quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Parceria Conjugal

Você já ouviu pelo menos uma destas declarações sobre o casamento?

*Um bom casamento seria entre um homem surdo e uma mulher cega.

*Um arqueólogo faz o melhor marido.  Quanto mais velha ela fica, mais interessado ele se torna. 

*Alguns casamentos foram feitos no céu, mas TODOS têm que ser mantidos na terra.

*Um casamento bem-sucedido não é sobre como achar a pessoa certa—é como SER a pessoa certa!

*Se a grama for mais verde do outro lado da cerca, pode ter certeza que a conta d’água também é maior.

*Casamento é como as moscas na tela da janela da cozinha.  As que estão dentro querem escapar, e as que estão fora querem entrar . . .

Todas elas são uma tentativa de definir o relacionamento conjugal.  Mas, e  Deus? Como o define?   Como  Deus descreve o relacionamento conjugal nas Escrituras?  Como  Ele caracteriza essa, a primeira e mais básica das instituições humanas?  Às vezes ficamos tão preocupados em lidar com as situações matrimoniais diversas, que esquecemos de ensinar o padrão bíblico estabelecido por Deus.  Não deveríamos dar tanto enfoque às exceções e problemas que acontecem com vários casamentos, mas deveríamos focalizar o padrão original de Deus, exaltá-lo para nossos jovens, modelá-lo  tanto quanto possível, e só então lidar com as exceções. 

Num país onde o índice de casais divorciados cresce assustadoramente, a Igreja Evangélica precisa voltar às bases bíblicas e ensinar aos filhos de Deus os princípios para ajudar jovens a “peneirarem os candidatos” para o casamento, pais a orientarem seus filhos e casais a ajustarem seu relacionamento conforme a vontade de Deus.   Um casamento feliz e duradouro não é nenhuma questão de “sorte” ou, como pensam outros, de se casar com a “alma gêmea”. Na verdade, um casamento feliz e duradouro acontece quando os cônjuges edificam seu lar segundo a vontade de Deus. No presente artigo não seria possível discorrer sobre todas as orientações que a Palavra de Deus nos dá sobre casamento, visto que há nela princípios para todas as situações no lar, mas gostaria de destacar três que servem de colunas para estruturar tanto casamentos futuros como casamentos já existentes. 

I.  Casamento Bíblico é AUXÍLIO MÚTUO que precisa ser Resgatado pela Graça de Deus (Gn 2:15-18; 1:27,28; cf. 1 Co 7:1-5) 

Ao ler o relato de Gênesis, imagine a cena:           

Deus criou o mundo maravilhoso e nele plantou um belo jardim. Porém, logo Deus percebeu que “faltava” algo. Então Ele criou o homem a sua imagem e o pôs naquele lindo jardim com a missão de cultivá-lo e guardá-lo. Não demorou muito e Deus também percebeu que “faltava” algo para o homem que Ele havia criado. Não é bom que o homem esteja só, pensou Ele. O relato nos diz que primeiro tentou-se encontrar uma companheira para o homem dentre os animais já existentes. Porém, ao término do desfile dos animais, Adão não tinha encontrado uma parceria “idônea”. Então Deus o fez dormir e a partir de uma de suas costelas criou a mulher.   Podemos dizer, portanto, que a mulher “nasceu da necessidade” do homem de ter uma companheira. Deus criou-a para ser auxiliadora do homem, o que significa que para ele a mulher é amparo, socorro e ajuda. O termo hebraico usado neste texto para a mulher como ajudadora é o mesmo empregado quando a Bíblia diz que Deus é ajudador. Ou seja, assim como Deus é um ajudador nobre e digno, a mulher também é digna e nobre no seu papel de auxiliadora. O texto também diz que Deus a fez idônea, ou seja, fê-la correspondente ao homem, porém um pouco diferente. É muito importante ressaltar que a mulher não foi feita “igual” ao homem e também não foi criada muito ‘diferente’ do homem. Na verdade, o plano de Deus é de que a mulher complemente o homem e este a complemente. 

Para que ocorra esta complementação é necessário que haja auxílio mútuo dos cônjuges. O casal precisa reconhecer que um precisa do outro, que um preenche a lacuna do outro e, que sendo assim, o casamento não é lugar de competição, mas, sim, de cooperação. Há casais que tentam até mesmo eliminar as diferenças entre homem e mulher! Mas tentar fazer isso é querer destruir o plano de Deus, visto que foi Ele mesmo que planejou que estas diferenças entre homem e mulher existissem. Não há necessidade de se anular as diferenças! Na verdade, o casal que vive segundo os padrões de Deus reflete em seu relacionamento a glória de Deus. O casamento é o meio para o homem desfrutar de um relacionamento seguro e íntimo tal qual é o relacionamento das três pessoas na Trindade. 



II.  Casamento Bíblico é AMIZADE MATRIMONIAL que precisa ser Resguardada contra ameaças (Pv 2:15-17; Ml 2:14)

O termo hebraico usado por Salomão para descrever o “amigo” da mocidade tem o sentido de “dócil, doado, amigo, íntimo que está totalmente à vontade, inocente, vulnerável”. Intimidade bíblica e total implica em inocência, vulnerabilidade, acesso e transparência. A intimidade assim ocorre quando duas pessoas ficam  totalmente expostas uma diante da outra.

 Não é possível alguém se casar com uma pessoa que se enquadre na descrição de dócil, amiga e etc. se durante o namoro a amizade entre ambos não foi desenvolvida. E mesmo aqueles que se casaram tendo um bom nível de amizade correm o risco de vê-lo decrescer se esta amizade não continuar sendo cultivada.   Durante o namoro o jovem tem a oportunidade de desenvolver uma amizade profunda com seu namorado(a). Usamos a palavra “desenvolver” porque na verdade a amizade tem de ser buscada e cultivada, ao contrário do que a mídia propõe ser algo que acontece! E o primeiro passo para um jovem se tornar amigo de seu futuro cônjuge é se conscientizar e determinar que ele pertence a outro. No  seu coração, sugerimos que o jovem faça um voto de pertencer exclusivamente ao seu futuro cônjuge. Ele pode confiar na soberania de Deus de que a sua “princesa encantada” já está a sua espera.  A jovem pode ter certeza de que ela pertence àlgum “príncipe encantado”, que logo estará saindo numa longa (ou curta) viagem ao encontro dela.  E por isso ela não precisa sair quinze minutos antes que ele chegue para “ficar” com alguma rã que nunca será príncipe!   Com esta confiança e dependência na Soberania de Deus será natural para o (a) jovem peneirar bem as (os) candidatas (os) que aparecerem ao longo do caminho. Outra sugestão é de que o jovem pode fazer uma  lista das qualidades que ele deseja no seu futuro cônjuge e  orar sobre elas. Esta medida simples prepara o jovem para avaliar-se a si mesmo quanto a estas qualidades e para um futuro diálogo franco com seu candidato a cônjuge. Acima de tudo o jovem não precisa ser  precipitado e nem sair  desesperado para se  casar! É  muito melhor ser solteiro e feliz no serviço de Jesus, do que se casar e viver infeliz  num jugo desigual.  Os pais têm um papel fundamental neste quesito. Pela orientação da Palavra de Deus eles podem preparar seus filhos para o casamento.  Ensinando-lhes princípios de namoro e orando pelo futuro cônjuge de seus filhos, os pais “guardarão” o coração deles.  Sugerimos que os pais conversem com seus filhos sobre seus relacionamentos.  Deixem um exemplo de amizade conjugal com seu cônjuge ao qual eles poderão seguir e imitar. Quando os filhos percebem que seus pais se amam, eles serão mais seguros para desenvolver o mesmo tipo de relacionamento com seus cônjuges.           

Todavia, os filhos somente se convencerão de que seus pais realmente são amigos e se amam se perceberem os sinais visíveis desta “amizade conjugal”. Os sinais claros da amizade conjugal são demonstrados pelo tempo em que os pais gastam juntos conversando e também orando. Também os filhos devem saber que, mesmo se obstáculos entre os pais forem erguidos por algum motivo, estes serão retirados o mais rápido possível para que se preserve o amor e a amizade no casamento.  Os filhos não devem saber somente que seus pais erram, mas devem também saber que eles se arrependem de seus erros e se perdoam mutuamente. E encorajamos aos casados de que para gastar tempo juntos não será preciso mudanças radicais em suas agendas. Basta aproveitar bem o tempo das refeições, procurar dormirem sempre juntos (é incrível o números de cônjuges que sempre vão para o quarto adormecerem sozinhos!). O casal deve planejar um tempo para saírem com o propósito de “namorarem como antigamente”. Também seria muito bom o casal praticar algum hobby juntos.    A manutenção da amizade no casamento não tem apenas o objetivo de “guardar o coração dos filhos”. Na verdade, a manutenção da amizade no casamento se transforma em um verdadeiro escudo contra as duas principais ameaças que rondam qualquer casamento: a traição e o divórcio.           

Um casamento sem amizade conjugal torna-se um relacionamento frio e expõe os cônjuges à tentação de quererem encontrar uma pessoa “mais interessante” só pela possibilidade de que ela lhe dê mais atenção. A amizade é o combustível que mantém acesa a chama da confiança e intimidade. Já foi comprovado que um dos motivos sempre presentes em um divórcio é o fato de que deixaram de ser amigos! 
III.  Casamento Bíblico é ACORDO MINISTERIAL que precisa ser Relembrado  (2 Co 6:14-16)



Neste último princípio, queremos lembrar aos casados e aos futuros casais de que o casamento não visa apenas realização pessoal de cada cônjuge e com isso o alcance da alegria. O casamento conforme a perspectiva bíblica visa um propósito muito maior: promover o Reino de Deus.   Normalmente o texto de 2 Co 6.14-15 é  exposto e sempre ressaltado como  advertência contra o namoro com incrédulos ou talvez como advertência contra uma sociedade com não-crentes em algum tipo de  negócio.   A ênfase recai sobre o jugo “desigual”. Embora isto seja verdade,    gostaria que olhássemos para o texto por uma ótica oposta, positiva.  Entrando “pela porta dos fundos”, vamos descobrir o ideal para um casamento, como sendo um “JUGO IGUAL”. Por que jugo igual?  Porque o propósito do casamento é um serviço mútuo do casal no campo do Agricultor celestial! A figura do jugo é uma figura agrícola. “Jugo” ou “canga” é um artefato que o fazendeiro usa para unir dois bois ou cavalos para puxarem o arado. O jugo é usado sempre para unir dois animais da mesma espécie e de mesmo tamanho. Caso contrário, não haverá êxito no trabalho de arar o campo. Sendo assim, a idéia de “aliança” ou “acordo” está implícita no termo “jugo”. Foi assim que o profeta Amós, em outro contexto, perguntou: “Andarão dois juntos, se não houver entre eles acordo? (3.3). Com esta pergunta, Amós nos leva a refletir de que um casamento é também uma sociedade, ou seja, os cônjuges são “parceiros” ou “sócios”; nesta sociedade os cônjuges estão em “comunhão” e “harmonia”, isto é, estão em união comum e firmaram um pacto mútuo de juntar forças para alcançar um fim.   Do ponto de vista bíblico, o fim que um casal deve alcançar é a promoção do Reino de Deus.  Ao longo da História da Igreja, Deus continua usando a família para influenciar e transformar o mundo, promovendo seu Reino. A título de exemplo desta verdade, podemos levar em conta os muitos pastores e suas esposas que estão engajados no ministério integral.   Infelizmente, hoje, está na moda resgatar o relacionamento conjugal como fim em si mesmo. E na verdade corremos o risco de cair em familiolatria. Como já vimos antes,  Deus quer  que o casal “curta” seu relacionamento, que sejam grandes amigos, que experimentem a máxima intimidade, que cultivem seu relacionamento a dois e que priorizem  esse relacionamento.  Mas que tudo isso para o bem do Reino.  Jesus continua em primeiro lugar!  Cristo tem toda a primazia. É preciso lembrar que não seremos casados durante a eternidade.  Nossos casamentos são relacionamentos terrenos, concedidos pela graça de Deus, para melhor servirmos e glorificarmos a Deus.  Como sempre, a igreja é a providência de Deus para qualquer casal se envolver de maneira prática na promoção do Reino. Existem nela muitas oportunidades para um casal trabalhar como família, por exemplo: dirigirem juntos um culto infantil, serem recepcionistas, ensinarem uma classe de EBD ou cantarem juntos no coral.  Ao discorrermos sobre estes três princípios bíblicos, mais uma vez queremos afirmar: um casamento feliz e duradouro não é uma questão de sorte. O casamento foi projetado por Deus para “funcionar” de forma perfeita, desde que o casal siga as Suas instruções. Quando os cônjuges compreendem que o auxílio mútuo deve ser resgatado, que a amizade matrimonial deve ser preservada e que o casamento também é um acordo ministerial que precisa ser relembrado, com certeza o casamento trará realização tanto para eles como para o Reino de Deus.

Casamento bíblico é parceria conjugal a bem do Reino de Deus.                       

*Casamento bíblico é AUXÍLIO MÚTUO que precisa ser RESGATADA.                      

*Casamento bíblico é AMIZADE MATRIMONIAL que precisa ser RESGUARDADA.                      

