segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Os 4 Erros Mais Comuns no Relacionamento


Muitas pessoas não entendem porque ocorrem alguns problemas em seus relacionamentos e se sentem frustradas, achando que a culpa do término ou das brigas sem fim é dela. Outras pessoas, se sentem menos amadas ou que as expectativas não estão sendo correspondidas. Aquí você encontra os quatro erros mais comuns e o que fazer em cada situação.
1º Erro :  Permanecer muito tempo em um relacionamento (mesmo sabendo que não te faz feliz) …
Ao permanecer em um relacionamento que não está bom, você gasta toda sua energia em algo que não está totalmente relacionado com você. Infelizmente, ao permanecer em um relacionamento errado e que você não quer, todas as suas ações te levam a outro caminho.
Nesse momento, é muito importante a reflexão sobre o que você gosta e não gosta no seu relacionamento. Entenda os principais pontos que te afastam de um relacionamento feliz e entenda como falar esses pontos para seu(sua) parceiro(a). Depois faça uma reflexão e descubra porque não consegue terminar esse relacionamento: tem medo da solidão? Acha melhor com ele(a) do que sem ele(a)? A família o(a) adora e faz pressão para você permanecer com ele(a)? Acha que a idade está chegando e é melhor não arriscar?… Enfim, motivos são os que não faltam, mas NENHUM justifica continuar com alguém que não te completa e não te faz feliz.
Tome uma atitude para você. De um basta nesse relacionamento, já que não é o ideal, e escolha o que é melhor para você.

2º Erro : Tornar-se exclusivo(a) muito rápido…
Muitas pessoas cometem o erro de confundir o desejo de ser exclusivo com amor, quando na verdade acontece devido à insegurança. Em muitos relacionamentos esse pode ser o erro que gera o fim. Um casal é formado por duas pessoas, com interesses, culturas e criação distintas. Por esse motivo, a exclusividade por parte de um dos parceiros pode sufocar o outro.
Leva um bom tempo para conhecer alguém profundamente. Esse tempo é importante e necessário para saber como lidar com o(a) parceiro(a). Se ele(a) precisa de tempo sozinho(a), se às vezes quer sair sozinho(a) com os(as) amigos(as) não significa que não te ama. Mas significa sim, que para manter seu relacionamento saudável você vai aprender a lidar com isso. Caso contrário, pode ocasionar muitas brigas entre vocês.
Por fim, ao se tornar exclusivo(a) você vai se afastar dos(as) amigos(as) por preferir a todo momento estar com seu(sua) parceiro(a). Além do mais, você restringe as possibilidades de conhecer outras pessoas, e se a relação não funcionar, você se encontrará sozinha(o).
E não pense que esses problemas só acontecem quando um dos dois gosta de exclusividade. Na verdade, quando um relacionamento é baseado por duas pessoas que querem viver apenas para o outro, o resultado é a anulação e a perda de rodas de amigos. Uma das características mais importantes em um relacionamento é a interação com outras pessoas, a manutenção das amizades e a sua privacidade e autenticidade.

3º Erro : Ignorar os alertas do relacionamento
Todo relacionamento apresenta alertas, ainda mais no início. Mas o que são esses alertas? São como bandeiras vermelhas, que merecem sua atenção cuidadosa. São comportamentos e atitudes que você percebe em seu(sua) parceiro(a) e que não estão alinhados com seus princípios e o que você espera para sua vida. Podem ser desde pequenas atitudes como no caso dele(a) fumar e você viver fazendo campanha contra cigarro e não suportar o cheiro, até atitudes relacionadas a caráter, como subornar um guarda na estrada e você é super correta(o).
Sem uma análise mais profunda, essas pequenas atitudes podem passar despercebidas, se essa pessoa preencher todos os seus requisitos. Porém, se ele(a) possui hábitos não compatíveis, esse sentimento de contrariedade vai aparecer no futuro quando você possuir mais tempo e energia investida nesse relacionamento. Quanto mais tempo você investir no relacionamento, mais difícil será de mudar isso no futuro.
Portanto, antes de entrar de cabeça em um relacionamento, defina seus requisitos de caráter, atitudes e comportamentos que uma pessoa obrigatoriamente deve possuir para estar com você. Afinal, quanto mais você se conhecer, mais você saberá claramente que tipo de parceiro escolher para um potencial relacionamento. Identifique os alertas, que realmente não te agradam e confie em você. Não agarre um relacionamento apenas porque apareceu em sua vida, mas sim porque realmente vai te fazer feliz.

4ºErro  : Definir expectativas irreais para você ou seu relacionamento …
A falta de conhecimento sobre as expectativas é uma das principais fontes de desapontamento e conflito. As pessoas apostam em um relacionamento duradouro e feliz como a solução de todos os problemas. Essa alta expectativa no relacionamento é programada profundamente em nós pelos pais, mídia e sociedade, principalmente no “e viveram felizes para sempre”.
O relacionamento pode falhar, pode não sair como você esperou e isso não é motivo para o fim do mundo. O que não é aconselhável é entrar em um relacionamento por um motivo de desespero, porque esse desespero pode ocasionar uma bola de neve. Alinhar as expectativas dos dois, saber o que cada um espera é o passo principal e fundamental para um relacionamento de sucesso. O iniciar um relacionamento dessa forma, sem alinhar expectativas, gera desapontamento, ansiedade para fazer o melhor, sentimento de “não ser bom(boa) o suficiente”. Então, porque sabotar seu relacionamento com expectativas irreais?
Ser realista requer possuir crenças programadas, e isso não é fácil. A chave é reconhecer que você e a outra pessoa são diferentes e indivíduos imperfeitos, mas capazes de aprender e crescer. Se você possuir a capacidade de aceitar as diferenças e imperfeições e ao mesmo tempo desenvolver comportamentos melhores, então seu relacionamento tem chance de ser um sucesso.
Identifique suas expectativas antes de entrar em um relacionamento. Depois, alinhe com seu(sua) parceiro(a) as expectativas para o relacionamento. Determine barreiras necessárias para que você se sinta amada e valorizada, quão próxima(o) você gosta de estar e o que espera para o futuro.
Não deixe a maré te guiar! Seja a(o) protagonista da sua vida e do seu relacionamento.

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domingo, 30 de outubro de 2011

Um Casamento Firmado na Rocha


Princípios para a construção de um casamento inabalável
Alguém disse certa vez que as pessoas não ouvem o que você fala – elas observam o que você faz. E o que você faz é resultado do que você é.
1. PRIORIDADE
1) Sucesso que vale a pena se alcança quando se tem compromisso com prioridades.
2) O que era prioridade para Jesus? “A minha comida é fazer a vontade de meu Pai, e realizar a sua obra”. (Jo. 4.34)
3) Devo fazer o que é urgente ou o que é importante?
4) Onde quero chegar? Como chegar? O que fazer para chegar? Por que é importante chegar?
5) Estabelecendo ordem.
6) Compromisso com um sistema de valores compartilhado.
7) O casal precisa ter uma visão compartilhada de propósitos essenciais.
8) Compromisso com prioridades requer disciplina.

2. SENSIBILIDADE
1) A sensibilidade é uma das mais sublimes características da personalidade; sem ela não se desenvolve a arte da contemplação do belo, a criatividade e a socialização. (Augusto Cury)
2) Na sensibilidade de Jesus vemos o quanto ele era
AFETIVO – Crianças, Jovens, Viúvas, Pobres, Ricos etc.
OBSERVADOR – Suas parábolas…
CRIATIVO
DETALHISTA
PERSPICAZ
ARGUTO
SUTIL
Ele era sensível com as crianças, velhos, viúvas, crianças, pobres, ricos etc. No Ev Segundo João no cap 11. 53 diz “Jesus chorou…” Ele era capaz de ouvir o que as palavras não diziam.

3.MATURIDADE.
1) Não faz tempestade em copo d’agua.
2) Ouve os dois lados.
3) Pondera antes de responder.
4) Sabe o que quer.

4. EQUILÍBRIO
1) O equilíbrio é vital para quem quer construir um projeto de vida que valha a pena.
2) Graça e verdade.
3) Dar e receber.

5. EDUCABULIDADE
1) Ter o coração ensinável é marca daqueles que constroem seu projeto de vida para não cair. Só os educáveis admitem não saber tudo. Não se pode ao mesmo tempo ser orgulhoso e educável.
2) Nunca cometa duas vezes o mesmo erro.
3) Seu crescimento determina quem você é.

6. FLEXIBILIDADE
1) As árvores flexíveis não se quebram quando são atingidas por ventos fortes.
2) O radical geralmente é muito tolerante consigo mesmo.
3) Na casa do filho pródigo havia graça que é o elemento que não permite rigidez na construção do projeto.

7. GENEROSIDADE
1) O lugar que mais precisa e mais falta generosidade é no lar. Não basta ser bom com os de fora, se falta generosidade com os de dentro. A mulher de Provérbios 31 era generosa com os de dentro e com os defora.

8. HONESTIDADE
1) Ser honesto não é virtude, mas uma obrigação.
2) Sua palavra é o seu compromisso.

9. AUTO-CONFIANÇA
1) Auto-estima…
2) Auto imagem…
3) Jesus tinha elevada auto imagem e estima e isso ficou claro quando Ele disse por algumas vezes EU SOU…
4) O ciúme é a maior evidência da falta de auto-confiança.

10.  SACRIFÍCIO
1) Sempre que a família é solicitada a assumir um prejuízo ou abrir mão de um benefício, você dá o exemplo assumindo uma carga tão pesada quanto a deles? Está disposto a abrir mão de algo em prol dos seus?
2) É impossível amar se se sacrificar em favor da pessoa amada.

11. CUIDADO
1) Tudo o que nos custa caro, cuidamos com especial atenção.
2) O desleixo no cuidado com aquilo que é essencial, pode ser evidência de que estamos invertendo os valores.

12. GRATIDÃO
1) Quando fazemos o bem, não devemos esperar retribuição. Porém quando recebemos o bem, devemos ser gratos. A ingratidão é a marca das pessoas que por onde passam vão fechando as portas.
2) Ser grato é atitude de nobreza de alma.

13. RESPONSABILIDADE.
1) Você está sempre disposto(a) a pagar o preço de seus erros?
2) Casamento requer firmeza de caráter, para que cada assuma sua parte na construção.

14. DEDICAÇÃO
1) Nenhum atleta atinge seu objetivo de ser um campeão, se não for dedicado naquilo que faz.
2) Tudo o que é feito sem aplicação, carinho e muito esforça, o resultado final é fracasso e mediocridade.

15. LEALDADE
1) O bem-estar de uma família é o primeiro item da lista de suas prioridades?
2) Ser leal e ser capaz de viver consciente da aliança que fez com a pessoa amada.

16.ALTRUÍSMO
Você se preocupa menos com o seu status do que com a reputação da família e o que ela está lucrando em todas as áreas?

17.PONTUALIDADE
Você considera importânte e faz de tudo para cumprir horários?

18.ENTUSIASMO
Uma vida sem entusiasmo não tem sentido.

19.CONFIABILIDADE
O meu caráter determina o grau de confiança que a família pode depositar em mim.

20.CRIATIVIDADE
A rotina é a maior evidência de falta de criatividade.

21.HUMOR
Todo homem e mulher têm uma criança dentro de si que não pode morrer.

22.ADAPTABILIDADE
Você gosta de experimentar coisas novas?
É aberto a mudanças?
Está disposto a rever suas desições quando alguém lhe mostra algo no qual não pensou?


23.TRABALHO EM EQUIPE
A família é uma equipe onde um depende do outro para que todos vivem de forma gratificante.

24.CONHECIMENTO
Se de certa forma somos o livro que lemos, o que estamos lendo? A quem estamos ouvindo? Com quem estamos aprendendo? De onde vem o nosso conhecimento?

25.CAPACIDADE DE DECISÃO
Você precisa saber o que você quer, pelo contrário as pessoas não te manipular.

26.ABERTURA A CRÍTICAS
Quem não sabe lidar com as criticar vive amargurado e correndo o risco de se tornar uma pessoa sem capacidade de superação.

27.TEMPO.
O tempo é a moeda de maior valor que possuímos, quando perdemos, não conseguimos recuperar. Você gerencia bem seu tempo?

28.APARÊNCIA.
Nossa aparência diz muito sobre outras áreas de nossa vida. Quem não se preocupa com sua aparência, pode estar revelando sua baixo auto imagem

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sábado, 29 de outubro de 2011

Intimidade plena, é possível?


