sábado, 31 de março de 2012

Uma Aliança de Excelência

O casamento é uma aliança estabelecida entre duas pessoas. Cada uma tem sua função para ser exercida, para que se mantenham firmados no Senhor e cresçam a cada dia.
O casamento é uma instituição divina na qual um casal se une em amor por uma comunhão social e legal, com o propósito de estabelecerem uma família.
Se na aliança, cada cônjuge não exercer o seu papel, não há prosperidade no relacionamento. Funciona como em uma empresa, onde há vários setores e para cada setor uma pessoa responsável, pela execução e pelo bom andamento da empresa.
No seu casamento você e seu cônjuge precisam andar juntos, mas, cada um desempenhando com excelência e destreza a sua função, para que a casa não desmorone. Quando as funções estão trocadas, a família sofre, os filhos sofrem e o casal perde.

Cada um precisa retomar o seu papel, para construir e edificar uma aliança de excelência com o cônjuge e os filhos (Gn 1:26-30).

Quando Deus formou o homem no Éden, lhe deu autoridade para dominar sobre animais, peixes e ave, ou seja, delegou a ele autoridade sacerdotal. Porém, Deus percebeu que não era bom para o homem caminhar sozinho e administrar todas as coisas, não que ele não tivesse capacidade, mas precisava ser auxiliado. Deus então criou a mulher e celebrou o primeiro casamento.

A Bíblia diz que Deus abençoou o homem e a mulher para que caminhassem juntos, frutificassem, multiplicassem, enchessem a terra e dominassem sobre ela (Gn 1:28-30). Deus os estava abençoando com tudo para que eles tivessem uma vida tranqüila, sem necessidade de coisa alguma. Cada um recebeu a sua função específica. Adão era o sacerdote; Eva, sua auxiliadora.

Desde o princípio Deus instituiu a família e a abençoou para que Sua glória e presença sejam constantes em cada lar. O projeto original de Deus ao criar a mulher, foi fazê-la ajudadora idônea para auxiliar seu marido. Deus não criou a mulher para tomar o lugar do esposo no casamento, mas sim cooperar para que o domínio deste no Senhor seja de excelência.

O diabo, para tentar destruir o projeto de excelência do Senhor, tem trabalhado para trazer inversão dos papéis, para que não haja prosperidade na família, promovendo assim a desarmonia entre o casal.

Mas Deus que não muda em Seus propósitos, promete em Malaquias 4:6, que converterá os corações e acontecerá uma mudança de atitude na família, estabelecendo a cura na família.

Vejamos dois pontos importantes:

1º O casal deve se submeter à vontade do Senhor, para a família (Romanos 12:2)
No processo da aliança, nossa vontade própria não deve prevalecer, nossos conceitos precisam estar sendo conduzidos pelo Senhor. Como cristãos, não podemos viver como pessoas comuns, precisamos nos submeter ao Senhor, para que a vontade d’Ele se estabeleça sobre nosso casamento. Dessa maneira estaremos nos submetendo a liderança por Ele instituída para cada cônjuge.
A vontade de Deus estabelecida em nós pode transformar o marido e a esposa em excelentes companheiros e amantes. Quando nos entregamos em oração ao Senhor, no local secreto, sabemos qual a Sua vontade, que é sempre boa, perfeita e agradável.

Dentro da aliança precisamos nos levantar como intercessores. Há poder na oração do casal. Quando oramos colocamos uma cerca de proteção em nossa casa, marido e filhos. (Mt 18:18).

É interessante a forma como Deus trata conosco. No relacionamento é comum a esposa colocar a vida do marido diante de Deus e vice-versa, pedindo para que haja transformação na vida do cônjuge. Normalmente o tratamento a primeiro nível acontece de forma individual, ou seja, Deus mostra as áreas que precisamos mudar, para que a transformação aconteça na vida do outro.

Se você tem colocado sua aliança no altar, suas orações não têm sido esquecidas pelo Senhor, e Ele mesmo tem se levantado ao seu favor. Ele transformará sua vida e a vida de seu cônjuge.

2º Mudar de atitude:

Em Efésios 5:22-24, há uma chamada de Deus para o casal. Enquanto não exercermos nossa função, não vemos nosso lar restaurado, o sacerdote que está omisso operando, a esposa deixando de lado toda a murmuração e não somos modelos para nossos filhos.
Quando nos submetemos a Deus, ficamos debaixo de Sua cobertura. Logo, tudo que precisa ser transformado na vida do cônjuge, quando colocado em oração diante do Senhor, Ele nos responde.

Na chamada para uma aliança de excelência, temos que exercer os requisitos que a função nos coloca, não podemos inverter. Agindo assim, teremos uma aliança baseada nos princípios da Palavra e tudo nos irá bem.

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sexta-feira, 30 de março de 2012

Transforme seu casamento num culto de adoração a Deus

Existem certas coisas neste mundo que não podem ser vistas, mas que podem ser ilustradas ou demonstradas de alguma forma:
Eletricidade: você não pode vê-la, mas experimente colocar o dedo na tomada e perceberá que ela realmente existe;
Oxigênio: tente prender a respiração por apenas cinco minutos e verá não só que o oxigênio existe, mas que você precisa dele para viver;
Gravidade: jogue uma agulha de cima de um prédio e ela cairá (não tente pular do prédio, pois as conseqüências podem ser ruins).
A Palavra de Deus nos mostra que existem certos aspectos da vida cristã que também não podem ser vistos, mas que podem ser demonstrados. E a relação entre Cristo e a Igreja é uma delas:
Efésios 5.22-33 diz 22-”Mulheres, sujeite-se cada uma a seu marido, como ao Senhor, 23-pois o marido é o cabeça da mulher, como também Cristo é o cabeça da igreja, que é o seu corpo, do qual ele é o Salvador. 24-Assim como a igreja está sujeita a Cristo, também as mulheres estejam em tudo sujeitas a seus maridos. 25-Maridos, ame cada um a sua mulher, assim como Cristo amou a igreja e entregou-se por ela 26-para santificá-la, tendo-a purificado pelo lavar da água mediante a palavra, 27-e para apresentá-la a si mesmo como igreja gloriosa, sem mancha nem ruga ou coisa semelhante, mas santa e inculpável. 28-Da mesma forma, os maridos devem amar cada um a sua mulher como a seu próprio corpo. Quem ama sua mulher, ama a si mesmo. 29-Além do mais, ninguém jamais odiou o seu próprio corpo, antes o alimenta e dele cuida, como também Cristo faz com a igreja, 30-pois somos membros do seu corpo. 31-or essa razão, o homem deixará pai e mãe e se unirá à sua mulher, e os dois se tornarão uma só carne. 32-Este é um mistério profundo; refiro-me, porém, a Cristo e à igreja. 33-Portanto, cada um de vocês também ame a sua mulher como a si mesmo, e a mulher trate o marido com todo o respeito. “
Deus deseja ilustrar no casamento uma relação única que existe entre Cristo e a Igreja. Nenhum outro tipo de relacionamento representa tão intimamente esta união. Nem mesmo o amor entre mãe e filho é tão íntimo quanto o casamento, pois apenas marido e mulher formam “uma só carne”. Portanto, se os casados querem cumprir seu propósito neste mundo de glorificar a Deus com suas vidas, precisam ter um casamento que reflita a união entre Cristo e a Igreja. Tanto o marido como a esposa têm a sua participação nisso, embora de formas diferentes.
1. As esposas glorificam a Deus refletindo a submissão da Igreja à Cristo (vv. 22-24).

“Mulheres, sujeite-se cada uma a seu marido, como ao Senhor,”  Efésios 5.22

Quando o texto bíblico acrescenta a expressão “como ao Senhor”, está colocando um padrão altíssimo para a mulher. Ela deve ser submissa ao marido da mesma forma em que deve estar debaixo da autoridade do próprio Cristo.
Este tipo de submissão não é devida apenas ao marido. Todas as pessoas devem ser submissas a todas as autoridades, pois a Bíblia afirma que toda autoridade procede de Deus. É Ele quem concede autoridade ao presidente, aos governadores, aos juízes, ao seu patrão, etc. Por isso, aqueles que têm problemas em se submeter a elas, demonstram ter problemas em se submeter à autoridade do próprio Deus.
Por outro lado, a mulher que se submete ao marido demonstra ter um coração submisso ao próprio Cristo, e, neste sentido, sua vida manifesta o tipo de submissão que a Igreja deve ao Senhor. Deus é glorificado por isso, pois Sua autoridade é exaltada por mulheres que voluntariamente se sujeitam ao marido por reconhecerem, por detrás dele, a autoridade que vem do próprio Deus.
Em seguida, Paulo mostra porque a submissão da mulher ao marido é algo tão importante: porque representa a submissão que a própria Igreja deve a Cristo.
“23-pois o marido é o cabeça da mulher, como também Cristo é o cabeça da igreja, que é o seu corpo, do qual ele é o Salvador. 24-Assim como a igreja está sujeita a Cristo, também as mulheres estejam em tudo sujeitas a seus maridos.”  Efésios 5.23-24
Ser submissa não significa ser inferior ao homem, ou que a mulher tem menos valor dentro da família, mas sim que, dentro do lar, o marido foi colocado por Deus como sendo a autoridade final. E podemos perceber que submissão não é sinônimo de ser inferior dentro da Trindade. Temos três pessoas distintas: Pai, Filho e Espírito Santo. Os três são igualmente Deus, mas, no entanto, existe uma hierarquia de autoridade entre Eles, na qual o Pai está acima. O fato de Jesus estar abaixo nesta hierarquia não significa que Ele é menos Deus, ou menos importante.
Todos os seres humanos são iguais perante a lei. Não existe alguém que tenha mais valor do que outro. No entanto, existe diferença de autoridade entre as pessoas. Um juiz, como pessoa, possui o mesmo valor do que eu, mas por causa de sua função, ele tem autoridade sobre mim, e eu devo me submeter a ele.
Diante disso, podemos chegar às seguintes conclusões práticas:
Depois que o marido tomar uma decisão final (após uma conversa com a esposa), a esposa deve acatar a decisão sem crítica negativa ou rebeldia.
a mulher não deve tentar mandar no marido de forma indireta, através de chantagem emocional (lágrimas) e usando o sexo como arma.
é sábio que o marido tome as decisões junto com a esposa. Porém, em caso de divergência, a decisão final é do marido;
mulheres, consultem seus maridos antes de tomar uma decisão;
evite criticar de maneira errada as decisões do marido;
fale para seu marido aquilo que você espera dele como líder, não espere que ele adivinhe sua vontade;
não se rebele diante das decisões de seu marido, a menos que tenha um motivo bíblico.
2. Os maridos glorificam a Deus refletindo o amor de Cristo pela Igreja (vv. 25-33).

 ”Maridos, ame cada um a sua mulher, assim como Cristo amou a igreja e entregou-se por ela”  Efésios 5.25
O texto bíblico nos mostra que o padrão de Deus para os maridos também é altíssimo. Eles devem amar suas esposas da mesma forma que Jesus amou a Igreja. E o amor de Cristo se manifestou por nós especialmente através de Seu sacrifício na cruz em nosso favor.
A Bíblia nos mostra que o sacrifício de Jesus pela igreja teve um objetivo. Ele foi feito com o propósito de santificá-la, para aperfeiçoá-la.
“26-para santificá-la, tendo-a purificado pelo lavar da água mediante a palavra, 27-e para apresentá-la a si mesmo como igreja gloriosa, sem mancha nem ruga ou coisa semelhante, mas santa e inculpável.”  Efésios 5.26-27
No verso 28, Paulo diz: “Assim também os maridos devem amar a sua mulher”. Isso significa que, de certa forma, Deus espera que o amor dos maridos se manifeste em sacrifício que produza crescimento e santificação na vida das esposas. Os maridos são, portanto, pastores de suas esposas.
O sacrifício que Deus espera dos maridos em relação às suas esposas não é de qualquer natureza. Existem maridos que se sacrificam no trabalho para dar boas condições financeiras para a esposa. Existem aqueles que se empenham em satisfazer a esposa emocionalmente, socialmente ou sexualmente. Porém, a Bíblia ordena que os maridos cuidem de suas esposas espiritualmente. O sacrifício, de acordo com o texto, é para produzir santificação.
Maridos, não vale a pena conquistar o mundo (negócios, sucesso…) e perder a sua esposa e família. Dedique tempo à sua esposa. Não precisa ser horas do seu dia, mas planeje-se para sempre ter tempo para ela.
proporcione tempo para que sua esposa busque a Deus;
lidere espiritualmente o seu lar (orações, conversas, culto doméstico, etc);
Veja algumas sugestões práticas:

Tempo de sofá: Pode ser apenas quinze a vinte minutos do seu dia para se sentar com sua esposa e perguntar como foi o dia dela e ouvi-la.
Tempo devocional: o marido também é o líder espiritual da família. Separe um tempo para orar e ler a Bíblia com sua esposa para que vocês possam crescer juntos.
Assim como Cristo ama a Igreja, que é o Seu corpo, nós devemos amar nossa esposa, pois ela é o nosso corpo. A Bíblia diz que quando nos casamos ocorre a união mais profunda entre dois seres humanos: os dois se tornam uma só carne. Também ensina que já não temos mais poder sobre o nosso corpo, pois ele pertence ao nosso cônjuge (1 Coríntios 7.4). Por isso, ao amar sua esposa, na verdade, estará amando a si mesmo:

“Da mesma forma, os maridos devem amar cada um a sua mulher como a seu próprio corpo. Quem ama sua mulher, ama a si mesmo. Além do mais, ninguém jamais odiou o seu próprio corpo, antes o alimenta e dele cuida, como também Cristo faz com a igreja, pois somos membros do seu corpo. “Por essa razão, o homem deixará pai e mãe e se unirá à sua mulher, e os dois se tornarão uma só carne.” “Este é um mistério profundo; refiro-me, porém, a Cristo e à igreja.”  Efésios 5.28-32
Ao fazer isso, estamos manifestando o amor que Cristo tem pela Igreja. A relação entre as duas coisas é tão íntima que Paulo começa o verso 31 falando do casamento e no 32 afirma estar se referindo, na verdade, a Cristo e à igreja. E a conclusão, em seguida é:

“Portanto, cada um de vocês também ame a sua mulher como a si mesmo, e a mulher trate o marido com todo o respeito.”  Efésios 5.33
O seu casamento está sendo uma ilustração fiel do relacionamento entre Cristo e a igreja? Para que seja assim, é preciso investir no relacionamento. É preciso conversar, buscar a Deus (separados e juntos), orar, e praticar os princípios bíblicos.
Que a glória do Deus invisível se torne visível às pessoas por meio do seu casamento.

