rm 3:23; 6:23). Deus que entrar na sua família, na sua casa e realizar o milagre da libertação e salvação em Jesus Cristo.

E você pergunta: como salvar minha família? Buscando a Deus e fazendo um compromisso com o Senhor Jesus Cristo (Js 24:14-15; Mt 6:33).

Silvio Ribeiro Fernandes

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sábado, 26 de setembro de 2015

EU VI O SEU MARIDO

Quando conhecemos verdadeiramente o SENHOR DEUS, descobrimos uma das características mais valiosas do Seu caráter: o de dar vida em abundância a uma árvore cortada. Assim como bem afirmou Jó: “Porque há esperança para a árvore que, se for cortada, ainda se renovará, e não cessarão os seus renovos. Se envelhecer na terra a sua raiz, e o seu tronco morrer no pó, ao cheiro das águas brotará, e dará ramos como uma planta” (Jó 14:7-9).

Eu vi o seu marido. Ele era como aquela árvore que fora cortada por causa dos pecados, um marido envelhecido, sem valor algum no seu caráter. Um homem que só conheceu os caminhos maus e não valorizou a família de sua mocidade que DEUS lhe deu. Sim, a família da mocidade é bênção do SENHOR. É como um presente que ele recebe de DEUS, mas que, com o tempo, ele estraga e destrói.

Seu marido, ó mulher repudiada, foi para o mundo, viver as delícias tristes e mortais do mundo. Fora como o filho pródigo que pegou a parte que lhe cabia, e foi viver deliberadamente no pecado. Foi curtir as farras com os amigos e beijar os lábios da mulher adúltera. Deixou, em sua casa de origem, os filhos sofrendo e a esposa completamente abandonada. Ela agora terá que cuidar de tudo, mesmo a Bíblia afirmando que ela é como um vaso muito frágil e que deve ser submissa a ele.

Eu vi o seu marido, vagando pelas praças, bares, cabarés, todo feliz. O diabo já cauterizou a mente dele e o fez transitar por caminhos de morte. Ele é exatamente a árvore que fora cortada, segundo escreveu Jó. Toda árvore extirpada da raiz, o seu tronco envelhece até morrer. Mas a sua raiz não morrerá porque ela contém a promessa de DEUS. Do pequeno tronco que ficou preso a ela no chão, nascerão novos galhos, novas folhas, novos frutos. Porque DEUS não se esquece daquele a quem ELE fez promessas. Quem tem promessas do SENHOR não morrerá jamais, mas voltará ao seu lugar de origem. Ninguém se esquece do caminho de volta para casa. Como aquele filho rebelde que pedira a sua parte da herança ao pai para viver deliberadamente no mundo. Seu pai não o impediu. DEUS permitiu. E ele chegou ao ponto de passar muita fome e desejar comer as bolotas com os porcos. Essa é a consequência do pecado. Embora prazerosa, ao final deixa marcas profundas. E um dia, aquele filho caiu em si, levantou-se da lama e seguiu o caminho de volta para a casa do seu pai. O pai o perdoou e fez uma festa em sua volta para casa.

Eu vi o seu marido. Ele era um homem arrogante, ignorante, cheio de más intenções. Um coração preso ao pecado. Violento, agressivo, irresponsável. Um homem que nem parecia aquele quando você o conheceu e pediu você em casamento. Eu vi o seu marido mesmo sem conhecê-lo pessoalmente. Ele tinha o semblante do homem que conheci vagando por uma loja que vendia canetas sofisticadas, aqui em Brasília, Distrito Federal. Boa aparência, elegante, estabilizado profissionalmente. Ninguém dizia que ele fora um péssimo marido e entregou a sua esposa ao relento. Por fora, um homem com semblante maravilhoso. Por dentro, uma fonte seca, clamando por água. Sabe aqueles homens que quando encontra um cristão faz questão de demonstrar que também é cristão, mesmo com uma vida totalmente contrária ao que JESUS ensinou? Assim era aquele homem. Conversei rapidamente com o seu marido e não me esqueci de deixar-lhe um cartão do Ministério de restauração familiar. Eu nem sabia da sua real situação. Tudo propósito de DEUS.

O tempo passou e nunca mais soube notícias dele. Como o pai da passagem bíblica do filho pródigo. Mas DEUS nunca tirou os Seus preciosos olhos daquela terra seca. Porque de um deserto, DEUS faz jorrar mananciais de água viva: “Não vos lembreis das coisas passadas, nem considereis as antigas. Eis que faço uma coisa nova, agora sairá à luz; porventura não a percebeis? Porei águas no deserto, e rios no ermo, para dar de beber ao meu povo, ao meu eleito” (Isaías 43:18-20).

Dessa forma, ontem, o seu marido me procurou para abrir o coração. Falou a verdade sobre o seu interior. Contou-me que há quase dois anos repudiou você, que era muito ignorante, hostil; que não valorizou a família como DEUS determina e que está sendo transformado pelo poder do Espírito Santo através de tudo o que ele lê e ouve de nossas publicações no Ministério. Alegrou-se em DEUS pela minha vida e disse que vai buscar o melhor caminho: o da restauração familiar.

Ontem vi o seu marido. E, para ser mais específico: eu me vi nele. Ele verdadeiramente era um novo homem, um ser transformado pelo SENHOR. Um marido que vai te amar como CRISTO amou a sua igreja e por si mesmo deu a vida por ela; e que nunca mais vai sair de casa porque está voltando pela ação exclusiva do Espírito Santo. DEUS faz assim. Quando uma esposa luta e espera por aquilo que é justo, o SENHOR ouve a sua oração e a restitui milagrosamente. Vejamo-nos uns nos outros, à imagem e semelhança do SENHOR. Somos todos falhos e DEUS nos ama do mesmo jeito. ELE nos ensinou a lição mais preciosa com o IDE E FAZEI DISCÍPULO: o de não desistirmos da vida de ninguém. Exerçamos misericórdia para alegrar Aquele que é misericordioso conosco.

Se você antes duvidava do milagre em seu casamento, saiba que o DEUS que fez e faz na vida desse marido, é o mesmo DEUS que não faz acepção de pessoas e que vai resgatar também o seu marido. Ele será como as novas raízes que nascerão ao cheiro suave das águas. Assim será a sua nova casa, a sua nova família, o seu novo casamento, mas, claro, com um marido transformado pelo SENHOR. Creia e espere no SENHOR!



FERNANDO CÉSAR 

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quarta-feira, 23 de setembro de 2015

A Criação da Família Tendo Esperança Mesmo nos Piores Tempos

Baseado em Miquéias 7
Concluímos estas séries sobre a criação espiritual hoje. O título que escolhi para esta última mensagem é “Ter esperança na família mesmo nos piores tempos”. Não há tempos fáceis para gerar e criar filhos. A idéia de Gênesis 3 é que, tão logo o pecado entrou no mundo, o parto se tornou muito difícil. O Senhor disse a Eva: “Multiplicarei sobremodo os sofrimentos da tua gravidez; em meio de dores darás à luz filhos” (Gênesis 3,16). E, depois disso, ela e Adão geraram dois garotos, um deles matou o outro.
O único modo de ser livre

O conceito fundamental dessa história é que o pecado agora está no mundo — em cada pai e em cada criança. E esse é o tipo de coisa que o pecado faz. Destrói as pessoas e arruína famílias. O principal problema no mundo é o poder do pecado intrínseco. E ele é um poder. É uma força, um defeito, uma depravação, uma corrupção da alma humana. Ele não é uma sucessão de livre escolha. O pecado é uma escravidão poderosa que destrói a liberdade humana.

A única forma de um ser humano ser livre — para um pai ou uma criança serem livres — é nascer de novo através do Espírito de Deus; aceite Jesus como Salvador; seja perdoado de seu pecado pelo Criador do universo e receba o Espírito Santo como o único poder contrário ao poder do pecado. Essa é a única esperança para o mundo e para os pais e crianças. É verdade em cada era.

Não há tempos fáceis para a criação de filhos

Não há tempos fáceis para gerar e educar filhos a fim de que se tornem adultos humildes, justos, criativos, produtivos e exaltem a Cristo. Não há tempos fáceis. Mas alguns tempos são mais difíceis que outros. E se eles são mais difíceis ou não, dependem de suas circunstâncias pessoais ou sociais.

Hoje, meu desejo é ajudar você, pai, a ter esperança mesmo nas piores circunstâncias. E quero dizer ambos: o pior no lar e o pior na cultura. E para aqueles que não são pais, tudo o que digo se aplica a vocês, porquanto como ter esperança em meio aos piores tempos é o mesmo para todos. Precisamos disso por diferentes razões.

O profeta Miquéias

O profeta judeu Miquéias pregou durante os reinos de Joatão, Acaz e Ezequias, reis de Judá (Miqueias 1,1), aproximadamente em 750 a 687 a.C. A declaração mais explícita sobre como ele surgiu nessa cena é expressa em Miquéias 3.8:

Eu, porém, estou cheio do poder do
Espírito do SENHOR,
cheio de juízo e força,
para declarar a Jacó sua transgressão
e, a Israel, seu pecado

A proclamação do julgamento e da misericórdia

Deus enviou profetas para revelar às pessoas seus pecados. E com o pecado delas, os profetas proclamaram julgamento e proclamaram misericórdia. É o padrão que ocorre por toda a Bíblia: julgamento e misericórdia. Julgamento e misericórdia. Deus é santo e justo e envia julgamento sobre os pecadores. E Deus é misericordioso e paciente, compassivo e salva o povo pecador de seu julgamento. Miquéias torna isso claro no capítulo 4 e versículo 10:

Sofre dores e esforça-te, ó filha de Sião,
como a mulher que está para dar à luz,
porque, agora, sairás da cidade,
e habitarás no campo,
e virás até à Babilônia;
ali, porém, serás libertada;
ali, te remirá o SENHOR
das mãos dos teus inimigos.