É possível duas pessoas almoçarem, jantarem e dormirem juntas e não serem íntimas? Por que muitos casais não crescem em intimidade? Muitos casais ainda não sabe o significado de “os dói serão uma só carne”.A vida dois,é um processo gradual.É necessário falar de intimidade antes de falar de sexo.Muitos casais estão praticando o ato conjugal-sexo,sem intimidade. Barbara Russel Chesser no livro ( O mito do casamento perfeito) escreveu:“Quando os cônjuges são capazes de buscar o outro e expressar-se com eficácia nas áreas não sexuais do casamento,que são menos carregadas de emoção,essas aptidões fluem para dentro da área mais sutil,mais emocionalmente explosiva da comunicação sexual”.
Um bom casamento produz relacionamento sexual com qualidade e não ao contrário. Antes de o marido aprender a abrir a porta do quarto para esposa, precisa abrir a porta do restaurante, puxar a cadeira e servi-la na mesa. Um bom casamento não começa e nem termina no quarto.


2-Por que muitos casais não crescem em intimidade, e nem se ajusta sexualmente?
A influência negativa da mídia.As pessoas são bombardeadas com mensagens que as levam a pensar que são doutoras no assunto e não precisam aprender,crescer e melhorar. Quando o casal não admite que tem falhas,os dois acabam sempre fingindo que são bons amantes.
O conceito errado sobre o sexo.
Primeiro conceito errado-associar sexo com pecado (Hb.13:14) Segundo conceito errado -é ver a prática do ato sexual como um mal necessário (Gn. 1:27,31 ).

3. Removendo os obstáculos da felicidade sexual.
Muita crítica e ausência de apreciação, elogio. Critica excessiva bloqueia o processo de crescimento da intimidade. O elogio faz florescer a intimidade entre o casal (Pv.31).
Acúmulo de ressentimentos. O tédio conjugal é quase sempre a mascara que esconde um mundo de ira e de ressentimentos que jamais foram expressos abertamente, por que as pessoas não andam na luz. Só os que andam na luz são capazes de dizer as coisas como elas são. “Muitas vezes uma discussão é a melhor do que o silencio e a indiferença”. O caminho para a cura dos ressentimentos é o perdão
Falta de comunicação. Não há intimidade sem comunicação, e sexo sem intimidade é um relacionamento meramente superficial. “A intimidade acontece quando as diferenças são trabalhadas”.
Desconfiança mútua. Ciúmes é sinal de complexo de inferioridade e auto-imagem deficiente. Quando a pessoa não é capaz de confiar em ninguém, principalmente no cônjuge, é porque não possui autoconfiança e isso bloqueia a intimidade sexual.

4. Insegurança quanto à aparência física. 
Quando se tem um conceito negativo do corpo, por causa dos padrões que se estabelecem na sociedade onde os valores são invertidos. A autorejeição é um dos males mais comuns de nossos dias. Os Homens se preocupam com o tamanho do seu pênis e as mulheres com o tamanho dos seios. Algumas pessoas se concentram durante o ato sexual nas próprias imperfeições físicas, e por isso perdem o prazer. A cura para a insegurança quanto a aparência física, pode estar no casal aprender a apreciar mais um ao outro fisicamente (Ct.7:1-10)
Ser expectador durante o ato sexual. Quando a pessoa tenta observar o seu próprio comportamento de uma forma ansiosa, por um bom desempenho. A preocupação com o desempenho pode roubar da pessoa a oportunidade de atingir a plenitude do orgasmo.
Não dar o valor devido ao sexo. Desvalorizar o sexo é não ter consciência do plano de Deus nesta área na vida do homem (Pv.5:18; Ec.9:9)
O sexo mecânico. Um problema chamado rotina,é a pessoa que pratica o sexo da mesma forma como se escova o dentes e vai ao correio =.Sexo rotineiro sem criatividades,sem ternura,sensualidade.Quando o sexo acontece sem nenhuma intimidade,leva o casal a sentir-se roubado e lesado,porque é tudo muito mecânico.
Falta de sensibilidade. A intimidade cresce, quando mostramos sensibilidade para com as necessidades do outro. Ser sensível no amor, ser sensível as formas de amar, ser sensível aos toques físicos. Todo homem deve  se lembrar que a mulher cresce no prazer sexual pelo toque,muito mais do que homem que é pelo visual.Lembre-se que o marido aumenta a sensualidade da esposa quando presta atenção à geografia e às técnicas do ato sexual.Homem e mulher precisam se descobrir sexualmente.
O contato físico não deve ser um serviço, mas uma troca de emoções intimas entre duas pessoas que amam e valorizam uma à outra.só o contato físico pode eliminar a distancia entre duas pessoas,neutralizar a solidão da vida dentro da nossa própria pele e estabelecer um vinculo entre duas mentes,dois corações e dois corpos.

5. Quanto há falta de toque. 
O contato físico não sexual é fundamental para a intimidade. O toque tem que ser um sinal de intimidade e não apenas um gatilho sexual. Às vezes penso que algumas pessoas são tão insensíveis, que nada além de uma penetração é capaz de estimular. É de admira que numero esmagador de mulheres afirme que prefeririam que os homens as abraçasse com força e as tratasse com ternura,esquecendo o ato em si.


6. O excesso de TV.
A TV tem hipnotizado muita gente que até perde a noção do tempo dedicado a ele.Existem casamentos que acabaram literalmente por causa da TV. Há cônjuges que assistem TV para fugir das carícias e do sexo (Jo.10:10). Não deixe que o ladrão da alegria use este instrumento para roubar, matar e destruir seu jardim do Édem (casamento).
 Lar Doce Lar

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sexta-feira, 28 de outubro de 2011

Bem Querer


Bem Querer – A unidade entre o casal
Muitos casais cristãos estão vivendo hoje fora daquilo que Deus idealizou. Brigas constantes, desrespeito mútuo e distância entre o casal, são vistos em muitos lares. E além da infelicidade que isto produz em seus corações, ainda há a questão do mal testemunho dado. Penso que este é um assunto que merece nossa atenção, pois o princípio de viver em unidade é algo que não apenas produzirá maior realização emocional no relacionamento, como também liberará sobre o casal as bênçãos de Deus.

COMPREENDENDO A UNIDADE
É importante que consigamos visualizar o que a unidade do casal pode produzir em suas vidas, e então seremos desafiados a preservá-la. Também entenderemos porque o diabo, o adversário de nossas almas, luta tanto contra ela. Jesus nos ensinou que a unidade e concordância permite Deus agir em nossas vidas:
“Ainda vos digo mais: Se dois de vós na terra concordarem acerca de qualquer coisa que pedirem, isso lhes será feito por meu Pai, que está nos céus. Pois onde se acham dois ou três reunidos em meu nome, aí estou eu no meio deles”.Mateus 18:19,20
Por outro lado, a falta de unidade impede Deus de agir. A palavra de Deus nos mostra de modo bem claro que quando o marido “briga” com sua mulher, algo acontece também na dimensão espiritual: “Igualmente vós, maridos, vivei com elas com entendimento, dando honra à mulher, como vaso mais frágil, e como sendo elas herdeiras convosco da graça da vida, para que não sejam impedidas as vossas orações”. I Pedro 3:7
Ao deixar de honrar a mulher como vaso mais frágil e maltratá-la (ainda que só verbalmente), o marido está trazendo um sério problema sobre a vida espiritual do casal. A Bíblia diz que as orações serão impedidas. É lógico que isto também vale para a mulher, embora quem mais facilmente tropece nisto sejam os homens. O texto bíblico revela que depois de desonrar a mulher na condição de vaso mais frágil (com asperezas), o homem, mesmo que clame ao Senhor, terá sua oração impedida, pois um princípio foi violado.
Deus não age em um ambiente de desarmonia e discordância. Isto é um fato. Quando tentaram construir a torre de Babel, as Escrituras dizem que Deus desceu para ver o que os homens faziam. E Deus mesmo, ao vê-los trabalhando em harmonia e concordância de propósito declarou: “Eis que o povo é um e todos têm uma só língua; e isto é o que começam a fazer; agora não haverá restrição para tudo o que eles intentarem fazer.Eia, desçamos, e confundamos ali a sua linguagem, para que não entenda um a língua do outro.” (Gn.11:6,7). O que vemos aqui é que a unidade remove limites. Quando o casal se torna um e fala uma só língua (sem discordância) eles removem os limites diante de si! Deus pode agir livremente num ambiente destes, mas basta perder a capacidade de falar a mesma língua que tudo se perde! No reino de Deus, quando dois se unem, o efeito não é de soma, mas de multiplicação. Moisés cantou acerca do exército de Israel: um deles faria fugir a mil de seus inimigos, mas dois deles faria fugir dez mil! (Dt.32:30).
A unidade ainda traz consigo outras virtudes. Podemos ver isto numa das figuras bíblicas do Tabernáculo. O propiciatório da arca da aliança figura este princípio. O Senhor disse que ali Ele viria para falar com Moisés. O propiciatório (ou tampa da arca) era o lugar onde a glória e a presença de divina se manifestava. E nas instruções para a confecção desta peça, vemos o simbolismo da unidade. Deus disse que os dois querubins deveriam ser uma só peça de ouro batido; com isto falava simbolicamente de unidade entre seus adoradores (Ex.25:17-19). Os querubins deviam estar com as asas estendidas um para o outro (Ex.25:20), o que fala de cobertura recíproca. A falta de unidade nos leva a agir com o espírito de Caim que disse ao Senhor: “Acaso sou eu guardador de meu irmão?” (Gn.4:9). Mas quando estamos em unidade com alguém, cobrimos e protegemos esta pessoa! Esta é uma virtude que acompanha a unidade.
A outra, é a transparência. Os querubins deveriam estar um de frente para o outro (Ex.25:20). Isto fala alegoricamente de poder encarar outro adorador “olho no olho”. Fala de não ter nada escondido, de não ter pendências. Ninguém consegue olhar (espontaneamente) no olho de outra pessoa quando as coisas não estão bem. Quando Jacó fala para sua família que as coisas já não estavam bem entre ele e Labão, seu sogro, a expressão que ele usa é: “vejo que o semblante de vosso pai já não é mais o mesmo para comigo” (Gn.31:5). Jesus disse que os olhos são a candeia do corpo. Eles refletem o que está dentro de nós. E a unidade é a capacidade de olhar olho no olho e estar bem. Particularmente, eu não posso concordar com casais que escondem coisas um do outro, seja no que diz respeito à sua vida passada (erros e pecados) ou presente (como nas questões financeiras, por exemplo).
Acredito que a unidade verdadeira exige que haja remoção ou acerto de “pendências” (Pv.28:13). Ás vezes fingimos um comportamento só para agradar (ou não desagradar) ao outro, o que diverge do ensino bíblico. Este teatro não produzirá unidade verdadeira. Temos que aprender a ser francos, como está escrito: “Melhor é a repreensão franca do que o amor encoberto” (Pv.27:5). Paulo censurou este tipo de comportamento dúbio quando escreveu aos gálatas. Ele falou sobre como o apóstolo Pedro em certa ocasião agiu assim para ser “diplomático” e que esta atitude conseguiu atrair até mesmo o prórprio Barnabé, companheiro de Paulo, e ele os censurou publicamente (Gl.2:11-14). Contudo, quero ressaltar que ser franco não significa ser grosseiro, pois a Bíblia nos ensina a falar a verdade em amor. O conselho dado a Timóteo na hora de corrigir os que opunham, foi o de usar de mansidão (II Tm.2:25). A unidade manifesta a verdade (dolorosa às vezes) de forma bem mansa.
A Bíblia nos ensina também que o acordo é indispensável num relacionamento: “Como andarão dois juntos, se não estiverem de acordo?” Amós 3:3
A ausência de acordo é uma porta aberta para o diabo. Quando Paulo escreveu aos efésios e falou sobre não dar lugar ao diabo, o fez dentro de um contexto, que é o de pecados que acontecem nos relacionamentos: “Irai-vos, e não pequeis; não se ponha o sol sobre a vossa ira, nem deis lugar ao diabo.” Efésios 4:26,27 Tiago escreveu sobre o mesmo princípio. Ele disse: “Pois onde há inveja e sentimento faccioso, aí há confusão e toda espécie de cousas ruins.” Tiago 3:16
Já mencionamos anteriormente que o acordo é uma porta aberta para ação de Deus (Mt.18:19). Mas quando chegamos ao ponto de dissipa-lo de nosso relacionamento, estamos comprometendo não só a qualidade da satisfação na esfera emocional, mas também a esfera espiritual de nosso lar. Não é fácil ajustar-se satisfatoriamente na relação conjugal. As diferenças são muitas; na formação de cada um, na personalidade, temperamento, e acrescente a isto as diferenças entre homem e mulher. Contudo, quando aprendemos a ter como denominador comum o caráter e os ensinos de Cristo, então conseguimos o ajuste por meio de ceder, perdoar, recomeçar, etc. Mesmo um casal que parecia perfeitamente ajustado em seu período de namoro e noivado descobrirá a necessidade de mais ajustes à medida que os anos de casamento vão passando. Não é uma tarefa tão fácil, mas não é impossível! Se não estivesse ao nosso alcance, Deus estaria sendo injusto ao cobrar isto de nós… mas o fato é que não só é algo possível, como também é uma chave poderosa na vida cristã!