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quinta-feira, 29 de março de 2012

Família – Uma Boa Raiz Entre Homem, Mulher e Filhos

A família, criação de Deus, é a comunidade primária da raça humana. Ela antecede qualquer instituição, povo ou nação. Foi a célula primogênita da sociedade. Milênios se passaram e, junto com eles, muita coisa mudou no mundo. As mais diferentes culturas de todos os lugares do planeta sofreram grandes transformações ao longo de sua história. O mapa político e social dos continentes já mudou várias vezes. No entanto, os seres humanos continuam integrando-se em famílias.
Um projeto tão bem elaborado e consistente quanto este não poderia ter surgido ao acaso ? e, mesmo que tivesse acontecido assim, dificilmente seria uma unanimidade. Por isso, não é difícil concluir que sua origem é divina. Deus é o Criador da família e, como tal, o único com autoridade e direito de decidir o que ela é, para que existe e como deve funcionar.
A família só pode viver e se desenvolver normalmente se contar com a presença e a bênção de Deus. “Se o Senhor não edificar a casa, em vão trabalham os que a edificam; se o Senhor não guardar a cidade, em vão vigia a sentinela”  (Salmos 127.1).
Apesar da boa raiz que a sustenta, a família sofre ataques constantes e mortais. O inimigo de nossas almas sabe que, destruindo os relacionamentos entre marido e mulher, pais e filhos, estará condenando à sociedade à morte. Por isso, a crise que vive a nossa geração focaliza-se principalmente nos lares. Assim como o primeiro pecado foi cometido dentro da família e atentou contra ela (Gênesis 3.6), também em nossos dias a maioria dos pecados se cometem no seio familiar.
Nos lares, vivem-se tensões, contendas, discussões, injúrias, gritos, ofensas, ressentimentos, amarguras e até separações e divórcios. A família é o foco dos ataques de Satanás, que trama sem parar contra ela ? infelizmente, em diversas oportunidades, ele ainda conta com a colaboração de pais ou filhos para facilitar esta tarefa. As evidências desta ofensiva diaból ica estão diante de nós: deterioração dos valores tradicionais, crescimento dos conflitos e um número crescente de separações em proporções alarmantes. E nós, o que estamos fazendo?
Será que a Igreja tem algo a oferecer à nossa sociedade, alguma coisa que possa salvá-la? Há mesmo solução em Jesus Cristo para esta crise, como costumamos alardear, ou nosso discurso é ineficaz diante da morte de tantos lares? O Evangelho tem mesmo o poder de promover a ressurreição de tantas famílias das quais a vida fugiu? Se você me permite responder minha própria pergunta, afirmo enfaticamente que sim. Por acreditar que a deterioração da família deve-se ao fato de que a ordem de Deus para ela tem sido ignorada, abandonada e alterada por critérios humanos, também estou convencido de que contamos com recursos para a reconstrução dos lares:


Orientação precisa da Palavra de Deus

Somos muito privilegiados! Através de sua Palavra, Deus nos instrui sobre todos os aspectos da vida fa miliar. Seus ensinamentos são claros, simples, precisos e perfeitos (Salmos 19.7-9). E são para todas as famílias da terra, em todos os tempos.

O poder transformador do Espírito Santo Mediante o Espírito Santo, temos em nós a força de Deus para sermos mudados, melhorados e aperfeiçoados até chegarmos a ser famílias saudáveis e santas, para a glória de Deus. O fruto do Espírito Santo (Gálatas 5.22-23), manifesto em nós, faz aflorar todas as virtudes necessárias para uma maravilhosa convivência familiar.


A valiosa ajuda da comunidade cristã

Na igreja, sempre encontraremos pastores e irmãos mais instruídos, a quem possamos recorrer em busca de sabedoria, conselho e orientação. Ademais, haverá ali famílias bem formadas que serão, para nós, exemplo e modelo valiosos, de quem podemos aprender e em quem podemos nos espelhar?

Como Criador da família, Deus é o único com autoridade e direito de decidir o que ela é, para que existe e como deve funcionar?

Queremos lares projetados por Deus. Queremos aprender a ser famílias que vivem a realidade do Reino de Deus aqui na terra, debaixo do senhorio de Cristo. ?(…) tendo por certo isto mesmo, que aquele que em vós começou a boa obra a aperfeiçoará até o dia de Cristo Jesus? (Filipenses 1.6).

Creio, de todo o coração, que Deus nos aperfeiçoará até chegarmos a ser um povo com as características que o agradam: famílias sólidas, estáveis; solteiros que mantêm sua pureza; casais que convivem em harmonia e fidelidade; pessoas que vivem com a dignidade inerente a todo ser humano; pessoas diligentes, responsáveis, trabalhadoras, generosas e prontas para o serviço cristão, vivendo num ambiente de amor, ordem e paz.
Apesar de conhecermos bem as ciladas do diabo ? tanto pelo que a Palavra de Deus nos ensina quanto por nossas experiências diárias?, não podemos incorrer no escapismo de culpar o inimigo por tudo que conspira contra o lar. É preciso lembrar que boa parte dos problemas enfrentados pela família ocorre em função das inabilidades humanas e da falta de disciplina em relação aos projetos do Senhor para as vidas de seus filhos.
Penso que determinados obstáculos começam dentro da própria estrutura do lar. Ao identificá-los, assumi-los e, humildemente, colocá-los diante do Pai celestial, a família pode dar o primeiro passo para ver realizado o milagre da Ressurreição dentro da própria casa. Gostaria de refletir sobre alguns deles com você.


Carência de propósito

Muita gente simplesmente não determina propósito algum para sua vida. Casa, trabalha, se esforça, adquire casas, tem filhos, mas não sabe bem para quê.

Se perguntarmos à maioria dos noivos por que motivo pretendem casar, eles não saberiam dar uma resposta clara. São capazes de planejar os mínimos detalhes do casamento “o vestido, a festa, a viagem, os móveis, a lista de convidados etc. “, mas provavelmente jamais se fazem esta pergunta fundamental: “Por que vou casar?”. Esta falta de propósito leva muitos pais a crer que cumpriram seu dever em relação aos filhos se forem bons provedores de comida, roupa, moradia, saúde, educação, recreação etc. Não se dão conta de que, ainda que tudo isso seja necessário, não constitui precisamente o fundamental.


Objetivos equivocados

A carência de um propósito claro para a família faz com que nos desviemos para os objetivos equivocados e façamos dos meios um fim, e do secundário, o principal:
Ganhos materiais: o progresso material tem se transformado no objetivo principal de muitas famílias. A grande meta é o suposto ?conforto?. Perde-se a vida desejando e trabalhando para alcançar o desejado; depois, segue-se trabalhando para manter o alcançado. O pensamento está sempre atrás de alguma nova aquisição. Neste caso, as pessoas sacrificam e adiam a família por causa do lucro. ?E (Jesus) disse ao povo: Acautelai-vos e guardai-vos de toda espécie de cobiça; porque a vida do homem não consiste na abundância das coisas que possui? (Lucas 12.15).


Gratificação pessoal e egoísta

Há aqueles que se casam pensando somente em si mesmos. Seu objetivo não é dar, mas receber; não servir, mas ser servidos. E isto acontece no âmbito da vida material, na vida sexual e no tocante às responsabilidades familiares. A única garantia, porém, é a do fracasso do lar.



Endeusamento da própria família:

Alguns fazem da família um fim em si. Seu projeto pessoal de felicidade e conveniência converte-se na meta mais alta da vida familiar. Mesmo sem se dar conta, consideram Deus apenas um excelente meio para alcançar o bem-estar. Tais famílias vivem tão-somente preocupadas com sua própria fama e seu nome. Dedicam-se por inteiro à própria comodidade e ao prazer pessoal.



Obtenção de benefícios

Este é o objetivo da maioria dos casamentos que se constituem, ainda que inconscientemente. É claro que há benefícios legítimos que Deus mesmo tem outorgado ao casamento, como a alegria de viver em companhia, o afeto, a felicidade, o deleite que proporciona o ato sexual, a alegria de pertencer a um núcleo familiar, a cobertura espiritual, a proteção, os filhos etc.

A questão, porém, diz respeito a saber se é razoável fazer destes benefícios o propósito para a família. Mais adiante, durante o desdobramento deste texto, veremos que a resposta não é tão simples quanto parece. Diante de nossas limitações, não é difícil concluir que a família só pode experimentar a verdadeira vida plena se adotar os padrões de Deus como conduta e a glória do Senhor como objetivo. ?Porque dele, e por ele, e para ele, são todas as coisas; glória, pois, a ele eternamente. Amém? (Romanos 11.36).
E há motivos de sobra para depositarmos no Pai nossa inteira confiança. Pense bem: Deus é o Criador da família. Ele criou todas as coisas, fez o homem e a mulher e os uniu em casamento. E instituiu o casamento para todas as gerações. Como Autor da vida, é Ele quem dá os filhos aos casais. Deus também é Dono da família. Tudo que foi criado pertence a Deus. Portanto, a família lhe pertence. ?Do Senhor é a terra e a sua plenitude; o mundo e aqueles que nele habitam? (Salmos 24.1).
Sendo o Criador, o Dono e o Sustentador da família, é natural que o Pai celestial tenha um propósito para ela, assim como ele reserva um plano para todas as criaturas e para o universo, como um todo. Isto significa que também para os lares o Senhor traçou uma meta. ?(…) nele (…) também fomos feitos herança, havendo sido predestinados conforme o propósito daquele que faz todas as coisas segundo o conselho da sua vontade? (Efésios 1.11).
Nem sempre a idéia de submeter a família ao plano de Deus agrada. Há quem prefira determinar os próprios rumos, desprezando a vontade e a autoridade que o Senhor exerce em amor. No entanto, quando nos conscientizamos de que a família existe para a glória daquele que a criou, a conseqüência natural é a felicidade e o bem-estar ? que constituem os acréscimos, não o propósito central. O fim supremo da família é a glória de Deus. ?Mas buscai primeiro o seu Reino e a sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas? (Mateus 6.33).

Entender este propósito de Deus para a família é fator fundamental para a compreensão da importância de mantê-la viva ? afinal, a grande mensagem da Ressurreição é a vida. Há perguntas cuja resposta é crucial para a saúde do lar. Para que Deus instituiu o casamento? Por que deu uma esposa a Adão? Para que fez homem e mulher uma só carne?

Deus tem um propósito eterno: desde antes da fundação do mundo, determinou ter uma família com muitos filhos se melhantes a seu Filho Jesus. “Porque aqueles que antes conheceu, também os predestinou para que fossem feitos conforme à imagem de seu Filho, para que Ele seja o Primogênito entre muitos irmãos” (Romanos 8.29). Boa parte dos problemas enfrentados pela família ocorre em função da falta de disciplina em relação aos projetos do Senhor para as vidas de seus filhos “Como também nos elegeu nele antes da fundação do mundo, para sermos santos e irrepreensíveis diante dele em amor; e nos predestinou para sermos filhos de adoção por Jesus Cristo, para si mesmo, segundo o beneplácito de sua vontade”  (Efésios 1.4-5).
A família existe em função do propósito eterno de Deus, para cooperar com sua realização. Deus quer ser pai de uma grande família. Malaquias afirma o propósito de Deus ao fazer do homem e da mulher “uma só carne”, quando diz: “E não fez Ele somente um, ainda que lhe sobejava espírito” E por que somente um?
Não é que buscava descendência piedosa?

“Portanto guardai-vos em vosso espírito, e que ninguém seja infiel para com a mulher da sua mocidade? (Malaquias 2.15).