O Senhor os enviará à Babilônia como julgamento. E ele os trará de volta para a terra por sua Misericórdia.

A punição está vindo

No capítulo 7, Miquéias se refere à criação de filhos nos piores tempos — piores no lar e piores na cultura. O versículo 1: “Ai de mim! Porque estou como quando são colhidas as frutas do verão, como os rabiscos da vindima: não há cacho de uvas para chupar, nem figos temporãos que a minha alma deseja”. Ele, talvez, esteja falando sobre como está desprovido de alimentação. Mas suspeito que Miqueias esteja se referindo à metáfora de estar desprovido de amigos e companheiros piedosos. Porque ele prossegue dizendo nos versículos 2 e 3: “Pereceu da terra o piedoso, e não há entre os homens um que seja reto; todos espreitam para derramarem sangue; cada um caça a seu irmão com a rede. As suas mãos estão sobre o mal e o fazem diligentemente; o príncipe exige condenação, o juiz aceita suborno, o grande fala dos maus desejos de sua alma, e, assim, todos eles juntamente urdem a trama”. Os líderes são corruptos. Eles conspiram (“urdem”) para fazer o mal o quanto podem e o fazem bem.

O versículo 4: “O melhor deles é como um espinheiro; o mais reto é pior do que uma sebe de espinhos”. Se Miquéias tenta se aproximar deles, eles o espetam. “É chegado o dia anunciado por tuas sentinelas, o dia do teu castigo; aí está a confusão deles”. Assim, a sentinela designada para ver o inimigo se aproximando vê que o dia dele chegará em breve. A punição está vindo.

Até esposa e crianças

Agora, Miquéias traz esse contexto de corrupção da cultura para a vizinhança e família. O versículo 5: “Não creiais no amigo, nem confieis no companheiro. Guarda a porta de tua boca àquela que reclina sobre o teu peito”. Em outras palavras, pecado, corrupção e engano são tão difusos que você precisa vigiar para que até sua esposa não o traia — “àquela que reclina sobre o teu peito”.

Agora, para os filhos. O versículo 6: “Porque o filho despreza o pai, a filha se levanta contra a mãe, a nora, contra a sogra; os inimigos do homem são os da sua própria casa”. Há cinco pessoas nesse quadro. Um pai e uma mãe. Um filho e uma filha. E uma nora. Portanto, o filho é casado. Miqueias já disse que as coisas são duvidosas entre o marido e a mulher (“Guarda a porta de tua boca àquela que reclina sobre o teu peito”). E, agora, ele diz que o filho despreza o pai. E a filha se levanta contra a mãe e a nora toma partido com a filha contra a mãe. Miqueias até os chama de inimigos do homem. E no final do versículo 6: “os inimigos do homem são os da sua própria casa”. Ele se refere especificamente aos filhos. Parece que as filhas focam suas animosidades na esposa do filho. Mas ele sente isso.

Agora, isso é doloroso. Alguns de vocês vivem exatamente tal situação. É o pior dos tempos. A cultura é corrupta e o casamento e a família estão em crise. Esse é o quadro em Miqueias 7. Para alguns de vocês, é o quadro hoje. E para outros, será o quadro de amanhã.

Jesus causa esse tipo de conflito familiar?

Antes que eu aponte para a esperança de Miquéias nessa situação, quero que você compreenda o que Jesus fez com o retrato dessa família no versículo 6. Volte-se para Mateus 10,34-36. Jesus descreve o efeito de sua vinda: “Não penseis que vim trazer paz à terra; não vim trazer paz, mas espada. [Então, ele usa Miquéias 7,6] Pois vim causar divisão entre o homem e seu pai; entre a filha e sua mãe e entre a nora e sua sogra. Assim, os inimigos do homem serão os da sua própria casa”.

Aqui estão as mesmas cinco pessoas, a mesma referência aos inimigos de sua própria casa, mas há uma diferença formidável. Jesus diz que ele causou isso. O versículo 35: “Pois vim causar divisão entre o homem e seu pai...”. Ele não diz, é óbvio, que ama dividir famílias. Ele pretende dizer que seu chamado radical ao discipulado rompe relacionamentos. Um crê e o outro não. Um pai segue a Jesus, um filho não. Um filho segue a Jesus, o pai não. Uma filha segue a Jesus, a mãe não.

Por que Jesus está aqui?

A ideia de trazer Jesus para o quadro aqui primeiramente é mostrar que o colapso na família na época de Miqueias não é necessariamente atribuído apenas à corrupção na família. Isso, talvez, deva-se à justiça na família. Tudo pode transcorrer normalmente até que alguém se torna sério com respeito a Deus e a respeito de seu pacto e sua palavra. Então, as acusações começam a ser atiradas. “Você pensa que é muito melhor, agora que aderiu à religião! As coisas eram ótimas, e agora você pensa que o restante de nós deveria ser convertido”.

E a outra razão para mencionar o uso que Jesus faz desse texto é demonstrar que não havia nada de especial na época de Miqueias. Era verdadeiro no oitavo século a.C. Era verdadeiro no primeiro século do Anno Domini. E é verdadeiro no século 21. Para alguém, é sempre o pior dos tempos, mesmo se não fosse para você.
O que, então, Miqueias tem que dizer para a família ter esperança mesmo nos piores tempos?

O que Miquéias precisa dizer? Dizer audácia com o coração partido

Ele se descreve — eu suspeito, como pai representante do povo de Israel — e a postura que ele assume é a da audácia com o coração partido. É a essência do que desejo lhe dizer a respeito de família nos piores tempos. Tenha essa postura de audácia com o coração partido. E, para ter certeza de que você sabe o que pretende expressar por “coração partido” e por “audácia”, precisamos perguntar: o que o levou a estar com o coração partido? E sob qual base ele pode ser tão audacioso? Vamos examinar os versículos 7-9 para obter a resposta para essas duas questões. O que o faz estar com o coração partido? E como ele pode ser tão audacioso?

Não com farisaísmo

Justamente após falar no versículo 6: “Os inimigos do homem são os da sua própria casa”, ele diz no versículo 7: “Eu, porém, olharei para o Senhor e esperarei no Deus da minha salvação; o meu Deus me ouvirá”. Portanto, no pior dos tempos, olhamos para o Senhor. Podemos tentar olhar em qualquer outra parte. Nada funciona. Tudo se rompe. Pensávamos que podíamos fazer a família viver em harmonia. Talvez, esses filhos estivessem sob o nosso controle a fim de moldá-los da forma que decidíssemos. Provavelmente, se tivéssemos o casamento instituído em cartório, conforme as leis do país, a confiança profundamente mútua, o respeito, a admiração e a afeição estariam em nosso controle. E agora. Agora, olhamos para o Senhor.

Mas tome cuidado. Miqueias olha para o Senhor com farisaísmo? Tal coisa é possível. Ele diz: “Fiz tudo certo — tudo o que um pai deveria fazer. Se essa família não vive em harmonia, meu coração está partido, mas não sou o problema. Eles são o problema”. Essa é a postura deste homem? Não, não é. E espero que não seja a sua também.

Pecar, mas estar consciente de nosso próprio pecado

Ouça que Miquéias diz nos versículos 8 e 9. Atente para a audácia e o coração partido. Por que ele está com o coração partido?

“Ó, inimiga minha, não te alegres a meu respeito; ainda que eu tenha caído, levantar-me-ei; se morar nas trevas, o Senhor será a minha luz. Sofrerei a ira do Senhor, porque pequei contra ele, até que julgue a minha causa e execute o meu direito; ele me tirará para a luz, e eu verei a sua justiça.”

Não deixe de compreender o princípio do versículo 9: “Sofrerei a ira do Senhor, porque pequei contra ele”. A razão pela qual é tão importante para os cônjuges e pais compreenderem é porque ele diz isso no contexto de haver realmente pecado (nesse caso, ele fala em nome da nação de Israel e descreve o caos familiar dentro da nação) contra o Senhor. No versículo 8, diz à sua inimiga (talvez sua esposa): “Ó, inimiga minha, não te alegres a meu respeito”. Não se regozije com a minha ruína. E, na metade do versículo 9, afirma que o Senhor julgará sua causa e executará seu direito. “Ele me tirará para a luz, e eu verei a sua justiça”.

Em outras palavras, ele sabe que pecou contra o Senhor. Sabe que algumas de suas acusações são injustas. Sabe que Deus está em seu favor e não contra ele. Deus o buscará das trevas para a luz; fará justiça a ele. Miqueias é audacioso em sua confiança e nessa alegação. Surpreendentemente audaciosa. No entanto, para o que ele atrai a atenção a fim de explicar a indignação do Senhor e sua própria escuridão é seu próprio pecado. “Sofrerei a ira do Senhor, porque pequei contra ele”.

Por que o coração está tão partido?

Assim, aqui há a minha resposta para esta questão: por que Miquéias está com o coração partido? (representando a nação de Israel, que foi quem pecou contra Deus). Não, principalmente, devido ao fato de que há pecado na família, mas é ele quem peca. A postura da família de ter esperança mesmo nos piores tempos é a postura da audácia com o coração partido. E o coração partido se deve primeiramente ao seu próprio pecado e somente então por haver pecado contra a família. Essa é a grande batalha que enfrentamos. Encontraremos, pela graça de Deus, o tipo de humildade que nos capacita a compreender nossas famílias e a nós mesmos dessa forma?

Como ele pode ser tão audacioso?

Segunda questão: como ele pode ser tão audacioso, se ele pecou? Como pode falar do modo como o faz quando seu próprio pecado é tão nítido em sua mente? De onde procede esse tipo de audácia? “Ó, inimiga minha, não te alegres a meu respeito; ainda que eu tenha caído, levantar-me-ei [...] até que julgue a minha causa e execute o meu direito; ele me tirará para a luz, e eu verei a sua justiça”.