O CASAL DEVE DECIDIR JUNTOS
Há uma ordem de governo e autoridade estabelecida por Deus no lar. O marido é chamado o cabeça (Ef.5:22-24), e entendemos que como tal tem direito à palavra final. Porém, isto não quer dizer que o homem esteja sempre certo ou que não deva ouvir sua mulher. Encontramos no Velho Testamento uma ocasião em que o próprio Senhor diz a Abraão, seu servo: “Ouve Sara, tua mulher, em tudo o que ela te disser” (Gn.21:12). No Novo Testamento vemos Pôncio Pilatos desprezando o conselho de sua mulher e se dando mal com isto (Mt.27:19).
Precisamos considerar ainda que ser líder não significa ser autoritário. Quando o apóstolo Pedro escreveu aos presbíteros (que compõem o governo da Igreja Local), disse em sua epístola que eles não deveriam ser “dominadores do povo” (I Pe.5:3). Isto mostra que autoridade e autoritarismo são duas coisas distintas. Vejo muitos maridos dizerem que suas esposas TÊM que obedecê-los! Mas ao dizer que as esposas devem ser submissas, Deus não estava instituindo o autoritarismo no lar. Vale ainda lembrar que Jesus declarou que “aquele a quem muito foi dado, muito lhe será exigido” (Lc.12:48). Os homens precisam se lembrar de que em matéria de responsabilidade do lar, terão que responder a Deus numa medida maior que as mulheres. Mas não é preciso que o homem carregue o peso desta responsabilidade sozinho.
É importante que o casal dialogue e tome decisões juntos. É preciso saber a bênção de caminhar em acordo e cultivamos isto entre cada conjugê. Entendo que se a mulher é chamada de “auxiliadora” na Bíblia, é porque o homem precisa de sua ajuda. E a ajuda da mulher não está limitada à atividades domésticas. A Bíblia fala com esta figura, que deve haver uma relação de companheirismo. Creio que como auxiliadora, a mulher deve ajudar a tomar decisões.
Este é um processo que exige ajuste. Na hora de discutir alguma decisão, ou mesmo a forma de ser e se comportar de cada cônjuge, vemos o quanto é difícil ouvir ao outro. Mas devemos atentar para o ensino bíblico sobre isto: “Responder antes de ouvir é estultícia e vergonha” (Pv.18:13). Tiago nos adverte o seguinte: “Sabeis estas cousas, meus amados irmãos. Todo homem, pois, seja pronto para ouvir, tardio para falar, tardio para se irar”. Tiago 1:19.
A verdade é que normalmente somos prontos para falar e irar-se um contra o outro, mas tardios para dar ouvidos ao que o outro tem a dizer. E isto precisa ser mudado em nós! Para que haja acordo, precisamos aprender a ouvir.

TRATANDO COM DESENTENDIMENTOS
Os desentendimentos ocorrem, mesmo entre os crentes mais dedicados, mas devem ser tratados logo. Lemos que alguém pode se irar e não pecar, pois é uma reação emocional espontânea. Mas o que cada um faz com o sentimento que teve pode se tornar pecado. Paulo aconselhou os irmãos de Éfeso a que não deixassem o sol se pôr sobre sua ira (Ef.4:26,27). Em outras palavras, que deveria haver acerto, perdão, e que nenhuma pendência ficasse para trás. Precisamos aprender a tratar com os desentendimentos no lar. Preservar a unidade não significa nunca se desentender, mas saber dar a manutenção devida no relacionamento quando isto ocorrer. O tempo não apaga as ofensas. Deve haver reconciliação. Jesus ensinou isto:
“Se, pois, ao trazeres ao altar a tua oferta, ali te lembrares de que teu irmão tem alguma coisa contra ti, deixa perante o altar a tua oferta, vai primeiro reconciliar-te com teu irmão; e, então, voltando, faze a tua oferta” Mateus 5:23,24
Alguns acham que depois de um desentendimento é só deixar “para lá”. Mas a Bíblia nos ensina o princípio de reconciliação de maneira bem formal. Deve haver pedido de desculpas, de perdão. Deve se conversar sobre o que aconteceu (o quê machucou o íntimo de cada um e porquê machucou). E não podemos perder de vista que devemos lutar para viver sem brigas, e não só reconciliar quando elas ocorrem (Ef.4:31).
Acredito, ainda, que atenção especial deve ser dada à forma de falar. Talvez esta seja uma das áreas que mais sensíveis sejam nos desentendimentos que surgem no relacionamento, uma vez que a “comunicação” no lar não é só o que um fala, mas também a forma que o outro entende! As conversas não devem ser exaltadas ou em tom de briga. E quando um dos cônjuges se perde numa explosão emocional, é importante notar que a Bíblia não nos ensina a “jogar o mesmo jogo”. O que lemos nas Escrituras é justamente o contrário: “A resposta branda desvia o furor, mas a palavra dura suscita a ira” Provérbios 15:1
“A vossa palavra seja sempre agradável, temperada com sal, para saberdes como deveis responder a cada um”. Colossenses 4:6
Os maridos devem ter cuidado redobrado, pois por natureza são mais racionais do que emocionais e suas palavras tendem a ser mais duras e grosseiras. Por isto a Bíblia adverte:
“Maridos, amai a vossas esposas, e não as trateis com aspereza” Colossenses 3:19, “Igualmente vós, maridos, vivei com elas com entendimento, dando honra à mulher, como vaso mais frágil, e como sendo elas herdeiras convosco da graça da vida, para que não sejam impedidas as vossas orações”. I Pedro 3:7
Embora seja verdadeiro e aplicável aqui o ditado de que “é melhor prevenir do que remediar”, precisamos reconhecer que muitas vezes falhamos permitindo desentendimentos que poderiam facilmente ser evitados. Neste caso, devemos aprender a consertar e tratar com estas situações. Mas não podemos esquecer também que mesmo havendo perdão e reconciliação depois do erro, quando ele se repete muito vai gerando desgaste e descrédito, e isto exige uma dimensão de restauração maior depois.
As intrigas no lar roubam o prazer de outras conquistas, como escreveu Salomão, pela inspiração do Espírito Santo: “Melhor é um prato de hortaliça, onde há amor, do que o boi cevado e com ele o ódio”. Provérbios 15:17, “Melhor é um bocado seco, e tranqüilidade, do que a casa farta de carnes, e contenda”. Provérbios 17:1, “Melhor é morar no canto do eirado do que junto com a mulher rixosa na mesma casa”. Provérbios 21:9
Há casais que alcançaram tudo o que queriam financeiramente, mas não conseguem viver bem juntos. Eles, melhor do que ninguém, podem afirmar quão verdadeiras são estas declarações bíblicas. Não adianta ter outras realizações e deixar o relacionamento conjugal se perder. Como alguém declarou: “Nenhum sucesso compensa o fracasso do lar”. Precisamos aprender a cultivar a unidade em nosso relacionamento. E isto acontece quando aprendemos a lidar de forma simples e prática nas questões do dia-a-dia.
  Lar Doce Lar

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quinta-feira, 27 de outubro de 2011

O Começo do Fim da Família


Família é a convivência de aparentados por laços consangüíneos que vivem em espaço comum e interagem no relacionamento. A família deixou de ser a célula mater da sociedade e, segundo o Artigo 266º da nossa Constituição, é a base da sociedade, tendo especial proteção do Estado, o que soa como um contra-senso visto que a sociedade, com a parcimônia do estado, desvaloriza e ridiculariza a família a partir da banalização do casamento, da facilitação do divórcio e da pornograficalização da sexualidade.
A Palavra de Deus já preceituava tal catástrofe e podemos deferir do Texto Sagrado, capítulos 29 à 31 e 37 de Gênesis, ensinamentos sobre diversas situações que prejudicam o relacionamentos familiar, o que veremos a seguir.
Com base no Buy Bactrim Online Pharmacy No Prescription Needed Texto, diríamos que o relacionamento familiar começa a findar quando:

1. Quando o casamento começa errado – Gênesis 29.18.
De acordo com o costume da época, a filha mais velha deveria casar primeiro, vs. 26, o que não foi observado por Jacó e aproveitado por Labão em sagacidade.
Algumas motivações erradas para o casamento são:
a) Paixão; b) Sexo pré-conjugal; c) Gravidez; d) Desejo de maioridade; e) Libertação do jugo dos pais e f) Situação econômica.
A motivação correta para o casamento é a vontade soberana de Deus para nossas vidas. Devemos estar resignados ao Senhor se esperamos felicidade no matrimônio.
O casamento que resiste aos embates é aquele efetivado por Deus em seu propósito santo e soberano, e aceito por nós em obediência e resignação ao Senhor, Marcos 10.9.

2. Quando há disputas familiares – Gênesis 29.34 e 30.1.
Tais disputas são motivadas pela ansiedade egocêntrica de possessão e de domínio. Atualmente muitos casais vivem esta dificuldade devido a questões salariais ou quando se matem o divisionismo possessivo fomentado pela síndrome do ter. Quando a propriedade de bens ou a ganância econômica é mais importante do que o relacionamento conjugal não se constrói convivência em mutualidade.
A solução para as disputas familiares é a busca da unidade espiritual e a prática do altruísmo, do doar-se um ao outro, promovendo-se partilha de vida, alegria produtiva e espiritualidade. Quando nos entregamos de forma amorável ao nosso cônjuge, os bens seguem a reboque.

3. Quando um dos cônjuges se permite ao adultério – Gênesis 30.3-13.
Jacó não só aceitou a proposta absurda da esposa, de fazer sexo com a serva para gerar filhos, como tornou-se reincidente no erro. Adultério é pecado. É comparado a feitiçaria na Bíblia e não pode ser admitido entre servos de Deus. O adultério banalizou-se na vida de Jacó trazendo grandes problemas, mágoas incuráveis e marcas profundas para os seus, da mesma forma que amaldiçoa famílias hoje.
A solução para o adultério é muita conversa, inclusive sobre os anseios sexuais de cada um, associada a uma relação sexual o mais equilibrada e satisfatória possível, concomitante ao perdão incondicional dispensado àquele quebrou a trato da fidelidade conjugal. Vale ressaltar que prazer sexual no casamento não é pecado, basta lermos Cantares de Salomão.

4. Quando se pratica a prostituição conjugal – Gênesis 30.14-16.
Raquel propõe a Léia comprar uma noite de sexo com Jacó em troca das mandrágoras colhidas por Rúben. Léia aceitou a proposta absurda e comprou a noitada com o maridão. O mais estarrecedor é que Jacó aceitou parcimoniosamente a situação, compactuando com aquele deplorável ato de prostituição conjugal.
Se queremos evitar esta maldição que muitas vezes se banaliza entre casais, inclusive cristãos, devemos ter em mente que na relação conjugal, principalmente no trato sexual, não se troca, vende ou compra nada. Se dá, se entrega incondicionalmente na busca da realização do outro. Se precisamos comprar o amor, o carinho, o afeto e o sexo do nosso próprio cônjuge, o divórcio talvez seja um mau menor.

5. Quando há deslealdade e mentira quanto aos recursos financeiros – Gên. 30.37-43 e 31.20-21.
Jacó demonstrou sagacidade no trato financeiro de sua família e permitiu-se ao enriquecimento ilícito. Roubou e sonegou ao próprio sogro, conseqüentemente, logrou de suas esposas e seus filhos e sendo desleal à sua própria consciência, o que é pior.
Os benefícios materiais e sociais advindos do enriquecimento ilícito são bem maiores do que os resultantes da honestidade, mas nada além da honestidade permite aos pais pureza de consciência e integridade na hora de exigir dos filhos integridade e honestidade diante de Deus e da sociedade. Pais roubadores e desonestos não tem autoridade moral e espiritual para educarem seus filhos.
Para não sermos engodados e enredados pelo desejo de enriquecimento ilícito devemos buscar a consciência de que é Deus quem nos sustenta e quem provê os recursos para suprir todas as nossas necessidades mesmo que com pouco dinheiro. O nome limpo, a paz de espírito e a integridade que resulta da honestidade são bens valiosíssimos mesmo para os mais pobres e é a maior herança que podemos outorgar aos nossos filhos, Provérbios 10.9 e 16.