Não foi Adão quem quis ter uma família, mas Deus deu aos homens a capacidade de se multiplicar e ter filhos. E aprouve a Deus gerar, a partir desta descendência, muitos homens e muitas mulheres que se tornaram filhos por meio de Jesus Cristo. ?Disse mais o Senhor Deus: Não é bom que o homem esteja só;
far-lhe-ei uma ajudadora que lhe seja idônea? (Gênesis 2.18). Deus não deu ao homem uma simples companheira, mas uma ajudadora idônea, para que neles e através deles pudesse realizar seu plano.
Tenha sempre isto em mente: a família foi programada para Deus para cooperar com o propósito eterno do Senhor. E assim como a sepultura não foi capaz de impedir a realização deste propósito, também a família pode viver ainda hoje o milagre da Ressurreição.

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quarta-feira, 28 de março de 2012

Casamento! A Sepultura do Sexo, Será?

A revista Newsweek  trouxe, como matéria de capa, uma reportagem bastante interessante. “Sexo.: Não! Somos casados”, era a chamada para o artigo principal.
Pesquisas, segundo a Newsweek, apontam que 113 milhões de casais americanos estão tendo uma vida sexual medíocre. De 15 a 20% dos casais têm, não mais, do que 10 relações sexuais por ano.
O que está acontecendo? Será que o casamento tornou-se uma espécie de sepultura do sexo? Será que “sexo quente” é apenas encontrado em relações extra-conjugais? Sem dúvida, são perguntas que devem ser respondidas.

É preciso diagnosticar as causas de uma vida sexual medíocre que muitos casais, inclusive cristãos, estão tendo. Arriscaríamos apontar algumas dessas causas.

A primeira delas, segundo nossa visão, é um completo desconhecimento sobre sexo e sexualidade. Muitos casais estão infelizes nessa área da vida conjugal por pura desinformação sobre o assunto. Não lêem, não se informam e consequentemente deixam de usufruir todo o prazer e beleza que o sexo no casamento pode oferecer.

Em segundo lugar, apontaríamos um outro grave erro. Muitos casais estão infelizes na vida sexual porque permitiram que os filhos entrassem nesse “espaço sagrado” que deve haver entre o esposo e a esposa. A revista Newsweek até cita algo engraçado, mas que ilustra nossa afirmação. Um determinado marido querendo demonstrar interesse em ter uma relação sexual tenta acariciar os seios da esposa. Para sua surpresa, a esposa deu um salto e disse: “Tire as mãos daqui. Esse lugar pertence ao nosso filho Jonathan”. Pode ser engraçado, mas ilustra como os filhos podem prejudicar a vida sexual no casamento. Filhos são bênçãos de Deus, mas jamais deveriam ser motivos para prejudicar a vida sexual de um casal.

Outra causa seria o excesso de trabalho. Há 10 anos acreditávamos que trabalharíamos menos. Ledo engano. Hoje gasta-se mais tempo no trabalho e no trânsito e com isso sobra pouco tempo para o sexo.

O que fazer diante desse quadro? Simples. Os casais devem manter-se informado sobre sexo e sexualidade tanto do ponto de vista feminino como masculino. Devem fortalecer a relação conjugal. Depois do relacionamento com Deus o mais importante é o relacionamento marido e mulherl. Por último, não é esperar as coisas acontecerem, mas fazer com que aconteçam. O lembrete é: O clima só vai existir se você o criar.

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terça-feira, 27 de março de 2012

Quando o homem ama a sua mulher

O homem ama de verdade a sua mulher quando admite que seu amor é eterno, e o proclama corajosamente perante Deus. O que é o matrimônio senão a união de duas pessoas diferentes, não apenas porque vieram de famílias e ambientes distintos, mas porque biologicamente e afetivamente têm diferenças fundamentais que se complementam. Esta complementaridade é a base de um empreendimento magnânimo. A época do namoro é apaixonante e inesquecível, mas amor verdadeiro é aquele que se constrói e que se transforma em base sólida para uma família.
Percebe-se com o passar dos anos uma queixa constante das mulheres em relação a seus maridos. Eles não lhes dão a devida atenção. Alguns maridos têm a tendência machista de ver as responsabilidades e aspirações de sua esposa em segundo plano. Elas existem tão somente para servir à família, e não a respeitam plenamente como co-responsáveis pela mesma. Outros admiram, valorizam e respeitam carinhosamente a esposa e mãe de seus filhos, mas estão tão preocupados com seus próprios afazeres, que não apenas se desleixam pelos assuntos familiares, como também descuidam das necessidades de sua esposa.

O corpo do homem é diferente do da mulher. O que é visível é óbvio. Mas existe uma diferença fundamental na formação do cérebro da mulher, em relação ao do homem, que faz com que ambos processem as informações de forma distinta. Enquanto o homem tende a fracionar para ter uma visão global, a mulher tem a tendência de multi-processar para ter a mesma visão global… complementar. Nos extremos, o homem tem uma visão racional do que consegue explicar… o que lhe facilita a vida… e a mulher um sexto sentido… que lhe remói o estômago.

O homem sábio é aquele que ouve a sua mulher antes de assumir posição frente a um assunto que atinja o âmbito familiar. O casal se une numa só pessoa. Duas cabeças que se complementam tão perfeitamente, juntas, só podem pensar melhor. As decisões fundamentais da família, sejam do cotidiano ou não, são melhores tomadas a dois.

Outra diferença fundamental está nas necessidades afetivas de cada um. A mulher por sua natureza é um poço de afetividade, e ninguém desempenha melhor papel de mãe senão ela. O marido sábio é aquele que se desdobra para suprir este poço de carinho e afeição. Como tem que regar o jardim da família com abundância, as esposas demandam atenção com voracidade, em uma proporção maior que os maridos. Estes, por sua natureza tosca, têm a tendência suicida de descuidar este aspecto.

O homem sábio é aquele que se auto-educa, vence sua natureza e se supera. Sabe ser atencioso com sua esposa, estar pendente das pequenas coisas que a fazem se sentir querida.

O homem sábio é aquele que valoriza sua esposa frente aos filhos. Ensina-os a amar e respeitar a mãe deles como o faz como esposo. Continuamente a elogia e chama atenção de suas qualidades. O homem que ama a sua mulher, a coloca no pedestal, a faz rainha do lar.

E se duas cabeças, juntas, pensam melhor… são mais eficazes quando o fazem com a cabeça fria e fora da presença dos filhos, a portas fechadas. São infrutíferas as pequenas ou grandes discussões na presença dos filhos. Ambos se desprestigiam, pois fica evidente que não estão alinhados. Cria ruptura no ambiente e enfraquece a autoridade de ambos. O homem ama a sua mulher quando prestigia e valoriza a sua mulher frente a si e frente aos filhos.

Para que qualquer grande ideal seja atingido, uma grande dose de força de vontade tem que ser aplicada. O marido e a mulher, ambos, não se casam para ser servidos, mas para servir. As necessidades mais importantes não são as próprias, mas as do outro. Por sua natureza afetiva, a mãe se desdobra para atender aos filhos… pois que se lembre que o marido, com toda a sua autoridade, é o seu caçula !! Por sua natureza tosca… o homem tem que colocar uma boa dose de força de vontade para ser afetivo com sua esposa… tem que se esforçar para deixar bem evidente de que é atencioso. O homem ama a sua mulher quando se esforça… para amar a sua mulher!!

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segunda-feira, 26 de março de 2012

Sete Erros de Comunicação Que Os Casais Cometem

Existem alguns casais que podem viver brigando com frequência, apesar de orar, de ler a Bíblia e de se amarem. Facilmente por qualquer bobagem se desentendem. E assim, podem chegar ao ponto de se agredirem mutuamente por meio de palavras proferidas com raiva e ressentimentos.

O apóstolo Paulo faz a seguinte advertência: “Se vós, porém, vos mordeis e devorais uns aos outros, vede que não sejais mutuamente destruídos.” – Gálatas 5:15.
À luz da Bíblia pode-se afirmar que é possível discordar sem brigar, discutir sem se ferir, falar a verdade sem magoar.

Portanto é necessário que o casal reconheça que possui maus hábitos na maneira de conversar (às vezes, herdados imperceptivelmente de outras pessoas) e comece um processo espiritual de colocar em prática algumas dicas bíblicas de comunicação em sua vida conjugal.

1- Não falar o que está acontecendo consigo
“Então, lhes disse: A minha alma está cheia de tristeza até a morte; ficai aqui e vigiai comigo.” – Mateus 26:38.

O exemplo de Cristo em comunicar Seus mais íntimos sentimentos elucida a importância psicoemocional do diálogo sincero e aberto em nossos relacionamentos. No tocante ao casamento, entendemos que a comunicação pode fluir de forma íntima e verdadeira se houver entre o casal uma base sólida de companheirismo, compreensão, cumplicidade e confiança a ponto de poder expor para o outro, sem ter medo, o que está acontecendo em sua mente e coração. Esse é o nível mais íntimo de comunicação que um casal pode atingir em seu relacionamento: A revelação do que está acontecendo consigo. Essa liberdade de expressão é fundamental para se saber como fazer o outro feliz.

Ao comemorar as bodas de ouro, certo casal foi entrevistado por um repórter que desejava saber o segredo de um casamento tão duradouro. Então, sentindo-se orgulhoso, o marido respondeu:

- Você conhece o pão-bengala? A parte da qual mais gosto é o bico desse pão, mas desde que nos casamos, eu o corto e dou para minha mulher. Essa atitude simboliza um princípio do amor que sigo: primeiro ela.

Por sua vez, a esposa respondeu: Eu não sabia disso. Eu não gosto dessa parte do pão, e durante cinquenta anos tenho comido por amor a ele. Agora que estamos sabendo, finalmente, vamos comer a parte da qual mais gostamos do pão.

2- Viver mentindo e reclamando

“Deixando, pois, toda malícia, e todo engano, e fingimentos, e invejas, e todas as murmurações.” – 1 Pedro 2:1.

O amor, a confiança e a verdade geram intimidade. Isso é um princípio: Não existe intimidade num casamento sem verdade. Quando um dos cônjuges começa a mentir e enganar o outro, às vezes, por medo de ofendê-lo, pouco a pouco vai se metendo em situações cada vez mais difíceis. Por isso, Ralph W. Emerson disse: “Aquele que profere uma mentira não pode avaliar em que enrascada se meteu, pois precisará inventar mais vinte mentiras para encobrir a primeira.” E assim, transformará sua vida conjugal em uma teia de mentiras, a qual mais cedo ou mais tarde se romperá de forma dolorosa.

O casal que não vive reclamando, e nem esconde nada um do outro atinge um excelente nível de segurança e satisfação no relacionamento. Pois, a liberdade de falar a verdade, com amor, proporcionará ao casal uma comunicação plena e saudável.

3- Não parar para ouvir

“Todo o homem seja pronto para ouvir, tardio para falar, tardio para se irar.” – Tiago 1:19.

Quando temos pouca disposição para ouvir nosso cônjuge transmitimos a impressão de que o que ele pensa e sente não são tão importantes para nós. E assim, quem não quer ouvir se aborrece e quem quer falar se sente desvalorizado e rejeitado. Se isso acontece com você, use um cronômetro mental e procure investir mais tempo para ouvir seu cônjuge de duas formas: Por meio dos ouvidos (você ouve o que ele está dizendo) e pelo coração (o que ele está sentindo). Desenvolva a habilidade de ouvir seu cônjuge com interesse. Pare o que está fazendo e preste atenção no que ele está dizendo, ainda que você esteja assistindo a uma partida de futebol na televisão, ou seu seriado predileto (risos). Demonstre atenção por meio dos olhos e da expressão facial e corporal. Ele vai se sentir amado, valorizado, compreendido, aceito e apoiado. Essa atitude, ouvir mais e falar menos, vale por mil “eu te amo!”. Se, de repente, não for possível ouvir o outro naquele momento, diga-lhe: “Eu sinto muito não poder dar a atenção que você merece agora, mas a gente pode conversar melhor tal hora.”

Mulheres, para evitar falar com as paredes, lembrem-se dessa dica: De acordo com o terapeuta de casais Steve Stephens, geralmente a atenção de um homem dura três minutos, depois disso é aconselhável fazer-lhe perguntas e tocar nele com carinho, a fim de que ele mantenha a atenção no que você diz.

4- Falar com raiva

“Irai-vos e não pequeis; não se ponha o Sol sobre a vossa ira.” – Efésios 4:26.

A única forma de não pecar por causa da ira que está sentindo é estabelecer como hábito a prática espiritual de nunca falar ou fazer alguma coisa com raiva. Pois, 99,99% das vezes que falamos ou fazemos qualquer coisa com raiva erramos. Por isso, dê sempre um tempo, pois a ira vem, mas passa se você não alimentá-la em seu coração por meio de pensamentos e palavras. Lembre-se do que a Bíblia afirma: “A resposta branda desvia o furor, mas a palavra dura suscita a ira.” – Provérbios 15:1. Suscita a ira tanto no coração de quem ouve como de quem fala.