A resposta é dada no fim do capítulo. E o fato de ela aparecer como a última coisa em todo o livro e com tamanha ênfase, mostra como isso é absolutamente crucial no livro — de fato, em toda a Bíblia. Os versículos 18 e 19:

Quem, ó Deus, é semelhante a ti, que perdoas a iniquidade e te esqueces da transgressão do restante da tua herança? O Senhor não retém a sua ira para sempre, porque tem prazer na misericórdia. Tornará a ter compaixão de nós; pisará aos pés nossas iniquidades e lançará todos os nossos pecados nas profundezas do mar.

A razão pela qual Miqueias é tão audacioso em seu coração partido é porque ele conhece a Deus. Ele conhece o que é maravilhoso e especial a respeito de Deus. “Quem, ó Deus, é semelhante a ti?” Significa: não há Deus como o Senhor. Seus caminhos são mais altos que os nossos caminhos. Seus caminhos são mais altos que qualquer deidade no mundo. E o que é excepcional no Senhor? O Senhor perdoa a iniquidade e ignora a transgressão de seu povo. Portanto, essa é a excepcionalidade peculiar com respeito a Deus — e não há outro Deus.

A descida até as profundezas do perdão de Deus

Como você conduz sua família tendo esperança mesmo nos piores tempos? Como você a conduz tendo esperança quando sua própria família talvez esteja dividida; três contra dois e dois contra três? Você olha para o Senhor. Você clama ao Senhor (v. 7). E você o clama com duas convicções profundas. Uma é que você é um pecador e não merece qualquer coisa de Deus. Não somos pais perfeitos. Pecamos. E não somos tolos ou ingênuos. Sabemos que pecamos. Entretanto, tudo em nossa carne deseja pensar sobre isso. Somente o Espírito Santo pode nos fazer ver nosso próprio pecado. Somente o Espírito Santo pode nos fazer sentir nossa própria culpa. É uma convicção profunda.

A outra convicção é que não há Deus semelhante ao nosso Deus, que perdoa a iniquidade e esquece nossas transgressões; e não retém sua ira, e tem prazer na sua misericórdia. Estamos profundamente convencidos disso que pecamos contra nossos cônjuges, contra nossos filhos e, com tudo isso, pecamos contra Deus. Você percebe o quanto ambas são cruciais — como elas são eficazes juntas; cada uma delas tornando a outra profunda? Se você não sente seu pecado e sua culpa, não descerá até as profundezas do perdão de Deus. Todavia, essa descida atua de outra forma e é crucial nas famílias: se você não conhece as profundezas do perdão de Deus, não conhecerá a profundeza de seu próprio pecado.

Essas duas convicções profundas produzem a postura da audácia com o coração partido. E é a postura para a família ter esperança mesmo nos piores tempos. Ter o coração partido no furacão de haver pecado e audacioso porque “Quem, ó Deus, é semelhante a ti, que perdoas a iniquidade?”

A audácia com o coração partido intensificada em Jesus

E para os cristãos, as duas partes dessa postura são fundamentadas e intensificadas por se conhecer a Jesus Cristo e o que ele fez por nós na cruz. Para Miquéias, Jesus era a única esperança, no capítulo 5: “E tu, Belém [...], de ti sairá o que há de reinar em Israel [...] Ele se manterá firme e apascentará o povo na força do Senhor” (Miquéias 5,2-4). Esse bom pastor entregou sua vida pelas ovelhas (João 10,11). E quando ele o fez, vimos com a maior clareza que jamais vimos a imensidão de nosso pecado (que exigiu essa extensão de sofrimento) e a magnitude da resolução de Deus para perdoar o nosso pecado. E, desse modo, o coração partido e a audácia são intensificados.

Se você estiver conduzindo sua família nos piores tempos ou deseja se preparar para conduzi-la nos piores tempos, ou simplesmente quer ter esperança mesmo em meio aos piores tempos, olhe para Miqueias, olhe para Jesus e assuma esta postura: ter o coração partido pelo seu pecado e audácia devido a Cristo. Então, no poder do Espírito Santo, prepare seu coração para ser o melhor pai imperfeito que puder — por Jesus.



“1 Ai de mim! Porque estou como quando são colhidas as frutas do verão, como os rabiscos da vindima: não há cacho de uvas para chupar, nem figos temporãos que minha alma deseja.
2 Pereceu da terra o piedoso, e não há entre os homens um que seja reto; todos espreitam para derramarem sangue; cada um caça a seu irmão com a rede.
3 Suas mãos estão sobre o mal e o fazem diligentemente; o príncipe exige condenação, o juiz aceita suborno, o grande fala dos maus desejos de sua alma, e, assim, todos eles juntamente urdem a trama.
4 O melhor deles é como um espinheiro; o mais reto é pior do que uma sebe de espinhos. É chegado o dia anunciado por tuas sentinelas, o dia do teu castigo; aí está a confusão deles.
5 Não creiais no amigo, nem confieis no companheiro. Guarda a porta de tua boca àquela que reclina sobre o teu peito.
6 Porque o filho despreza o pai, a filha se levanta contra a mãe, a nora, contra a sogra; os inimigos do homem são os da sua própria casa.
7 Eu, porém, olharei para o Senhor e esperarei no Deus da minha salvação; o meu Deus me ouvirá.
8 Ó inimiga minha, não te alegres a meu respeito; ainda que eu tenha caído, levantar-me-ei; se morar nas trevas, o Senhor será a minha luz.
9 Sofrerei a ira do Senhor, porque pequei contra ele, até que julgue a minha causa e execute o meu direito; ele me tirará para a luz, e eu verei a sua justiça.
10 A minha inimiga verá isso, e a ela cobrirá a vergonha, a ela que me diz: “Onde está o Senhor, teu Deus?” Os meus olhos a contemplarão; agora, será pisada aos pés como a lama das ruas.
11 No dia da reedificação dos teus muros, nesse dia, serão os teus limites removidos para mais longe.
12 Nesse dia, virão a ti, desde a Assíria até às cidades do Egito, e do Egito até ao rio Eufrates, e do mar até ao mar, e da montanha.
13 Todavia, a terra será posta em desolação, por causa dos seus moradores, por causa do fruto das suas obras.
14 Apascenta o teu povo com o teu bordão, o rebanho da tua herança, que mora a sós no bosque, no meio da terra fértil, apascentem-se em Basã e Gileade, como nos dias de outrora.
15 Eu lhe mostrarei maravilhas, como nos dias da tua saída da terra do Egito.
16 As nações verão isso e se envergonharão de todo o seu poder; porão a mão sobre a boca, e os seus ouvidos ficarão surdos.
17 Lamberão o pó como serpentes; como répteis da terra, tremendo, sairão dos seus esconderijos e, tremendo, virão ao Senhor, nosso Deus; e terão medo de ti.
18 Quem, ó Deus, é semelhante a ti, que perdoas a iniquidade e te esqueces da transgressão do restante da tua herança? O Senhor não retém a sua ira para sempre, porque tem prazer na misericórdia.
19 Tornará a ter compaixão de nós; pisará aos pés de nossas iniquidades e lançará todos os nossos pecados nas profundezas do mar.
20 Mostrarás a Jacó a fidelidade e, a Abraão, a misericórdia, as quais jurastes a nossos pais, desde os dias antigos.” (Miquéias 7)

John Piper 

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terça-feira, 22 de setembro de 2015

Demonstre amor e aumente a segurança do seu cônjuge

De nada adianta termos a casa em ordem, os filhos bem educados e alimentados, dinheiro para mantermos um bom padrão de vida e o sorriso estampado no rosto se nossas atitudes para com nosso cônjuge não condizem com essa “realidade”

Fazer o outro feliz é uma responsabilidade e tanto. Quando amamos alguém, queremos evitar que essa pessoa sofra qualquer revés e, às vezes, não percebemos que quem está fazendo o outro infeliz somos nós mesmos.

De nada adianta termos a casa em ordem, os filhos bem educados e alimentados, dinheiro para mantermos um bom padrão de vida e o sorriso estampado no rosto se nossas atitudes para com nosso cônjuge não condizem com essa “realidade”. Um casamento de aparências é totalmente demodê, para dizer o mínimo.

União, cumplicidade, felicidade e paz de espírito são nossos desejos quando decidimos trilhar o caminho da vida juntos. Mas será que, depois de alguns anos de convivência, não nos esquecemos de demonstrar amor ao outro? E será que este outro, como consequência, não esquece que é amado?

Há meios de não deixar o casamento esfriar a ponto de gerar uma separação. Veja quais são, coloque-os em prática e viva o melhor que vocês dois têm a oferecer:

Diga “Eu te Amo” ao outro todos os dias.
Dê um beijo carinhoso em seu cônjuge quando o encontrar.
Fale que sentiu saudades, mesmo que tenham ficado separados por pouco tempo.
Divida seu dia com outro, contando problemas, objetivos alcançados, dúvidas e histórias engraçadas que vivenciou.
Faça um jantar romântico para o outro de vez em quando.
Pergunte o que o outro gostaria de fazer para se divertir com a família, antes de dizer o que tem em mente.
Cuide das crianças por algum tempo para que o outro possa descansar.
Convide seu cônjuge para sair.
Namore.
Compartilhe seus sentimentos.
Telefone para ele ou ela durante o dia só para dizer que sente sua falta.
Presenteie sempre que possível.
Cuide de você para que seu cônjuge o elogie sempre.
Ofereça-se para dividir as tarefas domésticas sempre que possível.
Ceda nas suas decisões para que o outro aprenda a ceder também.
Seja seguro de si e do relacionamento de vocês, sempre.
Ame-se para amar o outro.

Busque a felicidade junto com seu cônjuge e não somente para ele ou para você.
Comece hoje a colocar essas dicas em prática e experimente a felicidade como nunca sentiu!