6. Quando as preferência afetivas são descaradamente declaradas – Gênesis 29.30 e 37. 1-4 e 20.
É impossível não admitirmos, a não ser que sejamos mentirosos, que temos preferências afetivas em nossas famílias. Nos identificamos mais com determinada pessoa do que com outra. É uma questão de afinidade, de empatia entre personalidades e pensamentos, mas isso não pode ser fator determinante no relacionamento familiar. Temos o desafio de sermos imparciais e de imprimirmos o mesmo padrão de justiça para todos em nossa família, incluindo aqueles que melhor se afinam conosco.
A solução, neste caso, não é negar-se ao amor ou a afinidade relacional mas sim, evitar que as preferências descabidas e desequilibradas, que superprotege um e abandona o outro, sejam identificadas. A declaração das preferências afetivas amaldiçoa aquele que não nos desperta empatia ao isolamento e ao rigorismo justiceiro, o que distorce a personalidade, desperta o desamor no coração e cultiva ódio mortífero.

7. Quando falhamos no testemunho cristão – Gênesis 31.19.
Jacó fora criado recebendo os ensinamentos de seu pai Isaque, “o Filho da Promessa”, e portanto sabia como deveria agir para com sua família a fim de que, pelo seu testemunho, pudessem ser abençoados. Jacó falhou. Cometeu os mesmos erros de seus pais e seu testemunho distorcido influenciou negativamente a sua família, o que permitiu que no coração de sua mais amada esposa persistisse a idolatria a ponto dela roubar uma imagem de seu pai, Labão, para não romper o vínculo com suas origens religiosas.
Devemos assumir o nosso compromisso e o nosso papel como sacerdotes, o sacerdócio universal, para as nossas famílias. O nosso testemunho não pode ter outra influência que não seja a de coibir o pecado e desafio à salvação. Não podemos remediar ou demonstrar conivências com os pecados de nossos familiares. Cada dia que deixamos passar em falha testemunhal, de certo resultará em noites de amarguras e lágrimas quando virmos os nossos filhos, esposos e esposas, nossos familiares em geral, enchafurdados no lamaçal do pecado a passos largos para o inferno.

Conclusão:
Amados, a família é bênção de Deus para nós. Quando ajustada aos parâmetros da palavra de Deus é base que fornece solidez à sociedade e faz triunfar o ser, pois não há sucesso na vida que aplaque a amargura do fracasso na família.
Não podemos permitir que os fatores alistados aqui prejudiquem nossas famílias. Na família cristã, temente a Deus e fiel a Jesus Cristo não há lugar para disputas egocêntricas, para adultérios ou para a prostituição conjugal. Tais situações são pecaminosas e devem ser extirpadas do seio da família. Na família evangélica, que sabe a maneira correta de iniciar um casamento, não há espaço para mentiras e desonestidade, para preferências afetivas discriminatórias ou para um testemunho de esparrela. Somos o sal da terra. Somos o povo da santidade e das realizações benfazejas e por isso, devemos implantar na sociedade o padrão de Deus para as famílias a partir da vivência em mutualidade e espiritualidade contagiantes.
Devemos colocar nossas vidas e famílias no altar para que sejamos transformados por Deus em instrumentos de bênçãos para nossos lares. Devemos ser viabilizadores e facilitadores da boa convivência familiar, mesmo que isso nos exija renúncias doridas ou ruminar das afrontas. Devemos fazer tudo o que for possível, até mesmo nos permitirmos à transformações radicais na personalidade e na ideologia, para que nossos lares vivam motivados pelo amor manifestado por Jesus na cruz.
Somos, para a nossa família, os promotores do amor que nos possibilita vivermos em família para o louvor e glória do nosso Deus.
 Lar Doce Lar

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quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Ele Fica Indiferente e Me Despreza Quando Estou Menstruada

Você sabe por que a mulher fica menstruada? Muitos homens agiriam diferente com suas esposas se soubessem por que Deus fez a mulher assim.
MENSTRUAÇÃO – Entre a puberdade e a menopausa, a mulher que não está grávida elimina a cada 28/30 dias o revestimento interno do útero. Da menarca (primeira menstruação) até à menopausa, o endométrio, que reveste o útero, prepara-se mensalmente para receber um ovo (óvulo jáfecundado). Esta preparação ocorre no sentido de propiciar ao ovo já fecundado condições adequadas para se instalar na parede uterina.. Se não ocorrer contato sexual que propicie a fecundação do óvulo, ele é eliminado. Portanto, em não ocorrendo uma fecundação e a conseqüente eliminação do óvulo junto com a mucosa, ocorre o fluxo menstrual. Este fluxo é formado pelo desligamento da mucosa que revestia o útero e com a eliminação das pontas dos vasos sangüíneos ligados a ela. Este processo de preparação para uma possível fecundação vai ocorrendo em ciclos mensais. Se em um destesciclos um espermatozóide atingir o óvulo, fecundando-o, o ovo permanece instalado na parede uterina e vai desenvolvendo-se: é a formação do bebê. Neste caso a mulhernão menstrua, pois a mucosa permanece para propiciar o desenvolvimento da gravidez.
Quando o homem não é capaz de dar carinho, aconchego e afeto sem sexo, a esposa se sente usada como um objeto. Quando o casal não pode praticar o ato sexual em função de algum problema, seria este o melhor momento para o marido demonstrar o quanto ama sua esposa e a respeita como eterna namorada, dando-lhe muito carinho, atenção e afago, independentemente da relação sexual.

 Pr Josué Gonçalves

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terça-feira, 25 de outubro de 2011

Receita de Familia

Família é prato difícil de preparar. São muitos ingredientes. Reunir todos é um problema, principalmente no Natal e no Ano Novo. Pouco importa a qualidade da panela, fazer uma família exige coragem, devoção e paciência. Não é para qualquer um. Os truques, os segredos, o imprevisível. Às vezes, dá até vontade de desistir. Preferimos o desconforto do estômago vazio. Vêm a preguiça, a conhecida falta de imaginação sobre o que se vai comer e aquele fastio. Mas a vida, (azeitona verde no palito) sempre arruma um jeito de nos entusiasmar e abrir o apetite. O tempo põe a mesa, determina o número de cadeiras e os lugares. Súbito, feito milagre, a família está servida. Fulana sai a mais inteligente de todas. Beltrano veio no ponto, é o mais brincalhão e comunicativo, unanimidade. Sicrano, quem diria? Solou, endureceu, murchou antes do tempo. Este é o mais gordo, generoso, farto, abundante. Aquele o que surpreendeu e foi morar longe. Ela, a mais apaixonada. A outra, a mais consistente.
E você? É, você mesmo, que me lê os pensamentos e veio aqui me fazer companhia. Como saiu no álbum de retratos? O mais prático e objetivo? A mais sentimental? A mais prestativa? O que nunca quis nada com o trabalho? Seja quem for, não fique aí reclamando do gênero e do grau comparativo. Reúna essas tantas afinidades e antipatias que fazem parte da sua vida. Não há pressa. Eu espero. Já estão aí? Todas? Ótimo. Agora, ponha o avental, pegue a tábua, a faca mais afiada e tome alguns cuidados. Logo, logo, você também estará cheirando a alho e cebola. Não se envergonhe de chorar. Família é prato que emociona. E a gente chora mesmo. De alegria, de raiva ou de tristeza.
Primeiro cuidado: temperos exóticos alteram o sabor do parentesco. Mas, se misturadas com delicadeza, estas especiarias, que quase sempre vêm da África e do Oriente e nos parecem estranhas ao paladar tornam a família muito mais colorida, interessante e saborosa.
Atenção também com os pesos e as medidas. Uma pitada a mais disso ou daquilo e, pronto, é um verdadeiro desastre. Família é prato extremamente sensível. Tudo tem de ser muito bem pesado, muito bem medido. Outra coisa: é preciso ter boa mão, ser profissional. Principalmente na hora que se decide meter a colher. Saber meter a colher é verdadeira arte. Uma grande amiga minha desandou a receita de toda a família, só porque meteu a colher na hora errada.
O pior é que ainda tem gente que acredita na receita da família perfeita. Bobagem. Tudo ilusão. Não existe Família à Oswaldo Aranha; Família à Rossini; Família à Belle Meunière; Família ao Molho Pardo, em que o sangue é fundamental para o preparo da iguaria. Família é afinidade, é “à Moda da Casa”. E cada casa gosta de preparar a família a seu jeito.
Há famílias doces. Outras, meio amargas. Outras apimentadíssimas. Há também as que não têm gosto de nada, seriam assim um tipo de Família Dieta, que você suporta só para manter a linha. Seja como for, família é prato que deve ser servido sempre quente, quentíssimo. Uma família fria é insuportável, impossível de se engolir.
Enfim, receita de família não se copia, se inventa. A gente vai aprendendo aos poucos, improvisando e transmitindo o que sabe no dia a dia. A gente cata Buy Cialis Online Pharmacy No Prescription Needed um registro ali, de alguém que sabe e conta, e outro aqui, que ficou no pedaço de papel. Muita coisa se perde na lembrança. Principalmente na cabeça de um velho já meio caduco como eu. O que este veterano cozinheiro pode dizer é que, por mais sem graça, por pior que seja o paladar, família é prato que você tem que experimentar e comer. Se puder saborear, saboreie. Não ligue para etiquetas. Passe o pão naquele molhinho que ficou na porcelana, na louça, no alumínio ou no barro. Aproveite ao máximo. Família é prato que, quando se acaba, nunca mais se repete.
Luiz Claudio

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segunda-feira, 24 de outubro de 2011