*Casamento bíblico é ACORDO MINISTERIAL que precisa ser RELEMBRADO

Um Desafio Final:1)      Jovens: É isso que você quer?  É isso que você deseja?  Ou será que seus sonhos sobre o casamento são mais voltados para sua casinha, seus bebês, seu romanticismo?  Deus une o casal numa parceria visando seu impacto para o Reino.  Até você abraçar esse, Seu plano, você não está pronto para casar.Pais: Você está preparando seus filhos para casamento bíblico?  Seu exemplo tem preparado o caminho?  Se você se encontra numa situação irregular, você tem explicado isso para seus filhos e trabalhado e orado que eles evitem os mesmos erros?3)   Casais: Vocês precisam relembrar o propósito do seu relacionamento?  Cultivar sua amizade/intimidade para que contribua para o Reino de Deus?  Tem se tornado egoístas?  Ou vivem para eternidade?

Pr. Davi Merkh (revisão por Adeildo Luciano Conceição)

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terça-feira, 30 de agosto de 2011

Trabalhando as Diferenças

Deus tem um bom senso de humor.  Se não, nunca teria juntado pessoas tão diferentes na instituição sagrada que chamamos "casamento".

*o introvertido casa-se com a "vida da festa"

*o "dorminhoco" se junta àquela que acorda com os pássaros

*ele esmaga o tubo de pasta de dentre; ela faz carinho no tubo para persuadir a pasta a sair

*ele coloca o papel higiênico para sair de cima, ela de baixo

*ele quer dormir com a janela aberta e o ventilador ligado, mesmo no inverno; ela usa 2 cobertores mesmo com a temperatura 35 graus

Infelizmente, nem todos acham graça nas  diferenças que existem entre o casal casado.  Pior, às vezes diferenças como estas levam alguns casais à conclusão de que são "incompatíveis".  Logo nos primeiros anos de casamento ficam desiludidos, frustrados, decepcionados.

Não tem que ser assim.  Para valorizarmos a individualidade de cada um,  precisamos entender  o propósito divino por trás das diferenças entre nós.  Além disso, precisamos aprender a aproveitá-las para tornar o casamento ainda mais forte.  Deus chamou o homem e a mulher para se completarem, não para competirem entre si!

                                                                  Por que as Diferenças?

Para entendermos este "senso de humor divino" que une pessoas tão diferentes, precisamos voltar para o estabelecimento do casamento dentro do plano de Deus.  Em Gênesis 2:15-24 descobrimos alguns princípios importantíssimos que explicam por que o ditado "opostos se atraem" é verdade para tantos casais.

1.  O homem precisava de ajuda para realizar sua tarefa no Jardim.  Quando Deus fez o homem e o colocou no Jardim do Eden, deu-lhe a tarefa de cuidar e cultivá-lo (Gn. 2:15).   Mas logo em seguida Deus declarou que a situação do homem sozinho "não era bom" (2:18).  Esta é a única vez em 6 dias de criação que Deus fala que algo não era bom.  Em outras palavras Deus disse "Não dá! O homem não consegue realizar tudo que eu quero na Terra.  Está faltando alguém."

O que faltava foi a mulher, Eva.  Em Gn. 2:18b e 20 ela foi chamada de "auxiliadora idônea".  Infelizmente muitos têm torcido estes termos para fazer da mulher-esposa uma espécie de capacho eficiente.  Nada pode ser mais longe da verdade.

O termo "auxiliadora" não significa "escrava"-- alguém para lavar roupa e preparar comida.  A mesma palavra hebraica foi usada de uma outra Pessoa no Velho Testamento-- Deus!  O termo se refere a Deus como nosso "Auxílio" (Sl.33:20), "Amparo" (Sl. 115:9-11) "Socorro" (Os. 13:9) e "Ajuda" (Dt. 33:7). Seria difícil imaginar um termo mais nobre.  Pela sua graça, Deus colocou um representante de Si mesmo ao lado do homem--um auxílio e amparo que ajuda-o em todas as necessidades.  Assim é a esposa para o homem e, por implicação, o homem para sua esposa.

2.  Deus criou a mulher para completar o que faltava no homem, e vice-versa.  O outro termo, "idônea", literalmente significa "conforme o seu oposto".  Em outras palavras, a mulher corresponde ao homem mas também completa o homem.  Ela é o que ele não é, faz o que ele não faz, supre o que ele não tem, e vice-versa.   Assim como os dedos de duas mãos se entrelaçam, homem e mulher juntos  "fecham" as respectivas lacunas na vida de cada um.

                                                           Como Aproveitar as Diferenças?

Um dos segredos de um bom casamento não é que os dois eliminam as diferenças entre si com o passar do tempo.  A chave é saber trabalhar as diferenças!

Um exemplo da biologia ilustra este princípio.  Dizem que quanto mais diversificados os genes, mais forte se torna a espécie.  Isso pelo fato de que quando dois animais com genes semelhantes cruzam, tendem a reforçar as fraquezas na espécie.  Mas a diversidade genética enriquece e fortalece a cria, pois genes prejudiciais são contrabalançados por genes bons.

O casamento é assim também.  O casal esperto sabe aproveitar as diferenças entre si para ministrar um ao outro justamente nas áreas de fraqueza ou falha.  Por exemplo:

*Uma esposa extrovertida ajuda seu marido tímido em situações onde ele se sente desconfortável

*Um marido que não enxerga bem à noite deixa que sua esposa dirija o carro de volta para casa

*Uma esposa com muita capacidade de discernimento usa seu "sexto sentido" para advertir o marido contra maus negócios

*Um marido menos acadêmico conta com a ajuda da sua esposa estudiosa para preparar sua aula de escola dominical

Poderíamos multiplicar exemplos, mas o ponto está claro: O casal sábio aprende cedo a trabalhar as diferenças entre eles para fortalecer e não enfraquecer seu lar.  Este casal sabe que as diferenças foram criadas por Deus não para criar competição, mas sim complementação em casa.  "Quando sou fraco, então ela é forte, e quando ela é fraca, eu sou forte".


    Pr. Davi Merkh

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segunda-feira, 29 de agosto de 2011

A Segunda Década do Casamento

Nos dias 14 e 15 de abril, 1912, o majestoso Titanic terminou sua viagem inaugural no fundo do mar, um desastre em que quase 1500 almas se perderam. Mas a tragédia maior foi o fato de que aquele desastre poderia ter sido evitado.  Várias advertências alertaram o navio ao perigo de icebergs nas águas.  Mas ao que tudo indica, o Capitão Smith ignorou as advertências, preferindo confiar em seu navio “infundável.”

Muitos casamentos que conseguiram navegar pelos mares às vezes tempestuosos dos primeiros 10 anos, enfrentam um oceano ainda repleto de icebergs na sua segunda decada.  Assim como o iceberg, esses perigos talvez pareçam menores na superfície do que realmente são.

Depois de quase 22 anos de casamento, conseguimos identificar alguns desses perigos que ameaçam nossos lares.  Mas com a bússola da Palavra de Deus, poderemos passar com tranquilidade por esse período em que o amor atinge sua maioridade.  Que tal ligar seu “radar” matrimonial para verificar se talvez alguns desses perigos estejam no horizonte do seu casamento?

1.    Distanciamento.  O primeiro iceberg capaz de afundar o matrimônio faz parte de processo natural em que a paixão da lua-de-mel se transforma num amor mais maduro e estável.  Mas “estável” pode também ser sinônimo por “frio” se o casal não se guardar de uma vida rotineira e previsível demais.   Um ditado americano que diz, “Familiarity breeds contempt” (“familiaridade gera ódio”) sugere que podemos permitir uma distância em nossos relacionamentos como resultado do cotidiano.

O livro de Provérbios sugere que podemos e devemos manter acesa a chama do nosso amor, mesmo na segunda década do casamento.  Falando do amor romântico no casamento, o autor diz, “Seja bendito o teu mancial, e alegra-te com a mulher da tua mocidade, corça de amores, e gazela graciosa.  Saciem-te os seus seios em todo o tempo; e embriaga-te sempre com as suas carícias” (Pv 5.18,19).

Sugestão: Quando foi a última vez que vocês saíram, só os dois, para um “escape romântico”?  Pelo menos uma vez por ano o casal deve fazer todo esforço para planejar  uma saída--talvez um retiro ou congresso de casais, ou até mesmo um fim-de-semana longe da casa, dos filhos, do trabalho, da igreja e da vida rotineira.

2.    Monotonia e Egoísmo.  Um outro perigo no mar matrimonial, relacionado com o primeiro, é a monotonia.  “O mesmo mesmo”, dia após dia, semana após semana, mês após mês, ano após ano, afoga o relacionamento com ondas de mediocridade.  Em meio a tantas preocupações com os filhos, com a carreira, com contas a pagar e muito mais, as pequenas cortesias do namoro e lua-de-mel ficam esquecidas.  Acabamos voltando toda a nossa atenção para nós mesmos, e não mais para o cônjuge.  1 Coríntios 13 nos lembra de que um amor vivo não se conduz inconvenientemente, não procura os seus interesses, tudo sofre, tudo crê, tudo espera e tudo suporta.

Sugestão: Que tal voltar a “paparicar” seu cônjuge como fazia antes?  Abrir uma porta, escrever um bilhete, massagear os pés, fazer cafuné no cabelo, comprar uma flor, sair para jantar, dar um abraço “fora da hora” e muito mais são maneiras de dizer “Eu te amo” e interromper a monotonia e pôr fim ao egoísmo no relacionamento.

3.    Carreira x Família.  Dois eventos simultâneos coincidem na segunda década de casamento para muitos.  É o tempo em que muitas carreiras disparam.  Mas também é o tempo em que os filhos precisam muito dos pais, se só pelas decisões a serem tomadas (namoro, vestibular, faculdade, carreira), mas também pelos desafios da pré-adolescência e adolescência.  Pais ausentes dificilmente orientarão os filhos como navegarem por essas águas profundas.

As Escrituras colocam em cheque nossa ambição desenfreada.  Salmo 127 nos desafia: “Se o Senhor não edificar a casa, em vão trabalham os que a edificam. . . Inútil vos será levantar de madrugada, repousar tarde, comer o pão que penosamente granjeastes; aos seus amados ele o dá enquanto dormem” (1,2).  Salmo 131 declara “Senhor, não é soberbo o meu coração, nem altivo o meu olhar; não ando à procura de grandes coisas, nem de coisas maravilhosas demais para mim”(1).

Sugestão:  Avalie suas prioridades como família.  Aquela promoção realmente vale a pena?  Os filhos precisam de mais dinheiro, ou de mais tempo com os pais?  Você TEM que trazer tanto trabalho para casa nos finais-de-semana?  Nenhum comerciante termina sua vida com ressentimentos porque não fechou mais um negócio, mas muitos sofrem por não ter investido mais na vida de seus filhos

4. Filholatria.  A Revista Veja, na  edição especial “Sua Criança”, publicou um artigo entitulado, “Fuja do Filhocentrismo”.  Relata como os pais de hoje são incapazes ou indispostos a dizer “Não” aos filhos, permitindo que os filhos sejam pequenos deuses no lar.[1]

A Revista Seleções ofereceu uma peça semelhante chamada “Romance com Filhos é Possível? Tornar-los o Centro de Sua Vida Pode Lhe Custar Caro.”[2]“A síndrome do ninho vazio” resulta quando os pais se dedicam durante 18 anos aos filhos mas esquecem de desenvolver a amizade conjugal.  Os dois artigos certamente não recomendam negligência ou abandono dos filhos, mas apontam para uma forte tendência em nossos dias de idolatrar os filhos.  Mas biblicamente, não é o eixo pai-filho e sim, marido-esposa, que ancora o lar (Gn 1.27,31).  Quando mãe e pai estão bem como casal, tudo vai bem em casa.  Mas quando há atritos entre o casal, o mundo dos filhos afunda.

Sugestão:  Seria bom os pais verificarem se já caíram no extremo de filholatria, e tomar providências para voltar ao equilíbrio bíblico.  Têm medo de contrariar o filho?  Sair de casa só os dois, sem os filhos?  Os programas dos filhos dominam o lar?  Os pais apresentam uma frente unida diante dos filhos na disciplina e nas decisões, ou os filhos conseguem jogar um pai contra o outro?

5.  Mágoas.  Pequenos atritos e conflitos não-resolvidos se acumulam no decorre dos anos, e facilmente naufragam relacionamentos.  Por isso o Apóstolo Paulo aconselhou, “Irai-vos, e não pequeis; não se ponha o sol sobre a vossa ira, nem deis lugar ao diabo” (Efésio 4.26,27).  Nem sempre vamos concordar sobre tudo, e às vezes, ao longo de um casamento, temos que concordar em discordar.  Mas se não resolvermos nossas diferenças, as mágoas se empilharão entre nós, afastando-nos um do outro. Talvez por esse efeito cumulativo, muitos casamentos acabam se afundando justamente na sua segunda década

Sugestão: Se existem questões não-resolvidas entre vocês, o primeiro passo é reconhecer SUA parte no conflito e pedir perdão (não desculpas) do seu cônjuge, sem exigir ou esperar que ele faça o mesmo.  O perdão ministra a graça de Deus em seu lar, e remove obstáculos que facilmente naufragam um relacionamento.

Há muitos icebergs no mar matrimonial.  Mas o casal que já conseguiu navegar pelos primeiros dez anos de casamento, certamente tem condições de vencer a segunda década.  Mas não pode ignorar as advertências de perigos no horizonte.  Conforme o velho corinho infantil, “Com Cristo no barco, tudo vai muito bem . . .”

Pr. David J. Merkh

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domingo, 28 de agosto de 2011

Nem Só de Flores e Versos Vive Um Casamento!