Fernanda Trida

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segunda-feira, 21 de setembro de 2015

O Pecado do Divórcio

Para os homens sem fé de Israel que haviam se divorciados de suas esposas sem o consentimento divino, o aviso pelo profeta Malaquias foi claro e forte. "Porque o Senhor, Deus de Israel, diz que odeia o repúdio e também aquele que cobre de violência as suas vestes, diz o Senhor dos Exércitos; portanto, cuidai de vós mesmos e não sejais infiéis" (Malaquias 2:16).

Não precisa nem dizer que o divórcio é um problema para nós hoje em dia, da mesma forma que foi para Israel naquela época. Enquanto as estatísticas parecem indicar uma leve redução na quantidade de divórcios, nenhuma pode negar que as pessoas de hoje ainda têm uma forte tendência de terminar o casamento ao invés de resolvê-lo. Vivemos numa sociedade "descartável", onde os casamentos, como copos descartáveis, podem ser jogados fora convenientemente quando terminar de usá-los. Mas o texto de Malaquias indica o que sempre tem sido a atitude de Deus em relação ao término de casamento. Ele disse que o divórcio é ser infiel.

No mínimo, a promessa do casamento envolve uma promessa de comprometimento e confiabilidade. Os esposos devem poder confiar completamente na constância do outro. Quando alguém trai aquela confiança pelo divórcio, comete o pecado de traição e infidelidade. Não só isso, mas Deus disse que o divórcio "cobre de violência as suas vestes". Divorciar-se é perpetuar um ato de injustiça e violência contra o parceiro. É um mal injúrio inflito naquele que tem o direito de esperar a segurança e o apoio. Divorciar-se do parceiro nada mais é do que voltar atrás numa aliança honrada por Deus, mostrar-se falso de coração e cometer crueldade em busca da vontade própria. Nada que um ser humano possa fazer a outra pessoa magoa de forma mais egoísta.

Pode até ser que o prevalecimento do divórcio é apenas um sintoma da quebra total de nossa vontade de mostrar fidelidade no geral. A verdade, a integridade e a firme lealdade estão em falta entre nós, ponto final. Não estamos mais cheios com um forte senso de aliança a nada! Fazemos os nossos compromissos de uma forma casual, e os quebramos de maneira tão casual quanto. Longes estão os dias em que a virtude caseira de "manter a palavra" era gravado nos bordados infantis. O "homem cuja palavra era o seu compromisso" provavelmente é o nosso avô, não o nosso marido.

Mesmo entre aqueles que professam ser cristãos, há uma diminuição no compromisso do casamento. Em grupos onde, no passado, o divórcio seria algo impensável, hoje é mais provável que a atitude seja: O divórcio é uma pena, mas é uma opção disponível em casamentos com problemas sérios, desde que não se case novamente em desacordo com as Escrituras. E assim, se inicia o "jogo de espera", em que cada esposo espera o outro se casar novamente. Quando isso acontece, a pessoa "inocente" então "repudia" o outro por causa do adultério e casa novamente, citando Mateus 19:1-12 como a garantia espiritual.

Mas o ponto principal que Jesus ensinou naquele texto crítico é o fato de que o divórcio ser per si pecaminoso. A pergunta dos fariseus à qual Jesus estava respondendo era a respeito da legalidade, não do divórcio e do novo casamento, mas sim do divórcio em si. Haviam perguntado, "É lícito ao marido repudiar a sua mulher por qualquer motivo?" (Mateus 19:3) Agora ouça o texto e deixa-o entrar bem: "Então, respondeu ele: Não tendes lido que o Criador, desde o princípio, os fez homem e mulher e que disse: Por esta causa deixará o homem pai e mãe e se unirá a sua mulher, tornando-se os dois uma só carne? De modo que já não são mais dois, porém uma só carne. Portanto, o que Deus ajuntou não o separe o homem" (Mateus 19:4-6).

O pecado é cometido sempre que um cônjuge se divorcia de outro por qualquer motivo a não ser a fornicação, a única exceção feita por Deus. Se nós fizermos o que Jesus diretamente mandou que não fizéssemos, o ato poderia ser qualquer outra coisa que não o pecado? A própria atitude de que Deus não está sério sobre o que diz é uma perigosa zombaria de Deus. "O que Deus ajuntou não o separe o homem" é um mandamento falado claramente para ser obedecido! Desobedecê-lo é cometer um pecado egoísta e infiel. Em Malaquias 2:16, Deus disse que ele odeia o repúdio. Temos condições de adotar qualquer outra visão a respeito do pecado do divórcio?

Gary Henry

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domingo, 20 de setembro de 2015

Divórcio e Novo Casamento é o mesmo que adultério continuado.

Sem querer tomar atalhos ou evitar "ofender" pessoas que têm interesse pessoal no assunto, vamos direto ao assunto e vejamos o ensino cristalino do Novo Testamento sobre o assunto de Divórcio e Novo Casamento. Quando alguém quer se evadir de conclusões contundentes e dogmáticas, geralmente se diz que determinado assunto é "polêmico" (do Grego polemeo = guerra). Nosso apelo aqui é o seguinte: Vamos ficar em paz com a Palavra de Deus sobre esse assunto? Não há guerra alguma aqui, quando temos um espírito submisso à Palavra de Deus. Não tentemos forçar situações particulares sobre a Palavra de Deus, mas analisemos o ensino Bíblico.

Vejamos as sete passagens do Novo Testamento que lidam com o assunto e que categoricamente afirmam a indissolubilidade total do casamento enquanto o homem e a mulher dessa união estão vivos.

1. Mat. 5:32

"Porém, eu vos digo, que todo aquele que repudiar sua esposa, a não ser por causa de fornicação, causa que ela cometa adultério, e todo aquele que se casar com ela que é divorciada comete adultério."

Na Bíblia King James:

"But I say unto you, That whosoever shall put away his wife, saving for the cause of fornication, causeth her to commit adultery: and whosoever shall marry her that is divorced committeth adultery."

Explicação:

1.1 Notemos aqui que o Senhor Jesus Cristo está afirmando a indissolubilidade total do casamento enquanto o marido e a esposa estão vivos. Note que somente no evangelho de Mateus (Mat. 5:32 e Mat. 19:9) estão inseridas a resalva "a não ser por causa de fornicação" (note que essa é que é a correta palavra usada inclusive por João Ferreira de Almeida em 1693 pois vem do grego "porneia"), porque isso se aplica a situação peculiar dos Judeus. Veja no verso 5:1 a quem Ele estava se dirigindo: à multidão e aos discípulos. Essa foi a exata situação que inicialmente José pensou erradamente de Maria. Os fariseus, também, cometeram esse erro mas de forma blasfema em João 8:41, acusando o Senhor Jesus com sendo nascido de fornicação (porneia) e não de adultério (moicheia). Note que em Mat. 1:20 o anjo dirigindo-se a José, chamou Maria de "tua mulher" (ou esposa) embora o casamento não tinha sido celebrado e consumado, ou seja, eles ainda não tinham se tornado uma só carne, mas eram marido e mulher. Nesse caso, Jesus está dizendo que o casamento poderia ser cancelado, caso houvesse fornicação, situação na qual a pessoa está a um passo do inferno (1 Cor. 6:10, Judas 1:7, Ap. 21:8).

1.2 Note que a palavra não é o verbo comete adultério (moichao), que ocorre duas vezes no verso, mas propositalmente não é usada pelo Senhor Jesus para a exceção. Por quê? Teria O Mestre se esquecido? Teria Ele perdido essa oportunidade de ser claro, usando o triste fato do adultério para a desculpa do divórcio? Não. A palavra adultério não foi usada porque a exceção não se aplica aos que se tornaram uma só carne, mas aos que estavam em contrato de casamento (em Hebraico: 'aras ou kiddushin, em inglês: betrothal - Ex. 22:16, Lev. 19:20, Dt. 22:23, 28:30). Note que no mesmo evangelho (Mt. 1:18), Maria era desposada (Grego: mnesteuo) com José e não casada (gameo). É para esse caso especial, e apenas nesse caso dos Judeus, que Jesus está se referindo, porque o casamento não tinha se consumado. Nesse caso, o pecado é fornicação que quebraria o pacto do "esposamento" e não de casamento. É muito simples!

1.3 Note que Jesus começa sua argumentação com a conjunção adversativa PORÉM. Isso nos diz que há um contraste entre o que os Judeus queriam ouvir e o que Jesus estava ensinando. Se Jesus estivesse defendendo o divórcio após o casamento, não haveria nenhuma necessidade da conjunção adversativa PORÉM.

1.4 Note que a mulher ( parte chamada inocente) está divorciada, mas Jesus não reconhece nenhum divórcio, qualificando essa outra união de adultério.

1.5 Note a reação desesperada dos discípulos em Mateus 19:9. Vejamos:

2. Mat. 19:9-10

"Eu vos digo, porém, que qualquer que repudiar sua mulher, exceto sendo em caso de fornicação, e casar com outra, comete adultério; e o que casar com a repudiada também comete adultério. Disseram-lhe seus discípulos: Se assim é a condição do homem relativamente à mulher, não convém casar."

Na Bíblia King James:

"And I say unto you, Whosoever shall put away his wife, except it be for fornication, and shall marry another, committeth adultery: and whoso marrieth her which is put away doth commit adultery. His disciples say unto him, If the case of the man be so with his wife, it is not good to marry."

