segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Quando as Plantas do Conforto Murcham.

"Então o SENHOR Deus fez crescer uma planta por cima de Jonas, para lhe dar um pouco de sombra, de modo que ele se sentisse mais confortável. E Jonas ficou muito satisfeito com a planta. Mas no dia seguinte, quando o sol ia nascer, por ordem de Deus um bicho atacou a planta, e ela secou. Depois que o sol nasceu, Deus mandou um vento quente vindo do leste. E Jonas quase desmaiou por causa do calor do sol, que queimava a sua cabeça. Então quis morrer e disse: —Para mim é melhor morrer do que viver!" Jn 4.6-8


O Senhor Deus fez com que uma planta nascesse a fim de que Jonas se sentisse mais confortável. O calor provocado pelo sol era muito grande e Deus, fez um milagre para que Jonas se sentisse melhor. E eu acredito que o Senhor Deus ainda providencia certas coisas simplesmente para nos alegrar. Jonas nem estava pedindo e, talvez por isso Deus lhe providenciou aquela planta que lhe trouxe sombra. E como Jonas se alegrou com ela! Assim como nós nos alegramos também quando Deus nos providencia algo que nos traga mais conforto. Mas....
No outro dia, o mesmo Deus que fez a planta brotar enviou um bicho que a fez secar. Justamente no momento que Jonas estava mais alegre com ela, a planta morreu. Isso ai! O Deus que fez nascer, também fez morrer. Isso nos ensina algumas coisas.
As provisões e bênçãos materiais que Deus nos dá, com certeza nos deixam alegres, mas, até esta alegria tem que ser sob medida. Isso porque tudo que pertence a esta vida, por mais belo que seja, ainda que venha de Deus, está sujeito a qualquer hora murchar e secar. As únicas coisas que vão durar para sempre são aquelas nossos olhos não podem ver e nossas mãos não podem tocar. O mais, a qualquer hora pode ser atacado por “um bicho”. Quando é um bicho enviado pelo diabo dá para expulsar. Mas, este aqui foi enviado por Deus, e ai, não tem “tá amarrado” que resolva. É, precisamos de discernimento para saber de onde vem o “bicho” que está atacando nossa planta, pois nem sempre é o devorador.
E como Jonas reagiu a isso? Ele ficou zangado, muito zangado, assim como nós ficamos diante de perdas sofridas, principalmente a perda de coisas que nos alegravam tanto.
Jonas ficou tão zangado que desejou até mesmo a morte. Este era o Jonas que não se importaria nem um pouco se todos os ninivitas morressem, mas ficou furioso porque uma planta morreu. Este era um sinal de que Jonas estava dando à planta mais valor do que deveria.
Nós também podemos nos tornar tão insensíveis e inverter os valores a ponto de não nos importarmos com uma epidemia dizimando milhares em determinado lugar. Podemos até mesmo achar que eles merecem esta tragédia por estarem colhendo o que plantaram e por não servirem ao Deus verdadeiro. Podemos achar que os “ninivitas” merecem morrer, pois fizeram pacto com o diabo. Isso tudo, ao mesmo tempo em que somos capazes de ficarmos enfurecidos porque nosso celular se quebrou, ou nossa conexão com a internet não quer funcionar, ou nossa televisão queimou. Em nosso coração, essas plantas que nos dão sombra e tornam nossas vidas mais confortáveis são mais importantes do que pessoas. É justamente por isso que às vezes Deus manda um “bicho” para fazer nossas plantas murcharem.
Que Deus tenha misericórdia de nós.

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sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Casamento, antídoto contra a solidão?