Nem só de flores e versos vive um casamento! Eu fiz uma enquete no site do nosso ministério, www.familiaegraca.com.br, com a seguinte pergunta: "O que você acha que mais está faltando em seu
casamento?" Das 773 pessoas que participaram, 23% responderam que está faltando "romantismo". É claro
que todos nós queremos um relacionamento com poesia, flores, presentes, declarações de amor, surpresas agradáveis, etc. Porém, em uma construção, o amor romântico é apenas o ornamento, a decoração, a pintura, os vasos,
as plantas, as flores, os quadros na parede, os tapetes, etc. Tudo isso é necessário em uma casa, pelo contrário a casa fica sem graça, sem vida, sem alegria, sem beleza. Porém, se o amor romântico é a ornamentação que torna a construção mais bonita e alegre, o amor sacrificial é o alicerce, a fundação. De onde você está agora, não é possível enxergar o alicerce desta construção, mas é o que sustenta e dá segurança.

A segurança de um relacionamento conjugal depende da profundidade do amor sacrificial do casal. Foi por isso que o apóstolo Paulo escreveu: "Vós, maridos, amai vossas mulheres, como também Cristo amou a igreja, e a si mesmo se entregou (na cruz) por ela,..." (Ef 5:25). O que determina o sucesso ou o fracasso de um casamento quando o casal experimenta a força dos temporais da vida é o amor sacrificial. Há uma estatística que diz, que, quando uma doença grave atinge a esposa, colocando-a em uma cama até a morte, o homem tende a 'pular do barco' no meio do caminho, deixando-a morrer sozinha. Esta mesma pesquisa mostra que as mulheres, na maioria das vezes, vão com o marido doente até o fim. Por quê? Falta profundidade do amor-sacrifício. Apesar desta estatística, eu já vi homens sofrerem ao lado da esposa até o ultimo momento, amando-a sacrificialmente.

Em meu casamento eu já vivi um tempo onde o nosso amor sacrificial foi testado. No mês de janeiro do ano de 2006, quando voltamos de férias, eu e minha esposa fomos ao médico para saber sobre o resultado de um exame que ela havia feito antes de viajar. Para o nosso desespero, o resultado que o médico nos passou era que ela estava com um tumor maligno de três centímetros no seio direito. Lembro-me como se fosse hoje, quando o médico começou a desenhar em um papel, mostrando-nos a gravidade e a dimensão do problema, foi difícil acreditar que tudo aquilo estava acontecendo conosco. Ele disse, será um ano onde tudo terá que ser alterado por causa da cirurgia, da quimioterapia e da radioterapia. Após ouvirmos tudo aquilo, saímos da sala em silêncio. Chegando ao carro, choramos intensamente sem saber o que dizer um para o outro. Quando me refiz emocionalmente, liguei o carro e sai em direção à nossa casa. Na rodovia Fernão Dias, parei o carro debaixo de uma árvore para orarmos. Foi a oração mais difícil que já fiz, porque não estávamos orando para brigar com Deus, mas para reconhecer sua soberania e pedir graça para atravessarmos aquele deserto. Depois de orarmos, eu tinha diante de mim a oportunidade para declarar o meu amor sacrificial à minha esposa. Após a oração, eu segurei na mão dela e disse: "Durante todo o tempo que for necessário para o tratamento, vou provar que o meu amor por você não é apenas romântico, mas sobre tudo, sacrifical". O que eu estava tentando dizer para ela era que eu estaria ao seu lado, com cabelo ou sem cabelo, isto porque a quimioterapia faria cair todos os pelos do corpo. Estaria ao seu lado com encontros sexuais semanais ou mensais, por que o tratamento provocaria um mal estar quase insuportável, o que nos obrigaria a se abster sexualmente por um bom tempo. O certo é que foram quase doze meses de tratamento. Quantas vezes ao acordar, ela já tinha acordado bem antes de mim e estava com o rosto molhado de lágrimas. Eu ministrava orando e fazendo um carinho em seu rosto, depois lia um Salmo e cantava o verso de um hino que diz:

"Se tu minh'alma, a Deus suplica,
Espera n'Ele, confiante fica,
Em tuas promessas que são mui ricas
E infalíveis pra te valer!
Por que te abates, oh minh'alma
Espera nele, com fé e calma!
Jesus de todos os seus males salva,
E te abençoa dos altos céus!"


Com esta ministração de amor sacrificial, ela dormia mais um pouco. Foram meses viajando para ministrar em eventos para casais sem tê-la ao meu lado, deixando-a aos cuidados de pessoas amigas. A prova passou, hoje ela está curada, já fez por duas vezes todos os exames solicitados pelos médicos e o resultado foi que sua saúde está ótima. Amar quando tudo vai bem é fácil, o grande desafio é amar quando tudo parece lutar contra nós. Após atravessar aquele deserto, saí do outro lado mais doce, mais sensível, mais compreensivo, mais maduro, mais casado, mais romântico!  Hoje voltamos a viajar juntos, namorar, brincar e curtir os nossos filhos com muita alegria. Não basta se preocupar exageradamente com a decoração da casa, se não houve investimento significativo no alicerce.
         
            Só amor romântico não basta, é preciso amor sacrificial!!!

Pr. Josué Gonçalves

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sábado, 27 de agosto de 2011

Amor Verdadeiro Conforme Cantares

Enquanto o mundo fala muito sobre paixão e amor verdadeiro, alguns acham que Deus fica vermelho ou gagueija quando toca em assuntos românticos. Nada mais distante da verdade! Deus não somente fala sobre a paixão romântica, foi Ele quem a criou e abençoou. Não é de estranhar que Ele dedicou um livro inteiro da Bíblia sobre esse assunto . . . o livro conhecido como o "Cântico dos Cânticos" (ou Melhor dos Cânticos) ou seja, o livro de CANTARES.

Alguns na história da igreja têm "alegorizado" este livro (imaginando que sua mensagem só fala do o amor de Deus para com Israel, ou talvez um tipo da "paixão" entre Cristo e Sua igreja). Mas nada é mais normal do que uma palavra divina sobre o mais importante dos relacionamentos humanos. Deus se interessa, sim, no desenvolvimento do amor matrimonial, inclusive o "namoro", as núpcias, a lua-de-mel e o cotidiano de vida a dois. Deus fala, sim, sobre amor e paixão, e não gagueija!A mensagem do livro fica clara: Deus criou e abençoou o amor verdadeiro entre um homem e uma mulher. Mas quais as características desse amor? Como identificá-lo? Como distinguir entre "paixão" superficial e amor genuíno? Essas perguntas perturbam adolescentes e jovens à procura do seu "príncipe encantado". Complicam a vida dos pais que desejam orientar seus filhos no caminho espinhoso do amor.O livro de Cantares identifica muitos elementos do amor verdadeiro, mas dois se destacam. O amor verdadeiro sabe ESPERAR e o amor verdadeiro é EXCLUSIVO. Vamos investigar cada característica à luz do livro mais romântico da Palavra de Deus.

I. A Esperança do Amor Verdadeiro
Há muitas "estrofes" no "Cântico dos Cânticos", mas somente 2 frases repetidas como "refrão" no livro. Cada frase se encontra exatamente três vezes, espalhadas no início, meio e fim do livro. Servem como "coros" que ecoam a mensagem do livro.O primeiro refrão simplesmente diz "não acordeis nem desperteis o amor, até que este o queira". A frase aparece pela primeira vez em 2:7: Conjuro-vos, ó filhas de Jerusalém, pelas gazelas e cervas do campo, que não acordeis nem desperteis o amor, até que este o queira. Mais tarde se repete em 3:5 e 8:4. Três vezes, em momentos de intensa paixão entre a noiva e o noivo, ela exorta suas amigas sobre a natureza do verdadeiro amor. O amor verdadeiro sabe esperar, e por isso, pode desfrutar ao máximo as delícias que Deus sempre tencionou para o casal. Amor verdadeiro não é precipitado, precoce, adiantado ou impaciente. Não precisa manipular as circunstâncias para "ganhar" o amor. Não precisa seduzir para chamar atenção para si mesmo. Não precisa "se entregar" com medo de perder o amado.

É interessante notar que a mensagem do nosso mundo é exatamente o contrário-o amor é precipitado, apressado, forçado até ao ponto em que a pessoa que espera o tempo de Deus é considerada ultrapassada, estranha, talvez até mesmo homossexual. Que engano de Satanás! Que tristeza quando crianças de 8, 10, ou 12 anos "namoram", até pelo incentivo de seus pais. Que pena quando adolescentes que não "ficam" são considerados caretas pelos colegas. Que tragédia quando jovens universitários que ainda são virgens são marginalizados como "extra-terrestres"!A mensagem de Cantares é simples mais clara: Deus reserva os maiores prazeres matrimonias e amorosos para aqueles que saibam esperar o tempo dEle! Mas mágoas e ressentimento esperam os que adiantam o tempo de Deus nos relacionamentos românticos.Tudo isso bate bem com o texto clássico de amor bíblico, 1 Coríntios 13, que descreve o amor verdadeiro assim: "É paciente... não arde em ciúmes... não se conduz inconvenientemente, não procura os seus interesses... tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta."O livro de Hebreus bate na mesma tecla: "Digno de honra entre todos seja o matrimônio, bem como o leito sem mácula; porque Deus julgará os impuros e adúlteros." (Hb 13:4)Por quê alguns apressam o amor? Há muitos fatores, mas a falta de confiança na soberania e no amor de Deus certamente se destacam. Deus tem, sim, um plano maravilhoso para nossas vidas.

Ele nos ama mais que nós nos amamos. Mas o medo de ficar na "solteirice" às vezes leva para relacionamentos precipitados. A pressão de colegas também faz com que abaixemos nosso padrão. Quando esquecemos que Deus tem tudo sob controle; que Ele quer nosso bem; e que Ele desperta o amor na hora certa, é fácil cair na tentação de tomar a situação em nossas mãos."Tudo tem o seu tempo determinado, e há tempo para todo propósito debaixo do céu... tempo de abraçar, e tempo de afastar-se de abraçar...tudo fez Deus formoso no seu devido tempo" (Ecl 3:1, 5,11)Como aplicar esse princípio do amor que espera?

1) Para Jovens:
a) Espere o amor verdadeiro! Não ceda às pressões de ser precipitado no ficar, no namorar, no noivar, no casar. É difícil esperar, às vezes parece difícil demais, mas Deus não permitirá que você seja tentado além da sua capacidade de suportar.
b) Confie na soberania de Deus-Ele tem tudo sob controle, e tem um tempo determinado para você. Não pense que será um "encalhado" para o resto de sua vida se não "fazer a coisa acontecer". Deus ama você, e tem um plano maravilhoso para sua vida!2) Para Pais:
a) Leve em conta a seriedade das emoções e dos sentimentos de seus filhos. São verdadeiros, mesmo que impensados às vezes.
b) Mantenha portas abertas para conversar, aconselhar e dialogar com seus filhos sobre relacionamentos românticos e especialmente sobre a pureza moral.
c) Proteja o coração dos seus filhos! Seja o "guardião da porta" do jardim deles (Ct 4:12). Saia com seus filhos em particular para conversar e OUVIR sobre questões do coração.Acima de tudo, lembre-se de que Deus reserva os maiores prazeres românticos para aqueles que saibam esperar o tempo dEle! Mas mágoas e ressentimento esperam os que adiantam o tempo de Deus nos relacionamentos à dois.No próximo artigo, descobriremos o segundo elemento do amor verdadeiro, a EXCLUSIVIDADE.

Amor Verdadeiro conforme Cantares (II)

Certa vez alguém comparou o casamento às moscas na tela da janela da cozinha: as que estão fora querem entrar, e aquelas que estão dentro querem sair.Para evitar o segundo quadro, e facilitar que o primeiro aconteça sem maiores prejuízos, Deus nos deixou um livro inteiro da Bíblia. Este livro traça a história do amor romântico desde seu início e passando pelos altos e baixos do namoro, noivado, lua-de-mel e cotidiano do casamento. O livro conhecido como o "Cântico dos Cânticos" (o melhor dos cânticos) ou seja, CANTARES, inclui dois refrãos que revelam as características do verdadeiro amor. O amor verdadeiro sabe ESPERAR e o amor verdadeiro e EXCLUSIVO.

Descobrimos a ESPERANÇA do amor verdadeiro na repetição da frase "não acordeis nem desperteis o amor, até que este o queira." O amor espera, pois confia num Deus soberano, em Seu plano perfeito. (Veja o primeiro artigo nessa série.) Mas o amor verdadeiro também é exclusivo, pois crê que esse plano inclui UM homem para UMA mulher para uma VIDA INTEIRA. Poucas pessoas no mundo hoje pensam desse jeito, mas o que parece-me ser ainda mais triste é o fato de que muitos na igreja não concordam, ou pensam que essa exclusividade começa só com o casamento. Mas nada na Bíblia nos dá base para pensar que a fidelidade conjugal começa somente DEPOIS do casamento.

Cabe agora investigar a EXCLUSIVIDADE do amor conforme Cantares. O refrão que também se repete três vezes (no início, meio e fim do livro) ecoa esse princípio:
2:16 O meu amado é meu, e eu sou dele; ele apascenta o seu rebanho entre os lírios.
(É interessante notar que, no argumento do livro, a noiva fala da exclusividade do seu amor, guardado ANTES da consumação do casamento. Ele se reservou exclusivamente para o amado.)
O refrão se repete mais duas vezes no livro:
6:3 Eu sou do meu amado, e o meu amado é meu; ele pastoreia entre os lírios.
7:10 Eu sou do meu amado, e ele tem saudades de mim.
O princípio não pode ser mais claro-no plano perfeito de Deus, EU NÃO SOU MEU-- EU PERTENÇO A OUTRO! Cantares usa a figura de um jardim para descrever a noiva que soube guardar seu coração até o casamento "Jardim fechado és tu, minha irmã, noiva minha, manancial recluso, fonte selada" (Ct 4:12). Mais tarde, o texto a descreve como sendo um muro, resistente às seduções, em contraste com uma porta que deixa qualquer um entrar (Ct 8:8-10).