Explicação:

Notemos que esse homem casa com outra mulher (qualquer que seja a situação dela). É outro casamento, mas não vale nada diante de Deus. Essa nova união é considerada adultério porque obviamente o verdadeiro casamento continua em vigor. A reação desesperada dos discípulos e a réplica do Senhor Jesus Cristo, são uma das mais fortes evidências que o Senhor foi muito bem entendido quando negou totalmente a possibilidade de divórcio e novo casamento. Vejamos:

Os discípulos ficaram desesperados e se surpreenderam com esse altíssimo padrão de casamento. Em suas mentes, o divórcio e novo casamento eram sempre uma opção. A única dúvida que eles tinham era se podia ser por qualquer motivo ou apenas em caso de adultério. Quando Jesus fechou essas duas portas, eles ficaram pasmos. Para expressar a frustração, eles partiram para a apelação: de acordo com eles, seria melhor nem casar. Talvez eles estivessem dizendo que Jesus era muito radical, inviabilizando o casamento com essa "descabida" e altíssima exigência. O Senhor Jesus, então, ao invés de conceder a verdade como fazem esses pastores irresponsáveis que aconselham pessoas a se divorciar e casam divorciados, não cedeu um milímetro e afirmou que nem todos tem a competência espiritual para entender o assunto, mas apenas aqueles a quem foi concedido, ou seja, o problema não está no casamento e suas divinas implicações, mas no pecado de rebelião do homem que sempre corrompe o plano de Deus. Note que os discípulos distorceram o que Deus disse. Em Gn. 2:18, Deus disse "Não é bom que o homem esteja só...". Aqui os discípulos dizem que não convém casar. Creio que eles estavam usados pelo Diabo, exatamente como Pedro em Mat. 16:23, para distorcer a Palavra de Deus e desmoralizar o ensino de Jesus. O Senhor, como Autor do casamento, rejeita categoricamente a arrogância humana e reafirma a santidade da instituição divina. Note aqui outra coisa reveladora. Essa mulher, abandonada pelo marido que se envolveu em outro casamento (adúltero), é teoricamente a "parte inocente" como muitos querem. Todavia, O Senhor Jesus nos diz que ela não tem o direito de casar novamente. Se ela assim o fizer será adúltera também, porque esse outro homem que se casa com ela comete adultério. Ninguém comete adultério sozinho: "...e o que casar com a repudiada, também comete adultério."

3. Mar. 10:11-12

"E ele lhes disse: Todo aquele que repudiar a sua mulher e se casa com outra, adultera contra ela. E, se uma mulher repudiar o marido dela, e se casa com outro, ela comete adultério."

Na Bíblia King James:

And he saith unto them, Whosoever shall put away his wife, and marry another, committeth adultery against her. And if a woman shall put away her husband, and be married to another, she committeth adultery.

Explicação:

Notemos aqui a total ausência da exceção. Por quê? Porque o evangelho de Lucas foi escrito a Teófilo (Lucas 1:3), um Grego. A proibição absoluta do divórcio e novo casamento é cristalina. Note que o verbo "casa" está no aoristo. Ocorre uma ação no tempo (casa) que provoca, ou causa uma outra ação "comete adultério", que está no presente do indicativo. Uma ação no tempo (casamento com outra pessoa) provoca uma situação contínua no presente (comete adultério). Enquanto essa união permanecer, a condição de adultério permanece. No Grego, o presente do indicativo significa uma ação continuada ou o estado de uma ação incompleta (Greek New Testament, William Davis, p. 25). O presente do indicativo, portanto, é uma ação ocorrendo no presente, podendo ser tanto contínua (por exemplo: "eu estou estudando") ou indefinida ("eu estudo").

A proibição do divórcio e novo casamento é mais do que óbvia em todos esses sete versos sendo examinados. Continuemos a ver os quatro versos restantes abaixo:

4. Luc. 16:18

"Todo aquele que repudia sua esposa, e casa com outra, comete adultério; e todo aquele que casa com ela que é repudiada pelo marido, comete adultério."

Na Bíblia King James:

"Whosoever putteth away his wife, and marrieth another, committeth adultery: and whosoever marrieth her that is put away from her husband committeth adultery."

Explicação:

Novamente o verbo "comete adultério" está na voz ativa e no presente do indicativo.

5. Rom. 7:2-3

Porque a mulher que tem marido, está ligada pela lei ao marido dela enquanto ele estiver vivendo; mas se o marido morrer, ela está livre da lei do marido dela.

De sorte que, enquanto estiver vivendo o marido dela, se ela se casar com outro homem, ela será chamada de adúltera; mas, se morto o marido dela, ela livre está daquela lei; de modo que ela não é adúltera, ainda que ela se case com outro homem.

Na Bíblia King James:

For the woman which hath an husband is bound by the law to her husband so long as he liveth; but if the husband be dead, she is loosed from the law of her husband.

So then if, while her husband liveth, she be married to another man, she shall be called an adulteress: but if her husband be dead, she is free from that law; so that she is no adulteress, though she be married to another man.

Explicação:

Note aqui muitas coisa interessantes:

5.1. Essa mulher casa novamente com outro homem, estando o seu marido ainda vivo;

5.2. Essa mulher que casa novamente (não interessa o motivo nem a "legitimidade" atribuída pelos homens) com outro homem, não se livrou do fato que o seu legítimo marido (o primeiro) ainda é chamado de m a r i d o. Não existe isso de ex-marido na Bíblia. Isso foi inventado por pecadores para racionalizar o pecado de adultério. Somente esse argumento de que o legítimo marido ainda é chamado de m a r i d o, apesar da mulher estar divorciada e casada com outro, derruba por terra toda a tentativa inútil de dizer que a nova união é reconhecida por Deus. A nova união não é reconhecida por Deus, sendo a essa mulher aplicado o título de adúltera! Ela tem dois maridos! Veja o verso! Se o divórcio é válido e anula o casamento, então esse versículo estaria totalmente errado na sua afirmação, pois ele contradiz claramente a tese do divórcio e novo casamento, gerando um total descrédito na Palavra de Deus e lançando a inerrância na lata do lixo!

5.3. Ela será chamada (Grego chrematizo = considere-se avisada por Deus) de adúltera. Isso significa que ela está num estado de adultério, não apenas num ato de adultério isolado como querem alguns. Ela será chamada de adúltera! Esse é o título dela. Note que a situação de adúltera é válida enquanto o marido verdadeiro estiver vivo. Isso é uma tragédia muito triste, mas é o retrato que a Palavra de Deus apresenta acerca desse pecado!

5.4. Note que a condição é "enquanto ele estiver vivendo" e não "enquanto ele for fiel" ou "até quando eles se divorciarem" como querem os defensores do divórcio por causa de infidelidade.
· Infidelidade não quebra a união do casamento.
· Abandono não quebra a união do casamento.
· Divórcio não quebra a união do casamento.
Infidelidade abandono e divórcio trazem maldição e profanação para o casamanto, mas não quebra a união do casamento. Os dois cônjuges continuam uma só carne até que a morte os separem. É impressionante a fala dobre de pessoas inconstantes (Pv. 17:20; Tg. 1:8). Muita gente fala uma coisa, mas no fundo de suas mentes pensam de outra maneira. Na hora de aplicar, não agem de acordo com o que falam nos votos. O nome disso é hipocrisia. Não há uma só linha no Novo Testamento que dê base para quebra do pacto do casamento que não seja a morte. A única condição para o novo casamento é somente "se o marido morrer" e ponto final. É óbvio e cristalino...

Uma pergunta sempre surge: Qual o conselho que se deve dar para pessoas que se divorciaram e recasaram? Isso é um problema que cada um tem que resolver por si. Não creio que nenhum pastor deva se meter nessa questão, pois as pessoas que se meteram nessa confusão de novo casamento é que são responsáveis por seus atos e devem elas mesmas resolver o problema. Os princípios Bíblicos são esses aqui expostos, mas as pessoas é que devem elas próprias decidir. Isso parece duro, mas o fato é que depois que as pessoas estragaram as suas vidas, existe essa vontade de criar a válvula de escape que os outros que devem resolver e decidir por elas. Existe uma tendência de jogar o abacaxi nas costas do pastor. E depois se os problemas aumentam, e eles irão aumentar..., o pastor é o culpado. Nada disso! Quem se meteu na confusão é que são os culpados, eles é que resolvam. Cair numa armadilha de aconselhar divorciados é uma fogueira que todo pastor deve evitar. Pessoas divorciadas e recasadas não devem ser aceitas como membros, muito menos servir no ministério da igreja local. É duro, mas é Bíblico (1Co. 5:9-13; 6:10; Gal. 5:19-21...) Por isso as igrejas devem ter pesada carga de ensino sobre a família e concentrar o ministério em aconselhamento preventivo tanto para jovens como para casais (perigo: nunca deve se fazer aconselhamento misto: homem aconselha homem, mulher aconselha mulher...).

6. 1Co. 7:11

Se, porém, se apartar, que fique sem casar, ou que se reconcilie com o marido; e que o marido não deixe a mulher.

Na Bíblia King James:

"But and if she depart, let her remain unmarried, or be reconciled to her husband: and let not the husband put away his wife."

Explicação:

Caso haja separação entre marido e mulher, e essa é uma possibilidade e até uma necessidade em casos específicos, há somente duas opções:

6.1 Fique sem casar; ou

6.2 Se reconcilie.

PONTO FINAL. Nada de divórcio ou novo casamento. Note que para ela e o marido (note que há o artigo definido "o" também presente no texto Grego: "o marido" denota ser aquele o verdadeiro e único) se reconciliarem, é óbvio que ao marido também é terminantemente proibido recasar. Pessoas irresponsáveis, quando se divorciam, mal esperam secar a tinta do papel do divórcio humano, que nada vale para Deus, e já se aventuram em outro relacionamento (adúltero) fechando definitivamente, muitas vezes, a porta para a reconciliação. Isso impede a única solução Bíblica de restauração em caso de arrependimento. Notemos que no verso 15, a expressão "nos chamou para a paz" não tem nada a ver com recasamento, que obviamente seria uma contradição com o verso 11, mas fala do crente estar livre de qualquer culpa sobre as obrigações conjugais, caso o descrente o abandone.