Conta-se que depois de muitos anos de economia, certo rapaz comprou seu primeiro carro. Ele cuidava daquele carrinho “velho-novo” com muita dedicação. Um dia, ele foi passar o final de semana na casa da namorada que morava em outra região do país. Quando retornou viu que seu carro não estava como ele havia estacionado, e mais, havia um arranhão numa das portas e o pneu estava baixo. Ficou mais irado ainda, quando descobriu a causa de tudo: seu irmão havia usado o carro, escondido. A fúria foi tão grande que ele decidiu ir ao encontro do irmão que estava na faculdade. Ao tomar conhecimento, seu avô o chamou à parte e lhe disse: Você se lembra quando pegou o sapato emprestado de seu irmão e o sujou todo de lama? Você queria lavá-lo imediatamente, mas eu recomendei que esperasse o barro secar, pois assim ficaria mais fácil limpá-lo? Então, espere a raiva secar e depois vá falar com seu irmão. Dessa forma evitaremos briga em família. E as brigas, meu querido neto, muitas vezes não resolvem os problemas, agrava-os ainda mais.

5- Falar ou responder com rispidez e agressividade

“A vossa palavra seja sempre agradável, temperada com sal, para que saibais como vos convém responder a cada um.” – Colossenses 4:6.

Em qualquer situação esse é o princípio que deve reger nossa comunicação na vida a dois. A maneira como falamos ou respondemos ao nosso cônjuge é mais importante do que o que e como ele fala. Se a sua palavra ou resposta sempre for agradável e temperada com pitadas de sal de sabedoria, de compreensão e mansidão dificilmente haverá retaliação, feridas emocionais e ódio. Por isso, sempre prefira falar ou reagir com sabedoria e delicadeza, ao invés de rispidez e agressividade.

Certo dia, o Sol e o vento estavam discutindo diante da natureza sobre qual deles era o mais forte. De repente, surgiu um velhinho que estava caminhando em direção a sua casa. O vento decidiu desafiar o Sol dizendo:

- Aposto que consigo tirar o casaco daquele velhinho mais depressa do que você.

A natureza pegou o cronômetro e o Sol se escondeu por trás de uma nuvem. Então, o vento começou a soprar e quanto mais forte soprava, mais o velhinho se encolhia embrulhando-se no casaco. Quando o vento quase ia se transformando em furacão a natureza disse: – Basta! Assim você vai matar o velhinho.

Por sua vez, o Sol saiu, olhou e sorriu para o velhinho. E este foi logo tirando o casaco e enxugando o suor da testa com o lenço. Assim não só ficou provado que o Sol é mais forte do que o vento, mas que a delicadeza é melhor do que a fúria.

6- Falar sem avaliar primeiro o que vai dizer

“As pessoas sábias pensam antes de responder, as pessoas más respondem logo, porém as suas palavras causam problemas.” – Provérbios 15:28 (Nova Tradução na Linguagem de Hoje).

Não se precipite! Exerça domínio próprio a ponto de ouvir, com equilíbrio emocional, tudo o que seu cônjuge tem para lhe dizer. Não cometa o erro de interrompê-lo porque isso poderá deixá-lo irritado. Não peça, impaciente, que ele fale com calma porque isso é uma incoerência. Avalie sempre o que vai dizer. Não use o silêncio como resposta porque isso poderá fazer com que ele pense que está certo, ou que você o está menosprezando. É necessário falar, mas é importante avaliar primeiro sobre o impacto que suas palavras irão causar no coração dele. Por isso, o apóstolo Paulo aconselha: “Não digam palavras que fazem mal aos outros, mas usem apenas palavras boas, que ajudam os outros a crescer na fé e a conseguir o que necessitam…” – Efésios 4:29 (Nova Tradução na Linguagem de Hoje).

7 - Ameaçar, censurar, criticar e condenar quando o outro erra

“Irmãos, se alguém for surpreendido em alguma falta, vós, que sois espirituais corrigi-o, com o espírito de brandura; e guarda-te para que não sejas também tentado.” – Gálatas 6:1.

Quando um dos cônjuges erra, não precisa que o outro lance contra ele as pedras da crítica, censura, condenação e ameaças porque sua própria consciência já o apedreja. Por isso, corrija-o, espiritualmente, com a brandura da sabedoria e do perdão, a fim de que ele se sinta encorajado, por amor, a vencer seu erro. Experimente essa fórmula bíblica, e você verá que ao plantar uma flor de brandura no coração de seu cônjuge, surgirá um jardim de paz no seu casamento.

Creio que estas dicas funcionam, no entanto, faz-se necessário que vocês:

Orem. O salmista afirma: “Ainda a palavra me não chegou à língua, e Tu, Senhor, já a conheces toda.” – Salmo 139:4. Uma vez que é assim, clame do íntimo de seu coração, quando sentir-se tentado a falar de uma forma que não deveria; “põe guarda, Senhor, à minha boca; vigia a porta dos meus lábios.” – Salmo 141:3.

Memorizem e recitem: “Como maçãs de ouro em salvas de prata, assim é a palavra dita a seu tempo.” – Provérbios 25:1.

Pratiquem. Pois, a Bíblia afirma o seguinte: “Se alguém entre vós cuida ser religioso e não refreia a sua língua, antes, engana o seu coração, a religião desse é vã.” – Tiago 1:26.

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domingo, 25 de março de 2012

Família Equilibrada, Igreja Abençoada, Humanidade Feliz

Tudo que ouvimos a respeito dos relacionamentos familiares nos pinta um quadro triste de famílias desestruturadas pela separação, pelos números cada vez mais elevados de divórcios, pelo grande número de adolescentes grávidas, por doenças sexualmente transmissíveis destruindo corpos jovens e vidas inocentes, pela violência que resulta de crianças sobrevivendo nas ruas, longe de qualquer cuidado e carinho, envolvidas com drogas, cigarro, bebidas.
Garanto que pelo menos um desses problemas já tocou sua vida. Já tocou a minha. Embora crentes, não estamos imunes aos estragos que vêm ocorrendo na família. Mas não precisamos nos desesperar, pois não estamos à mercê das circunstâncias em que vivemos. Deus, em Sua soberania e sabedoria, muitas vezes permite que passemos pelo sofrimento para aprendermos os Seus caminhos. Ele nos dá princípios sólidos e inabaláveis para nos dirigir, nos orientar e mostrar o que deseja para nós. Como criador amoroso do mundo em que vivemos, dos seres humanos e da família, Ele sabe do que precisamos para viver bem.

Quer ver um exemplo de como Deus planejou tudo para o nosso bem?

Vivemos num mundo governado por certas leis naturais, as leis da física. Mesmo que você não entenda nada de física, como eu, garanto que já ouviu falar na lei da gravidade. Essa é a lei que diz que, se cairmos de certa altura, há uma força que nos puxa para o chão e, portanto, inevitavelmente nos esborracharemos. Aprendemos essa lei desde os tombos que levamos quando começamos a trocar os primeiros passos e convivemos bem com ela respeitando-a e evitando situaçòes nas quais ela será exercida. Assim, é do nosso interesse respeitar e obedecer a lei da gravidade e outras como ela se quisermos viver bem e saudáveis.

São essas leis que mantêm em ordem toda a imensa estrutura do Universo. Elas não existem por capricho, pelo gosto de fazer as pessoas se esborracharem no chão quando caem de certa altura, mas para manter todo o Universo em existência. Se, por acaso, a alguém fosse concedido o poder de apertar um botão e desligar a gravidade, o Universo em si, na forma como o conhecemos e que permite a vida que temos, desapareceria no mesmo instante.

Da mesma forma que criou as leis físicas, Deus estabeleceu leis espirituais que têm suas funções definidas na boa ordem das coisas da alma e do espírito e as revelou em Sua Palavra, o nosso Manual do Fabricante. Para viver bem como pessoas e como famílias, precisamos respeitá-las e obedecê-las. São elas tão confiáveis, imutáveis e inabaláveis quanto a lei da gravidade e as outras leis naturais. Se quisermos famílias fortes e equilibradas, temos de buscar o que Deus diz ser bom e fazer o que Ele mandar.

Quando estudamos o plano de Deus para a família, vemos três momentos importantes: A. Como Ele estabeleceu o casamento; B. A triste descrição do que aconteceu quando nossos primeiros pais pecaram; e, C. O que precisamos fazer hoje para restabelecer a boa ordem da criação.


A. O projeto original

Quando Deus criou os seres humanos como homem e mulher, Ele os fez iguais em sua essência, mas diferentes em função, para viverem em comunhão perfeita com seu Criador. Eles viveriam num relacionamento de perfeita intimidade em todos os aspectos, sem nenhuma barreira, cimentado por uma visão comum dos objetivos de suas vidas, um vivendo para o outro como a melhor forma de desfrutar a felicidade de realizar-se totalmente como parceiros complementares. Alimentados continuamente pelo amor doador e gracioso de Deus, eles seriam vasos que, ao transbordar, derramariam esse mesmo amor doador e gracioso sobre o outro.

Deus fez primeiro o homem, e colocou-o no jardim do Éden “para o cultivar e guardar”. Ele seria o provedor e o protetor da criação. Depois, deu-lhe uma ordem: poderia se alimentar das frutas de toda árvore do jardim, mas não das da árvore do conhecimento do bem e do mal. A ordem representava uma prova da sua obediência, uma admissão da criatura sobre sua posição de ser criado diante do Criador, uma renúncia a qualquer vislumbre de autonomia.

Depois, Deus declarou não ser bom o homem estar só e disse como solucionaria aquele problema: “Far-lhe-ei uma auxiliadora que lhe seja idônea” (Gen. 2:18). E tendo assim planejado, executou Seu plano, criando a mulher a partir de uma costela do homem e estabelecendo a família , pois abençoou os dois e lhes disse: “Sede fecundos, multiplicai-vos, enchei a terra e sujeitai-a” (Gen. 1:28).

Encontramos na Bíblia três afirmações referentes a cada elemento da família. São elas a forma como Deus nos revela Seu plano original para o relacionamentos entre marido e esposa, entre pais e filhos.

1. “O marido é o cabeça da mulher, como também Cristo é o cabeça da igreja” (Ef. 5:23).
2. A esposa é a ajudadora do seu marido (Gen. 2:18, 20b).
3. Os filhos são bênção e herança do Senhor Deus (Gen. 1:27-28; Sl 127:3).
Vamos examinar com mais detalhes essas afirmações.



1. O marido é o cabeça da mulher.

Quando o apóstolo Paulo escreveu essas palavras, usou a língua grega comum que as pessoas a quem sua carta era dirigida usavam no seu dia a dia. Segundo um estudioso , havia duas palavras que Paulo poderia ter usada. A primeira delas é a palavra arche (pronunciada “arque”), que é traduzida por “cabeça” no sentido de denotar anterioridade, autoridade, o primeiro em grandeza e que pode ser traduzida por magistrado, chefe, príncipe, governante, cabeceira de um rio, etc. Se ao usar a palavra cabeça Paulo quisesse indicar alguém com autoridade sobre a mulher, teria usado a palavra arche. Entretanto, ele usou outra palavra – kephalé — que também é traduzida por cabeça.

Essa palavra, da qual vem a nossa palavra cefaléia para dor de cabeça, significa apenas cabeça, a parte do corpo humano. Kephalé também podia ser usada para se referir à parte mais proeminente, em termos de posição, mas nunca foi usada para significar “chefe ou mandatário”. É também um termo militar que designa “o que lidera, o que vai à frente”, embora não no sentido de dar ordens. Não é usada para o general, que dá ordens às tropas, mas, sim, para o batedor, o que vai à frente dos companheiros no campo de batalha, o que se expõe primeiro ao perigo a fim de proteger e orientar os que o seguem. A liderança do marido como cabeça vem de conhecer a vontade de Deus e segui-la.

Paulo conhecia bem as duas palavras e, inspirado pelo Espírito Santo, usou deliberadamente a segunda ao dizer que o marido é o cabeça da mulher, aquele que lidera indo à frente para proteger os seus, servindo-os e dando por eles a própria vida, como Cristo fez pela igreja.

Para que o homem possa desempenhar bem essa função, Deus o capacitou com mais força e energia físicas, mais agressividade, o que o torna mais competitivo, mais voltado para objetivos e idéias, mais lógico e racional, mais unilateral em seu modo de pensar. Quando todas essas qualidades são canalizadas em pról do bem da família, o homem se torna um líder extraordinário, um conquistador, um vencedor.


2. A esposa é a ajudadora do seu marido

Após haver criado o homem, Deus disse não ser bom que ele vivesse só. O próprio Criador lhe daria uma ajudadora que fosse da mesma essência e da mesma espécie que ele, mas diferente, para complementá-lo. Na essência, os dois seriam iguais. Na função, seriam diferentes, complementares.

Ao fazer a mulher, Deus usou um método diferente daquele usado para fazer o homem. Ela foi criada a partir de outro ser humano, estando assim ligada a ele de forma indestrutível. A palavra do original hebraico usada para descrever essa ajudadora é “ezer”, que significa a pessoa que está diante de outra, cercando, dando apoio, suporte. Ela é usada no capítulo 2 de Gênesis duas vezes para se referir à mulher, e em mais de cinqüenta vezes no restante do Antigo Testamento para se referir a Deus como o ajudador do Seu povo. Assim, a mulher, em sua maneira feminina de ser, reflete algumas das características do próprio Deus.