O ponto é que mesmo antes de conhecer seu amado, ele se reservou exclusivamente para ele.O Novo Testamento aplica essa verdade ao contexto do casal casado, em que o corpo de cada um pertence ao outro: "A mulher não tem poder sobre o seu próprio corpo, e, sim, o marido; e também, semelhantemente, o marido não tem poder sobre o seu próprio corpo, e, sim, a mulher." (1 Co 7:4)Moças, se Deus permitir, seu Príncipe Encantado está assentado em cima do seu cavalo branco em algum canto do mundo, com uma sapatilha de vidro em sua mão, saindo agora de uma longa viagem a seu encontro. Não saia 15 minutos antes que ele chegue para ficar com algum sapo que nunca será príncipe! O amor verdadeiro não somente espera, mas é exclusivamente reservado para a pessoa que Deus escolheu para você.

Gostaria de oferecer algumas sugestões para proteger a exclusividade de seu coração:

1) Para Jovens:
a. Preserve-se agora para depois! Lembre-se de que provavelmente existe alguém neste mundo com somente seu nome escrito na tábua do seu coração.
b. Confie em seus pais, parentes (em Cantares os irmãos são guardiões do coração da noiva!) e seus líderes espirituais e amigos sábios para lhe dar direção e conselho em questões do seu coração.
c. Faça um voto de pertencer exclusivamente a pessoa escolhida por Deus para você!
d. Ore pelo seu futuro cônjuge!
e. Se você já "pisou na bola" , confesse seu pecado a Deus e confie que Ele lhe dará um "novo começo". Não viva debaixo da culpa, mas na graça de Jesus.2) Para Pais:
a. Lembrem-se: A responsabilidade de proteger o jardim dos filhos é sua (Pv 23:26 Dá-me, filho meu, o teu coração, e os teus olhos se agradem dos meus caminhos.")
b. Preparem seus filhos para a exclusividade do casamento através do seu exemplo de fidelidade conjugal; ensino bíblico sobre pureza moral; vigia das amizades e dos relacionamento românticos de seus filhos.
c. Orem pelo futuro cônjuge de seus filhos!Deus não passa vergonha, nem gagueija quando fala de paixão romântica. Foi Ele quem inventou o amor, e Ele tem um plano perfeito para sua vida.

Deus reserva os maiores prazeres romântcos para aqueles que saibam esperar o tempo dEle!
Por isso, o amor perfeito é caracterizado por Esperança e Exclusividade:
"Não acordeis nem desperteis o amor, até que este o queira."
"Eu sou do meu amado, e o meu amado é meu" 

Pr. Davi Merkh

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sexta-feira, 26 de agosto de 2011

Razões (Bíblicas) Pelo Sexo – Parte 2

3. O sexo existe para refletir aspectos da imagem de Deus no ser humano.
Muito mais importante que todas as razões citadas acima é o fato de que existe profunda relação entre a sexualidade humana e a teologia.  Ou seja, o casal casado tem o privilégio de refletir um pouco do próprio ser de Deus.
O  casal também reflete a imagem de Deus através da intimidade de seu relacionamento.  Há aspectos da personalidade de Deus, seus atributos, que somente se vêem em comunidade, tais como amor incondicional, bondade, longanimidade e misericórdia.  Deus criou o casal, e deu-lhes o sexo, como forma de demonstrar esta união de “dois-em-um” com amor incondicional.
Por isso Deus odeia aberrações sexuais– sujam sua imagem aqui na terra!  O plano de Deus  exige que uas pessoas do sexo oposto, porém unidas por  ”aliança”, se unam para refletir essa unidade em diversidade.  Qualquer relacionamento sexual que não seja entre um homem e uma mulher casados implica em jogar grafiti na imagem de Deus.  Homossexualismo (unidade sem diversidade), prostituição (unidade sem aliança), pornografia (exploração), e até o “ficar” (exploração sem compromisso)  são todas aberrações que pervertem a imagem de Deus e o plano dEle para nossa sexualidade.  Não é que Deus quer acabar com a “festa”; Ele quer proteger a Sua imagem.

4. O sexo existe para a procriação de novas imagens de Deus, e do casal.
Infelizmente alguns no decorrer dos séculos têm limitado o propósito do sexo para a reprodução da espécie.  Embora procriação não seja o único  propósito para o sexo, certamente é um propósito.  É interessante que o primeiro mandamento na Bíblia tem a ver com o  sexo e a reprodução: “Sede fecundos, multiplicai-vos, enchei a terra  e sujeitai-a . . . ”  (Gn 1:28).
Precisamos valorizar o significado teológico por trás desta ordem.  Deus queria que a imagem dele, espelhada no homem e na mulher, fosse espalhada no mundo inteiro!  Antes da queda, a união de Adão e Eva teria reproduzido pequenos espelhos da Pessoa de Deus, e também do amor do casal.  Depois da queda a imagem ainda se vê, mas agora de forma ofuscada.  Somente em Cristo Jesus é que esta imagem pode ser resgatada e o homem feito uma “nova criatura”.  Por isso a experiência sexual de um casal de cristãos, redimidos pelo sangue de Jesus e vivendo uma vida em comunhão com Deus e um com o outro,  deve ultrapassar por muito a imitação pobre oferecida pelo mundo.  Este é o plano de Deus!
Como se o prazer da intimidade sexual em si não fosse suficiente, muitas vezes Deus dá “graça sobre graça”: filhos feitos não somente à imagem de Deus, mas à imagem do casal!  ”No dia em que Deus criou o homem, à imagem de Deus o fez; homem e mulher os criou, e os abençoou, e lhes chamou pelo nome de Adão, no dia em que foram criados.  Viveu Adão cento e trinta anos, e gerou um filho à sua imagem, e lhe chamou Sete (Gn 5:1-3).  A procriação de novas imagens de Deus e novas imagens dos pais é um dos propósitos mais sublimes do sexo do ponto de vista de Deus.
Apesar de toda esta beleza no propósito de Deus para a sexualidade, temos que admitir que o sexo não é tudo na vida do cristão.  Infelizmente, nosso inimigo, o “sedutor de todo o mundo” (Ap 12:9) tem alcançado suas maiores vitórias contra a igreja de Jesus Cristo justamente neste ponto.  Temos engolido as propagandas, revistas, novelas e piadas sujas que o mundo circula, barateando uma das mais sublimes e belas criações de Deus.  O sexo tem seu lugar, mas não ocupa todo lugar!  Devemos louvar a Deus pela sua sabedoria e bondade, por ter criado o sexo e dado-o ao homem.    Mas vamos manter equilíbrio, não sendo sexofobíacos, nem sexomaníacos.  Vamos louvar ao Criador, e não à sua criação.
“Criou Deus, pois, o homem à sua imagem, à imagem de Deus o criou; homem e mulher os criou”(Gn 1:27).  ”Homem e mulher os criou” (à imagem de Deus) significa que o casal como casal revela aspectos profundos da Pessoa de Deus.   O casal espelha unidade em diversidade, assim como vemos na Santa Trindade, onde há três pessoas distintas, com funções diferentes, mas com harmonia total.
Razões (Bíblicas) Pelo Sexo – Parte 2Autor(a): Autor(a): Pr. Davi Merkh
3. O sexo existe para refletir aspectos da imagem de Deus no ser humano.
Muito mais importante que todas as razões citadas acima é o fato de que existe profunda relação entre a sexualidade humana e a teologia.  Ou seja, o casal casado tem o privilégio de refletir um pouco do próprio ser de Deus.
“Criou Deus, pois, o homem à sua imagem, à imagem de Deus o criou; homem e mulher os criou”(Gn 1:27).  ”Homem e mulher os criou” (à imagem de Deus) significa que o casal como casal revela aspectos profundos da Pessoa de Deus.   O casal espelha unidade em diversidade, assim como vemos na Santa Trindade, onde há três pessoas distintas, com funções diferentes, mas com harmonia total.

              Pr. Davi Merkh

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quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Razões (Bíblicas) Pelo Sexo – Parte 1

Seria difícil achar um assunto mais polêmico do que o sexo.  Para alguns, “sexo” é um palavrão.  Quanto menos se fala sobre o assunto, melhor.  Esta “sexofobia” leva a atitudes não-saudáveis quanto ao sexo.Para outros, a própria palavra “sexo” é como ima: colocá-la na capa de uma revista ou em luzes de néon, e os olhos são atraídos naturalmente.  Observando a nossa cultura, teríamos que concluir que somos “sexo-maníacos”: preocupados com e absorvidos pela nossa sexualidade.
O sexo também gera controvérsias em círculos religiosos.  Em algumas religiões, o sexo se justifica somente pela reprodução da espécie, quase se tornando algo sujo fora esta intenção.  Historicamente, seitas e religiões pagãs têm feito do sexo uma parte integral de adoração aos deuses ou a um líder carismático.  A igreja evangélica, apesar da sua teologia geralmente sã com respeito ao sexo, tem sofrido golpe após golpe justamente por causa da promiscuidade e imoralidade de alguns de seus líderes.
À luz desta polêmica e confusão, cabe a nós uma reflexão séria e bíblica com respeito ao sexo.  O que a Bíblia ensina sobre o sexo?  Especificamente, qual o propósito do sexo, e qual deve ser a atitude do cristão com respeito a sua sexualidade?   Existem pelo menos quatro razões bíblicas pelo sexo:
1. O sexo existe para promover intimidade total (conhecimento mútuo) entre duas pessoas.
Razões (Bíblicas) Pelo Sexo – Parte 1Autor(a): Pr. Davi Merkh
Seria difícil achar um assunto mais polêmico do que o sexo.  Para alguns, “sexo” é um palavrão.  Quanto menos se fala sobre o assunto, melhor.  Esta “sexofobia” leva a atitudes não-saudáveis quanto ao sexo.   Para outros, a própria palavra “sexo” é como ima: colocá-la na capa de uma revista ou em luzes de néon, e os olhos são atraídos naturalmente.  Observando a nossa cultura, teríamos que concluir que somos “sexo-maníacos”: preocupados com e absorvidos pela nossa sexualidade.
O sexo também gera controvérsias em círculos religiosos.  Em algumas religiões, o sexo se justifica somente pela reprodução da espécie, quase se tornando algo sujo fora esta intenção.  Historicamente, seitas e religiões pagãs têm feito do sexo uma parte integral de adoração aos deuses ou a um líder carismático.  A igreja evangélica, apesar da sua teologia geralmente sã com respeito ao sexo, tem sofrido golpe após golpe justamente por causa da promiscuidade e imoralidade de alguns de seus líderes.
À luz desta polêmica e confusão, cabe a nós uma reflexão séria e bíblica com respeito ao sexo.  O que a Bíblia ensina sobre o sexo?  Especificamente, qual o propósito do sexo, e qual deve ser a atitude do cristão com respeito a sua sexualidade?   Existem pelo menos quatro razões bíblicas pelo sexo:

1. O sexo existe para promover intimidade total (conhecimento mútuo) entre duas pessoas.

Não é por acaso que o texto bíblico se refere ao sexo quando diz que “Adão conheceu a Eva, e ela deu à luz um filho . . .” (cf. Gn 4:1, 25).  Infelizmente, algumas Bíblias não mantêm este eufemismo, assim perdendo a riqueza da palavra “conheceu”.  O ato sexual é um evento em que duas pessoas se abrem totalmente uma para a outra, tornando-se totalmente vulneráveis, mas ao mesmo tempo dando continuidade a um processo de compreensão mútua.

Ao mesmo tempo, como muitos casais casados podem testemunhar, o bom andamento da vida sexual do casal exige um conhecimento mútuo cada vez maior.  Muito mais do que um ato bestial  e biológico, o sexo verdadeiro aos olhos de Deus é uma experiência que exige conhecimento íntimo, e que gera conhecimento mútuo.  Por isso a vida sexual do casal deve crescer em significado e profundidade ao longo de um casamento.  Não deve ser monótono ou cansativo, como alguns vendedores de sexo ilícito querem que acreditemos.

O “sexo livre” realmente barateia este aspecto da união física entre duas pessoas.  Em vez de conhecimento mútuo e intimidade profunda, encontramos falsidade, hipocrisia, exploração e prostituição, produtos de sexo “animal” que não significa muito mais do que o coito de bichos.

Este é o problema também com contato físico precoce entre dois jovens, seja no “ficar” ou no namoro descuidado.  Deus criou o homem e a mulher de tal forma que cada degrau na escada de intimidade física leve para o próximo.  Intimidade física entre duas pessoas certamente tem seu lugar: no casamento (Hb 13:4)!  Antes de firmar aliança, começar a subir a escada só pode resultar em uma de duas conseqüências: fornicação ou frustração.  Isso porque Deus é quem fez a atração física.   Dar um curto circuito no processo frustra; avançar até o topo perverte o propósito de sexo. Em ambos os casos o melhor remédio é abster de intimidades físicas até o casamento.