7. 1Co. 7:39

"A mulher casada está ligada pela lei todo o tempo que o seu marido vive; mas, se falecer o seu marido fica livre para casar com quem quiser, contanto que seja no Senhor."

Na Bíblia King James:

"The wife is bound by the law as long as her husband liveth; but if her husband be dead, she is at liberty to be married to whom she will; only in the Lord."

Explicação:

Note aqui que o advérbio de tempo "enquanto" ou a expressão sinônima usada "todo o tempo (Grego: chronos) que o seu marido vive". Aqui vemos que o assunto da ligação da mulher com o seu marido está submetido e transportado para uma única dimensão que é a do tempo, ou seja, não há nenhuma outra escapatória, nenhuma outra circunstância que anule esse casamento, durante o tempo em que o seu marido esteja vivo. Novamente, absolutamente nada sobre divórcio e recasamento, exatamente como em Mar. 10:10-11, Luc. 16:18, Rom. 7:3 e 1 Cor. 7:11! O divórcio com novo casamento, aliás, está diretamente chamando de MENTIRA o que esse verso diz, pois diz que que a mulher fica livre para casar com quem quiser durante "o tempo" que o marido vive (note novamente que há o artigo definido "o" no texto Grego, indicando que aquele é o único verdadeiro marido). A Bíblia declara que o casamento é indissolúvel até a morte de um dos cônjuges.

Conclusão:

O divórcio e o recasamento de qualquer mulher com outro homem enquanto seu marido esteja vivo, ou o casamento de qualquer homem com outra mulher enquanto sua esposa esteja viva, é ao mesmo tempo, uma blasfêmia contra Deus e uma situação de adultério continuado cometido por ambas as pessoas da nova união:

1. Porque quem recasa está declarando para todo o mundo que MENTIU ao fazer os votos dizendo "até que a morte nos separe".

2. Porque quem se divorcia e recasa está totalmente desmoralizado para com a próxima geração, destruindo a esperança de exemplo de santidade para com aqueles que nos seguem, em meio a uma sociedade corrompida e perversa.

3. Porque quem recasa destruiu, irremediavelmente, a figura indissolúvel do relacionamento entre Cristo e a igreja, comparados com o marido e com a esposa respectivamente (Ef. 5:24-25).

4. Porque a outra parte, mesmo que seja solteira (total insanidade e desperdício da própria vida de quem assim o faz), também comete adultério. Nesse caso, essa pessoa solteira que se casa com um divorciado, fica sujeita à uma situação de estrago terrível. Se continuar no relacionamento está em adultério. Se partir para outro relacionamento, é adultério também, pois estaria no segundo casamento. A pessoa solteira que casa com um divorciado (a) se submete à dívida do casamento, mas não está sob as bênçãos dele. A única solução é ficar solteiro (a) até que morra o ilícito cônjuge (a Bíblia chama-o de marido Jo. 4:18).

5. Porque ao pastor está terminantemente proibido ser divorciado (1Tim. 3:1-2). Ele é um exemplo para ser seguido por todos os membros da igreja (1Tim. 4:12, Tit. 2:7).

6. Porque quem recasa está desonrando a figura Bíblica da relação entre a lei e a morte (Romanos capítulo 7). A lei exige a morte. A única coisa que quebra a maldição da lei sobre o pecador é a morte. O crente morreu com Cristo (Rom. 7:4), por isso é que estamos livres da lei. Da mesma maneira, a lei do casamento exige a morte para ser cancelada. O divorciado que recasa, está blasfemando contra a Palavra de Deus, dizendo que o divórcio, não a morte, anula a lei. Isso destrói totalmente a figura que Deus estabeleceu na Sua Palavra para que entendamos o significado da morte de Cristo. Isso é um assunto muito sério! Isso de insistir no atalho do divórcio, é apenas uma maneira sutil de chamar Deus de mentiroso. Não existe atalho algum para anular a relação entre a lei e o pecador. Só a morte quebra essa relação! Só a morte quebra a relação entre o marido e a mulher! Recasamento seguido de divórcio é adultério continuado.




20 Argumentos errados usados para tentar justificar divórcio e novo casamento


1. A parte inocente tem direito de se divorciar e recasar.

Resposta: Errado! Primeiro: Não há parte "inocente" num divórcio. Há pecados de comissão e omissão. Há recusa em prover: o amor conjugal, o carinho, o cuidado, o afeto genuíno e muitas outras omissões que os olhos não vêm. Mesmo que não haja algo como citado, quando um casamento fracassa os dois falharam. Eles casaram por comum acordo. Segundo: ninguém tem "direito". Casamento é um privilégio, não um direito. Certas pessoas não recebem esse dom por vários motivos. Muitas casam tarde e outras pessoas ficam viúvas sem nunca mais casarem novamente, embora essa seja a única permissão na Bíblia para recasamento.

2. Certos casamentos não foram "feitos no céu". Nesses casos o divórcio é válido.

Resposta: Errado! Nenhum casamento é feito no céu. Todos são feitos na Terra. Deus sela essa união, quer seja dentro da Sua perfeita vontade ou não, quer seja feito entre crentes ou descrentes ou mistos (isso é pecado ver 2Co. 6:14). Todos aqueles que argumentam isso, nunca foram ao céu para ver se certo casamento foi feito no céu. Na verdade essa é uma desculpa que todos os que querem recasar irão usar como tolo escape, já que ninguém poderá contestar a validade desse argumento.

3. Todo casamento pode ser cancelado em caso de adultério.

Resposta: Errado! Não há uma só linha no Novo Testamento que prove essa afirmação. A Bíblia deve ser interpretada sob o ensino dispensacionalista. O Velho Testamento está em outra dispensação. Não há ensino trans-dispensacionalista (algo que esteja valendo para mais de uma dispensação como a pena de morte, por exemplo) sobre esse assunto. No Velho Testamento, o ensino era outro, como Jesus mesmo disse: "...eu PORÉM vos digo..." Nesse ensino, Jesus fechou totalmente a porta para divórcio e novo casamento, chamando-o de adultério.

4. Certos casamentos tem que ser desfeitos por causa de abandono.

Resposta: Errado! Se houver abandono, "fique sem casar" (1Co. 7:11). Isso é porque o casamento não é desfeito. Em 1 Co. 6:1-6, há uma terminante proibição em ir aos tribunais, e por consequência, de se divorciar. Isso é um pecado. É melhor sofrer o dano do que desonrar a Jesus Cristo, é o que Paulo diz. Em caso de abandono: fique sem casar, ou se reconcilie (caso haja condições com doloroso arrependimento, humilhação, perdão e restauração).

5. Em Mat. 5:32 temos a permissão para divórcio.

Resposta: Errado! A exceção não refere-se a adultério como O Senhor Jesus poderia mencionar claramente, se assim o desejasse. Note que a palavra usada por Jesus é outra. É fornicação. Isso se refere ao pecado de infidelidade durante o contrato de casamento, mas antes do casamento se consumar. Em 5 das 7 passagens do Novo Testamento que tratam do assunto, não há exceção alguma. Em Mar. 10:6-11 não há exceção alguma. "Todo aquele" significa qualquer um, sem exceção alguma. Em Lucas 16:18, não temos "se", "mas", ou "e". Se qualquer homem casa com uma divorciada, comete adultério. Em Rom. 7:2-3, temos o ensino claro e abrangente sem exceção alguma. Somente a morte quebra a ligação. Em 1Cor. 7:10-11, não temos nada de divórcio. Caso aconteça uma separação, restam apenas 2 opções: permaneça solteiro pelo resto da vida (ou até que a outra pessoa morra) ou que se reconcilie. Em 1Co. 7:39, só a morte quebra a ligação conjugal.

6. As escolas de Shammai (dovórcio só em caso de adultério) e Hillel (por qualquer motivo) devem ser consideradas.

Resposta: Errado! Isso não interessa:

1- Porque é tradição humana;
2- Porque mesmo que não fosse, pertence a outra dispensação;
3- Porque refere-se aos judeus e;
4- Porque O Senhor Jesus rejeitou ambas.

7. "Depois que uma mulher casa com um segundo homem não poderá voltar ao primeiro nunca, (Dt. 24.1-4)."

Resposta: Errado! Isso se refere à outra dispensação, a da lei. No Novo Testamento, essa reconciliação é ensinada em 1Co. 7:11. Isso, aliás, é a única maneira lícita dessa mulher poder viver maritalmente enquanto seu legítimo marido esteja vivo: é viver com ele. Lebremo-nos novamente para fixarmos: "enquanto estiver vivendo o marido dela, se ela estiver casada com outro homem, será chamada adúltera..." (Rom. 7:3)

8. "O expediente de exigir de uma mulher recém-convertida, que já passou por duas (ou mais) uniões, que volte ao primeiro marido é tristemente antibíblico - só faz desgraça."

Resposta: Errado! Desgraça é viver em adultério continuado. O marido dessa mulher é o primeiro. Note novamente Romanos 7:3: "enquanto estiver vivendo o marido dela..." Note que nas duas vezes que esse homem é citado há um artigo antes. Ou seja, ele é O marido. Essa mulher recém convertida do exemplo, que vive com outro homem que não o seu primeiro (o) marido (o único que é o verdadeiro marido), está cometendo (presente do indicativo) adultério. Ninguém vai "exigir" nada de ninguém. A Bíblia deve ser pregada e as pessoas é que são responsáveis diante de Deus e pelas consequências de seus atos. Ela tem duas opções: Ou se reconcilia com o verdadeiro marido, ou fica como solteira (1Co. 7:11). O que não pode, é pessoas em situação de adultério, serem aceitas como membros de igrejas, ou exigirem membrezia, ou participarem do ministério das mesmas em pé de igualdade com famílias Biblicamente constituídas, que lutam com unhas e dentes para preservar a santidade do casamento para colherem as bênçãos para si, para a igreja e para a próxima geração. Isso sim é que seria um rebaixamento, desastre e desgraça para a instituição da família, e Deus sabiamente deixou isso bem claro na Bíblia. Outra falácia do enunciado é o uso da situação aplicada à "recém convertida". Desgraça seria para esse primeiro marido dessa mulher que poderia (hipoteticamente) estar esperando a reconciliação, mas vê a sua mulher vivendo com outro, e ainda ser aceita por uma igreja que diz crer na Bíblia. A falácia está em trazer a emoção para dentro do debate e apelar para se ter compaixão (ninguém ousaria negar esse sentimento) da pessoa nova convertida para reforçar o argumento do recasamento. Pecado, entretanto, é sempre pecado, não importa se ele é cometido há 30 anos ou se o é por uma "recém convertida".