Para que ela pudesse ser uma ajudadora competente e fiel, Deus a capacitou física e emocionalmente para ministrar como especialista nos relacionamentos. Ela tem mais resistência física, é mais ligada aos sentimentos, mais comunicativa, mais intuitiva, mais relacional, mais ligada às pessoas e ao meio ambiente. O Dr. Paul Tournier, psiquiatra cristão suiço, que escreveu um livro só sobre as mulheres, diz que isso ocorre porque a mulher tem o sentido da pessoa. Por sua própria natureza, ela é mais sensível às necessidades das pessoas, aos seus sofrimentos, aos sentimentos. Essa é a essência da feminilidade.


3. Os filhos são bênção do Senhor
Os filhos fazem com que seus pais se tornem co-criadores com Deus. É através deles que um novo ser é formado, embora a vida em si venha diretamente das mãos de Deus. Eles são confiados aos pais durante um período breve da vida para serem por eles criados e nutridos até atingirem a idade em que podem assumir as responsabilidades da vida adulta.

Através do cuidado dos filhos, os pais aprendem sobre o amor e o cuidado de Deus e amadurecem como pessoas. Eles são a fonte de nossas maiores alegrias e de nossas maiores tristezas.

No plano original de Deus, a família estava assim constituída, em amor, harmonia e plena felicidade. Ela foi criada para o bem do ser humano e faz parte da graça comum de Deus para toda a humanidade. Infelizmente, porém, o pecado entrou no paraíso e distorceu o que Deus havia criado como bem. É por isso que a família hoje encontra tantos problemas e dificuldades. Apesar de o projeto original ter sido perfeito, ele é hoje vivido por seres imperfeitos. Entretanto, o plano não mudou e Deus mesmo já proveu uma forma de restauração, como veremos na continuação deste estudo.

Famílias desestruturadas não são coisa de hoje. A Palavra de Deus nos dá um retrato autêntico das dificuldades enfrentadas pelas famílias, começando com a de Adão e Eva. Imagine você criar dois filhos e depois um matar o outro! Que sofrimento pode ser maior do que esse para os pais?

Essa foi a realidade que a escolha dos dois primeiros seres humanos legaram a todos nós. Separados de Deus ao escolherem seu próprio caminho, eles logo entraram em conflito. A harmonia que haviam desfrutado até então evaporou-se ao calor das acusações, dos sentimentos de vergonha e culpa que os levaram a esconder suas diferenças um do outro e a esconder-se de Deus.

O pecado distorceu as características essenciais do homem e da mulher, transformando o que Deus criou para o bem em fonte de tensão e conflito. O homem, criado para ser o provedor, o protetor, tenderia agora a ser fisicamente dominador, emocionalmente omisso. A mulher, sentindo a tendência de fuga do marido, tentaria controlá-lo ativa ou passivamente, procurando modificá-lo para corresponder às suas expectativas ou assumindo uma postura sufocante de total dependência dele. E seus filhos já nasceriam com corações inclinados à rebeldia. Provérbios 22:15 nos diz que a estultícia, ou insensatez, está ligada ao coração da criança. Insensatez é o oposto da sabedoria que provém do temor ao Senhor. As crianças já nascem afastadas de Deus, sem conhecê-Lo e sem temê-Lo, e essa insensatez se reflete primeiro na rebeldia contra os pais.
O que Adão e Eva plantaram, todos os seres humanos colhem.

Entretanto, Deus não nos abandonou aos nossos próprios recursos. Ele nos chama à restauração do relacionamento consigo através de Jesus Cristo. Seu Espírito agora opera em nós, moldando-nos à imagem do Filho, usando para esse objetivo tudo o que nos permite acontecer: “Sabemos que todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito. Porque aos que de antemão conheceu, também os predestinou para serem conformes à imagem de seu Filho, a fim de que ele seja o primogênito entre muitos irmãos” (Rm 8:28-29).

Somos agora parte de uma família e, como tal, parecemo-nos uns com os outros porque temos a vida de Cristo em nós. Através da restauração de cada indivíduo, Deus quer restaurar as famílias à harmonia, crescimento e bênção que Ele planejou que ela oferecesse. E nos deu instruções do que é essencial fazermos para restabelecer o equilíbrio que foi perdido com o pecado.


O que Deus diz aos maridos.

Em Efésios 5:25-33, Ele diz em essência: “Maridos, amem suas esposas como Cristo amou a igreja e a si mesmo se entregou por ela, e como vocês amam a si mesmos.”

O verbo amar, usada pelo apóstolo Paulo, vem do grego agapao que significa afeto benevolente, amor doador, sempre voltado para o bem da pessoa amada. É a mesma palavra usada para falar do amor altruísta de Deus, totalmente voltado para o ser amado, ao contrário do amor egoísta, que é voltado para a satisfação das próprias necessidades. Não é, portanto, um amor natural ao ser humano mas pode existir quando o amor de Deus encher o coração da pessoa. É o amor pelo qual todo coração de mulher anseia, em suas diversas facetas: Iniciativa, doação da própria vida se for preciso, dedicação, cuidado, proteção e mistério.

Nós amamos a Deus porque Ele nos amou primeiro. Ele tomou a iniciativa, amando, buscando, atraindo, oferecendo as condições de nós retribuirmos o Seu amor. É o retrato do varão buscando e cortejando a sua amada. O homem é mais agente, a mulher, reagente. Quando ele toma a iniciativa no processo do relacionamento com uma mulher, está oferecendo a ela as melhores condições de exercer sua feminilidade. Na oferta e manutenção do amor, principalmente, o marido estará provendo o ambiente propício para uma reação apropriada da esposa. É notório na passagem citada que o apóstolo Paulo não ordena às esposas amarem seus maridos. Nem precisa. É praticamente impossível à esposa que for amada com o amor agape deixar de retribuir ao amor do marido.

Outro aspecto importante do amor que o marido deve dedicar à esposa é o da doação. Cristo amou a igreja e se entregou por ela, dando a própria vida. Ninguém pode duvidar da extensão de um amor como esse. O marido dá a vida pela esposa, não em algum gesto grandiloqüente de alta coragem em circunstâncias perigosas, mas nas pequenas concessões, nos pequenos gestos, no cuidado que tem para com as necessidades dela, na maneira gentil e respeitosa como a trata em particular e na frente dos outros.

O amor do marido deve servir de cobertura, de proteção sobre a esposa. Essa é a figura que encontramos no Antigo Testamento, quando o noivo cobria a noiva com seu manto, oferecendo-lhe sua proteção. Coberta pela masculinidade do marido, a esposa pode ser livre para se realizar plenamente como mulher e como pessoa. Quando o marido ama a esposa, rejubila-se com seus dons e capacidades e promove seu crescimento e realização, nem que para isso seja preciso assumir algumas tarefas dentro de casa, permitindo-lhe tempo e liberdade para buscar interesses que lhe sejam particulares.

O amor de Jesus pela igreja visa a sua santificação e aperfeiçoamento, o que redunda em glória para Ele próprio. O amor do marido que é calcado nesse exemplo visa o aperfeiçoamento, o crescimento, o amadurecimento e a restauração da pessoa que sua esposa foi criada para ser, o que redundará em felicidade e gozo para ele próprio. O marido que trata a esposa como uma rainha terá uma rainha por esposa.

Esse é o mistério do amor no relacionamento conjugal. Simbolizado pela redondeza das alianças de ouro, ele dá início a um processo infindo de doação que constitui o paradoxo de que é dando que se recebe, é doando a si mesmo que se cresce, é libertando que se liberta.


O que Deus diz às esposas

“Esposas, sejam submissas a seus maridos no Senhor, respeitando-os” (Efésios 5:22-24,33).

Sei que muitas mulheres têm dificuldade em entender o conceito de submissão, mesmo mulheres crentes. Mas, quando entendemos o que Deus está nos dizendo, vemos que, em última instância, o que Ele está pedindo é que nos submetamos a Ele, à Sua sabedoria, e ao Seu propósito para nós pois só dentro dele seremos realmente felizes e realizadas.

A primeira coisa que precisamos entender a respeito da submissão de que trata a Bíblia é que a ordem foi dada a pessoas que devem estar cheias do Espírito Santo (Ef. 5:18-21). Trata-se, portanto, de uma questão espiritual.

Para entendermos exatamente o que Deus está pedindo de nós, é interessante notar a palavra original – hupotasso – que o apóstolo usou ao dirigir-se às esposas. É uma palavra que indica a atitude de colocar- se voluntariamente à disposição de alguém, alinhar- se com ele e ser sensível às suas necessidades. Como verbo reflexivo indica que o sujeito da ação é também o seu objeto. Somente a própria mulher pode se submeter ao marido. Ninguém pode obrigá-la a isso.

Quando escreveu essas palavras, Paulo se dirigia a mulheres que eram pouco mais do que escravas em suas próprias famílias, sem direito sobre suas vidas. E, no entanto, ele lhes disse que deviam ser submissas porque submissão é algo interior, é uma atitude do coração e não apenas uma condição externa.

A submissão que Deus ordena não é da mulher para o homem. É apenas da esposa para com o marido. Nos nossos dias, uma mulher pode exercer posição de autoridade e comandar até mesmo uma nação, mas dentro de seu lar, ela deve ser submissa à liderança de seu marido.

Submissão não é condicional. Não encontramos nessa passagem a palavrinha “se”: Se seu marido a amar como Deus ordena, então você deve se submeter a ele. Não! E aí reside nossa maior dificuldade – a de respeitar nosso marido mesmo que ele esteja longe de fazer o que Deus lhe ordena.

Submissão não é simples obediência, passividade, rendição, co-dependência, nem omissão. É uma atitude de entrega voluntária e verdadeira de nós mesmas, é a doação de tudo o que somos em favor do outro.

O maior exemplo que temos desse tipo de atitude foi a que Jesus teve quando renunciou a todos os seus direitos para nascer neste mundo como ser humano, assumindo a forma de servo e entregando Sua vida por nós. Ele é o exemplo dado aos maridos e às esposas e não está nos pedindo nada que Ele mesmo não tenha feito. Ainda assim, na maior parte do tempo é praticamente impossível fazer o que Ele nos diz por nossas próprias forças. E é nessas horas que Seu poder pode vencer nossa fraqueza e operar em nós apesar de nós mesmas (2 Cor. 12:9).

Ao tratar seu marido com respeito, a esposa está cooperando para que ele seja tudo aquilo que Deus o fez para ser, sendo, portanto, uma verdadeira ajudadora, uma verdadeira “ezer”.

Aos pais, Deus ordena que criem seus filhos com disciplina e lhes ensinem a obedecer, para o bem deles (Ef. 6:1-4).

A criança que é deixada por conta própria vem a envergonhar os pais (Prov. 29:15). Por quê? Embora seja difícil de acreditar isso quando vemos um bebezinho com aquele olhar e sorriso tão inocentes, ninguém é naturalmente bom. Nascemos biologicamente vivos mas espiritualmente mortos, afastados de Deus. Por isso, cada bebê que vem ao mundo precisa ser ensinado a andar nos caminhos do bem, obedecendo a seus pais, aprendendo a reconhecer os limites da sua vontade. E essa é a tarefa que Deus deu aos pais.

Cada criança que Deus põe no mundo tem um valor inimaginável. É obra das Suas mãos. Ele mesmo a entreteceu no ventre materno e lhe deu as características que desejou. Assim, os pais devem conviver com seus filhos e observá-los para descobrir quais as tendências boas que Deus colocou em cada um deles para favorecer o seu desenvolvimento, enquanto corrigem e disciplinam a tendência para a rebeldia que os afastará primeiro deles mesmos e, mais tarde, de Deus.

É no ambiente familiar, mesmo aquele nos quais as pessoas estão se esforçando para dar o melhor de si, que seus membros sentirão as maiores alegrias mas também suas maiores tristezas. Como seres essencialmente relacionais, é na área dos relacionamentos que mais nos sentimos vulneráveis. Mas Deus vem ao nosso encontro na nossa vulnerabilidade.

Ele tem poder para mudar qualquer circunstância de nossa vida num abrir e fechar de olhos. Quando oramos desesperadamente por mudanças, e elas não ocorrem, é porque Ele está mais interessado em mudar o nosso coração, em corrigir a nossa perspectiva. Diante de circunstâncias difíceis, indesejáveis, temos a escolha de brigar, manipular ou nos omitir, ou então, entregando-nos “nas mãos daquele que julga retamente” (1 Pe 2:23), permitir que Ele nos use como instrumentos Seus nessas mesmas circunstâncias até que Ele escolha mudá-las ou que nós tenhamos mudado.

Talvez, depois de ler tudo isto, você esteja pensando: Não posso, não consigo, é demais para mim. Sua vida familiar pode estar destroçada, seus relacionamentos com seu marido e filhos áridos e conturbados. Talvez você esteja pensando que é tarde demais para fazer alguma coisa e salvar seu casamento. Mas é nesse exato ponto que Deus vem ao seu encontro e diz: “Deixe por minha conta. Deixe que eu aja através de você, que eu ame através de você.”

Ele não promete restaurar todos os relacionamentos quebrados, mas promete que, quando Lhe abrimos a porta do nosso coração, Ele entrará e ficará conosco, sustentando-nos com Sua força e produzindo lindos frutos em nossa vida.