2. O sexo existe para o prazer e a satisfação de desejos profundos no ser humano.

Quando Adão foi criado, Deus lhe deu a tarefa de dar nomes para os animais.  Sozinho, ele completou a tarefa, que mostrou-lhe um fato alarmante.  Depois que todos os animais haviam desfilado na frente do homem, ele percebeu que todos tinham seus pares, “para o homem, todavia, não se achava uma auxiliadora idônea” (Gn 2:18).  Por isso é que Deus falara “Não é bom que o homem esteja só . . .” .

É interessante notar que o homem não estava literalmente sozinho.  Havia cachorros e gatos no Jardim com os quais podia manter algum tipo de companheirismo.  O próprio Deus estava com ele, e iria andar com ele diariamente ao anoitecer.  Mas eram relacionamento verticais-o homem acima dos animais, e Deus acima do homem.  Não eram suficientes para suprir desejos bem mais profundos para um relacionamento horizontal de companheirismo.  Deus deu ao homem alguém que fazia parte dele para desfrutar de intimidade e comunhão com ele, assim satisfazendo seus desejos mais profundos.  O ato sexual é a consumação da satisfação e do prazer desta comunhão.

Provérbios 5 aconselha o casal casado a procurar esta satisfação mútua como forma de evitar a imoralidade: Bebe a água da tua própria cisterna, e das correntes do teu poço. . . Sejam para ti somente e não para os estranhos contigo.  Seja bendito o teu manancial, e alegra-te com a mulher da tua mocidade, corça de amores, e gazela graciosa.  Saciem-te os seus seios em todo o tempo; e embriaga-te sempre com as suas carícias” (Pv 5:15-19).  O livro de Cantares foi escrito para exaltar a beleza de amor romântico e sexual dentro do plano matrimonial de Deus.  Estes textos certamente desmentem a idéia de que o sexo por prazer está fora da vontade de Deus!

O Novo Testamento ecoa este aspecto de satisfação sexual mútua no casamento.  O apóstolo Paulo alista desejos sexuais como uma das principais razões por que casar-se (“é melhor casar do que viver abrasado”, 1 Co 7:9).  Também adverte os casais a não absterem por muito tempo da união sexual “para que Satanás não vos tente por causa da incontinência” (7:5).

                              Pr. Davi Merkh

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quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Famílias de Fé

A sua família edifica a Fé de forma que possa enfrentar o impossível?

Por muitos anos nós vimos a Igreja crescer em fé em várias áreas. A Fé é, cada vez mais, objeto de pregações e colocada em prática. A cura física, a prosperidade, a libertação e a cura interior, são todas áreas nas quais vemos a fé crescer no coração daqueles que crêem, contudo o casamento e a família parecem permanecer os últimos da lista. Muitas vezes nós vemos casais atendendo a um apelo, onde são orientados para tão somente crerem em Deus e então verem a mudança em seu casamento. Porém como eles podem fazê-lo diante do impossível?
Se os apelos para a cura física fossem ministrados da mesma maneira que são ministrados os apelos para a cura na família e no casamento poucos teriam fé para receber a curar de seus corpos. A dúvida e a incredulidade permeiam o entendimento da igreja quando se trata da família e do casamento. O livre arbítrio é indicado como a principal razão pela qual um cônjuge não acredita na mudança do outro.
Quase sempre os conselheiros baseiam-se muito mais em suas próprias experiências ou na de suas famílias na compreensão dos problemas no casamento e na família do que naquilo que Deus diz a esse respeito. Os casais têm sua esperança roubada, os pais não são fortalecidos em sua fé, e é dito aos filhos menores que a separação de sua família fará com que as coisas melhorem. Se a fé é o que traz esperança, como ela pode se desenvolver numa atmosfera sem esperança?

Há falta de fé em nossas famílias hoje?
Freqüentemente, quando um casal chega ao ponto de uma separação ou divórcio, é dito àquele que deseja se reconciliar que nada pode ser feito. “São necessários os dois para que o casamento seja curado”. Se um cônjuge não quer permanecer, é praticamente certo que será dito ao que deseja a reconciliação para deixá-lo livre e seguir adiante com sua vida.
Se o mesmo conselho fosse dado às pessoas que acabaram de receber o diagnóstico de uma doença crônica, haveria qualquer esperança para a cura física? Não, os apelos para a cura física são feitos logo após a pregação da palavra e depois de testemunhos que fortalecem a fé dos ouvintes, tornando-os aptos a buscarem seus próprios milagres. Porque não acontece o mesmo com problemas no casamento e na família?
As Escrituras nos dizem muitas coisas sobre a fé. Nós sabemos que sem ela é impossível agradar a Deus (Hebreus 11:6). Nós sabemos que até mesmo Jesus foi impedido no seu ministério terreno, devido à falta de fé entre os que o rodeavam (Mateus 13:58). E as escrituras nos colocam uma importante questão, “…quando vier o filho do homem, achará porventura fé na terra?” (Lucas 18:8). Achará Ele fé no casamento e na família?

A Fé começa em nosso contexto familiar
Nós não podemos continuar falando sobre fé no corpo de Cristo desprezando o casamento e a família. Todas as nossas questões de vida têm sua origem no lar. Deus quer que nós aprendamos o que ele ensina sobre casamento e família. Nós temos que primeiro aprender como exercitar a fé no contexto de nossas famílias. Muitas vezes parece muito mais fácil ter fé por outros do que por aqueles que nós conhecemos e nos conhecem muito bem. È muito mais fácil ter fé em coisas que estão fora do nosso contexto de família. Entretanto, Deus quer que nossa fé comece em nossas famílias!
Crescer e amadurecer juntos em fé por nossas famílias implica em fixar nossa visão nas promessas de Deus para além das circunstâncias. Fé em nossa família significa:
• Aprender qual é a visão de fé de Deus para o nosso cônjuge e filhos.
• Descobrir quais dons Deus colocou em cada um de nós e aprender a desenvolvê-los.
• Descobrir cedo na vida de nossos filhos qual o plano de Deus para eles e cooperar para que ele se realize na vida deles.
• Arrepender-se dos anos passados de quando não sabíamos o que agora conhecemos.
• Confiar em Deus em cada novo dia e crer que Ele está cuidando de cada membro da família.
Nossas famílias propiciam a melhor escola de fé que podemos esperar. A família é a arena onde nossos corações são mais testados e onde podemos ver o que ainda reside em nós. Talvez possamos sorrir superficialmente algumas horas por semana na igreja, mas aqueles que vivem em nosso lar conhecem quem realmente somos. Que melhor lugar poderíamos ter para, em honestidade, começar a edificar a fé?
Andar em fé é um processo para a vida toda. Toda família tem desafios. Que cada desafio enfrentado seja um incentivo a nos fortalecer na palavra de Deus e a crer ainda mais nas promessas de Jesus. Que possamos aprender a ser honestos em nossas famílias e a nos apoiar, em unidade, diante das tempestades da vida!
O inimigo busca nos dividir e conquistar nossas famílias, mas Jesus pagou o preço de nossa vitória.

Mike e Marilyn Phillipps

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terça-feira, 23 de agosto de 2011

Quando surgem DESACORDOS no CASAMENTO

NENHUM marido ou esposa em sã consciência gosta de conflitos no casamento, mas tais conflitos são muito comuns. O que acontece geralmente é que um diz algo que irrita o outro. Levantam as vozes e os ânimos se exaltam, resultando numa discussão acalorada e em comentários sarcásticos. Depois há um silêncio total, em que os dois se recusam obstinadamente a conversar. Com o tempo, a raiva diminui e pedem desculpas. A paz é restabelecida — pelo menos até a próxima briga.
Brigas sem importância são o tema de inúmeras piadas e quadros de programas de televisão, mas a realidade não é nada engraçada. De fato, um provérbio bíblico diz: “Há alguns cujas palavras são como pontas de espada.” (Provérbios 12:18, Almeida, revista e corrigida) Sem dúvida, palavras duras deixam cicatrizes emocionais que duram por muito tempo depois de a discussão ter terminado. O conflito pode até mesmo levar à violência. — Êxodo 21:18.
É claro que, por causa da imperfeição humana, às vezes os problemas no casamento são inevitáveis. (Gênesis 3:16; 1 Coríntios 7:28) Mesmo assim, os desentendimentos freqüentes e intensos não devem ser considerados normais. Especialistas têm notado que brigar com freqüência aumenta a probabilidade de o casal por fim se divorciar. Em vista disso, é vital que vocês aprendam a lidar com os desentendimentos de maneira pacífica.

Analise a situaçãoSe no seu casamento há muitas discussões, procure verificar se ocorrem sempre da mesma maneira. Normalmente, o que acontece quando você e seu marido (ou sua esposa) discordam em algum assunto? Será que a situação logo foge ao controle e se transforma numa torrente de insultos e acusações? Nesse caso, o que você pode fazer?
Primeiro, faça uma análise honesta de como você pode estar contribuindo para o problema. Será que se irrita facilmente? Por natureza, gosta de discutir? O que diria seu marido ou sua esposa sobre você nesse respeito? Esta última pergunta é importante e deve ser considerada, porque vocês podem ter conceitos diferentes sobre o que é ser uma pessoa briguenta.
Por exemplo, suponhamos que um de vocês seja um tanto reservado, ao passo que o outro é franco e muito emotivo ao expressar-se. Você talvez diga: “Na minha casa, todo mundo conversava assim. Isso não é briga!” E pode ser que para você não seja mesmo. No entanto, o que acha ser uma conversa sem rodeios, para o outro pode ser uma conversa que magoa e ofende. Simplesmente reconhecer que vocês têm estilos diferentes de comunicação pode ajudar a evitar mal-entendidos.
Lembre-se também de que discutir nem sempre envolve gritaria. Paulo escreveu aos cristãos: “Sejam tirados dentre vós . . . brado, e linguagem ultrajante.” (Efésios 4:31) “Brado”, ou grito, indica alterar a voz, enquanto que “linguagem ultrajante” refere-se ao conteúdo da mensagem. Em vista disso, até mesmo um sussurro pode causar discussão se for irritante ou depreciativo.
Com isso em mente, considere de novo como você lida com desacordos no casamento. Você gosta de discutir? Como já vimos, a verdadeira resposta a essa pergunta depende muito do ponto de vista do seu cônjuge. Em vez de desconsiderar o conceito dele como sendo sensível demais, procure ver a si mesmo como ele o vê, e faça os ajustes necessários. Paulo escreveu: “Que cada um persista em buscar, não a sua própria vantagem, mas a da outra pessoa.” — 1 Coríntios 10:24.
O que fazer quando surge uma discussão
Escute seu cônjuge.— Provérbios 10:19
Respeite o ponto de vista dele.— Filipenses 2:4
Reaja de forma amorosa.— 1 Coríntios 13:4-7

Preste atenção a como escuta’Outro fator a ser levado em consideração ao lidar com os desentendimentos é encontrado nas palavras de Jesus: “Prestai atenção a como escutais.” (Lucas 8:18) É verdade que Jesus não estava falando sobre a comunicação no casamento. No entanto, esse princípio se aplica nesse caso. Você escuta com atenção, ou pelo menos escuta, quando seu marido ou sua esposa fala? Ou interrompe bruscamente com soluções banais para problemas que não entende bem? A Bíblia diz: “Quando alguém replica a um assunto antes de ouvi-lo, é tolice da sua parte e uma humilhação.” (Provérbios 18:13) Quando surgem desentendimentos, vocês precisam falar sobre o assunto e realmente escutar um ao outro.
Em vez de minimizar o ponto de vista do outro, tente ‘compartilhar os sentimentos’. (1 Pedro 3:8) No grego original, esse termo indica basicamente sentir a dor do outro. Se o seu marido (ou sua esposa) estiver angustiado com alguma coisa, você deve compartilhar o sentimento dele. Tente ver o problema como ele o vê.
É evidente que Isaque, um homem temente a Deus, fazia isso. A Bíblia nos diz que sua esposa, Rebeca, ficou muito perturbada com um problema familiar que envolvia o filho deles, Jacó. Ela disse a Isaque: “Tenho chegado a abominar esta minha vida por causa das filhas de Hete. Se Jacó tomar esposa das filhas de Hete iguais a essas, dentre as filhas do país, de que me adianta a vida?” — Gênesis 27:46.
É verdade que, por causa da ansiedade, Rebeca talvez tenha exagerado. Afinal, será que ela realmente abominava a sua vida? Preferiria mesmo morrer, caso o filho se casasse com uma das filhas de Hete? Provavelmente não. Mesmo assim, Isaque não minimizou os sentimentos de Rebeca. Pelo contrário, reconheceu que a preocupação dela era válida e agiu de acordo. (Gênesis 28:1) Faça o mesmo da próxima vez que seu marido (ou sua esposa) estiver ansioso por causa de algum problema. Em vez de tratar o assunto como algo sem importância, escute seu cônjuge, respeite o conceito dele e reaja de forma compassiva.

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segunda-feira, 22 de agosto de 2011

QUANDO TUDO PARECIA PERDIDO...