"De onde eu estava podia ver o casal na entrada da casa. A mulher estava chorando e gritando com o homem, que em pé, mantinha as mãos no bolso de um gorduroso avental. Dava para ver algumas tatuagens bem rústicas em seu braço - um típico sinal de quem já esteve na prisão.
Como estava indo na direção deles, ouvi mais claramente a mulher pedir que ele consertasse alguma coisa em seu carro, para que ela pudesse ir embora. A resposta dele foi uma sonora gargalhada!
Naquele momento, me aproximei. Ela, subitamente voltou-se para mim e perguntou se eu poderia ajudar o marido a consertar o carro. Outro policial se aproximou e nós separamos o casal para encontrar uma solução para o problema.
Comecei a conversar com o homem e este me disse que sua esposa estava tendo um caso e o estava abandonando. Perguntei se eles já haviam tentado algum aconselhamento, ao que respondeu que não estava interessado. Disse que a única coisa que queria naquele momento era pegar suas coisas que, segundo ele, ela havia escondido.
Falei, então, com a esposa sobre isso, ao que ela respondeu que só as devolveria se ele lhe desse um dos video-cassetes. Ela mencionou que só queria um dos 3 vídeos que o casal possuía. O outro policial dirigiu-se ao carro daquela esposa, levantou e capô e deu uma olhada para ver se havia algo que pudesse fazer. O marido então caminhou em sua direção, tirou um fio elétrico que faltava no carro e o entregou ao policial. Depois, disse à esposa que ela poderia ficar com o video-cassete se ela lhe devolvesse suas coisas (mais tarde fiquei sabendo
que as "coisas" eram drogas com as quais ele estava negociando).
Quando o esposa entrou na casa, vi duas menininhas paradas no batente da porta, assistindo ao drama que se transcorria na frente delas. Deveriam ter de 8 a 10 anos. Ambas usavam vestidos e carregavam bonecas de pano. Ao lado delas havia duas pequenas valises. Eu não conseguia afastar meus olhos daquela cena e da forma como elas observavam as 2 pessoas a quem mais amavam no mundo, separando-se.
A mulher saiu da casa com um video-cassete em seus braços e o colocou no banco de trás, que já estava lotado. Depois virou-se para o marido e lhe disse onde encontraria suas coisas. Ambos concordaram em dividir as outras coisas igualmente.
Então, foi quase sem acreditar que vi e ouvi o marido apontar para as meninas e dizer:
- Bem, com qual das duas você vai ficar??!
Sem aparentar qualquer emoção a mãe escolheu a mais velha. As meninas olharam uma para a outra e depois a irmã mais velha saiu de onde estava e entrou no carro. A menorzinha, ainda agarrando sua boneca de pano ao peito com uma das mãos e a malinha na outra, acompanhava com os olhos enquanto sua mãe e irmã se afastavam. Pude ver grossas lágrimas escorrendo em suas faces. O único "conforto" que ela recebeu foi uma ordem do pai para que entrasse, enquanto ele se dirigia a um grupo de amigos para conversar.
E ali estava eu... um impotente espectador diante da morte de uma família!" (David R. Johnson, do livro "The Light Behind The Stars").
Que história triste! Acredito que, se fizéssemos uma pesquisa dessa família desde o dia do "SIM" até o trágico evento daquela tarde, descobriríamos inúmeros fatores que a levaram àquela situação. É impossível não pensar que o isolamento e seu conseqüente resultado - solidão - tenham tomado conta do relacionamento do casal.
Sou conselheiro familiar e grande parte de meu trabalho é com casais que vivem nos grandes centros urbanos do Brasil. São locais de grande acesso de pessoas, porém, também são os maiores focos de solidão. Os casais moram sob o mesmo teto, fazem suas refeições à mesma mesa, sentam-se lado a lado no mesmo sofá, e dormem na mesma cama. Porém, há entre eles uma distância emocional, uma falta de intimidade e proximidade. Praticam o sexo mas sem amor. Conversam entre si, mas não se comunicam. Moram juntos, mas na realidade não vivem juntos.