AD

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sábado, 24 de março de 2012

O Casamento Com o Qual Você Cresceu

Como o casamento dos seus pais afeta o seu próprio casamento

Na época em que nos casamos, meus pais já estavam casados por 35 anos, e os do meu marido, por 25. Esse dois lares de origem eram felizes, e aumentaram muito a possibilidade de que nosso próprio casamento também fosse feliz. Tínhamos instintivamente aprendido padrões de comportamento que tinham funcionado bem para nossos pais, e não pensamos duas vezes ao aplicá-los ao nosso próprio casamento.
E esse foi o problema – meu marido estava me tratando como seu pai trata sua mãe, e eu estava respondendo como minha mãe responde ao meu pai.
O problema era que seu pai não era casado com a minha mãe. Os padrões que tínhamos trazido para nosso casamento eram excelentes – mas eles pertenciam a nossos pais. Se tivessem que funcionar para nós, teriam que ser adaptados, para se tornarem apropriados para nossas personalidades, nosso relacionamento, nossa maneira de fazer as coisas.

A União de Seis Pessoas

Francine Klagsburn, autora do livro Pessoas Casadas: Permanecendo Juntas em Tempos de Divórcio, diz: “De nossas famílias… trazemos as idéias sobre como homens e mulheres devem agir no casamento, obtidas à partir de anos de observação de nossos pais e dos papéis que os dois exerciam um para o outro.

As tradições familiares são pontos de conflito a cada dia. Numa época de Natal, a família dela poderia abrir os presentes na noite do dia 24, a dele, na manhã do dia 25. A família dele sempre ia à igreja nos cultos de natal, a dela preferia ficar cantando em casa os hinos natalinos. … A família dele comia a janta de Natal à meia noite, a dela, às oito da noite. A família dela servia pato assado e pudim de ameixa; a dele servia peru assado e panetone. A família dele se reunia no Sul, e esperava que todos estivesse ali. A dela, se reunia no norte, e esperava que todos estivessem ali. É uma série de conflitos pequenos, que no montante se transformam numa imensidão.

Infelizmente, muitos casais não percebem que seus desentedimentos frequentemente dizem respeito mais com tradições familiares diferentes do que a questões de certo e errado. Além disso, muitos deles podem ter o sentimento de nostalgia ao pensar nas tradições familiares.

Resolvendo Conflitos

Uma das áreas mais difíceis de se lidar com as diferenças de tradições é a área de resolução de conflito.

Os conflitos podem ocorrer em quase qualquer área de atuação. Se a mãe dele e o pai dela sempre levavam o lixo para fora, a cozinha vai ficar com lixo até a altura do joelho antes que os dois se sentem para estabelecer um acordo sobre isso. Se os pais dela frequentemente assumiam dívidas a fim de oferecerem presentes generosos um ao outro, e os pais dele não compravam nada a não ser que tivessem o dobro do dinheiro em mãos, ela pode se perguntar frequentemente se ele realmente a ama, e ele pode ficar constantemente com medo da ruína financeira.

O casamento tem mais probabilidade de ser bem sucedido apesar das diferenças por duas importantes razões. Primeiro, se ambos vierem de famílias nas quais o compromisso era levado a sério. Segundo, se conseguirem se comunicar bem um com o outro.

Ainda na questão de conflitos, Klagsburn afirma: “A intensa proximidade do casamento desperta os sentimentos de raiva ou conflitos que experimentamos com nossos pais, que foram as únicas outras pessoas em nossa vida com quem tivemos tal proximidade”.

Aprendendo Lições Erradas
Nunca é fácil unir dois casamentos diferentes numa nova relação harmoniosa. Para alguns casais isso é especialmente difícil porque um ou ambos os casamentos dos pais viviam em conflitos sérios.

Deixando o Passado para Trás

Independente se o casamento de nossos pais foi um sonho ou um pesadelo, isso afeta nossos próprios relacionamentos. Mas isso não quer dizer que nosso destino está selado. Há maneiras de ir além das fraquezas dos nossos pais e melhorar os pontos fortes deles, maneiras de mudar nossas próprias reações não apropriadas para maneiras mais construtivas de se relacionar.

O segredo para a mudança efetiva se divide em três partes:

Primeiro: É necessário percepção. Precisamos reconhecer as atitudes e ações que adotamos do casamento de nossos pais. Para alguns casais isso ficará muito evidente; para outros, é necessário um longo tempo de aconselhamento para descobrir as reais razões do comportamento.

Segundo: Demanda uma decisão firme e inabalável. Isso pode significar a resolução de mudar certos comportamentos auto-destrutivos ou, na verdade, cortar alguns laços. “Um homem deixa seu pai e sua mãe, e seu une à sua mulher”.

Finalmente: Exige-se um trabalho duro. Mudar o padrão de comportamento de uma vida nunca é fácil, e os resultados podem aparecer lentamente.

Klagsburn diz que “nos casamentos que perduram, o passado nunca desaparece completamente do presente, mas as imagens e padrões familiares que cada parceiro traz para o casamento se transformam… à medida que o tempo passa, mais e mais das atitudes reais, da vida real, ocorre dentro da família, moldando-a para ser uma nova família”.

É claro que naquele momento, passamos nossas tradições para nossos filhos – e o ciclo é reiniciado.

REFERÊNCIA: NEFF, LaVonne. The Marriage You Grew Up With, Partnership Magazine, September-October, 1987.

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sexta-feira, 23 de março de 2012

O Maior Engano

Será que a verdade pode ser uma maldição para seus possuidores e através da influência deles uma maldição para o mundo? Conheço muitas pessoas que professam a “verdade presente” e inclusive algumas que estão envolvidas em ensinar essa verdade às pessoas; mas ao encontrar-me com elas, as esposas e os filhos descubro que sua vida não está em harmonia com Deus! Os filhos são geralmente indisciplinados, desobedientes, e intratáveis. As esposas mantêm uma aparência destituída de poder. E não raras vezes a conversação do marido é negativa, apontando defeitos ou fazendo comentários de exaltação própria mesclados com um pouco de gracejo e zombaria.

ESTAMOS NOS ENGANANDO! COMO SABER?

Amigos, será que nós, como Paulo disse em Romanos 1:18, “detemos a verdade em injustiça?” Se a verdade que professamos defender não nos torna, nem a nossa família, amáveis, pacientes, tolerantes, tendo a mente voltada para as coisas do Céu, bem organizados, bem disciplinados, compassivos, humildes e mansos, então podemos dizer que “é uma maldição a seu possuidor e, por meio de sua influência, uma maldição ao mundo”. – O Desejado de Todas as Nações, pág. 310.

Uma das lições mais profundas que aqueles que entre nós professam a “verdade presente” precisam aprender é que a Palavra sem uma experiência viva na própria vida é de pouco valor!

Os fariseus são os principais exemplos dos que abraçaram as ‘palavras’ ou as ‘verdades’ e ao mesmo tempo negaram a Cristo na própria vida. Cristo lhes disse: “Examinais as Escrituras, porque julgais ter nelas a vida eterna…” João 5:39.

Sua experiência cristã consiste na “teoria da verdade” enquanto a sua vida, da esposa e dos filhos negam esse poder?

Muitos de nós supomos que somos cristãos simplesmente porque concordamos com a verdade presente. Mas se não levamos a verdade para a vida prática de nossa família, como fez Jesus, eu pergunto: O que temos? A verdade, como é em Jesus, não conduz sempre o coração e a vida em conformidade com as verdades que defendemos?

Paulo disse isso muito bem em Romanos 2:21: “Tu, pois, que ensinas a outrem, não te ensinas a ti mesmo? Tu, que pregas que não se deve furtar, furtas?”. Somente quando aprendermos a manter a “vida escondida com Cristo em Deus” (Colossenses 3:3) é que “terminaremos a obra”. O mero fato de declarar ou professar a verdade presente nunca realizará isso.

Amigos, será que temos ensinado a outros e deixado de ensinar a nós mesmos e a nossa própria família? Continua sendo verdade que uma família bem organizada e disciplinada fala mais em benefício do cristianismo do que todos os sermões que possam ser pregados.

Pessoas em toda parte estão dizendo: “Chega de sermões, chega de pregações; queremos ver ‘vidas escondidas com Cristo em Deus’”, famílias inteiras – pais, mães e filhos – vivendo a verdade que aceitaram, famílias completas caminhando com Deus, transformadas, não apenas em profissão de fé, mas também na vida prática do dia-a-dia.


AVISO SOLENE E REVELADOR
Fomos sabiamente advertidos de que: “O maior dos enganos do espírito humano, nos dias de Cristo, era que um mero assentimento à verdade constituísse justiça. Em toda experiência humana, o conhecimento teórico da verdade…  acompanha frequentemente o ódio pela verdade genuína, segundo se manifesta na vida…

“Os fariseus pretendiam ser filhos de Abraão, e vangloriavam-se de possuir os  oráculos de Deus; todavia, essas vantagens não os preservavam do egoísmo, da malignidade, da ganância e da mais baixa hipocrisia. Julgavam-se os maiores religiosos do mundo, mas sua chamada ortodoxia os levou a  crucificar o Senhor da glória. O mesmo perigo ainda existe!” – O Desejado de Todas as Nações, pág. 309.

Amigos, o mesmo perigo continua a existir hoje. Será que temos um assentimento à verdade sem a aplicação diária em nossa vida e na vida de nossa família?

Temos conhecimento teórico “perfeito” da “verdade presente” sem ter uma vida e uma família que evitem a todo momento demonstrar a fraqueza de nossa natureza caída?

Orgulhamos-nos em possuir os oráculos de Deus, ao passo que em nossa vida e na de nossa esposa e filhos é visto egoísmo, desordem, falta de domínio próprio, irritação e autossuficiência?

Será que pensamos que somos os melhores religiosos da atualidade, quando ao mesmo tempo crucificamos o Senhor da glória mais uma vez ao dar lugar à irritação, sarcasmo, espírito de zombaria, boca crítica e tolerância para com uma casa mal governada? Se a resposta for afirmativa, estamos em sério perigo de incorrer no maior engano que poderá sobrevir ao povo de Deus, isto é, professarmos que tudo está bem, quando na vida estamos completamente errados.

É TARDE DEMAIS?

É tempo de começarmos a viver nossa fé. E se não pudermos levar a “vida  escondida com Cristo em Deus” para dentro de nossa família, tampouco poderemos levá-la a outras pessoas, pois somente podemos dar a outros aquilo que possuímos. Nossa influência retardará o trabalho. Não é que não podemos ter a “vida escondida com Cristo em Deus”, mas sim que escolhemos não viver assim.

Vamos demonstrar aos outros que essa “vida escondida com Cristo em Deus” é uma “realidade atual”, uma “experiência presente” aqui e agora. Vamos colocar nossos lares em ordem e conduzir o remanescente à vida prometida, para que a verdade não se transforme em maldição para nós e através de nossa influência maldição para o mundo.

O apóstolo Paulo colocou-o de maneira muito adequada em I Coríntios 2:4 e 5: “A minha palavra e a minha pregação, não consistiram em linguagem persuasiva de sabedoria humana, mas em demonstração do Espírito e de poder, para que a vossa fé não se apoiasse em sabedoria humana, e, sim, no poder de Deus.”

Não é nossa correta compreensão ou profissão da verdade presente que terminará a obra, mas principalmente a demonstração disso em nossa vida e em nossa família, pois só assim se tornará uma demonstração viva do  poder prático sobre nossa vida.

Não é verdade que os atos de nossa família e nossa própria vida falam mais alto do que a mais positiva profissão da verdade? Como sofreríamos se fôssemos à casa do apóstolo Paulo e não encontrássemos sua vida em harmonia com sua pregação e seus ensinamentos! Quão desalentador e desanimador teria sido visitarmos a casa de Enoque e encontrarmos ali uma família mal governada, desorganizada e indisciplinada! Quão vazio e infrutífero teria sido seu testemunho!

POR QUE, SENHOR?

Muitos de nós, cristãos da verdade presente, nos perguntamos por que falhamos?

Mas pensemos bem, com que facilidade falamos e participamos de conversas frívolas e desnecessárias, gastando horas sem nunca pensarmos que toda nossa conversa pode estar dissipando o poder da alma e nos afastando do  Cristo que habita nos corações.


Que influência nossa conversa tem sobre nossos filhos? Que influência nossa conversa exerce sobre os que estão à nossa volta? Tiago 1:26 claramente declara: “Se alguém supõe ser religioso, deixando de refrear a sua língua, antes enganando o próprio coração, a sua religião é vã.” Não deveria a norma de nossa conversação ser a que Paulo tão bem expôs: “Porque decidi nada saber entre vós, senão a Jesus Cristo, e este crucificado.” I Coríntios 2:2.

Amigo, você já aprendeu a viver sabendo que Deus está de verdade com você a cada momento? Que nas circunstâncias mais difíceis Ele está sempre mais presente e mais próximo do que qualquer pessoa ou coisa ao seu redor? Todo nosso conhecimento da Palavra de Deus pouco nos ajudará, a menos que essas perguntas sejam respondidas e implantadas em nossa vida.

Alguém pode ser capaz de apresentar os textos da Palavra de Deus, pode estar familiarizado com todos os mandamentos e promessas nela contidos, mas a menos que sua vida esteja verdadeiramente “escondida com Cristo em Deus”, em constante dependência dEle, todo o conhecimento e profissão de fé não terão valor algum!