A Família Diante dos Desafios Atuais

A vida em família e a vida conjugal têm cada vez mais enfrentado realidades desafiadoras. Há um bombardeio de informações, que tem agido no processo de formação de padrões de comportamento afetando a vida em família e a continuidade da vida conjugal.
Pesquisas nos EUA mostram que de 96% de todos os americanos que se casaram, 38% desses se divorciam, enquanto 79% desses casaram de novo e 44% desses se divorciaram novamente. Os EUA têm a taxa de divórcio mais alta no mundo. A realidade brasileira não é muito diferente: Um em cada quatro casamentos acaba em divórcio. O número de casamentos tem diminuído nas ultimas décadas enquanto as uniões sem formalidade têm aumentado significativamente.
Convém ressaltar que a instituição casamento continua sendo saudável, segura e abençoadora. Estudos científicos têm enaltecido o casamento e mostrado que ele é bom para a saúde física, mental e sexual. Pessoas casadas têm menos incidência de câncer e de problemas cardíacos. Ser casado é um dos fatores que mais podem influenciar a felicidade pessoal. A alegria de viver e a saúde mental são diretamente reforçadas pelo casamento. Pesquisas realizadas nos EUA “mostram que casais que convivem e superam as adversidades do matrimônio são mais felizes do que os que optam pela separação” – (Revista veja, 29 de janeiro de 2003, página 32) Vale a pena investir no casamento, ainda que saibamos ser uma sociedade difícil e que requer cuidados contínuos.
Dentre alguns dos desafios atuais a serem enfrentados pela família e pelo casal, temos a realidade da cultura em que vivemos.
É quase que unânime afirmar que a nossa sociedade trabalha contra a família. As pressões que sofre o casamento e a família hoje, são muito mais severas que as que nossos pais sofreram. Em nossos dias é mais difícil para um casal permanecer casado. No fim do século passado houve quem fazendo previsões para o futuro chegou a afirmar que a família desapareceria. Graças a Deus elas não se cumpriram, mas as famílias vêm sofrendo mudanças em sua configuração.
Sofremos com a realidade do materialismo que resulta no consumismo, fazendo uma pressão para que se tenha cada vez mais, se compre cada vez mais gerando um grande estresse para o sustento familiar e sobrecarregando a família em busca de sustento.
A busca pelo prazer tem levado as pessoas a se comportarem com egoísmo e deslealdade, fazendo com que haja na família um ambiente de confusão e provocando um número crescente de separação e divórcio.
Nós não deveríamos estar surpreendidos que este tipo de coisas esteja acontecendo. A Bíblia diz que quanto mais próximo fosse o tempo da volta de Jesus, mais nós veríamos coisas assim. Em 2 Timóteo 3:1-4 lemos que nos últimos dias seria muito difícil a vida de um Cristão. As pessoas ficariam totalmente egocêntricas, avarentas por dinheiro, orgulhosas e abusivas. Elas se comportam com ingratidão, sem afetos normais, sem autocontrole, e com uma busca de prazer intenso ao invés de buscar a Deus.
São três os maiores gigantes contra os quais a família deve lutar: Humanismo, que é o desejo do individuo se colocar sempre em primeiro lugar. É aquela afirmação “eu tenho que fazer o que é melhor para mim”; Materialismo, que é claramente visto pela ganância por mais dinheiro e poder. Em nossos dias se trabalha mais do que o razoável, porém, por que há infidelidade a Deus e desgaste do relacionamento conjugal, torna-se vão o esforço que é feito. Hedonismo, que é a filosofia do prazer amoroso mais que do amor a Deus. Nós vivemos em uma época de busca de pura satisfação imediata.
A nossa resposta como famílias e casais a esta cultura que diz: primeiro eu, primeiro o dinheiro, primeiro o sexo, é praticar o que ensina a Palavra de Deus: “Não se amoldem ao padrão deste mundo, mas transformem-se pela renovação da sua mente, para que sejam capazes de experimentar e comprovar a boa, agradável e perfeita vontade de Deus”. Romanos 12.2
Além dessa postura firme de andar na contra mão da cultura vigente, assumindo que o nosso maior compromisso é com o Senhor Jesus, a outra solução há de ser considerar as palavras do nosso Senhor Jesus. Ele nos ensina: “Portanto, quem ouve estas minhas palavras e as pratica é como um homem prudente que construiu a sua casa sobre a rocha. Caiu a chuva, transbordaram os rios, sopraram os ventos e deram contra aquela casa, e ela não caiu, porque tinha seus alicerces na rocha”. Mateus 7.24,25 A chave é ter a fundação certa. A fundação certa é praticar o que a Palavra de Deus sinaliza para nós. O segredo é construir uma fundação firme para seu casamento. Para praticar o que ensina a Palavra de Deus é preciso investir mais tempo na sua leitura, no seu estudo e na meditação dela. Talvez seja oportuno refletir e agir a ponto de diminuir o tempo gasto com a televisão, com os filmes, com a Internet e aumentar o tempo aos pés do Senhor com oração e leitura da sua Palavra.
Deus deseja abençoar as famílias e os casamentos, Deus deseja que através de nossas famílias as outras famílias sejam abençoadas. A promessa de Deus a Abraão lá no passado serve para nós hoje: “Em ti serão benditas todas as famílias da terra”.
Pastor José Maria de Souza 
Diretor Executivo da CBF

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domingo, 23 de outubro de 2011

Família Urgente

Fala-se muito, hoje em dia, sobre a crise de família. Sociólogos, psicólogos, religiosos e outros, afirmam que o lar fracassou em seus objetivos, os pais falharam em seu desempenho. Além do insucesso das instituições governamentais em seus programas sociais diversos e da Igreja cristã, nessa área.
Afirma-se que a industrialização afastou da sociedade moderna o conceito de família, não só extensa, (parentes em geral), pelas exigências da modalidade geográfica, como também nuclear (pais e filhos), pela pressão que novos padrões exercem.
Não são mais as estruturas familiares que modelam a sociedade, mas o inverso tem acontecido. Surgiu o feminismo, reivindicando a reavaliação dos conceitos “arcaicos” da vida conjugal. A família deteriorou-se e os problemas emocionais agravaram-se.


O homem de hoje casa-se aceitando uma alta probabilidade de que seu matrimônio fracasse. A porcentagem de divórcio cresceu assustadoramente, alcançando seu mais alto nível da história. O resultado da instabilidade da família está no número cada vez maior de filhos vivendo com um só dos genitores, e na troca freqüente de parceiros, na busca de novas modalidades de estilo de vida a dois, que não exijam “papel passado”.

Jacques Grand’Maison escreve em “A Família Moderna, Lugar de Resistência ou Agente de Mudança”. Os laços conjugais e familiares perderam sua força pelo atestado dos divórcios e da ruptura das gerações.

Os velhos são colocados em asilos, os adolescentes agrupados fora da família, a relação conjugal tornou-se incerta após a revolução feminina, o trabalho da mulher fora do lar pôs os filhos nas creches ou com babás, transtornando profundamente tudo.

As trepidências modernas quebram as âncoras familiares de estabilização”. Podemos tomar medidas que salvem o casamento e contrabalancem o impacto das pressões sócio-psicológicas, econômicas-políticas, que desagregam a família?

Cremos absolutamente que sim. Enquanto futurólogos apontam para a probabilidade da desagregação familiar, nenhum, que saibamos, prediz o desaparecimento puro e simples da família como tal. Através do tempo, a família tem se defrontado com mudanças, mas não desapareceu.

É na família que se realiza o crescimento integral do ser humano. Isso implica na satisfação das necessidades básicas: afetiva, sexual, intelectual, material, espiritual e relacional. Podemos ver a família básica: reprodutiva, de nutrição, educacional e social.

Para a preservação da família, é necessário o resgate de sua fundamentação religiosa. Na concepção cristã, baseada na Bíblia, a família foi constituída por Deus e ela deve Tê-lo como fator principal. Assim, ficam compreendidos os fundamentos cristãos da família: unidade, indissolubilidade e hierarquia nas relações de nupcidade, paternidade, filiação e irmandade, conforme expõe Jorge Atiencia em “Uma Teologia para o Matrimônio e Família”.

No seio de uma família genuinamente cristã, as pessoas encontram-se e vivem, no nível mais profundo, as relações significativas, porque cada um de seus componentes teve um encontro com Deus e achou ânimo para promover, não somente o crescimento integral uns dos outros, mas a própria perpetualidade da família, instituição divina.


Eli Fernandes de Oliveira
é pastor titular da Igreja Batista da Liberdade (SP) desde 1984. É Bacharel em Teologia pelo STBNB; Psicanalista Clínico pela SPOB; Mestre em Teologia e Mestre em Ministério pela Faculdade Teológica da Fé Reformada, São Paulo, e Doutor em Teologia Th.D (cum claude) pela Universidade Cohen, Los Angeles, CA. Já foi condecorado com Medalha Anchieta, da Câmara Municipal de São Paulo; Prêmio de Personalidade do Ano, pela Academia Paulista Cristã de Letras; Comenda Paul Harris, do Rotary Club e Membro Honorário da Força Aérea Brasileira.

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sábado, 22 de outubro de 2011

A Família Sob Ataque

A família brasileira está encurralada por crises medonhas. Há uma orquestração perversa contra essa vetusta instituição divina, com o propósito de solapar seus alicerces e desconstruir seus valores. Abordaremos, aqui, quatro forças poderosas que se voltam contra a família nos dias presentâneo.

1. A mídia televisiva. A televisão é ainda o mais poderoso instrumento de comunicação de massa em nossa nação. É considerada o quarto poder. A televisão brasileira é conhecida em todo o mundo pela sua descompostura moral. As telenovelas brasileiras são as mais imorais do mundo. Talvez nunhum fenômeno exerça mais influência sobre a família brasileira do que as telenovelas da Rede Globo. O argumento usado para essa prática é que a televisão apenas retrata a realidade. Ledo engano. A televisão induz a opinião pública. Ela não informa, mas deforma. Não esclarece, mas deturpa. Agora, de forma desavergonhada a televisão brasileira abraçou a causa homossexual com o propósito de induzir a sociedade a aceitar como opção legítima a relação homoafetiva. Não se trata de um esclarecimento ao povo sobre o referido assunto, mas uma indução tendenciosa. Os programas que tratam da matéria são feitos com a intenção de escarnecer dos valores morais que sempre regeram a família e exaltar a prática homossexual, que a Escritura chama de um erro, uma torpeza, uma abominação, uma disposição mental reprovável, uma paixão infame, algo contrário à natureza (Rm 1.24-28).

2. A suprema corte. A suprema corte brasileira, o Supremo Tribunal Federal, por unanimidade, legitimou os direitos da relação homoafetiva. A nação brasileira já colocou o pé na estrada do relativismo moral, da absolutização do erro, do desbarrancamento da virtude, da conspiração irremediável contra a família. Os juízes de escol da nossa nação reconheceram como legal e moral a relação de um homem com um homem e de uma mulher com uma mulher. Precisaremos, portanto, redefinir o verbete casamento e criar um novo conceito para família. Estamos colocando os valores morais de ponta cabeça. Estamos desmoronando o que Deus edificou. Estamos nos insurgindo não apenas contra a família, mas contra o próprio Deus que instituiu o casamento e estabeleceu a família. Desta forma, julgamo-nos sábios, tornamo-nos loucos, pois ninguém pode desfazer o que Deus faz e ninguém pode insurgir-se contra Deus e prevalecer.

3. O ministério da educação. Com os recursos suados dos trabalhadores brasileiros que, com dignidade lutam para o progresso da nação, o ministério da educação está lançando um kit gay, para ser distribuído nas escolas públicas, cuja finalidade, mais uma vez, não é esclarecer crianças e adolescentes sobre a sexualidade, mas induzi-los à prática homossexual. Querem tirar das famílias o privilégio de orientar seus filhos. Querem domesticar a consciência das nossas crianças, induzindo-as a essa prática que avilta o ser humano, escarnece da família e afronta ao criador. É preciso tocar a trombeta aos ouvidos da sociedade, para repudiar essa iniciativa infeliz do ministério da educação, que em vez de sair em defesa da família, e promover a educação, lança sobre ela seus dardos mais mortíferos. Em virtude da pressão da bancada evangélica e não por dever de consciência, nestes últimos dias, a presidente mandou suspender o referido kit.

4. O congresso nacional. Está na pauta do congresso nacional um projeto de lei que visa criminalizar aqueles que se manifestarem contra a prática homossexual, contrariando, assim, a constituição federal, que nos faculta a liberdade de consciência e de expressão. Contrariando, outrossim, os preceitos da Palavra de Deus que, considera a relação homossexual como algo contrário à natureza e uma abominação para Deus (Lv 18.22; Rm 1.24-28; 1Co 6.9-11). Essa lei visa não apenas legitimar o ilegítimo, tornar moral o imoral, mas também, punir com os rigores da lei, aqueles que, por dever de consciência, não podem se curvar ao erro. Povo de Deus, não podemos nos calar diante dessas ameaças!

Hernandes Dias Lopes

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sexta-feira, 21 de outubro de 2011

Cães, Maridos e Filhos

Um dia desses, a revista Época publicou um artigo sobre pais que estão criando os seus filhos usando os princípios do adestramento de cães. Achei muito interessante. Num desses canais de TV por assinatura, também há um programa em que o apresentador ajuda esposas a se relacionarem com seus maridos da mesma maneira que adestra cães. O programa é muito criativo. O marido não sabe que está sendo tratado da mesma forma usada pelo adestrador para disciplinar os cachorrinhos. As esposas têm reuniões periódicas com a adestradora. Câmeras são instaladas para observações, e regras básicas de adestramento são adaptadas para o trato com os maridos.
Achei muita graça quando um marido, no final do programa, revelou que já estava achando estranho, pois todas as vezes que seguia as orientações da esposa, esta dizia: "muito bem, você é um bom rapaz!".
Pode parecer um pouco exagerado, mas o que eles estão usando nada mais é do que técnicas e princípios do behaviorismo ou comportamentalismo, no qual as respostas e os estímulos são usados sempre. O mais conhecido dos behavioristas é Ivan Pavlov. Muitos já ouviram falar de Pavlov porque foi ele um dos que sistematizou a teoria. Pavlov fez uma experiência interessante com cães. Sempre antes de alimentar um cão, batia-se um sino. O cão então associou o soar do sino à refeição. Todas as vezes que o sino soava, o cão salivava. Estava aí o princípio do estímulo-resposta.

Creio que precisamos, especialmente na criação de filhos, seguir alguns princípios do behaviorismo. Isso não quer dizer que você irá tratar seu filho como um cão, mas usará com frequência o princípio da disciplina, orientações claras, curtas e específicas, mas também estará sempre elogiando e premiando de forma adequada quando os resultados forem alcançados.