E o mais triste sobre isso é o fato de que certo dia duas pessoas se achegaram uma à outra, com a proposta de juntas, procurarem "driblar" a solidão. E esse realmente foi um dos motivos pelos quais Deus criou a família. ("Não é bom que o homem esteja só"). Porém, pelo fato de muitos não conseguirem aplacar seu sentimento de solidão e nem o do cônjuge, muito pelo contrário, acrescentarem à sua história muitos outros problemas, chegaram a tal ponto de desespero que decidiram "dependurar as chuteiras". Sem conseguir sequer identificar as causas, utilizam como razão a famosa incompatibilidade (inabilidade de viver juntos em paz e harmonia). Em algum lugar, entre a noite de núpcias e a assinatura dos papéis de divórcio, fatores ocorreram causando essa inversão. A compatibilidade tornando-se incompatibilidade e, um dos fatores decisivos, foi certamente o isolamento e a solidão em que se encontravam.
Cada casal possui necessidades emocionais, intelectuais e espirituais, e muitas delas, Deus planejou que fossem supridas do contexto familiar. A alma do ser humano foi criada para viver em família, em comunhão, em amizade. Somos, por natureza, seres sociais. Ansiamos por intimidade e o casamento, é o lugar mais lógico dela ser encontrada e desenvolvida.
Quando um casal resolve se casar, raramente pensa nas necessidades um do outro e, ainda muito menos, em como supri-las. Quando o clima de encantamento se esvai e, ocorre de "alguém mais" entrar em cena, aparentando compreender e suprir as carências do "incompreendido (a)", aí dá-se a inversão do compatível em incompatível de um lado, e o oposto do outro, resultando na infidelidade. Algumas vezes esse(a) amante não é outro homem, ou mulher, mas um emprego, uma carreira, um projeto ou mesmo um hobby.
A leveza do relacionamento se torna em fardo enquanto o casal luta com as finanças, disciplina dos filhos, relacionamento com os sogros, relacionamento sexual, e muitas outras facetas. Enquanto os casais procuram tratar de cada uma dessas áreas, dependendo de como o fazem, o isolamento, como um vírus muito sutil, vai penetrando no relacionamento:
- Começa a sensação de que um cônjuge está se afastando do outro;
- Ambos trabalham fora em carreiras separadas e, pouco a pouco, passam a dar prioridade à própria realização profissional e às atividades pessoais, ao invés de cultivarem e cuidarem do relacionamento conjugal e familiar;
- Há recusa em tratar dos conflitos existentes, os quais poderiam ser resolvidos de forma satisfatória para cada um dos cônjuges;
- Surge o sentimento de incapacidade de agradar ou de atingir as expectativas do cônjuge;
- Brota a atitude de "quem se importa com isso? ", ou "não adianta tentar!";
- Existe a impressão de que seu cônjuge não aprecia ouví-la(o) e que não a(o) entende. Podem até existir palavras, mas elas são vazias, não correspondendo aos sentimentos.
Esses e ainda outros são sinais de que o cônjuge que os estiver sentindo e percebendo, deverá parar e fazer uma avaliação. Sinal de alerta!
- O que está acontecendo?
- O que podemos fazer para interromper este fluxo de desatenções que está nos cobrindo, antes que o mesmo nos sufoque?
Nesse ponto, podemos parar, avaliar nossos sentimentos e, transformar o "vilão" em "mocinho". A palavra solidão geralmente suscita sentimentos negativos. Porém, podemos transformá-la em algo positivo.
Tenho aprendido com meus momentos de solidão. Apesar de ter uma esposa maravilhosa, viajo muito para dar meus cursos e, muitas vezes me sinto só. Nesses momentos, minha alma anseia a intimidade de estar com alguém próximo, com quem compartilhar minhas lutas e alegrias. E esse desejo de intimidade, geralmente me leva a buscar mais ansiosamente o meu Deus. Davi já passava por isso. Veja o Salmo 63 .1: "Ó Deus, tu és o meu Deus forte, eu te busco ansiosamente; a minha alma tem sede de ti; meu corpo de almeja, numa terra árida, exausta, sem água." E o salmo 42.1-2: "Como suspira a corça pelas correntes das águas, assim, por ti, ó Deus, suspira a minha alma. A minha alma tem sede de Deus, do Deus vivo..."