Muitos, mas muitos mesmo, estão deixando de imitar na vida o santo Exemplo porque estão cheios de seus próprios pensamentos, palavras, planos, sempre ativos e ocupados, mas não têm tempo ou lugar para que o precioso Jesus seja para eles um Companheiro íntimo, querido e presente. Não submetem todos os seus pensamentos, palavras, atos e planos a Ele, perguntando: “É essa a vontade do Senhor?”.

HÁ ALGUM VALOR NA VERDADE PRESENTE?

Amigos, não abandonemos a “verdade presente” que consideramos tão amada e preciosa, mas adicionemos a ela a completa rendição de nós mesmos e de nossa família.

Procuremos todos possuir a experiência viva de ter Cristo em nós, “a esperança da glória”. Colossenses 1:27.

Não deveríamos todos dizer: Chega de verdade presente sem aplicação prática?

Chega de profissão religiosa sem o poder. Chega de conhecimento sem uma experiência atual ativa, para que não sejamos culpados de viver o maior engano e no fim não recebermos o selo de Deus em nossa fronte.

Que pesar terrível eu sentiria, se depois de ministrar para milhares de indivíduos e famílias e de dirigir seminários e reuniões por todo o país, eu não fosse achado apto para receber o selo de Deus! E quão triste ficaria se muitos de meus amigos e coobreiros na obra de levar a verdade presente a esse mundo também não estivessem aptos para receber o selo de Deus! Talvez seja até pior para mim, meus amigos e coobreiros recebermos o selo de Deus se aqueles a quem amamos não o receberem.

Do mesmo modo que a verdade pode se tornar uma maldição para quem a possui, assim também a igreja pode se tornar maldição para seus seguidores e através de sua influência maldição para o mundo!

Só o pensar que a verdade ou a igreja seja maldição é o suficiente para acender a ira de uma pessoa; mas devemos ser absolutamente honestos conosco mesmos para não sermos enganados nesses tempos difíceis.

A ÁRVORE E A IGREJA

“O ato de Cristo em amaldiçoar a árvore que Seu próprio poder criara, fica como aviso para todas as igrejas e todos os cristãos.” – O Desejado de Todas as Nações, pág. 584. Por que Cristo amaldiçoou a figueira, que representava a nação judaica, o povo escolhido de Deus? Porque Jesus nada encontrou a não ser grande quantidade de pretensiosa folhagem. Ou como o apóstolo Paulo disse: “Tendo aparência de piedade, mas negando a eficácia dela.” II Timóteo 3:5, ARC.

A árvore atraía a si muitas pessoas com esperança de receberem vida, mas ela não tinha vida para dar, apenas folhas pretensiosas. Quando qualquer igreja atrai seguidores a si em vez de conduzi-los a Cristo, não na teoria, mas na prática, ela está usurpando o lugar de Cristo e como resultado se torna maldição em vez de agente da graça.

Deixe-me ilustrar. Quando alguém faz uma palestra ilustrada, costuma usar um instrumento indicador para dirigir a atenção de seus ouvintes para uma área especifica do gráfico, esboço ou quadro-negro. As pessoas olham para o indicador? Não, ele é usado somente para ajudar a dirigir a atenção dos ouvintes para uma área especifica de interesse no gráfico ou esboço. O indicador pode ser uma vareta fina de mogno adornada de ouro, mas ele não satisfaz as pessoas.  Elas querem ver o que o indicador lhes mostrará.

A igreja nada mais é que um indicador que nos aponta o nosso Salvador. Ela é o instrumento de Deus para levar as três mensagens angélicas ao mundo, bem como para DEMONSTRAR a todos os homens, mulheres e crianças como ter “a vida escondida com Cristo em Deus”. Veja Colossenses 3:3.

Quando a igreja atrai as pessoas para si e o ‘foco’ se torna o apoio, a lealdade, a ligação e o engrandecimento da organização, é então que ela pode se tornar maldição. Não há organização ou igreja que já tenha salvado alguém.

Os judeus baseavam sua esperança de salvação em sua ligação com Israel. Mas Jesus diz: “Eu sou a videira verdadeira. Não pense que por causa da ligação com Israel vocês podem se tornar participantes da vida de Deus e herdeiros de Sua promessa. Unicamente através de Mim pode a vida espiritual ser recebida”.

A própria organização que Cristo estabeleceu, a qual tinha o propósito de mostrar ao povo a vinda do Messias prometido, foi a organização que roubou a lealdade de seus membros ao Messias, a fim de engrandecer-se e garantir o próprio bem estar.

Quão triste é que a igreja tenha crucificado Aquele a quem devia conduzir todos os homens! O mesmo perigo ainda existe hoje. Por toda parte se ouve o clamor: Apóiem a igreja; sejam fiéis à igreja; não deixem a igreja.

Mas precisamos nos perguntar: Onde estão as vozes que se preocupam se estamos permanecendo em Cristo, se temos uma viva experiência diária com Cristo?

Onde estão as vozes que se preocupam se nossas famílias estão bem governadas, disciplinadas e centralizadas em Cristo? Onde estão os que nos incentivam a conservar Cristo em nossos pensamentos, palavras e atos? Ouvimos pouco ou talvez nada disso.

Mas ouvimos muito sobre apoiarmos, frequentarmos e permanecermos em plena comunhão com a igreja. Mas se essa organização toma o lugar de Cristo, como os judeus fizeram, então ela corre o risco de torna-se maldição aos seus adeptos e através de sua influência maldição ao mundo. Cristo diz: “Eu sou a Videira.” Unicamente permanecendo ligados a Ele cada dia, cada momento é que teremos vida e salvação.

Meu apelo a você não é que abandone a igreja, mas que se una de tal modo ao Líder da igreja que através de você Ele possa despertar e reavivar Seu “indicador”. Não vamos expressar nenhuma palavra de maldição contra a  organização, mas choremos por seus pecados assim como Cristo fez sobre Jerusalém.

Nós não podemos e nem devemos dispensar a igreja, assim como não podemos abandonar a verdade. Precisamos agora dar a cada uma seu devido lugar, como um “indicador”, para ajudar a conduzir-nos a uma ligação íntima e vital com nossa única fonte de salvação, Jesus Cristo, nosso Senhor e Salvador.


COMO VOCÊ REALMENTE ESTÁ?

Amigo, examine seu próprio coração, julgue sua própria trajetória. Que cada um apresente esta pergunta a si mesmo: “Tenho me apegado mais à igreja do que a Cristo? Tenho confiado mais em meu conhecimento da verdade do que em uma experiência na verdade?”.

Junto comigo assuma o compromisso de entregar tudo a Cristo – toda sua lealdade, seus pensamentos, palavras e atos. O verdadeiro evangelho só pode ser encontrado quando entregamos tudo – tudo o que temos, tudo o que somos e poderemos ser.

Deus, o grande “Eu sou”, nada reteve de nós. “Deus amou ao mundo de tal maneira que deu o Seu Filho unigênito.” João 3:16. “Não o deu somente para levar os nossos pecados e morrer em sacrifício por nós; deu-O à raça caída. Para nos assegurar Seu imutável conselho de paz, Deus deu Seu Filho unigênito a fim de que Se tornasse membro da família humana, retendo para sempre Sua  natureza humana.” – O Desejado de Todas as Nações, pág. 25.

O Calvário demonstra que Deus nada reteve, Ele deu tudo. A cruz do Calvário é o mais incontestável argumento de amor quanto a dar tudo. Eu pergunto: O que mais Deus poderia ter dado? O que mais Deus poderia ter feito? Deus sacrificou tudo o que tinha por nossa redenção, para que pudéssemos participar da “vida escondida com Cristo em Deus”. Deus deu tudo para que pudéssemos ter tudo.


O QUE VOCÊ “FARÁ DESSE JESUS”?
Você se unirá a mim em assumir um compromisso de entregar tudo a Cristo? Comprometa-se a jamais começar o dia a menos que possa dizer como Davi: meu “coração está firme, confiando no Senhor.” Salmos 112:7, ARC. Ao ajoelhar-se, não levante a menos que saiba que Cristo está ao seu lado diariamente como seu Companheiro constante.

Você se unirá a mim no compromisso de apresentar cada pensamento, palavra e ato a Cristo, perguntando: “É essa a vontade do Senhor”?

Você educará a mente e o coração para sempre sentir a presença de Deus, e quando enfrentar provações e perplexidades permitir que suas orações ascendam a Deus dizendo: “Que poderei fazer para Te honrar, meu Deus”?

Oro para que Deus abra nossos olhos para vermos que não somos Seus filhos a menos que o sejamos inteiramente. Não podemos ser de Cristo simplesmente por professá-lo; não seremos dEle se não formos inteiramente dEle.

Tudo – e isso significa todos os nossos pensamentos, palavras e atos – deve estar consciente e continuamente sendo filtrado através de nosso Mediador antes de ser expresso.

É assim a sua experiência? Se não for, poderá ser. Você a escolherá? Se você não a escolher, então sucumbirá no “maior engano” – de ter o conhecimento, professar a verdade e ser leal à igreja, ao passo que sua vida, pensamentos, palavras e atos não estão diariamente e a cada momento “escondidos com Cristo em Deus”?

Essa vida de absoluta dependência, confiança, rendição está disponível a todos nós hoje, agora! Amigos, temos até o presente vivido de acordo com nossa própria vontade. Porque não começar hoje, pela graça do Céu, a viver plena e completamente sob a liderança de Jesus Cristo?

Você pode agora escolher uma vida pela qual Cristo será Tudo e em Todos.

 Jim Hohnberger, www.EmpoweredLivingMinistries.org

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quinta-feira, 22 de março de 2012

Um Casamento Melhor

 “Senhor, eu quero um casamento melhor! Eu tenho um bom casamento pelo julgamentos dos outros, mas eu quero um melhor!” Minhas emoções estavam muito fortes quanto ao desejo de que meu marido fosse o sacerdote do nosso lar, não eu, e por isso eu estava clamando ao Senhor. Isso aconteceu anos atrás.
O Senhor me encorajou com esse texto: “Eu te instruirei e te ensinarei o caminho que deves seguir; eu te darei conselhos sob minha vista” Salmo 32:8. Senti que esse pensamento vinha de Deus. Será que agirei de acordo com a sugestão de Deus ou vou continuar andando do meu jeito?
Escolhi depositar esse desejo nas mãos de Deus, pois eu não conseguiria mudar meu marido. Eu tinha que confiar que Deus podia mudar seu coração, e aliviar o meu fardo. Para minha surpresa, me senti em paz. Amigos, enquanto minhas emoções ainda não estavam totalmente controladas, eu afirmei confiantemente: “Senhor, sei que podes mudar minhas emoções e me mostrar o que desejas que eu faça. Ajuda-me a estar atenta e sensível à influência e direção do Teu Santo Espírito. O que for necessário, Senhor, estou verdadeiramente desejosa de cooperar contigo, obedecer Tua vontade, para ter um casamento melhor”.

Bem, não demorou muito e apareceu minha chance. Deus é um Professor fiel. Eu estava lendo o Evangelho de João, capítulo 17, tentando aplicar o texto para mim individualmente. Quando li o verso 19, perguntei a Deus: “O que significa ‘E por eles Me santifico’ para minha vida hoje”?

“Por você, Sally, eu dei o exemplo de morrer para o EU. Escolhi fazer a vontade do Meu Pai, mesmo quando toda a minha natureza carnal desejava outra coisa. Assim como venci, pelo poder do Meu Pai, não pelo Meu próprio, você também pode vencer. Essa é a melhor maneira pela qual posso ajudar você, e é a melhor maneira que você pode ter para ajudar seu marido, seu casamento ou qualquer outra pessoa, para que haja qualquer tipo de mudança duradoura na vida. Dê-me completamente o seu coração”.

Eu pensei: “O que Deus pode fazer com um coração totalmente entregue a Ele? Qualquer coisa, todas as coisas! Se eu deixar Deus mudar meus pensamentos, minhas palavras e meus atos, como estarei ajudando meu marido a mudar?”

“Quando um cônjuge vê você sendo transformado quanto a suas fraquezas, suas reações erradas e hábitos prejudiciais, eles podem ser encorajados e acreditarem que eles também podem ser transformados vindo a Mim. Muitos não mudam porque não sabem como. Muitos não descobriram uma maneira que funcione consistentemente. Muitos podem ser beneficiados simplesmente por verem o exemplo de alguém que vive completamente dependente de Mim. Muitos observarão, desejarão, e imitarão o que veem. Você estará ajudando seu cônjuge ao deixar que Eu transforme você”.

“Portanto, preciso decidir seguir a Ti, e não esperar que meu cônjuge me acompanhe nesse compromisso”.

“Só quando você cumprir e fizer sua parte, posso cumprir a Minha! Sem sua cooperação em me obedecer, você será deixada em seus pecados e velhos hábitos, e isso não ajuda seu cônjuge. Eu vou lhe ensinar, se você Me permitir. O melhor jeito de ajudar Seu marido é deixar que Eu controle seus pensamentos, sentimentos, palavras e ações. Isso vai exigir disciplina para escolher entregar cada momento do seu dia para Mim. Isso se você quiser que Eu coloque em prática em sua vida o poder de vencer o pecado. Quando tiver você, poderei tocar a vida de seu cônjuge através de você”.