Era a última noite de conferências. A organização missionária tinha realizado uma grande série de encontros, visando esclarecer o povo de Deus sobre a importância da santificação e do envolvimento de todos na obra de missões.
Aquele pastor estava sentado na 5a. fila, da direita para a esquerda, na ala central. Ao seu lado um velho obreiro, amigo de longa data. Na verdade, como a cidade era pequena, quase todo mundo se conhecia.
Uma velha missionária estava pregando. Dizia ela que aprendera de forma dura a falar com Deus como uma filha conversa com sua mãe. Disse que na selva, onde se encontrava, recebera um anúncio de que os canibais a comeriam naquela noite. Tremendo de medo, praticamente desesperada, pôs-se de joelhos, declamando as mais lindas orações que conhecia, mas não conseguia encontrar paz para a sua alma. Foi então que decidiu deixar a formalidade de lado e gritar, como uma criança em desespero:
- Papai, eu estou com medo! Não vou desistir, não vou negar a fé, mas estou desesperada! Ah, papai, me conforta! Me faz sentir o teu amor, carinho, consolo! Preciso do teu colo! Preciso do teu acalanto!
Segundo ela, os índios ajoelharam-se diante dela, enquanto orava. Após a oração, vendo aquela cena inusitada, perguntou o que significava aquilo. O cacique dizia que não era por ela, mas pelos "índios luminosos" ao seu redor, com flechas fulgurantes apontadas contra eles. "Que índios?" Ela não via, mas os índios entendiam que a proteção dela era divina, por isso resolveram naquela noite comer outro alimento, resolveram comer do "pão da vida". Eles se converteram e a missionária foi vitoriosa. Ela concluiu, dizendo:
- Pastores, parem de fugir do colo de Jesus! Ele é o caminho para a solução de seus problemas! Não importa o tamanho da crise, não importa a dificuldade que enfrentam, pulem no colo de Jesus, como uma criança pularia no colo de seu pai, quando este chegasse do trabalho! Falem com Jesus, conversem com Jesus, chorem com Jesus, adormeçam com Jesus!!!
- "Que audácia "- disse, encolerizado, o pastor da quinta fileira -, "essa mulher não tem o mínimo pudor teológico. Onde já se viu dirigir-se a Deus sem a devida reverência? Quem ela pensa que é para orar como se estivesse conversando com um ser igual a ela? Também, pudera, perco o meu tempo para ouvir uma maltrapilha evangelista de índios! Ora, façam-me o favor! "
- "Pois eu acho que ela tem razão", exclamou o amigo do pastor, muito mais velho que ele - "sabe, se eu tivesse pensado nisso a mais tempo, teria evitado muito sofrimento. Gostei muito das palavras da mocinha."
- "O que, reverendo? Até o senhor? Ah, meu Deus, este mundo está perdido! Onde estão os fiéis! Não os vejo mais!!!"  E, esbravejando, foi embora, não aguardando nem o término da conferência.
Ele pegou o carro e ruidosamente dirigiu-se ao prédio onde morava. Ao chegar à portaria, recebeu um recado: o porteiro queria falar-lhe. Após estacionar, foi até a guarita. Então, a trágica notícia:
- "Patrão, o seu filho foi preso por porte de drogas. Ele disse que só as consumia, mas os tiras não quiseram saber. Ele está na delegacia do condado. Disseram que um advogado estaria lá, mas as coisas estão difíceis..."
- "Meu Deus", pensou o pastor, "só me faltava essa!"
Subiu para o apartamento. Ao entrar, deparou-se com um sulfite pendurado na porta da geladeira, escrito a baton:
- "Querido, acho que é hora de pararmos com a farsa. Estou tendo um caso. Não lhe amo mais. Por isso, estou indo embora. Na próxima semana passo para pegar as minhas coisas. Cuide-se. Mary".
Suas mãos tremiam. Seu coração disparara. Ele não podia acreditar no que lia! "Desgraça pouca é bobagem", dizia ele no seu íntimo. Seu filho era usuário de drogas, disso ele já sabia. Tentou criá-lo na igreja, tentou evangelizá-lo, mas "como um bom filho de pastor", pensava, "primeiro irá ser um terror, pra depois converter-se", e se iludia com esse pensamento. Mas, sua esposa? Ele, que ouvia algum comentário sobre um provável romance dela com um colega de trabalho, jamais acreditara nisso, pois a amava. Porém, desde há muito o relacionamento não andava bem das pernas: poucos encontros, conversas só por secretária eletrônica, carinhos não havia mais. Agora, a verdade! E como dói a verdade!
Mal acabara de ler o papel, ligam para o seu telefone. Ele atende, ávido por notícias do filho ou da esposa.
- "Pastor? Aqui é Joseph Smith, vice-presidente da igreja. Pastor, nós, do conselho de diáconos, decidimos realizar uma reunião consultiva nesta noite. Não estamos contentes com o senhor. Achamos que o seu tempo em nossa igreja terminou. Estaremos decidindo isso hoje pelo voto. Só estou ligando para que não venha a dizer posteriormente que a igreja fez isso à sua revelia. Acho que o seu ministério já deu o que tinha que dar. Que Deus lhe abençoe, pastor! "
E agora? Esposa nos braços de outro; o filho na delegacia; a igreja colocando-o para fora.
A dor no peito começou a atacar. Um infarto do miocárdio? Um derrame? Um desmaio? Enquanto ponderava, assentando-se no sofá da sala, veio-lhe a mente o que ouvira por parte da missionária, na conferência:
- Pastores, parem de fugir do colo de Jesus! Ele é o caminho para a solução de seus problemas! Não importa o tamanho da crise, não importa a dificuldade que enfrentam, pulem no colo de Jesus, como uma criança pularia no colo de seu pai, quando este chegasse do trabalho! Falem com Jesus, conversem com Jesus, chorem com Jesus, adormeçam com Jesus!!!
Ele pensou: "mas eu nunca fiz isso! O que os outros vão pensar? Eu sempre acreditei diferente! Não, não vou ceder aos emocionalismos baratos daquela maltrapilha. Vou orar do meu jeito." E começou: "Senhor nosso Deus, divino mestre, soberano Senhor dos céus e da terra..." E as lágrimas começaram a cair copiosas dos seus olhos. Quanta dor! Chorava desesperado, em meio a gritos de agonia...
Dobrou os joelhos junto ao sofá, e disse, em meio ao pranto:
- "Deus, eu nunca fui bom em oração, me desculpe! Chamar-te de Pai eu nunca chamei. Mas agora estou desesperado! Pai, olha o que me fizeram! Pai, estou sofrendo muito! O meu filho está preso, Senhor! Minha esposa está nos braços de outro e minha igreja me odeia! Senhor, Senhor, Senhor, me acuda, me socorre, Senhor!"  Seu choro invadia os cômodos vazios da casa. Seu canarinho, espantado, parara de cantar, pasmo ao ver o seu dono desse jeito.
Ele abriu o coração. Disse tudo o que estava atravessado pela garganta há muito tempo. Falou das tristezas, falou das frustrações, falou da família, falou da fé, falou da incredulidade. Falou, falou, falou. Chegou a adormecer de canseira e dor, mas acordou e continuou. Ao término, após o "em nome de Jesus", ele levantou-se e disse:
- Acho que nunca orei tanto na minha vida! Acredito ter batido o recorde: 10 minutos! Nem no dia do meu batismo foi assim!"
E olhou no relógio. "O que? " Era meia-noite quando ajoelhara, e agora já passava das 13 horas do outro dia... Ele orou durante toda a madrugada e manhã! E nem percebera quanto tempo passara assim, de joelhos diante de Deus! Sorriu confortado, e pensou:
-"Bem, o meu problema não se resolveu, mas Deus está comigo. É tudo de que eu preciso! Louvado seja Deus!"
Era um outro homem. Jamais dera graças assim, tão convictamente. Foi até a cozinha, pegou o leite na geladeira, o Toddy no armário, fez um achocolatado, pegou um pedaço de bolo, colocou tudo sobre a mesa, deu graças de forma linda, como um filho agradecendo ao Pai pelo suprimento, e comeu gostosamente.
Enquanto tomava o seu café, o interfone tocou:
- "Patrão, o senhor não vai acreditar! Sabe quem está aqui embaixo? É o seu filho! É, a polícia resolveu dar uma chance pra ele, disse que ainda era tempo dele se consertar. Só que ele está com vergonha de subir, pois pensa que o senhor irá bater muito nele. Ele me pediu para dar dois recados: "Me perdoe! " e "Eu amo o senhor!" . O que é que eu faço, patrão? Falo pra ele subir?"
- "Claro!"
O garoto correu, subiu as escadas voando, nem esperou o elevador. O que eram 8 andares, frente ao desejo intenso do abraço de perdão do pai? A porta já estava aberta, e não houve nem tempo de dizer nada, pois o pai o abraçou e o beijou, e ambos, pai e filho, choraram copiosamente e por longo tempo, ao pé da escadaria do prédio...
Entrando, o pai preparou outro café, para tomá-lo com o filho. Assim que misturou o chocolate ao leite, tocou o telefone.
- "Alô"?
- "Pastor? Aqui é o Joseph Smith. Pastor, eu nem sei como lhe dizer. Não sei o que aconteceu. A igreja simplesmente mudou de opinião (porque não posso acreditar que as reclamações que ouvia eram mentiras). Resolveram não só lhe dar total apoio, como também que o seu salário será melhorado. Bem, pastor, desculpe ter causado inconveniente e transtorno para o irmão. Receba os meus votos de sucesso e felicidade."
As lágrimas corriam quentes pela face do pastor, que agora chorava de alegria! Deus agira enquanto ele estivera de joelhos! Nada, absolutamente nada, poderia tirar de seu peito essa convicção!
Enquanto se refazia emocionalmente, bateram na porta. O pastor estranhou muito, porque o porteiro não poderia ter deixado alguém entrar, sem avisar. Olhando pelo "olho mágico" da porta, a surpresa final: a esposa, com duas malas às mãos. Abriu a porta. A mulher, com o rosto inchado de tanto chorar, disse:
- "Querido, Jesus perdoou a mulher adúltera e fez dela uma pessoa transformada. Não mereço a sua compaixão, mas eu lhe imploro: me perdoa! Eu pequei! Tem um espaço no seu peito para mim?"
Cena inesquecível: marido e mulher num longo e demorado beijo de dor, perdão e carinho, seguido de um abraço com choro e lágrimas indescritíveis, não de quem está triste, mas de quem reencontrou a vida! O garoto, quebrantado com tantas bênçãos, agarra os pais num abraço envolvente, juntando o seu choro ao choro do casal.  E o canarinho (ah, que alegria!), voltou a cantar no viveiro...
E a cena descrita vem comprovar que, não importa o quanto queiramos fugir, teremos que resolver os nossos problemas no colo de Jesus. Ele é o caminho para a solução de nossos problemas! Não importa o tamanho da crise, não importa a dificuldade que enfrentemos, pular no colo de Jesus, como uma criança pularia no colo de seu pai, quando esse chegasse do trabalho, é a única solução! Falemos com Ele, conversemos com Ele, choremos com Ele, adormeçamos em Seus braços!
E digamos, com convicção: OS MEUS PROBLEMAS JÁ NÃO SÃO MAIS MEUS, SÃO DE JESUS.
Pr. Wagner Antonio de Araújo

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Como Ter Um Casamento Bem-Sucedido?

O casamento pode ser comparado a uma viagem com muitas surpresas; algumas excelentes, outras dolorosas. Condições imprevistas da “estrada” podem apresentar obstáculos inesperados; alguns talvez pareçam intransponíveis. Mesmo assim, muitos casais são felizes e bem-sucedidos nessa viagem apesar de alguns problemas menores. De fato, ter sucesso no casamento não é uma questão de quantos altos e baixos surgem, mas de como os casais lidam com eles.
A Bíblia é como um mapa para a viagem do casamento
Em sua opinião, o que pode tornar a viagem do casamento bem-sucedida e agradável? Muitos casais sentem a necessidade de um “mapa rodoviário matrimonial” para guiá-los. O “mapa” mais confiável e abalizado para o casamento é fornecido pelo Originador dessa união, Jeová Deus. Mas sua Palavra inspirada, a Bíblia Sagrada, não é um talismã. Em vez disso, ela contém orientações práticas que precisam ser seguidas para se ter sucesso no casamento. — Salmo 119:105; Efésios 5:21-33; 2 Timóteo 3:16.
A Bíblia contém placas de sinalização — princípios essenciais — que podem ajudar você a tornar a viagem do casamento bem-sucedida e feliz. Veja alguns exemplos:

Considere o casamento sagrado. “O que Deus pôs sob o mesmo jugo, não o separe o homem.” (Mateus 19:6) O Criador originou o casamento quando uniu Adão, o primeiro homem, e Eva, que se tornou sua esposa. (Gênesis 2:21-24) Jesus Cristo, que em sua existência pré-humana havia testemunhado essa união, confirmou que ela era o começo de um relacionamento permanente. Ele disse: “Não lestes que aquele que os criou desde o princípio os fez macho e fêmea, e disse: ‘Por esta razão deixará o homem seu pai e sua mãe, e se apegará à sua esposa, e os dois serão uma só carne’? De modo que não são mais dois, mas uma só carne. Portanto, o que Deus pôs sob o mesmo jugo, não o separe o homem.” — Mateus 19:4-6.
Ao dizer “o que Deus pôs sob o mesmo jugo”, Jesus não estava sugerindo que os casamentos são feitos no céu. Ele estava confirmando que a relação marital foi instituída pelo próprio Deus e que, por isso, deveria ser considerada sagrada.*
Naturalmente, maridos e esposas não gostariam de estar “sob o mesmo jugo” numa convivência fria, sem amor. Pelo contrário, desejam ter um casamento bem-sucedido em que os dois são felizes. Se aplicarem os conselhos práticos da Bíblia, terão alegria em estar “sob o mesmo jugo”.
Visto que todos nós somos imperfeitos, mal-entendidos e desacordos são inevitáveis. No entanto, muitas vezes ter um casamento bem-sucedido não depende tanto da compatibilidade do casal, mas sim de como lidam com a incompatibilidade. Portanto, uma das habilidades mais importantes num casamento é a de resolver os desacordos com amor, que “une perfeitamente todas as coisas”. — Colossenses 3:14, Bíblia Fácil de Ler.