Jesus, a compaixão em pessoa, confrontou claramente o adultério da mulher Samaritana em Jo. 4:18. Se o divórcio e novo casamento fossem válidos, por que O Amoroso Salvador mencionou o fato da pobre pecadora ter tido cinco maridos? Simples! Porque ela cometeu vários adultérios. Ela se casou com cinco deles. Note que um dos homens não era marido, ou seja, o homem com o qual ela estava convivendo não era fruto de casamento, mas é claro que todos os relacionamentos (exceto o primeiro - é evidente que ele era o marido) foram censurados pelo Mestre. Se o recasamento fosse endossado pelo Senhor, ele teria apenas dito à mulher que se casasse com o seu amante e tudo estaria resolvido... Todavia, Jesus não fez isso, mas a repreendeu pelo fato dela ter cometido vários adultérios, trazendo à tona o passado imoral dela. Na sempre mutante e corrupta lei dos homens, existe a inconstância das "emoções" ou a "prescrição" porque algo aconteceu, ou tem acontecido há muito tempo, mas não nos princípios imutáveis da lei de Deus.

9. A exceção deve ser considerada como adultério em Mateus 5:32 e 19:9.

Resposta: Errado! A palavra da exceção é fornicação (usada 1 vez em cada verso) e não adultério (usada 2 vezes em cada verso). O contexto imediato desses dois versos deve ser respeitado como um fator guia e levado em consideração para ser interpretada corretamente uma certa palavra e para que o sentido no verso seja entendido. Em Mateus 5:32 e 19:9, dois termos diferentes são usados e justapostos, de forma que não se pode negligenciar nem negar. A palavra fornicação (porneia) é diferenciada do verbo adultera (moicheo). Palavras diferentes significam coisas diferentes! A exceção se aplica ao contrato de casamento que era uma situação peculiar dos Judeus que é o destinatário imediato desse evangelho. Por isso é que só o evangelho de Mateus (escrito para os Judeus) é que traz essa explicação extra. Será que Deus iria se "esquecer" dessa vital exceção nos outros 5 versos em que o assunto é tratado? Absolutamente não! Se Ele não colocou a exceção em caso de adultério, é porque ela não existe! O ensino é cristalino nos outros versos onde a proibição absoluta de recasamento enquanto o cônjuge original esteja vivo é claramente ensinada. Não há divórcio e novo casamento permitido em nenhuma parte do Novo Testamento. Não há recasamento permitido enquanto o cônjuge original esteja vivo. Essa relação é chamada de adultério.

10. Um casal que já era divorciado e casado novamente, ao se converter e confessar seu pecado, pode ficar unido e ser aceito como membros, pois tudo para trás está perdoado e "tudo se fez novo..." 2Co. 5:17.

Resposta: Errado! A lei conjugal não muda em nada quando uma pessoa se converte. Se essas duas pessoas se converteram, elas têm a obrigação de parar de cometer adultério continuado. A doutrina do arrependimento (Grego: metanoeo) diz que acontece uma mudança de mente, atitude e de comportamento quando uma pessoa é verdadeiramente salva. A expressão "tudo se fez novo" não tem nada a ver e não pode ser distorcida de maneira alguma para justificar situações pecaminosas após a conversão, muito pelo contrário! "Tudo se fez novo" nos ensina que a pessoa foi regenerada (nova criatura) e que houve uma mudança radical nos valores, crenças e atitudes. Suponhamos que um ladrão tenha em seu poder uma conta milionária fruto do seu furto. Ao dizer que se converteu, ele se recusa a devolver o dinheiro apelando para o "tudo se fez novo" do verso acima, vivendo esplendidamente. Isso seria uma afronta e não provaria conversão alguma. Esse é exatamente o mesmo caso do casal que se converte estando a viver em adultério sem querer a adotar solução Bíblica de reconciliar com o verdadeiro cônjuge - caso possível - ou ficar solteiro (a) - sempre possível.

Justamente porque uma pessoa foi perdoada, ela não tem o direito de continuar no pecado. (Romanos 6:1-2 aborda essa exata situação: "Permaneceremos no pecado, para que a graça abunde? De modo nenhum..." O perdão lava os pecados passados, mas não dá licença para pecar no futuro (1 Jo. 3) Portanto, um casamento adúltero tem que ser terminado. Pecado continua pecado independente se foi antes ou depois da conversão.

Outra prova que o casamento não se dissolve com o divórcio: Note que Mateus, Marcos e Lucas referem-se a Herodias como a mulher de Filipe mesmo quando ela estava casada com Herodes. Note que Filipe ainda estava vivo, pois, segundo estoriadores Judeus, Filipe morreu 4 anos após a prisão de João Batista. Vejamos as referências:

"...Mulher de seu irmão Filipe..." (Mat. 14:3)

"...mulher de Filipe, seu irmão, porquanto tinha casado com ela." (Mar. 6:17)

"...Herodias, mulher de seu irmão Filipe..." (Luc. 3:19).

A condenação por João Batista era por causa de dois fatores:

1. Isso era adultério, pois ela era mulher de Filipe; e
2. Isso era incesto, pois era um relacionamento próximo, proibido terminantemente em Lev. 18:16.

11. A expressão "nos chamou para a paz" 1Co. 7:15 dá permissão para o recasamento.

Resposta: Errado! Nada se fala nesse verso sobre recasamento. A paz ali mencionada refere-se ao estado de não se estar mais sob as obrigações conjugais (Nota: obrigação conjugal é diferente de união conjugal - a união permanece até a morte). Nesse caso, após pedir perdão a Deus e aos homens, não se deve sentir culpa, pois houve tentativa de reconciliação sem sucesso, restando então, a única outra alternativa que é "fique sem casar" (permanecer como solteiro) até a morte do cônjuge (1Co. 7:11, 39).

12. Em 1 Co. 7:27-28, para os que estão livres, ou seja, divorciados, há a permissão de se casar novamente: "se te casares, não peca..."

Resposta: Errado! Nada se fala nesse verso sobre recasamento de divorciados. É mais do que óbvio que a expressão "livre", aplicada ao casamento, se refere aos viúvos! Veja em Rom. 7:2-3 em em 1Co. 7:39 como a palavra "livre" é usada apenas quando morre o marido. Notemos novamente em 1Co. 7:8-9, que somente os viúvos (as) e os solteiros (as) é que são as únicas pessoas qualificadas para se casarem.

13. A pessoa que casou novamente não pode mais se reconciliar com o primeiro cônjuge, pois vai ter que se divorciar do segundo cônjuge o que contraria 1 Co. 6:1-8.

Resposta: Errado! Esse segundo casamento nada vale diante de Deus, pois é considerado adultério. Se os homens o consideram erradamente de casamento, e um "divórcio" de acordo com as leis humanas é necessário para cancelá-lo, isso não viola 1 Co. 6:1-8, pois uma situação pecaminosa (que nunca deveria ter ocorrido em primeiro lugar) está sendo corrigida e não criada. Nos países onde a abominação do "casamento" de sodomitas é feito, quando há a conversão de qualquer um dos dois, o "divórcio" tem que ser feito imediatamente. Isso é o resultado da iniquidade de homens pecadores que usurpam sua posição de autoridade para blasfemar de Deus e da família.

14. O verso "Cada um fique na vocação que foi chamado", permite que o divorciado e casado novamente fique com o seu novo cônjuge quando se converte.

Resposta: Errado! Pela sadia Hermenêutica (interpretação da Bíblia pela própria Bíblia) sabemos que um verso não claro tem que ser olhado e iluminado pelos outros claros que lidam e ensinam sobre o mesmo assunto, sejam em passagens remotas ou próximas. Isso chama-se Princípio do Contexto. Outro princípio diz que a unidade, verdade e fidelidade de Deus, garantem que uma passagem na Sua Palavra não pode contradizer outras passagens. Isso chama-se Princípio da Concordância. Quando se interpreta uma parte das Escrituras de uma maneira que contradiz alguma outra parte das Escrituras sobre o mesmo assunto, sabemos que essa interpretação é errada. Quando uma correta interpretação é feita em qualquer assunto, ela não irá contradizer toda interpretação que possivelmente seja feita em alguma outra parte das Escrituras sobre o mesmo assunto.
Portanto, vocação (1Co. 7:20) ou estado (1Co. 7:24) não pode de maneira alguma se referir à situação de divórcio e recasamento, pois entraria em contradição com:

1- O verso anterior, 7:11, que só menciona as duas opções para os casados que se separaram: reconciliação ou fique sem casar;

2- O verso 7:39 que diz claramente que a mulher só fica livre "se falecer o seu marido" (singular e ainda acompanhado do artigo "o". No Grego: "ho anér").

3- Os dois versos em Romanos 7:2-3 que confirmam claramente o rompimento do casamento somente em caso de morte.

4- Os outros versos em que negam totalmente essa possibilidade.