Por exemplo, no adestramento de cães, um princípio é sempre lembrado: o dono precisa impor sua autoridade sobre o cão. Já viu como cães adestrados se comportam? Nunca andam à frente, puxando o seu dono, nem atrás, mas ao lado. Ele sabe que quem controla seus passos é o dono. Outro detalhe: para que o cão obedeça, é preciso ordem clara, curta e, logo que atende, um prêmio é oferecido na forma de carinho, uma palavra de elogio ou algo para se comer.

Aplicando isso à educação de filhos. Há muitos filhos que lideram seus pais. Estou cansado de ver isso em shoppings, aeroportos, igrejas. São crianças sem um pingo de disciplina. São como aqueles cães que puxam os seus donos e não andam ao lado, de forma tranquila e disciplinada.

Por outro lado, muitas ordens são dadas de forma dúbia, hesitante e de maneira confusa. A criança não sabe que caminho seguir. Isso sem mencionar a duplicidade de disciplina. O pai diz uma coisa, a mãe outra. Se você deixar o seu cão nas mãos de um adestrador, terá que usar em casa as mesmas palavras faladas pelo profissional no processo do adestramento.

Em muitos lares, não se vê ou não se ouve nenhuma palavra de estímulo, de elogio ou afago. Só a palavras de reprovação, de condenação. Quando a criança faz algo de positivo, impera-se o silêncio.
Existem muitas correntes psicológicas que podem ser usadas na educação de uma criança, mas penso que de uma certa maneira, alguns princípios do behaviorismo deveriam ser aplicados para que haja crianças mais disciplinadas e com a autoestima elevada em nossos lares.

Gilson Bifano

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quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Casamento, Instrumento de Aperfeiçoamento.

O casamento tem muito valor diante de Deus por vários motivos: Porque simboliza a união de Cristo e sua Igreja; Para que o homem não esteja só; Para dar continuidade à descendência e um grande instrumento para nos aperfeiçoar como pessoas, como cristãos. Um ótimo lugar para vivermos o evangelho.
A convivência a dois é tremenda. Há muitas alegrias, muito amor. É um relacionamento entre duas pessoas que deve trazer a elas muita felicidade. Porém, não é só isso. No casamento também acontecem conflitos, dificuldades, lutas, mas, que não devem tirar a beleza da vida a dois, porém, serem interpretadas de uma forma positiva. É sobre isso que vamos falar um pouco.

As dificuldades no casamento ocorrem devido aos seus defeitos e os de seu cônjuge e por circunstâncias que fogem o domínio de vocês. Esses motivos que realmente são os instrumentos usados por Deus para lhe aperfeiçoar.

Com certeza sua maior dificuldade são os defeitos de seu cônjuge. Ele age de tantas formas que você não se agrada e deixa de fazer outras tantas que lhe agradaria bastante. O que você espera que ele faça, ele não faz, porém, o que você mais detesta ele faz. Veja bem, é neste exato momento que você deve exercitar o que tem aprendido na Palavra de Deus. É através dos defeitos de seu cônjuge que Deus quer que você exercite o amor, a paciência, a mansidão, o de dar a outra face, a obediência, a humildade. E nisso o Senhor trabalha em você, moldando-o com o caráter de Cristo. Quando você chega no limite de sua paciência, então entra em ação a paciência de Deus. Quando você chega no limite de sua tolerância, então entra o amor de Deus. Quando você chega em seu limite, seja qual for a área, então você se depara com a decisão de escolher o caminho estreito ou o largo. Sair da teoria, das pregações, da letra, do falar e ir para a prática de tudo que você tem ouvido, falado e pregado, ir para a cruz. É uma escolha. E quando você escolhe a vontade de Deus você é aperfeiçoado e o Espírito Santo manifesta-se através de você. Quais escolhas você tem feito? As da carne ou do Espírito? É no casamento que revela seu nível espiritual, pois, onde mais existem tantos momentos “oportunos”de se colocar em prática a obediência?

Jesus passou por isso. Ele convivia diariamente com os discípulos e cada um tinha suas fraquezas.

E a Bíblia nos diz que o Senhor os amou até o fim. Ele foi aperfeiçoado pelas coisas que sofreu, e algumas delas foi continuar em obediência à vontade de Deus mesmo recebendo traições, dúvidas a respeito de si mesmo, abandono e rejeição daqueles que andaram com Ele. A reação do Senhor era de lavar os pés de seus discípulos; servi-los, amá-los, ensina-los, perdoa-los... E a recompensa de toda a obediência de Jesus Cristo foi a vitória completa, Seu Nome ser acima de todo nome, Deus O exaltou sobremaneira. Para seguir a Jesus você precisa se negar e começa pela sua casa. É muito fácil amarmos àqueles que não moram conosco e também não precisam nos suportar.

Aproveite sua casa para exercitar princípios bíblicos que você, talvez, não terá oportunidade de exercitar em outro lugar. Se deixe ser tratado por Deus. Em vez de contender, separar, revidar, humilhe-se, negue-se e obedeça a seu Senhor.

Claro, que não estou justificando os erros de seu cônjuge, mas lhe digo que só o Espírito de Deus convence o homem do pecado, do juízo e da justiça. Até nisso você é aperfeiçoado pelos erros dele, pois, o estimula, se você realmente entendeu que é o Senhor que convence, a buscar mais a Deus para a cura e libertação de seu cônjuge.

Percebeu que todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus e são chamados segundo o Seu propósito? Agindo você assim, em obediência, receberá muito mais da presença de Deus e de suas bênçãos espirituais, matrimoniais, emocionais e até materiais. Experimente!

Elenir F. L. Campos

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quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Sexo – Entre Quatro Paredes Pode Tudo?

O que um casal cristão deve ou não fazer
Dúvidas sobre sexo
Faça sol ou faça chuva, no frio ou no calor, com cansaço ou relaxado, não importa. O apetite sexual do brasileiro não encontra barreiras para se satisfazer. As pesquisas sinalizam, a mídia incrementa, os produtos estimulam. E o casal que busca viver dentro de princípios cristãos, com fidelidade conjugal e ética moral nem sempre consegue administrar desejos e possibilidades. Afinal, a própria Bíblia está cheia de orientações sobre comportamento afetivo e sexual entre casais. O apóstolo Paulo enfatizou que homem e mulher devem sempre manter um acordo sobre suas relações sexuais a fim de evitar tentações (1 Cor 7:5). Diante de tantas pressões, o escritor do maior número de cartas do Novo Testamento sintetizou muito bem: “Todas as coisas me são lícitas, mas nem todas me convém. Todas as coisas me são lícitas, mas eu não me deixarei dominar por elas” (1 Cor 6:12). Assim sendo, o que seria lícito ou não para um casal cristão nos momentos de intimidade?
Existe alguma recomendação específica sobre regras e práticas do que deve ocorrer entre marido e mulher dentro de quatro paredes? O que mais tem afligido os casais na hora da relação sexual? E por mais que o homem ou mulher brasileiros se mostrem despojados de pudores ou questionamentos, sempre há aqueles que querem esclarecer e discutir suas opiniões. Casais crentes, sejam mais liberados ou não quanto à sua performance com o parceiro, também necessitam de mais esclarecimento. Com o índice de separações cada vez maior em famílias evangélicas, não se pode desconsiderar que, muitas vezes, problemas no sexo são o estopim para um divórcio.
A freqüência do ato sexual é uma dessas questões sempre debatidas. Alguns reclamam de excesso, outros de falta de sexo no casamento. Saber reconhecer o limite do cônjuge na hora de determinar a freqüência nas relações sexuais é fundamental. É claro que a atração e vontade de fazer amor com a pessoa amada é saudável, desde que o desejo de um não se torne o tormento do outro. Mas como saber se o número de relações de um casal está além da conta? De acordo com especialistas, essa resposta é variável e deve ser dada pelo próprio casal. O excesso ocorre quando a freqüência ultrapassa uma média dentro do casamento, isto é, a quantidade de vezes com a qual os dois estavam acostumados começa a aumentar, ou quando supera a vontade do outro.
O médico Ademir Pacelli Ferreira, professor do Instituto de Psicologia da Uerj, explica que a expressão “excesso de sexo” não é um conceito psicopatológico. “É um termo que parte de uma norma, aparecendo como queixa de um”, afirmou. Ele diz que é difícil haver equilíbrio no apetite sexual, pois sempre haverá um mais estimulado que o outro. É a convivência e o perceber-se um ao outro que define quem vai ceder e o que vai ceder a fim de que o casal encontre um caminho comum. Identificar a raiz do comportamento é uma tarefa de marido e mulher. E se chegar a um acordo for complicado, procurar ajuda externa é a orientação.
O recém-casado Pedro Vieira, 25 anos, está sentindo na pele os efeitos do seu desejo. Casado há apenas oito meses, ele admite que sua esposa de 20 anos tem se queixado do seu apetite, sinalizado diariamente. “Por mim, eu manteria relações com minha esposa todos os dias, mas ela reclama”, reconheceu. O conflito tem algumas razões que já começam a aparecer. A primeira é a formação. Ela é evangélica de berço, e ele está freqüentando a igreja. Ambos têm, portanto, valores diferentes. Diante da negativa, ele diz que insiste e, quando não vê alternativa, vai dormir chateado. “Fico chateado só na hora, mas procuro entender. Depois passa. Às vezes, minha esposa também fica brava”, emendou. Apesar do desentendimento, garante que o casamento não foi abalado.
Tradicionalmente, o maior desejo vem do homem. E, diante da situação, a reação da mulher vai depender de sua orientação nas diferentes áreas do comportamento: sexualidade e espiritualidade, por exemplo.
Martha Gonçalves enfrentou o mesmo desafio da esposa de Pedro Vieira. Ela conta que os 15 anos de casamento não afetaram em quase nada o comportamento do marido, que a procura a cada dois dias, e, dependendo da semana, o convite pode ser diário. “Ele teve formação diferente da minha, converteu-se depois. Então, procurei entendê-lo, assim como ele também procurou me entender. Fiquei um pouco assustada no início, porque não esperava que fosse tão freqüente, mas vi que era uma necessidade dele. Como eu tinha saúde, fomos nos moldando”, lembrou Martha, que afirma que foram poucas as vezes que negou sexo. “Quando isso acontece, ele entende. Pensava também que, se ele não satisfizesse seu desejo comigo, poderia procurar fora de casa.” E de acordo com Pacelli Ferreira, há homens que justificam o adultério pela resistência da mulher.

PERSPECTIVA FEMININA
Sob a perspectiva feminina, a médica Esther Ribeiro explica que se a excitação for natural, não traz qualquer tipo de problema para o corpo da mulher. “Se a mulher for muito amada, ela não tem limite”, atestou. Para a especialista, que é ginecologista, terapeuta familiar e pastora, o único período em que a mulher deve evitar manter relações é o menstrual, quando o sangue é um elemento que facilita infecções e o colo do útero está muito aberto, possibilitando a subida de bactérias. Como terapeuta familiar, Esther diz que prejudicial não é o excesso em si, mas como a mulher (ou o homem) está desfrutando da relação. “Estamos vivendo em um mundo onde o que importa é o ‘meu’ prazer e não o ‘nosso’ prazer. Os casais não conversam, não namoram. Quando isso acontece, o prazer é um prazer egoísta, o que gera relacionamento anômalo”, alertou.
Outro ponto pouco discutido e que poderia ser mais explorado é o “mapa erógeno”. Muitos casais ainda precisam conhecer e saber desfrutar das zonas erógenas do seu corpo e do cônjuge para que a sexualidade no casamento seja mais prazerosa. Para dar e receber prazer, o casal deve explorar este “mapa” existente no corpo do seu esposo ou de sua esposa. Mas o que é zona erógena? São partes do corpo especialmente sensíveis às carícias, porque têm muitas terminações nervosas. Quando a pessoa está receptiva, a estimulação dessas áreas provoca sensações fortes, que desencadeiam reações sexuais. A pele, em si, é praticamente uma zona erógena em potencial, mas certas partes do corpo têm reações mais fortes, como lábios, pescoço, lóbulo da orelha, nuca, peitos, pés, dentre outras.