Jesus cumpriu a vontade de Seu Pai, e viveu pelo poder divino de Seu Pai, não confiando em Suas próprias forças. E foi por meio desse relacionamento de entrega e cooperação que Ele foi capacitado pela graça de Seu Pai a viver acima da tendência da natureza pecaminosa. Jesus estava mostrando para todos nós a maneira de nos libertarmos do serviço a si mesmo. Esse tipo de atitude destrói casamentos.

Por experiência, percebi que a graça de caminhar intimamente com Deus estava disponível para mim, mas não servia para nada, a não ser que eu decidisse morrer para mim mesmo e viver por Jesus. Se estiver disposta a morrer para o EU para que Cristo viva em mim, posso ter um casamento melhor. Se eu não faço a minha parte, de morrer para o EU, Ele não pode me transformar, nem mudar meu casamento. Deus trouxe esses pensamentos ao meu coração, diariamente, e a todos os momentos. Deus também está buscando o seu coração.

“Senhor, eu quero. Mostra-me o que preciso fazer com todas as minhas escolhas para hoje”.

“A primeira mudança que você precisa fazer é parar de focalizar-se nas falhas de seu marido, ponderando o quão terríveis elas são, o quão fraco ele é, o quanto você deseja que ele mude e se torne o sacerdote do lar. Ao invés disso, coloque Seu cônjuge nas minhas mãos por meio de uma linguagem positiva de oração, e não pontuando os defeitos que você quer que ele mude, como normalmente tem feito. Use a minha vontade como filtro antes de você falar alguma coisa sobre isso. Se alegre nos momentos de culto comigo. Se anime com essa tarefa. Busque a Mim para mudar esses pensamentos e sentimentos errados, e farei isso”. Eu tomei Sua mão, e comecei a aprender como segui-lO, como morrer para o EU e viver para Deus.

“Sally, lembre-se que você não é capaz de decidir que seu esposo mude, mas você tem o poder de deixar que Eu mude você. Se você cooperar comigo para mudar você, seu casamento também mudará, você vai ver. Se concentrar no que você não pode mudar será apenas uma tentação para fazer você se desesperar. Ao invés disso, concentre-se no que você pode fazer em Mim. Dessa maneira, você será um testemunho para a religião de Cristo mais forte do que qualquer outra coisa”.

“Senhor, isso faz muito sentido. Deixe-me ver se entendi: por meu marido, eu me santifico. Por meus filhos, eu me santifico. E por minha família mais distante e amigos, a melhor coisa que posso fazer para lhes ajudar é deixar que Tu santifiques (endireites) meus pensamentos, palavras e ações. Dessa maneira, estou sendo um poderoso testemunho, dizendo que se Jesus pode me transformar, Ele pode transformar você também”.

“Sim, Sally. Você entendeu a teoria muito bem, mas agora precisamos ajudar você a ganhar experiência.” O Senhor falou isso com muita compaixão, pois Ele entende que saber e fazer são duas escolas diferentes e a segunda é o mais difícil das duas.

Esses princípios funcionam não apenas para a esposa, mas para o marido também. “Fazei tudo o que Ele vos disser” João 2:5. Veja se o Senhor pode melhorar o seu casamento.

As escolhas que tive de fazer contra a minha natureza, minhas inclinações, minhas emoções, foram muitas nos meses seguintes, e foram mais ou menos como descrito a seguir.

Um dia, enquanto passava ferro, estava muito irritada sobre algo que meu marido tinha dito. “Sally, você não precisa reclamar dele, e listar os defeitos que ele tem dessa maneira. Esses pensamentos destroem casamentos. Ao invés disso, vem e segue-Me. Em tudo daí graças. ‘O coração alegre é um bom remédio, mas o espírito abatido adoece os ossos” Prov. 17:22. Deus arrazoou comigo por meio desses versos. Deus me guiou passo a passo, e eu entreguei escolha após escolha, contra meus sentimentos, e meus pensamentos, que me levavam à direção oposta. Foi muito difícil naquele momento, mas que alegria depois perceber que Jesus tinha transformado minha vontade, meus pensamentos e até mesmo meus sentimentos. A graça pode operar apenas quando e se eu coopero. Jim era um marido melhor aos meus olhos, meus pensamentos, mas ele ainda não tinha mudado. Deus me transformou! Quando meu marido entrava no quarto, era possível e dava prazer, sob a liderança de Jesus, responder com alegria. O amor por ele encheu meu coração onde antes só havia ressentimento, tristeza e mágoa.

Deus me tirou da reclamação e me levou à complementação do meu marido. “Diga-lhe o quanto você aprecia a maneira que ele lida com as finanças”. Ele fazia um bom trabalho nesse aspecto, mas algumas vezes eu me ressentia do fato de ele dizer “não” a alguns dos meus desejos. Isso tinha sido sempre um ponto de discussão. Escolhi, me entreguei, segui a Jesus, e encontrei gratidão divina. “Diga-lhe o quão agradecida você fica quando ele cuida dos meninos, para que você possa tomar um demorado banho de banheira”. “Diga ao seu marido o quanto você gosta quando ele brinca com seus braços quando você está digitando para ele”. Expressões de gratidão e admiração pelos atributos de nosso cônjuge tem um efeito positivo em nossa mente e ânimo, bem como no deles. Gentileza motiva gentileza. Reclamação é a trilha para o poço do desespero. Ficar listando os erros é a pá que cava mais fundo o poço da desesperança. A cada dia deveríamos fazer algo para alegrar nosso cônjuge; fazer um favor, dar um elogio ou agradecimento, ou ajudar em algum projeto deles. Morrer para si mesmo exige que vivamos para os outros diariamente.

Deus me tirou da vida independente dEle. “Sally, essa briga que você teve agora foi guiada pelo seu EU, você não filtrou suas palavras pela minha vontade. A natureza pecaminosa foi quem dominou você, e você obedeceu. Escolha a Mim, e eu serei o seu Guia. Responda ao Meu chamado em Seu coração, e guiarei você quando enfrentar esses conflitos, de uma maneira melhor, e que com o tempo eliminará a maioria deles. Segure a minha mão e me siga”.

Deus sempre pedia a minha entrega. “Oh Senhor, tudo o que pedes vai em oposição direta à minha natureza, aos meus desejos e hábitos. Cooperar contigo na minha santificação não é um trabalho fácil, é preciso muito esforço para morrer para o EU!”

“Tudo o que é bom demanda esforço. Sally, filtre seus pensamentos pela Minha vontade antes de você falar. Vou dirigir você para que saiba quando falar e quando não falar. Não corrija seu esposo quando ele dirige o culto, você o está desanimando, você não entende as lutas dele. Se você Me seguir, posso redimir você de ser guiada pelo seu EU. Deixe ele comigo. Quando ele se entregar a Mim, Eu o tornarei o sacerdote do seu lar”. Eu tentei a maneira de Deus. Fiz morrer a minha própria vontade, filtrei o que ia dizer pela vontade de Deus, me entreguei para ser guiada e fiz a Sua vontade. Meu marido se tornou o sacerdote do nosso lar como resultado. Deixar Deus purificar meu coração, minhas palavras e minhas respostas foi a maneira de ter um casamento melhor. Você deseja um casamento melhor? Experimente seguir a maneira de Deus.

A graça de Cristo trabalhando em mim, mudou meus pensamentos, sentimentos e minhas respostas. Meus pensamentos e sentimentos influenciavam grandemente minhas respostas. Por exemplo, ao invés de ter pensamentos de desânimo ou de me irritar, Deus me conduziu para por minhas energias para clamar e me aconselhar com Jesus. “O que quereis que eu faça?” Quando fiz a minha parte, Jesus fielmente me instruiu sobre o que dizer e não dizer, e em que momentos. E assim, nosso casamento melhorou. Minha alegria não dependia mais das mudanças do meu marido. Minha alegria era que Deus estava trabalhando em mim e me transformando.

Deus me pediu para confessar os meus erros, para pedir perdão pelos 5% de culpa que eu tinha nas discussões. Argumentei com Deus que isso era injusto, que meu marido era quem devia me pedir perdão! “Siga-me, Sally. Confie que isso é o melhor que você pode fazer. Não importa se parece que isso vai dar vantagem para seu marido. Tudo o que lhe peço é que Me siga, e Me entregue seu coração”. Fiz a vontade de Deus e meu marido se aproximou de Jesus porque eu mudei. Como resultado, ele pediu perdão por seu erro, o que, naquele tempo, era um verdadeiro milagre. Deus sabe o que é melhor para entrar no coração de todos nós. Ao confiar e seguir a Deus, nosso casamento melhorou com aquela experiência. I repito essa experiência com maior confiança em Jesus a cada oportunidade.

Nas semanas seguintes, Deus me ensinou como ter uma real e positiva experiência de oração intercessória por meu esposo. Isso teve uma influência profunda, poderosa e positiva em nosso casamento. Ele sugeriu que eu dedicasse 15 minutos de oração, diariamente, pelo meu marido. Jesus me ensinou como orar para que meu marido também esteja nas mãos de Deus. Isso foi uma tarefa bem complicada para os meus pensamentos. Ao invés de ficar listando suas falhas para Deus em oração, o que levava ao desânimo, eu o vi como ele poderia se tornar quando se entregasse a Deus. Eu o vi liderando alegremente o culto familiar. Esses pensamentos geraram amor, respeito e emoções positivas para com meu marido. Eu saia da oração cheia de esperança, e não mais com um peso nas costas, como acontecia anteriormente.

Ao fazer oração intercessória, minhas emoções foram transformadas. A esperança substituiu o desespero, o amor substituiu a raiva, e as respostas guiadas por Deus substituíram as respostas humanistas. Fiquei feliz até em liderar nosso culto familiar, não mais guardando ressentimento ou desejando me ver livre daquela atividade. Um grande milagre foi feito por Deus em minha vida.

Tornei-me sensível às minhas palavras e emoções. Deus me conduziu a evitar as expressões “você sempre”, “você nunca”, e outras ilustrações falsas ou exageradas dos erros dele. O EU deve morrer e eu preciso escolher viver por Jesus. Tive que aprender a condensar meu diálogo, enquanto meu esposo teve que aprender a falar mais. Inclinações, hábitos e tendências cultivadas não precisam ser expostas em conflitos ou discussões, ao invés disso, devemos simplesmente obedecer a voz de Deus. Ter uma comunhão com Deus no meio das brigas foi vitalmente importante. Isso pode manter ou terminar um casamento. As bênçãos advindas de obedecer a Deus resultaram na melhora drástica de nossa comunicação. Os conflitos surgiam de vez em quando, mas eu tinha a Deus para me guiar no meio deles, e sempre Ele mostrava uma solução. Um casamento melhor veio com o tempo, mas a paz veio no momento em que decidi seguir Jesus. Havia alegria por ser capaz de fazer o que era certo ao invés de ser escravo do erro.

Quando eu me permitia ser guiada pela natureza carnal e minhas inclinações pecaminosas, o resultado era muita mágoa e coração ferido. Seguir a minha própria vontade é sempre uma maldição. Eu me magoou, meu marido se magoa, e o abismo entre nós fica maior. Escolher servir a Deus e fazer o que é certo, morrendo para o EU, são as melhores coisas que podemos fazer por nossos casamentos.

Os milagres também aconteceram na vida de meu marido. Ao colocar minha necessidade por um sacerdote diante de Jesus, Deus colocou essa convicção no coração do meu esposo, e ele ficou incomodado,  irritado e preocupado. Enquanto ele não decidiu seguir a Jesus e fazer Sua vontade, ele não encontrou paz. Ele lutou com suas dificuldades, mas finalmente se entregou ao chamado de Jesus. Jesus o capacitou para enfrentar os pensamentos e sentimentos de inadequação. Meu marido assumiu seus deveres sacerdotais e desde então tem sido fiel no cumprimento do seu dever. Jesus pode transformar seu casamento também! Está você disposto a morrer diariamente para a vontade própria?

Quando aprendi o poder da oração intercessória, levei muitos problemas para Jesus. Tornei-me muito segura em colocar meus problemas aos pés de Jesus e deixar que Ele apresentasse essas coisas ao coração do meu esposo. Deus fez um trabalho muito melhor do que eu poderia fazer. Eu nunca gostei de conflitos, e entregando essas preocupações para Jesus, eu não precisava brigar sobre nada! Ou precisava? Sempre que chega um momento em que uma pessoa fica confortável com o método que Deus usa, Ele muda o programa, para nos manter dependentes dEle e não dos métodos e técnicas. Não foi o método que transformou nosso casamento, mas foi Cristo, dirigindo o método. Há um tempo certo para ficar calado, e há momentos para falar, para desafiar.

Um casamento melhor, uma melhor comunicação no casamento, uma atmosfera mais pacífica no lar está disponível para todos que buscarem a Deus e permitirem que Ele os guie e seja o Senhor da sua vida. O que você vai fazer? Deus espera sua cooperação para derramar essa grande e transformadora bênção de Cristo em seu casamento.

Traduzido de Sally Hohnberger, www.EmpoweredLivingMinistries.org.

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