Esses momentos de anseio de intimidade devem, primeiramente, ser supridos com nosso relacionamento pessoal com Deus. Ele merece o primeiro lugar em nossas vidas. Após corrermos para Deus para saciarmos nossa sede n'Ele, é tempo de procurarmos avaliar e trabalhar nosso casamento. Somos seres sociáveis que precisam bem relacionar-se com o próximo. Nossa família deve ser o que temos de mais próximo, depois de Deus. E, por isso mesmo, é onde o inimigo quer implantar a solidão destrutiva. Deixe-me compartilhar algumas sugestões que têm me ajudado.
1. Reconhecimento da ação do inimigo - Jesus disse: "O ladrão vem somente para roubar, matar e destruir; eu vim para que tenham vida e a tenham em abundância." João 10.10. É absolutamente essencial que nos conscientizemos da batalha espiritual. Sua tática é destruir as boas idéias de Deus, e a família é um de seus alvos prediletos. Coloque sua família sob a total armadura de Deus - Ef 6.10-17.
2. Conscientização de que o seu Deus está torcendo por você - Visto que a família foi criada por Deus, Ele é o maior interessado em preservá-la. Corra a Ele quando sentir-se intimidado, frustrado, sozinho, ou mesmo quando estiver em ponto de desespero. Ele não o decepcionará!
3. Cuidado com as expectativas irreais - O relacionamento que se baseia em desempenho, que funciona nas bases de mérito, tem sua motivação com base nos sentimentos. A tendência humana é prestar mais atenção às fraquezas do que às virtudes e isso ocorre, particularmente, em relação aos cônjuges.
4. Compreensão dos papéis definidos tanto do marido quanto da esposa - De forma geral, o papel do marido é proporcionar à esposa um clima de liderança amorosa e o suprimento de suas necessidades emocionais através do amor, cuidado e de uma boa comunicação com ela. Esposa, cabe a você reagir positivamente à liderança dele, seguindo-o. Isso significa respeitá-lo e admirá-lo. Isso implica em ser amiga e amante. Gostaria de desafiar tanto o marido quanto à esposa, para que ambos leiam as passagens de Efésios 5.22-33 e 1 Pedro 3.1-7, e que perante Deus, clamem que o Espírito Santo torne realidade aquelas atuações no dia-a-dia de cada um.
5. Tornando-se seus próprios "amantes" - A preocupação em agradar o outro sexualmente, implica em negar-se a si mesmo e procurar diligentemente aprender quais são os sonhos e necessidades do cônjuge, fazendo o possível para supri-las. Isso implica em um investimento, de forma a cultivar desde palavras à pequenos gestos, com significados apenas conhecidos por ambos.
6. Conflito criado, conflito tratado - Será sempre necessária uma comunicação honesta para tratar os conflitos que surgirem. Isso significa que deverá existir uma confrontação em amor, quando surgirem atitudes ou comportamentos errados ou mesmo inadequados. Por outro lado, também deverá haver um espírito tolerante perante os desacordos, tendo em vista uma negociação. Também os diferentes maneirismos, formas de fazer as coisas e diferenças de opinião, devem ser respeitadas. Os cônjuges devem se comprometer cem por cento com a Palavra de Deus no que se refere às decisões a serem tomadas, atitudes e ações. Um espírito de humildade deve permear o relacionamento.
7. Compromisso integral - Tenho, ao longo de nossos 30 anos de casados, dito muitas vezes à minha esposa Judith que uma das melhores coisas da vida é poder envelhecer ao lado dela. Separação e divórcio são palavras que não existem em nosso vocabulário. Quando sofrimentos, tribulações, conflitos e dificuldades sobrevêm ao nosso casamento, à nossa família, nós os enfrentamos com a graça e o poder de Deus. Juntos, temos atravessado várias adversidades. Esse tipo de compromisso ajuda a construirmos bases de unidade e intimidade.
Queridos, creio que pior do que a solidão física, é a emocional. O isolamento de alma abate e atrofia o ser humano. Que Deus possibilite a conscientização de que podemos aproveitar o tempo em que temos uma família ao redor, para nos achegarmos e desenvolvermos relacionamentos profundos e significativos. E, que nossos momentos de solidão sirvam para nos aproximarmos de Deus e desenvolvermos um relacionamento de intimidade com Ele.
"A intimidade do Senhor é para aqueles que O temem, aos quais Ele dará a conhecer a Sua aliança". Sl 25.14
                                                                                               Pr. Jaime Kemp