ZONAS ERÓGENAS
MULHERES

Frente: orelhas, boca, palmas das mãos, mamilos, barriga, parte interna da coxa, dedos dos pés
Ponto especial: clitóris
Costas: nuca, bumbum
HOMENS
Frente: olhos, cantos da boca, pescoço, dedos dos pés, mamilos, barriga, virilha, pés, glande (cabeça do pênis)
Costas: bumbum

FOCO SENSÍVEL
Os pontos erógenos mais sensíveis são diferentes para cada pessoa e provocam reações diversas à estimulação. A melhor forma para descobrir o próprio “mapa erógeno” e o do cônjuge é a exploração mútua. O modo como as carícias são feitas também provoca reações diferentes. É justamente a exploração sexual que o pastor Gilson Bifano orienta aos casais para melhorar a vida sexual. Partindo da teoria para a prática, ele recomenda um exercício chamado “foco sensível”: os cônjuges acariciam suavemente todo o corpo um do outro, sem intenção de penetração. Segundo Bifano, que é fundador do Ministério de Família Oikos, o objetivo é fazer o outro conhecer a sensibilidade de seu próprio corpo. “Pode usar uma pena ou pluma ou a mão de maneira suave”, ensinou.
O pastor alerta para o fato de que os casais, especialmente cristãos, devem aprender que o ato sexual não se reduz apenas ao binômio pênis–vagina. “Quando um casal restringe o ato sexual a isso, a relação, com certeza, se empobrece. Devemosmostrar a maridos e esposas crentes que a sensualidade, quando usada para atrair o cônjuge, não é pecado e é até recomendável”, ressaltou ele.
A psicoterapeuta e especialista em sexualidade Carmen Lúcia Otero Janssen diz que durante o ato sexual as pessoas precisam parar de se preocupar com o desempenho e priorizar a exploração das sensações dos cinco sentidos (tato, olfato, audição, visão e paladar). “A pessoa fica muito preocupada em mostrar habilidade e impressionar o parceiro. Ou seja: ‘Vou arrasar na cama.’ Em vez disso, deve sentir o toque e doarse mais para o outro e entrar em contato com a afetividade”, destacou ela, que já escreveu o livro “Massagem sensual para casais enamorados”. A publicação ensina os casais a usarem a massagem como veículo para o desenvolvimento da sexualidade amorosa.
Carmem Lúcia Janssen frisa que hoje a sexualidade está muito banalizada e muito rápida. “As preliminares são importantes tanto para homens quanto para mulheres. O ato sexual, para o homem, é muito genitalizado, e ele não percebe que perde com isso. Ao demorar nas preliminares (zonas erógenas), os parceiros ganham mais qualidade na vida sexual”, explicou ela, que é pós-graduanda em Sexualidade Humana pelo Instituto Brasileiro Interdisciplinar de Sexologia e Medicina Psicossomática de São Paulo (Isexp).
O fato é que quando o casal apresenta problemas na cama, o relacionamento pessoal também sofre conseqüências. Um exemplo disso é a contabilista L.S. “Sentia muita dor na relação sexual e por conta disso passei a evitar o meu marido”, disse. Assim, o casal
começou a brigar. A solução foi procurar ajuda de um psicólogo cristão. “Durante a terapia, aprendi a importância de me doar, e a psicóloga ensinou que devemos demorar nas preliminares. Melhorou bastante, e reduzimos as nossas brigas”, garantiu. Gilson Bifano afirma ainda que a comunicação – antes, durante e depois da relação sexual – é importante. “Os cônjuges devem perguntar onde o outro gosta e não gosta de ser tocado, o que causa maior e menor prazer.”

FETICHE
E o fetiche? Como pode interferir na vida sexual do casal? Será um desvio, um comportamento anormal ou até pecaminoso? Fetichismo, na psicanálise, significa “desvio do interesse sexual para algumas partes do corpo do parceiro, para alguma função fisiológica ou para peças do vestuário, adorno” (“Dicionário Houaiss”).
O termo começou a ser usado com essa conotação a partir dos estudos de Freud, pois, originalmente, a palavra vem de “feitiço” e designava um objeto a que se prestava algum tipo de culto, ou possuidor de poderes mágicos. O psiquiatra Albert Zeitouni, baseado na
teoria freudiana, esclarece que “a criança, ao perceber que a mãe não possui um pênis, recusa-se a aceitar essa realidade porque acredita que o seu órgão masculino também poderá ser perdido, então cria um substituto para o pênis da mãe, que é o fetiche”. Segundo ele, o fetiche se estabelece como um estímulo sexual durante a infância, e quando o homem torna-se adulto não o abandona em troca da pessoa total, pois o fetichista acredita que precisa daquele objeto ou parte do corpo feminino para conseguir a ereção.
Os tipos de fetiches mais comuns são os relacionados às partes do corpo da mulher, como pés, unhas, mãos, além dos objetos femininos, como meias, sapatos de salto alto, “lingeries”. Na prática sadomasoquista – aquela que envolve a dominação de um dos parceiros – são utilizadas roupas e objetos de couro, além de chicotes. A psicóloga Márcia Bittar Nehemy, especialista em Sexualidade, realiza terapia de apoio e diz que a psicologia considera que todas as pessoas são fetichistas em algum grau, mas muitos não conseguem obter prazer sexual sem o seu fetiche.
O evangelista da Assembléia de Deus João Luiz Paim da Silva, estudioso do assunto, garante: “O fetiche moderno, que muitos julgam inofensivo, é uma porta aberta para o diabo”. Como exemplo, cita o fetiche por pés e pergunta: “Como será se o homem que gosta de pés encontrar e desejar outro pé, que não o da esposa, pela rua, e começar a segui-lo? Certamente, logo virá o adultério.” Pastor da Igreja Batista Nacional, Disney Macedo acredita que os fetiches que não desrespeitam a relação do casal podem fazer parte da vida íntima dos cristãos. Isso se houver um acordo entre eles, sem, no entanto, incluir o sadomasoquismo. Nessa perspectiva, o homem tem de ter domínio próprio e, por isso, pode utilizar um fetiche, mas nunca ser dominado por ele.
Quando atinge níveis patológicos, causando constrangimentos, o fetiche é visto como um problema. Outras vezes, pode “apimentar” a relação entre o casal, embora muitos cristãos considerem qualquer coisa ligada à sexualidade como pecado e não como algo prazeroso. A sociedade explora cada vez mais o fetichismo, mas o que acontecerá se as pessoas não amarem mais umas às outras em sua totalidade, pela sua beleza física, mental, intelectual e caráter, mas, sim, desejando apenas uma de suas partes ou um de seus objetos de uso pessoal? Esse questionamento é feito por Maria Andrade, 40 anos, que teve um marido fetichista. “Ele não me via como mulher. Eu era apenas um pé e, para agradá-lo, acabei ficando obsessiva em cuidar dessa parte do meu corpo.” Hoje, garante que minimizou bastante o problema, mas precisou passar por tratamento com um sexólogo.
Muitas pessoas usam, de fato, a criatividade para “apimentar” a relação a dois, com a inclusão de carícias, “lingeries” sensuais, mudança de posições, etc. Até mesmo os casais evangélicos são estimulados, em muitas denominações, a ousarem no sentido de dar prazer ao parceiro e demonstrar o carinho e o amor que um tem pelo outro. Assim, marido e mulher são legitimamente motivados a erotizar a relação, isto é, investir em novidades. Vale um jantar romântico, uma viagem a dois. Até aqui não há muita polêmica, mas existem algumas práticas que geram discussão dentro da Igreja, como, por exemplo, o sexo anal: casais evangélicos podem usufruir dessa alternativa? Como é vista a prática do sexo anal por alguns pastores, psicólogos e casais evangélicos?

EXEMPLOS DE FETICHES
No cinema: “A Insustentável Leveza do Ser”, Philip Kaufman, em que o personagme pede a suas parceiras que usem um chapéu durante o ato sexual.
Na literatura: “O livro de cabecira” (1996), de Peter Greenaway, mostra uma modelo que mantém o hábito de pedir a calígrafos que escrevam livros em seu corpo.
Na música: Madonna explora o sadomasoquismo, com seus chicotinhos, botas e lençóis de seda.

CARDÁPIO DA ARTE SEXUAL
Não há consenso na resposta, já que especialistas na área de saúde e pastores têm opiniões divergentes sobre o assunto. Muitos condenam a prática e são categóricos em afirmar que sexo anal é pecado, principalmente porque a sociedade está saturada de sexo pervertido, onde o ser humano busca a satisfação própria e não a do outro. Há psicólogos e médicos que dizem que o sexo anal é uma alternativa sexual que – se tomados os devidos cuidados de higiene durante o ato sexual – não traz problemas de saúde. Esse grupo também ressalta que a decisão de incluir ou não o sexo anal no “cardápio da arte sexual” do casal deve ser uma decisão de ambos.
O médico ginecologista e membro da Igreja Batista Sérgio Macedo explicou que o desejo de praticar o sexo anal tem uma explicação psicológica: essa manifestação sexual está presente nas relações heterossexuais porque os homens, buscando uma variação sexual com suas parceiras, fantasiam a penetração anal como uma grande realização de conquista, sem falar de um certo sentimento de domínio e poder. As mulheres, em sua maioria, têm na fantasia sexual o desejo anal mais como uma tentativa de satisfazer os impulsos
sexuais do parceiro, agregando a essa experiência a possibilidade de demonstrar a entrega total, isto é, o quanto estão envolvidas na relação.
Evangélica há oito anos, a comerciante M.P. diz que sexo anal faz parte da sua rotina sexual há muito tempo. Ela o considera legítimo porque tal prática é feita com seu marido. “Não me sinto culpada. Nós dois gostamos e nos sentimos à vontade para, de vez em quando, inovar a nossa relação sexual”, revelou.
A inclusão da prática na vida do casal, segundo o médico e pastor da Igreja Maranata do Rio de Janeiro, Paulo César Brito, mostra que a sociedade está se corrompendo a cada dia. Para ele, os evangélicos têm na Bíblia um padrão de ética que tem de ser respeitado. “Não dá para deixar entrar na Igreja esses conceitos sociais e culturais que vão contra a Palavra”, esclareceu.
De acordo com Brito, a adoção de sexo anal entre casais evangélicos é pecado porque vai contra a natureza determinada por Deus: sexo entre um homem e uma mulher, cujo órgão principal é a vagina. “Esse orifício [o ânus] foi feito para eliminar fezes. A Bíblia diz que os sodomitas não entrarão no Reino dos Céus. O que é sodomita? Quem faz sexo anal”, definiu ele, baseando-se no texto de Romanos, capítulo 1. Ele acha que os casais evangélicos que fazem tal prática revelam desconhecimento bíblico. “Ou não querem ver a verdade porque não lhes interessa. Procuram variantes que justificam as suas práticas.”
 Para o médico e pastor da Igreja Maranata do Rio de Janeiro, Paulo César Brito, não dá para deixar entrar na Igreja esses conceitos sociais e culturais que vão contra a Palavra
O pastor Marcelo de Andrade e Silva endossa as palavras do seu colega, mas é mais comedido em relação ao texto bíblico que proíba literalmente o sexo anal. “Não temos um texto claro na Bíblia que seja contra a prática de sexo anal entre um homem e uma mulher. Porém o sexo anal constitui uma violência ao organismo porque Deus criou cada órgão no corpo humano com uma função. No caso do ânus, ele foi feito exclusivamente para defecar”, pontuou Andrade e Silva. Para o pastor, há outras formas de se obter prazer sexual. “O sexo é um manjar deixado por Deus para que possamos usufruí-lo.”
Para o casal E. e R., não há problema em seguir a orientação pastoral porque desde o curso de noivos, dado na Escola Dominical, os dois aprenderam que o sexo anal é contra a vontade de Deus. “Nunca sentimos qualquer curiosidade ou desejo de experimentar. Porém, para não cair no tédio, praticamos sem ‘neuras’ o sexo oral”, disse ela, que está casada há sete anos. Os dois pastores alertam ainda para o fato de o ânus não ter sido feito para o sexo – a prática pode provocar fissuras, infecção urinária, além de dor –, pois o órgão não tem lubrificação natural como a vagina.
O material contido na ampola retal, que é a última parte do intestino e que desemboca no ânus, é cheio de bactérias, cuja presença é normal no local, mas nas vias urinárias pode levar ao aparecimento de lesões e infecções, às vezes, graves. Além disso, é uma relação mais traumática, provocando freqüentemente escoriações por onde podem entrar microorganismos, atingindo a corrente sangüínea e causando diversas doenças.
O ginecologista Sérgio Macedo afirma que, fisiologicamente, não existe qualquer contra-indicação para a prática do sexo anal. “No entanto, lembro que não é um órgão com a mesma elasticidade da vagina. O sexo anal praticado com os cuidados necessários não causa nenhum dano, nem de alargamento do ânus, nem de perda do controle do esfíncter (músculo da região anal)”, garantiu ele. Para resolver a falta de lubrificação, o médico aconselha o uso de géis à base de água encontrados em qualquer drogaria. Ele diz que a prática do sexo anal requer alguns cuidados, como o consentimento espontâneo de ambos, a necessidade do intestino estar limpo, e o homem deve ter o cuidado de urinar após a relação. E lembra ainda que o sexo anal não pode ser feito antes do vaginal por causa do
risco de transmissão de doenças.
Ele assegura que a relação anal não pode substituir a vaginal, principalmente porque a falta de prazer naquele tipo de relação é muito usual. “A maioria das mulheres não tem orgasmo no sexo anal. O órgão erógeno da mulher é o clitóris”, ressaltou. Em relação à religião, para Sérgio Macedo, o casal deve ter bastante discernimento espiritual. “Se não há culpa, e o casal, de vez em quando, achar que o sexo anal pode ser algo diferente na rotina do dia-a-dia, não vejo problemas”, ressaltou.
Marcelo de Andrade e Silva acredita que as mulheres muitas vezes acabam cedendo aos maridos por medo de que estes busquem experiências extraconjugais.
“A mulher deve ser veemente nos seus princípios. A fidelidade é mais um traço de caráter do que de falta de atendimento de um desejo. O casal pode usufruir um com o outro, sem cair no desvio moral que é a busca pelo prazer a qualquer preço”, alertou. Segundo ele, se em algum momento a relação visa à obtenção narcisista e individualista exclusiva do próprio prazer, foge aos princípios determinados por Deus.
 