Mostre respeito ao falar. “Existe aquele que fala irrefletidamente como que com as estocadas duma espada, mas a língua dos sábios é uma cura.” (Provérbios 12:18) Pesquisadores descobriram que a maioria das conversas terminam do jeito que começam. Isso quer dizer que, se uma conversa começa de modo respeitoso, é bem provável que termine do mesmo jeito. Por outro lado, sabemos como pode ser doloroso quando uma pessoa que amamos não pensa antes de falar conosco. Assim, ore sobre o assunto e se esforce para falar com dignidade, respeito e afeição. (Efésios 4:31) Haruko,# uma japonesa casada há 44 anos, explica: “Apesar de notarmos as imperfeições um do outro, tentamos nos tratar com respeito. Isso tem nos ajudado a ter um casamento bem-sucedido.”
 
Quando precisar conversar sobre um problema

Escolha uma hora em que nenhum dos dois esteja cansado.
Evite criticar; seja positivo com seu cônjuge.
Não interrompa; enquanto um fala, o outro ouve.
Leve em consideração os sentimentos de seu cônjuge.
Expresse empatia mesmo que discordem.
Seja razoável e flexível.
Mostre humildade por pedir perdão quando estiver errado.
Expresse apreço e afeição.

 Demonstre humildade. ‘Não faça nada por briga ou por egotismo, mas, com humildade mental, considere os outros superiores a você.’ (Filipenses 2:3) Muitas discussões no casamento ocorrem por causa do orgulho; um tenta culpar o outro pelos problemas em vez de humildemente procurar meios de facilitar as coisas. Nessas horas, a humildade mental pode ajudá-lo a controlar a tendência de sempre querer ter razão.

 Não se ofenda com facilidade. “Não te precipites no teu espírito em ficar ofendido.” (Eclesiastes 7:9) Tente evitar a tendência de rejeitar o ponto de vista de seu cônjuge ou de ir logo se defendendo quando algo que você fez ou disse for questionado. Escute e leve em consideração o que está sendo dito. Pense com cuidado antes de responder. Muitos casais aprendem bem tarde na vida que é muito melhor ganhar um coração do que uma discussão.

 Saiba quando ficar quieto. “[Seja] rápido no ouvir, vagaroso no falar, vagaroso no furor.” (Tiago 1:19) A boa comunicação sem dúvida é uma das “placas” mais importantes na estrada para a felicidade no casamento. Então, por que a Bíblia diz que há um “tempo para ficar quieto”? (Eclesiastes 3:7) Esse tempo serve para ouvir com o objetivo de entender o que está sendo dito — uma parte vital da comunicação, que envolve descobrir o que a outra pessoa realmente está sentindo e o motivo disso.

Para ter um casamento bem-sucedido
Apegue-se às verdades bíblicas que fortalecem o casamento.
Dedique tempo a seu casamento e a seu cônjuge.
Seja caloroso; mostre amor e afeição.
Seja de confiança e honre o compromisso do casamento.
Seja bondoso e respeitoso.
Ajude nas tarefas domésticas.
Contribua para que as conversas entre vocês sejam agradáveis.
Tenha senso de humor e compartilhe momentos de descontração.
Faça contínuo esforço para fortalecer seu casamento.

 Ouça com empatia.
“Alegrai-vos com os que se alegram; chorai com os que choram.” (Romanos 12:15) A empatia é indispensável para uma comunicação significativa, porque torna possível que você sinta as emoções mais profundas de seu cônjuge. Também ajuda a criar um ambiente em que a opinião e os sentimentos de cada um são tratados com respeito e dignidade. Neusa, uma brasileira casada há 32 anos, disse: “Quando eu e Manuel conversamos sobre nossos problemas, sempre presto bastante atenção para entender seus pensamentos e sentimentos.” Quando seu cônjuge está falando, é “tempo para ficar quieto” e ouvir com empatia.

 Tenha o hábito de expressar apreço. “Mostrai-vos gratos.” (Colossenses 3:15) Casamentos bem-sucedidos são aqueles em que o marido faz questão de que a esposa se sinta apreciada, e vice-versa. No entanto, no dia-a-dia, alguns negligenciam esse aspecto vital da comunicação e simplesmente presumem que a outra pessoa se sente valorizada. “A maioria dos casais”, disse a Dra. Ellen Wachtel, “poderiam dar um ao outro aquela sensação de que são apreciados se apenas tentassem fazer isso”.
A esposa, em especial, precisa que o marido reafirme seu amor e faça expressões de apreço por ela. Você, marido, pode contribuir muito para a felicidade no casamento e para o bem-estar de sua esposa, bem como o seu próprio, por se esforçar para expressar apreço pelas qualidades dela e pelas boas coisas que ela faz.
Reafirmações verbais e não-verbais são muito importantes. Um beijo carinhoso, um afago e um sorriso caloroso dizem à esposa mais do que um simples “eu te amo”. Isso a faz ter certeza de que você a considera especial e que precisa dela. Ligue para ela ou mande uma mensagem eletrônica, dizendo “estou com saudade” ou “como está o seu dia?”. Se depois de casado você parou de dizer essas coisas, seria bom voltar a fazer isso. Continue descobrindo o que toca o coração de sua esposa.
As palavras da mãe do Rei Lemuel, do Israel antigo, são bem apropriadas: “Seu marido a elogia. Ele diz: ‘Muitas mulheres são boas esposas, mas você é a melhor de todas.’” (Provérbios 31:1, 28, 29, Nova Tradução na Linguagem de Hoje) Quando foi a última vez que você elogiou sua esposa? E você, esposa, quando foi a última vez que elogiou seu marido?

 Perdoe prontamente. “Não se ponha o sol enquanto estais encolerizados.” (Efésios 4:26) Erros no casamento são inevitáveis. Assim, a disposição de perdoar é essencial. Carlos e Mônica, na África do Sul, casados há 43 anos, descobriram que esse conselho bíblico é muito prático. “Tentamos aplicar o princípio de Efésios 4:26”, explica Carlos, “e tentamos perdoar logo um ao outro, pois sabemos que isso agrada a Deus. Assim, ficamos contentes, vamos nos deitar com a consciência limpa e temos um sono tranqüilo”.
De modo sábio, um provérbio antigo diz: “É beleza . . . passar por alto a transgressão.” (Provérbios 19:11) Annette, já mencionada, concorda com isso ao dizer: “É impossível ter um bom casamento sem o perdão.” Ela explica o motivo: “Senão, surge o ressentimento e a desconfiança, e isso envenena o casamento. O perdão fortalece o vínculo entre os dois, que ficam ainda mais achegados.”
Se você deixou seu cônjuge magoado, não pense que isso simplesmente vai passar. Para fazer as pazes, muitas vezes é preciso fazer uma das coisas mais difíceis: admitir o erro. Assim, mostre humildade e procure um meio de dizer algo como: “Sinto muito, meu bem. Eu errei.” Com um pedido de desculpas assim, você conquistará respeito, ajudará a edificar um relacionamento de confiança e aumentará sua paz mental.

 Honre o compromisso com seu cônjuge e o casamento. “[O marido e a esposa] não são mais dois, mas uma só carne. Portanto, o que Deus pôs sob o mesmo jugo, não o separe o homem.” (Mateus 19:6) Vocês prometeram um ao outro, num voto solene perante Deus e os homens, que permaneceriam juntos apesar de problemas que talvez surgissem.% Mas o compromisso não é só uma obrigação legal. É motivado pelo amor sincero e genuíno, e reflete o respeito e a honra que vocês demonstram um ao outro e a Deus. Assim, nunca enfraqueça sua sagrada relação marital por flertar; limite seu interesse romântico apenas a seu cônjuge. — Mateus 5:28.

 A abnegação fortalece o compromisso. ‘Não vise, em interesse pessoal, apenas os seus próprios assuntos, mas também, em interesse pessoal, os dos outros.’ (Filipenses 2:4) Colocar as necessidades e preferências de seu cônjuge em primeiro lugar é um modo de fortalecer o compromisso. Pedro, casado há 20 anos, faz questão de ajudar sua esposa, que tem um emprego de período integral, nos serviços de casa. “Ajudo Rita na preparação da comida, na limpeza e em outras tarefas; assim ela tem tempo e energia para fazer as coisas que gosta.”

Vale a pena o esforçoÀs vezes, por causa do grande esforço necessário para ter um casamento feliz, alguns talvez sintam vontade de desistir. Mas não permita que decepções façam você abandonar seu compromisso ou perder tudo que já investiu em seu casamento, ou seja, a distância que já percorreram juntos nessa viagem.
Para você pensarO que mais preciso fazer para que meu casamento seja bem-sucedido?
Que passos preciso tomar nesse sentido?
Sidney, que tem um casamento feliz há 33 anos, disse: “Se você fizer um esforço sincero para que seu casamento seja bem-sucedido, Jeová o abençoará.” O apoio leal que um dá ao outro nas horas difíceis e as alegrias dos bons momentos juntos vão ajudá-los a ter uma viagem agradável rumo a um casamento bem-sucedido.
 
Cultive bondade e compaixão. “Tornai-vos benignos uns para com os outros, ternamente compassivos.” (Efésios 4:32) Quando há sérios desentendimentos, é fácil a raiva gerar mais raiva. Annette, na Alemanha, bem casada há 34 anos, admite: “Sob pressão, não é fácil manter a calma. A tendência é dizer coisas que irritam a outra pessoa, o que só piora a situação.” Mas, por se empenhar em ser bondoso e compassivo, você contribuirá bastante para uma viagem mais tranqüila rumo a um casamento pacífico.

                                            AD

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domingo, 21 de agosto de 2011