5- O princípio Bíblico da restituição, no qual ao se arrepender, um pecador, deve devolver aquilo (nesse caso a mulher do próximo - Ex. 20:17 - ou outra que não a esposa) que não lhe pertence (Ex. 22:3-12; Lc. 19:8; Filem. 1:18), e ficar disponível para o legítimo cônjuge a quem pertence.

"Vocação em que foi chamado" se refere claramente ao caso do casal no qual um dos cônjuge se converteu e o outro não. Essa foi a pergunta dos Coríntios. Paulo está dizendo que a conversão de apenas um cônjuge não é motivo para se separar, porque a lei conjugal não muda em nada, quer seja antes, quer após a conversão. Se a parte descrente consente em preservar o casamento, não se deve separar (vs. 12 e 13). Se a parte descrente se rebelar contra o casamento, que fique sem que casar (v. 11). Nada sobre permissão de casar novamente. Isso só pode acontecer com viúvos que são os que ficaram "livres de mulher" (v. 27).

Ficar com o novo cônjuge, ao mesmo tempo que o legítimo cônjuge ainda esteja vivo, seria adultério continuado. Certas pessoas nem pensam nas implicações gravíssimas de suas tolas argumentações:

1. Uma prostituta poderia interpretar da mesma maneira, ela alegaria que poderia viver na "vocação que foi chamada".

2. Um sodomita poderia interpretar da mesma maneira, ele alegaria que poderia viver na "vocação que foi chamado".

3. Um fornicário, que tem relações continuadas com uma mulher sem ser casado, poderia interpretar da mesma maneira, ele alegaria que poderia viver na "vocação que foi chamado".

É claro que sabemos que nenhuma dessas pessoas iníquas mencionadas, poderá herdar o reino de Deus (1 Co. 6:10), ou seja, são perdidas, independente do que aleguem sobre ter se convertido. Essa racionalização é exatamente o que o apóstolo Judas falou em Judas 1:4 sobre heréticos que "...covertem em dissolução a graça de Deus, e negam a Deus..."

15. O verso em 1 Tim. 3:2: "marido de uma mulher" aplicado ao bispo e diáconos (1Tim. 3:12), sugere que membros da igreja podem ter um padrão inferior e ser divorciados e recasados.

Resposta: Errado! Porque:

1. Isso seria aceitar e ser conivente com adultério na igreja;

2. Isso negaria que o bispo seria um exemplo dos fiéis;

3. Deixa a porta aberta para a poligamia;

4. Isso não é baseado nem no ensino claro e objetivo das Escrituras, nem na exegese sadia, mas na areia movediça de sugestões, inferências e conjecturas, que contradizem frontalmente o resto dos versos sobre o assunto; e

5. Isso poderia ser usado como desculpa para membros adotarem padrões inferiores quanto a serem dados ao vinho, ou avarentos ou todas as demais qualificações do bispo. Todas elas devem ser as qualificações de todos os membros da igreja também!

16. O voto mais recente (o voto do novo casamento) tem que ser mantido.

Resposta: Errado! O voto mais antigo é que tem que ser mantido! Esse voto do novo casamento viola totalmente a Palavra de Deus e é, de acordo com o Senhor Jesus Cristo, chamado de adultério, pois o primeiro casamento (e seu respectivo voto) continua em vigor! Não se pode fazer um novo voto, contrariando (Rom. 1:31 diz sobre os réprobos: "infiéis nos contratos") o primeiro voto! Essa racionalização humana, levada ao óbvio extremo dos irresponsáveis, deixa a porta aberta para libertinos (e como eles são muitos...) casarem tantas vezes quanto queiram, zombando da instituição do casamento, pois alegam: "o voto mais recente tem que ser mantido..." A Palavra de Deus está acima da palavra do homem, que se torna mentiroso (Rm. 3:4) quando não cumpre os seus votos (Prov. 20:25 Sal. 22:25; 50:14; 61:5-8; 66:13; 116:14, 18; Ecl. 5:4-5, Is. 19:21). Consequentemente, esse voto tolo (ver um voto abominável em Jer. 44:25) do recasamento, é pecaminoso e uma afronta contra Deus. Ele não tem valor algum, e deve ser quebrado imediatamente para não se continuar em adultério.

17. "Isso tudo é uma bobagem: um divorciado deve ele mesmo orar para saber se Deus quer ou não que ele case novamente."

Resposta: Errado! Essa tolice e hipocrisia sem tamanho é uma pura mentira, que quer colocar a decisão final nas emoções e vontades humanas, ao invés de na Palavra de Deus. Não se deve orar por aquilo que Deus já revelou claramente em sua Palavra. Isso é uma desculpa para pecar, exatamente como Balaão fez.

18. "Devemos pedir um sinal a Deus para saber se Ele quer ou não que alguém case novamente após divórcio."

Resposta: Errado! Isso de pedir sinal é uma incredulidade e um desrespeito contra Deus e à Sua Palavra. Novamente: Não se deve orar por aquilo que Deus já revelou claramente em sua Palavra. Isso é uma desculpa para pecar exatamente como Balaão fez.

19. "Não se deve romper um segundo casamento para retornar para o cônjuge original (1 Co. 7:10-11)."

Resposta: Errado! Esse verso fala exatamente de reconciliação com o cônjuge original! Nada se fala de se endossar um segundo casamento: Isso seria adultério! É justamente essa situação imoral e adúltera que Paulo está terminantemente proibindo!

20. "O segundo casamento não deve ser desfeito porque os filhos dessa união fruto do divórcio e recasamento não merecem sofrer (1 Co. 7:10-11)."

Resposta: Errado! Em primeiro lugar, esse argumento é um tiro pela culatra porque se houver filhos do legítimo casamento (primeiro), eles é que não deveriam sofrer! A questão todavia, não é quem merece ou não merece sofrer, pois quando há divórcio sempre há sofrimento. A questão é o que a Bíblia ensina: Divórcio e novo casamento é adultério. Em segundo lugar, o relacionamento marido-mulher (eles são uma só carne até a morte) é sempre a prioridade. Em terceiro lugar, nada justifica uma situação de adultério continuado nem mesmo o sofrimento de filhos dessa união. Deve-se destacar que a responsabilidade dos pais permanecem.


Para uma pessoa que professa ser nascida de novo e que vive numa situação de divórcio e novo casamento ler e meditar:

"Muitos me dirão naquele dia: Senhor, Senhor, não profetizamos nós em teu nome? e em teu nome não expulsamos demônios? e em teu nome não fizemos muitas maravilhas? E então lhes direi abertamente: Nunca vos conheci; apartai-vos de mim, vós que praticais a iniqüidade."
 Mateus 7:22-23

AD

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sábado, 19 de setembro de 2015

Por que viver em harmonia no casamento?

 Viver no casamento de forma harmoniosa é um desafio para homens e mulheres. É um desafio porque homens e mulheres são muito diferentes. Por causa dessas diferenças é que muita gente já ganhou muito dinheiro escrevendo livros do tipo "Homens são de Marte e mulheres são de Vênus", "Por que os homens fazem sexo e as mulheres fazem amor", "Os homens são ostras...as mulheres, pés-de-cabra", e outros do gênero. Na Bíblia, encontramos boas razões para maridos e esposas buscarem juntos a harmonia conjugal. A primeira delas está em 1 Pedro 3.7. No texto citado, Pedro, que experimentou os desafios do casamento, recomendou que os maridos procurassem viver com suas esposas com entendimento. É um imperativo dado por Deus aos casais. Embora o texto seja dirigido aos maridos, se aplica da mesma forma às esposas. Os cônjuges, se desejam agradar a Deus, devem se esforçar para entender um ao outro no lar. Entender é sinônimo de compreender. Para compreender é preciso se esforçar, colocar-se no lugar do outro, é estudar o jeito de ser do outro. Não é uma tarefa fácil, mas possível. A segunda razão para os casais buscarem a harmonia conjugal, além de ser um imperativo bíblico, trata-se de um requisito para que as orações sejam ouvidas. No mesmo texto, Pedro escreve: "...para que as vossas orações não sejam impedidas". Lembro-me de uma certa vez em que eu e mais dois amigos estávamos para fazer uma viagem até São Paulo. Antes de ligar o carro, meu amigo que estava ao volante pediu que meu outro amigo orasse. Ele começou a orar e logo interrompeu sua oração, dizendo que Deus não o ouviria porque tinha saído de casa brigado com a esposa. Ligou para a esposa, pediu perdão e depois recomeçou a orar. Muitas orações não estão sendo atendidas porque há desarmonia conjugal. Viver em harmonia, com entendimento no casamento, é uma condição para Deus ouvir as orações do seu povo. Um marido ou uma esposa, ao participar das reuniões de orações, deve verificar se estão buscando juntos a harmonia, caso contrário Deus não os ouvirá. O terceiro motivo para viver em harmonia no casamento está nos dois primeiros capítulos de Gênesis. Antes da queda, homem e mulher, marido e esposa, viviam em perfeita comunhão e entendimento. Não havia egoísmo, rixas nem contendas. Viver em comunhão no casamento é uma busca dos cônjuges ao projeto de Deus para a vida a dois. É uma tentativa de resgate do que existia no Édem antes da queda. É claro que aquele estado de perfeição não será jamais alcançado mas, em Cristo, casais podem viver de maneira harmoniosa e com entendimento e experimentar um pouco daquele estado. Para se viver com entendimento no casamento é preciso alguns exercícios como, por exemplo, se colocar no lugar do outro, estudar, aceitar e saber conviver com seu temperamento. E, acima de tudo, pedir sabedoria a Deus para viver este imperativo no cotidiano da vida conjugal. É uma tarefa difícil, é verdade, mas possível. Possível porque Deus fez homem e mulher. Porque sua Palavra convoca os cônjuges a buscarem este ideal e porque o Espírito Santo de Deus pode e deseja orientar os casais nesse sentido.

 Gilson Bifano

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