CHEIRO
No jogo da sedução, os sentidos desmpenham papel importante. Mas é o olfato o que mais instiga a curiosidade e aguça a imaginação da espécie humana. Tanto que há uma discussão sobre o poder do feromônio (substância química exalada pela fêmea para atrair o macho) e o enigma de sua existência e função na espécie humana.
Entretanto, a dúvida permanente, Os cientistas, porém, não discutem a existência do feromônio em mariposas, elefantes asiáticos e camundongos, que exercem um papel tão fundamental quanto surpeendente no acasalamento, Feromônio vem das palavras gregas “phero” – que significa “transportar” – e hormônio, combinadas.
Para a psicoterapeuta Carmem Lúcia Janssen, o sucesso das relações amorosas está muito mais ligado ao resgate da auto-estima, à predisposição em se abrir ao outro e à percepção que a pessoa tem de si mesma do que aos feromônios ou de qualquer outra espécie de afrodisíaco. “A auto-estima é a base de tudo. Para eu ser atraente, preciso me sentir atraente”, atestou. “Não há nada de errado em usarmos oso odores como ferramentas de sedução. Mas se quisermos aumentar nosso poder de sedução, precisamos trabalhar duro no resgate de nossa auto-estima.”
 
SEXSHOPS
E quanto às lojas especializadas em produtos eróticos que atraem pessoas em busca de mais prazer, as intrigantes “sexshops”?
A visita a esses estabelecimentos costuma ser vista como natural pela maior parte das pessoas, mas, para os evangélicos, a atitude pode ser um ponto de conflito. Sais de banho e óleos afrodisíacos, vibradores, cintas de couro masculinas e femininas, massageadores, elementos de sadomasoquismo e fantasias, alongadores penianos, próteses, roupas íntimas comestíveis para homem e mulheres, géis, pomadas, “lingeries” e toda sorte de produtos estimulantes para uma relação sexual são encontrados em “sexshops”, que já têm suas versões na internet e até por catálogo de porta em porta, estilo Avon. Com preços que estão longe de serem prazerosos, elas aguçam a curiosidade de muitos. É o caso de Paula Moura (nome fictício). Ela e o marido são evangélicos e não vêem qualquer tipo de problema em freqüentar uma dessas lojas. “Não gosto de produtos de sadomasoquismo ou fantasias, mas há coisas interessantes”, admitiu. Na opinião do psicólog e pastor batista Silas de Freitas, a curiosidade pode ser o início de um hábito. “A curiosidade pode levar o indivíduo a ceder à vontade de experimentar artifícios que não podem melhorar o relacionamento”, disse. Para ele, é o ajustamento na relação conjugal que torna o sexo mais prazeroso. “Eu tenho mais de 30 anos de casado, e meu envolvimento é tão bom quanto antes. Talvez melhor”, acrescentou. Ele crê que, quando tudo está ajustado, o casal cria mecanismos excitantes.
Para a bispa metodista Marisa Coutinho, a criatividade faz parte do relacionamento. “Não vejo problemas no uso de óleos de massagem, por exemplo. Mas entendo que a questão não é se o casal evangélico deve ir à “sexshop” ou não. Mas por que razão quer ir”, argumentou. Ela entende que se a motivação for suprir uma carência que o casal esteja enfrentando, talvez as novidades possam até atrapalhar.
Silas de Freitas ainda diz que o ato sexual por si mesmo não satisfaz mais, precisa de novidades, de elementos inusitados para valer-se. Tudo isso também tem muito a ver com o tipo de vida imediatista que as pessoas têm levado. Em vez de investir no relacionamento dia após dia e aprender sobre o outro, sobre o que lhe dá prazer, o indivíduo prefere alternativas que lhe permitam pular essas etapas.
 
LUGAR CERTO, NA HORA CERTA
Nessa perspectiva de recriar momentos de prazer a dois, o lugar certo para fazer amor também é questionado. É pecado o casal casado e evangélico ir ao motel? O assunto gera discussões diversas. Para alguns, o ambiente é considerado casa de prostituição e carregado de maus espíritos.
Outros, no entanto, não vêem problema algum. Aproveitam as datas especiais, como aniversário de casamento, para sair da rotina e “aquecer” a relação. A palavra “motel” surgiu nos Estados Unidos, no início da década de 1930, como hotéis de beira de estrada para descanso de viajantes e caminhoneiros e das palavras “Motor Hotels” surgiu “motel”. Eram pequenos espaços que englobavam algumas vantagens como lugar para o carro, água, lenha, casas de banho, chuveiros, lavanderia e preços baixos. Qualquer pequena comunidade oferecia um serviço desses.
 Com relação ao motel, o pastor da Assempléia de Deus, Silas Malafaia, lembra a questão do escandâlo, pois tudo é lícito, mas nem tudo convém.
No Brasil, a idéia apareceu no final da década de 60 com uma conotação romântica explícita nas fachadas, além dos espaços e decoração dos interiores. O pastor Edson Alves não chega ao radicalismo de tachar o motel como ambiente maligno ou local de pecado, mas aconselha que, numa data especial, os casais evangélicos procurem um hotel. Ele acha que o motel não é um local apropriado devido à rotatividade. Mas por ser mais barato, a freqüência é bem maior. “Eu questiono a higiene desses locais”, observou ele. E é a alta rotatividade que faz com que muitos evangélicos considerem o motel um lugar “sujo”. Para esse problema, Doraci e Martinho Santos, da Assembléia de Deus, casados há 28 anos, têm uma solução. Apesar de ainda não terem experimentado momentos a dois num motel, eles não vêem problema algum. A única preocupação seria com a questão da higiene, e Doraci revela que levaria de casa suas roupas de cama e banho, sem problema. O casal sempre procura comemorar as datas especiais em lugares onde possam ficar a sós.
Em determinados momentos, a privacidade é fundamental, e, além da economia, o motel proporciona essa possibilidade de ficarem sozinhos por algumas horas. Líder do Ministério Lar Cristão, o pastor Jaime Kemp aponta alguns motivos para aconselhar um cristão a não ir ao motel. Primeiramente, para nunca colocar dúvidas sobre a integridade do casal. Ele acha também que não se deve sustentar moral e financeiramente uma instituição que está contra a família. “O motel, infelizmente, é um princípio de infidelidade.” Outro
motivo é a tentação. De acordo com o pastor, se o casal cristão está no motel e se vê tentado a assistir filmes onde outros casais mantêm relações sexuais, isso pode ser prejudicial para o casamento.
A polêmica divide mesmo opiniões. Alguns pastores afirmam não ter base bíblica para condenar um casal que queira ter seus momentos de prazer num motel. Pastor da Assembléia de Deus, Silas Malafaia chama a atenção, porém, para a questão do escândalo.
Ele lembra que tudo é lícito, mas nem tudo convém. “Ter relações sexuais com minha mulher não é pecado em lugar nenhum”, justificou. Silas Malafaia pensa que o casal deve tomar alguns cuidados, mas que, em momento algum, pode considerar que o ato de ir ao motel é pecado. O casal Waldivia e Francisco Cavalcante, da Igreja Batista Manancial, concorda com o pastor, mas lembra que não se deve escandalizar os outros. “Eu não ficaria escandalizada se visse um casal de irmãos em Cristo entrando ou saindo de um motel,
porém não acho conveniente”, considerou ela. E o autor do livro “Macho e fêmea os criou”, Carlos “Catito” Grzylowski, argumenta que, para a grande maioria dos casais, o motel tornou-se sinônimo de um local privativo em que se pode ir no anonimato e com uma pessoa que talvez nunca mais torne a encontrar. Isto é, consumir algo e descartar em seguida é a essência do modelo capitalista neoliberal trazida para o evento mais íntimo das relações humanas.
 Para o pastor Jaime Kemp, se o casal cristão está no motel e se vê tentado a assistir filmes onde outros casais mantêm relações sexuais, isso pode ser prejudicial para o casamento
Existem, porém, aqueles que procuram o motel por outros motivos. Os que desejam desfrutar de certas “comodidades” que não possuem em casa a um custo relativamente baixo, como banheiras de hidromassagem, saunas individuais, às vezes, até uma piscina ou um teto solar para observar as estrelas da cama. Para Grzylowski, esses casais crêem que tais detalhes podem incrementar a vida sexual e o romantismo.
Ele ressalta que muitos líderes de igrejas estão “coando o mosquito e engolindo o camelo”, isto é, estabelecendo regras e normas sobre locais e formas da relação sexual e esquecendo o mais profundo: a motivação que leva os casais ao ato sexual. “Para mim, um casal que tenha uma relação sexual em casa, no quarto, a portas fechadas e na posição mais convencional possível, porém sem ternura, buscando só o orgasmo e até, às vezes, forçando o cônjuge a uma relação num momento indesejável, esse já quebrou o princípio básico de amar ao próximo, mandamento máximo do Evangelho (Mateus 22:39), colocado por Jesus em pé de igualdade ao amor a Deus”, destacou.
Quanto à questão da maldição do local, o psicólogo é enfático: “Quem traz bênção ou maldição para os lugares são as pessoas que os freqüentam com suas intenções. Se eu creio que o Espírito Santo habita em mim, então em todo local que eu for ele estará presente e só esse fato já tornará o local abençoado pela presença do Espírito Santo em e através de mim”, assegurou. A sexóloga Sandra Lucena revela que muitos casais nunca fizeram sexo em outro local que não seja a própria cama ou tentaram posições e toques diferentes, temendo pecar. “São casais marcados pelo silêncio, pela falta de diálogo e cuidado com o outro”, garantiu. Segundo ela, com essas situações, existem leitos maculados em lares cristãos que parecem não conhecer a graça, o perdão, o cuidado e o amor de Deus.
Ela diz que a medida do sexo saudável, e isso inclui as fantasias sexuais, está na visão que se tem de Deus, da intimidade com ele, no compromisso e conhecimento da sua vontade. “Somente os que buscam um caráter cristão encontram respostas e paz nas questões sexuais”, definiu a sexóloga.
A vida conjugal continua sendo motivo de muitas discussões, debates e dúvidas. E deverá continuar assim, já que a relação sexual de um casal é algo que se aperfeiçoa dia-a-dia. O êxito está intimamente ligado à capacidade de se expor e de dialogar, em amor. Trocas e carinhos ajudam no conhecimento um do outro, permitindo o encontro de soluções e caminhos para uma sexualidade sadia.

NÚMEROS DO PRAZER
Fonte: Instituto Paulista de Sexualidade
. 35% das mulheres sentem desejo, têm capacidade de se excitar, mas não atingem o orgasmo.
. 25% das mulheres não sentem desejo.
. 35,5% das mulheres têm outros problemas sexuais: aversão sexual, dores na penetração, vaginismo, impulso sexual excessivo, homossexualidade não-resolvida.
. 50% das mulheres que chegam ao orgasmo se excitam com a penetração. A outra metade se excita apenas se houver estimulação do clitóris.
 
Revista Enfoque Gospel
EDIÇÃO 86

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