Cônjuges: Amigos e Amantes

O conhecimento humano se triplicou por milhões no século XX. E o mais interessantes é que o que está na Bíblia há 2000 anos ou mais foi (e continua sendo) confirmado pelas pesquisas e estudos científicos sérios.
Nesta oportunidade, quero externar minha visão acerca da falência de grande parte das uniões matrimoniais, inclusive dentro de nossas igrejas. Não tenho a pretensão ou a petulância de explicar os motivos e fundamentos desta falência nestas poucas e mal-escritas linhas, mas, pelo menos, abrir a discussão sobre o assunto. Podemos continuá-lo numa outra oportunidade.
A Bíblia diz que Deus viu que o homem estava só, e fez para ele uma companheira utilizando-se de uma costela. Não foi feita a partir de um osso cabeça para comandar, e nem de osso do pé para ser pisada, mas de uma costela, que está no meio do corpo, para lhe ser igual, e de perto do coração, para ser amada. O simbolismo que envolve essa narrativa é lindo e profundo, mas que não temos tempo e nem espaço para explaná-los detalhadamente.
Cônjuges são as partes de um casal. O cônjuge do marido é a mulher, e o cônjuge da mulher é o marido. A palavra cônjuge quer dizer "debaixo do mesmo jugo". Significativo, não é mesmo? A título de curiosidade, jugos são aquelas peças de madeira ou metal e couro que são colocados sobre os animais para que puxem cargas ou carroças.
Casamento é, antes de tudo, uma instituição divina. Deus instituiu o casamento, e impôs algumas bases e diretrizes. Alguns "requisitos".
Os seres humanos são constituídos de três partes: corpo, alma e espírito. Um casamento é uma união entre estas três partes de duas pessoas de sexos opostos.
Se não houver a união entre estas três partes, o casamento tem muito poucas chances de sobreviver ao tempo...
Casamento é algo como o encaixe de duas partes de uma mesma moeda. As reentrâncias devem servir para se completar, se complementar, e não para causar brigas e desentendimentos. Num outro giro, deve haver num casamento dois elementos: sexo e amizade. Os cônjuges devem ser amigos e amantes. Não apenas amigos, mas também amantes. Não apenas amantes, mas também amigos. Num casamento deve haver sexo e amizade.
Não existem "almas gêmeas". Não existem almas que foram feitas um para o outro. Esta é uma visão poética, fantasiosa e idealista que está na visão imaginária dos apaixonados e dos cantores que vendem ilusões.
Não existem casamentos perfeitos, porque não existem homens e mulheres perfeitos. Existem casamentos que vão se aperfeiçoando a cada dia, com o aperfeiçoamento dos cônjuges. Cônjuges que vão renunciando aos seus propósitos egoístas, à sua arrogância e prepotência para se dedicar ao outro.
Muitas pessoas casam-se por paixão, que é um sentimento egoísta, uma vez que é causada por alguma coisa, e quando essa alguma coisa se esvai, ou perde o sentido, perde-se também a razão da paixão, e... do casamento.
Na verdade muitos casamentos começam errados e continuam sendo uma sucessão de erros, o que não impede, em absoluto, que uma união como essa venha a convalescer e frutificar.
Freqüentemente os futuros cônjuges se preocupam com a dúvida: "serei feliz com ele(a)?", quando o verdadeiro seria: "poderei fazê-lo(a) feliz?". Isto demonstra que querem um casamento onde sejam felizes, e não um casamento onde possam fazer alguém feliz. Isto é, queremos um companheiro, mas não queremos ser companheiros. Queremos que nossos sonhos se realizem, mas não nos preocupamos em realizar os sonhos de nossos cônjuges. Queremos, enfim, que nossos cônjuges se submetam ao nosso jugo, mas não nos preocupamos em nos submetermos ao jugo deles. Em outras palavras: queremos que nossos cônjuges nos ajudem e nos acompanhem a conseguir nossas aspirações, nossos sonhos e nossos desejos, mas não nos importamos em acompanhá-los e ajudá-los a conseguir seus sonhos, aspirações e desejos. E por aí vai...
Amar é dar maior importância à felicidade da pessoa amada do que à própria felicidade, por isto, quando nós amamos realmente alguém, nós queremos o melhor para esse alguém, mesmo quando "o melhor" não somos nós. Daí vai que quem ama realmente, mesmo que isso lhe cause um sofrimento sem tamanho, é capaz de deixar a pessoa amada ser feliz. Mesmo... que seja ao lado de outro alguém.
Gostar é um termo egoísta. Nós só gostamos daquilo que nos agrada. E quando nós amamos, amamos apesar daquilo que nos desagrada. Lembre-se: a paixão procura suprir uma necessidade do apaixonado, e o amor procura suprir uma necessidade da pessoa amada.
Percebe que as pessoas do mundo estão complemente equivocadas no que se refere ao amor, invertendo totalmente o sentido das coisas?
A maior e mais dura prova de amor que uma pessoa pode dar e receber é o tempo. O tempo é a maior e mais dura prova, o maior e mais duro teste que o amor pode, passar e receber. O que importa não é o quanto se ama, mas até quando amará. Se não houver amor depois que a paixão acabar, não haverá nada sólido que possa agregar ou conjugar duas pessoas de sexos opostos.
O nosso grande problema é que sempre queremos e esperamos que as outras pessoas ajam e reajam como nós agiríamos e reagiríamos. Os maridos esperam que suas esposas ajam como se fossem homens. As esposas querem que seus maridos ajam como se fossem mulheres. Os pais pretendem que seus filhos ajam como se fossem adultos. E os filhos esperam que seus pais ajam e reajam como se fossem crianças. É aí que começa o conflito.
Em Amós 3:3, a Bíblia pergunta se duas pessoas andam juntas se entre elas não houver acordo. Não exatamente concordância, mas acordo. Nós podemos, muitas vezes, nos submeter a situações com as quais não concordamos. Os acordos são feitos após algumas negociações. Negociações são feitas a base de exigências e concessões. Caso haja apenas exigências ou apenas concessões, não temos uma negociação, mas sim uma adesão: é do jeito que eu quero ou nada feito. Tudo ou nada.
Jesus Cristo deixou uma regra de ouro para o relacionamento interpessoal: aquilo que vós quereis que os homens vos façam, façais vós também a vós outros (Mateus 7:12). Façam aos outros o que quer que os outros lhe façam. Trate-os como quer ser tratado. Dê-lhes o que quer receber. Semeie o que deseja colher.
Avançando um pouco mais, num relacionamento conjugal, os direitos que você tem são os mesmos que você concede, e as obrigações que você impõe são as mesmas que você deve observar. Trocando em miúdos: se eu posso, meu cônjuge também pode; se meu cônjuge é obrigado, eu também sou obrigado.
Não temos o direito de exigir dos outros que façam ou sejam aquilo que nós próprios não fazemos ou não somos. Muito embora muitos o façam.
Nós criamos os nossos próprios infernos quando criamos o inferno das pessoas que estão conosco. Seja uma benção na vida de teu irmão e não uma maldição, faça com que as pessoas se agradem de sua presença, e não que a detestem.
Um outro elemento a que gostaria de fazer especial referência é em relação ao perdão. Queremos ser perdoados de nossas atitudes erradas, ríspidas, e de nossas intolerâncias. Mas nos recusamos a perdoar as atitudes erradas, ríspidas e intolerância de outras pessoas. Principalmente as de nossa própria família.
Como podemos cumprir o mandamento de Jesus Cristo de amar nossos inimigos, se somos incapazes, muitas vezes, de perdoar aqueles a quem proclamamos amar?
Sem nos darmos conta, continuamente estamos a exigir que nossos pares aceitem nossos defeitos, nossas mazelas e nossos erros (sempre tem uma justificativa e uma explicação). Mas nos recusamos terminantemente a aceitar os defeitos, mazelas e erros de nossos pares.
Jamais vamos conseguir ser felizes sozinhos. A nossa felicidade consiste em fazer com que as pessoas que convivem conosco sejam felizes. Ame seu próximo, como deseja ser amado. Lute pela felicidade das pessoas que você crê amar. Assim fazendo estará cumprindo a Lei e os profetas.
Fica difícil falarmos sobre amigos nesta época de superficialidades, futilidades e individualismo... mas... vamos lá. Normalmente, as idéias que temos sobre a amizade são aquelas transmitidas pelos poetas. Tipo: amizade é quase amor.
Não é objeto da presente dissecar ou detalhar a amizade, mas traçar um paralelo entre a amizade dentro e fora do relacionamento conjugal.
Primeiro, não tratamos nossos amigos como capachos. Não os humilhamos, não os rebaixamos, não os achincalhamos, não os expomos ao ridículo nem os exploramos. Não os tratamos como serviçais incompetentes e nem como empregados preguiçosos. Se você trata seu cônjuge como um capacho, como um serviçal incompetente, como empregado preguiçoso, se você o humilha, o rebaixa, o explora, o achincalha ou o expõe ao ridículo, você não é amigo dele...
Em segundo lugar, nós conversamos com nossos amigos, trocamos confidências, tiramos dúvidas, pedimos opiniões, respeitamos pontos de vista, damos e ouvimos conselhos. Se você não conversa com seu cônjuge, não troca confidências, não tira dúvida não pede opiniões, não respeita seu ponto de vista, não dá nem ouve conselhos, ele não é seu amigo.
Em terceiro lugar, você não agride seus amigos, não ofende, não xinga, não é áspero, ríspido, e nem espinhoso. Se você agride seu cônjuge, ofende-o, xinga-o, é áspero e ríspido ou espinhoso, não está sendo seu amigo.
Em quarto lugar, você não tem medo de ser manipulado, manobrado, explorado, chantageado ou extorquido pelos seus amigos. E por isso, pode reconhecer os erros e pedir perdão. No mínimo, desculpas. Se você tem medo de ser manipulado, explorado, manobrado, chantageado ou extorquido pelo seu cônjuge, e por isso não pede desculpas e nem perdão pelos erros e faltas que comete, então ele não é seu amigo.
A lista de comparativos é longa, extensa. Penso que nestes itens pude listar as principais características da amizade que devem estar presentes no relacionamento conjugal. Bom... deixei um item de fora: confiança. Nenhum destes elementos existe numa amizade se não existir confiança. Não existe amizade entre pessoas que não confiam uma na outra.
Você pode confiar em seu cônjuge? Seu cônjuge pode confiar em você? A gravidade da resposta revela a gravidade da pergunta.
Se seu cônjuge se apaixonar por outra pessoa, ou sentir uma atração homossexual, ele pode confiar a você este segredo? E se ele o fizer, você vai ajudá-lo ou apedrejá-lo? Com certeza vai se sentir traído, roubado, injustiçado, num primeiro momento. Mas e depois?
Qual seria a tua reação se teu cônjuge te confessasse que não está satisfeito com teu desempenho sexual?
Nós ajudamos nossos amigos, procuramos compreendê-los, entendê-los, apoiá-los...
Se não houver amizade no relacionamento conjugal, ele está fadado ao fracasso...
Sabe, nós nos afastamos dos amigos que nos tratam com leviandade, aspereza, interesse, ou qualquer outro fator negativo. Mas quanto aos cônjuges, o afastamento não é assim tão simples por causa dos "eternos laços do matrimônio". Isto faz com que sejamos um pouco (um pouco???) desleixados quanto a estes, e nos permitimos a alguns (alguns???) excessos...
Você já percebeu que nós evitamos fazer um monte de coisas aos nossos amigos? Mas não temos o mesmo cuidado quando se trata de nossos cônjuges? Isto é, nós tratamos melhor nossos amigos do que aos nossos cônjuges. E por isso, nós damos mais ouvidos aos nossos amigos do que aos nossos cônjuges. Nossos cônjuges não são nossos amigos... Uma pena.
O que eu vejo em muitos relacionamentos é uma relação de poder, uma relação de domínio e exploração... Fazendo com que uma situação irônica e trágica ocorra: duas pessoas unidas pelos laços do matrimônio, carentes de carinho, de amor, de ternura, de consolo, mas que não são capazes de amar um ao outro. Uma tem o que a outra necessita, e necessita do que a outra tem, mas existe um abismo entre elas que torna impossível olharem-se nos olhos, mesmo que estejam tão próximas que possam se tocar... Espero que não seja o teu caso, amado leitor.
Quero finalizar com uma pergunta seca e direta: você é amigo de teu cônjuge?
Falar sobre amizade no relacionamento conjugal foi mais complicado. Falar sobre relacionamento sexual, depois de tudo, é um pouco menos complicado.
No título acima, o termo "amante" não significa "pessoa que mantém um amor", tipo "ó amante de minh´alma, tu és tudo para mim". É amante no sentido de pessoa que mantém um relacionamento sexual, que tem um parceiro sexual.
Rubem Alves, em seu livro "O que é religião" (Editora Brasiliense, Coleção Primeiros Passos), fala da reificação das pessoas. Res em latim significa coisa. Daí a palavra res+publica = a coisa do povo.
Reificação de pessoas é a sua coisificação. As pessoas perdem alma, sentimentos, emoções, sonhos, aspirações... identidade... passam a ser apenas rostos, pernas, seios, bumbuns, tórax, bíceps e tríceps... objetos. Objetos dos desejos.
Recentemente eu vi uma propaganda da revista masculina playboy nas bancas. Era uma mulher nua, com os dizeres: "Garçom, me traz uma dessas". Que dizer, o sujeito pede uma mulher do mesmo modo que pede uma cerveja ou um petisco, um prato de comida. Não está preocupado pode tornar aquela mulher feliz, se pode satisfazer suas necessidades, ajudá-la a alcançar seus objetivos e resolver seus problemas, vencer seus fantasmas. Está preocupado apenas e tão-somente em satisfazer seus desejos mórbidos, descarregar suas energias eróticas, fruir e usufruir daquela mulher. Usá-la e satisfazer-se com ela. Diversão. Apenas isso.
As mulheres, por outro lado, não estão em melhor condição quando suspiram por um homem e deixam escapar: "que pedaço de mau caminho..." Não estão igualmente preocupadas se podem tornar aquele homem feliz, satisfazer suas necessidades, ajudá-lo a resolver seus problemas. Estão igualmente preocupadas em satisfazer seus desejos mórbidos, descarregar suas energias eróticas, fruir e usufruir daquele homem. Usá-lo e satisfazer-se com ele.
Para ambos, nestes casos, se preocupam apenas com o prazer que podem obter e não no prazer que podem proporcionar.
Para as mulheres mais românticas (a maioria absoluta), o sonho pode ser um marido ideal, perfeito. Um homem robusto, forte, firme, corajoso, fiel, delicado, dedicado, solícito, carinhoso, rico, humilde, um atleta sexual, preocupado com sua silhueta (leia-se "barriga"), que a defenda contra tudo e contra todos, especialmente quando está errada. Com tudo isto, nem precisa ser bonito. Se for, melhor ainda.
Aliás, as mulheres tendem pensar que podem mudar a personalidade de um homem. Que depois do casamento, conseguirão transformar o mais vagabundo dos mulherengos em tudo isto que foi colocado aí em cima...
Partindo-se do princípio de que amar é dar maior importância à felicidade da pessoa amada do que à própria felicidade, os amantes (parceiros na relação sexual) devem se preocupar mais com dar e proporcionar prazer do que desfrutar dele. E isto deve ser um propósito recíproco: ambos devem pensar e agir assim.
E aqui vai um alerta importante: uma grande parte das mulheres (inclusive dentro das igrejas) mente. Finge que está tendo e usufruindo de um prazer que não existe, somente para não magoar ou não perder o marido. Maiores detalhes somente pessoalmente.
Aí pode ser que você me pergunte como é que eu sei de tudo isto. Porque há padrões de comportamento. A maioria dos seres humanos age tal e qual a maioria dos seres humanos age. E nós formulamos nossas teorias, nossas teses e nossas leis, de acordo com a maioria, e não de acordo com as exceções. O que eu digo aqui não pode e nem deve ser tomado como algo absoluto, uma regra imutável, mas como uma referência, uma linha de raciocínio.
Amantes que não são amigos agem tal e qual homens e mulheres que se prostituem, e homens e mulheres que procuram esses outros que se prostituem: de um lado, interessados apenas no prazer que podem obter, na satisfação dos próprios desejos. De outro, fingem que estão tendo prazer, e se preocupam em proporcionar prazer para criar uma dependência, um vínculo que os faça serem procurados uma próxima vez.
Infelizmente, muito embora não existam estatísticas, temo que uma boa parte (leia: a maioria) dos casais do mundo, inclusive dentro de nossas igrejas, são apenas amantes, mas não amigos. Às vezes... nem isso.
Os amantes devem ter entre si um relacionamento sexual sadio, saudável, frutífero e... prazeroso. Se assim não for, não são amantes. Estão se prostituindo, se sujeitando a um relacionamento sexual para não perder o casamento, e não por prazer.
Para fechar o presente, somente uma pergunta cuja resposta, mais uma vez, revela a gravidade da pergunta: você tem um relacionamento sadio, saudável, frutífero e prazeroso com seu cônjuge?

Takayoshi Katagiri - katagiri@nutecnet.com.br
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