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quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

O Caráter de um Bom Casamento


Diz-se com freqüência que um bom casamento é uma "amostra do céu". O companheirismo de que um homem e uma mulher podem gozar em relação ao casamento é uma bênção imensa dada por nosso Criador (Gênesis 2:18-24). Certamente, Deus destinou o casamento a ser benéfico e satisfatório para ambos, o esposo e a esposa. Infelizmente, muitos casais não descreveriam seus casamentos como "celestiais".

Estratégias Inaproveitáveis

O que podemos fazer para termos "bons casamentos"? Homens e mulheres têm tentado várias estratégias para assegurar casamentos bem sucedidos. Muitos têm raciocinado que o modo de ter um bom casamento é casar-se com a pessoa de melhor aparência possível. Conquanto não seja pecado ser fisicamente atraente, a aparência pessoal não é garantia de que uma pessoa será uma boa companheira. O homem extremamente elegante ou a mulher impressionantemente bela com freqüência não dão bons esposos! Outros têm concluído que um casamento espetacular e uma lua-de-mel dispendiosa são o ponto de partida de um bom casamento. Contudo, estas são coisas que não duram muito tempo e quando a grandiosidade da cerimônia e a emoção da lua-de-mel passam, é comum que o esposo e a esposa descubram que sua relação não é realmente muito boa. Ainda outros têm seguido a estratégia de acumular bens antes de casar ou, em alguns casos, de procurar uma pessoa rica com quem casar! Tal segurança financeira constituirá, pensam eles, o alicerce de um bom casamento. Algumas vezes parceiros em al relação assentada sobre a riqueza material pagarão quase tudo para escapar do casamento. O resultado de tais preparativos financeiros é que há mais bens a serem divididos quando o casal se divorcia.

Deverá ser notado que não há nada inerentemente pecaminoso em ser fisicamente atraente, ter um grande casamento e uma lua-de-mel agradabilíssima ou mesmo economizar dinheiro antes do casamento com a esperança de um padrão de vida mais alto. Cada uma destas coisas pode ser uma bênção para um casamento. Nenhuma destas coisas, contudo, resulta necessariamente em um bom casamento. Se desejamos relações satisfatórias, precisamos abandonar as soluções e valores de sabedoria humana e consultar o manual de casamento escrito por Aquele que criou o casamento no princípio. Na Bíblia podemos encontrar toda a informação que precisamos para construir casamentos bem sucedidos.

Instruções Divinas

As Escrituras ensinam que o casamento é destinado a durar até que um dos cônjuges morra (Romanos 7:1-3; Marcos 10:9). Se cada parceiro mantiver esta convicção, o casamento terá uma possibilidade maior de dar certo. Quando aparecem problemas (e sempre aparecem!), tanto o esposo como a esposa empenham-se em resolvê-los em vez de procurar escapar facilmente através do divórcio.

Quando Paulo escreveu sobre as responsabilidades dos cônjuges, ele observou que as esposas deveriam ser submissas a seus esposos (Efésios 5:22-24). Ele ordenou ainda mais que os esposos deveriam amar suas esposas (Efésios 5:25-29). Este amor (na língua grega, "agape") não é de puro sentimento ou mesmo a expressão de palavras vazias, mas é antes o resultado de uma escolha moral e expressa-se em ação. Elcana, pai do profeta Samuel do Velho Testamento, evidentemente amava profundamente sua esposa Ana (1 Samuel 1:1-8). Ele expressou seu amor por ela através de sua generosidade. Além do mais, este tipo de amor busca o bem estar de outros independente do tratamento com que eles retribuem. O apóstolo Paulo descreveu o caráter deste amor em 1 Coríntios 13:4-7. As responsabilidades de amor e submissão incluem outras específicas.

Por exemplo, para amar sua esposa, o esposo tem que se comunicar com ela. Para procurar o melhor bem estar da esposa, ele precisa entender as necessidades e desejos dela. Mais uma vez, observando o exemplo de Elcana e Ana, quando ela estava triste por causa de sua esterilidade e da provocação de sua rival, Elcana procurou descobrir a causa de sua angústia (1 Samuel 1:4-5, 8). Se o esposo comunica a razão para suas decisões, torna-se muito mais fácil para a esposa submeter-se. Sem comunicação adequada entre cônjuges, é extremamente difícil, talvez impossível, ter-se um bom casamento. Comunicação franca entre esposo e esposa permite a cada um entender melhor o outro, evitando muitos desentendimentos. A participação nas opiniões, sonhos e temores através da comunicação permite uma intimidade que ajuda a unir o casal.

Honestidade

Todos os bons casamentos exigem honestidade e discrição de ambos. Tanto esposo como esposa deverão empenhar-se em sempre falar a verdade um ao outro (Efésios 4:25; Colossenses 3:9). Bons casamentos dependem da confiança e uma mentira descoberta destrói essa confiança. A esposa que descobre que seu esposo mentiu para ela em um assunto imaginará que ele no futuro estará mentindo também sobre outros assuntos . . . mesmo que ele esteja falando a verdade. Infelizmente, aqueles que praticam o engano com freqüência acreditam arrogantemente que são muito inteligentes para "serem apanhados". O mentiroso pode freqüentemente cobrir seu engano por algum tempo, mas as mentiras costumam ser descobertas. A esposa que esconde informação de seu esposo está também praticando o engano, uma forma de desonestidade. A suspeita que resulta quando o engano é descoberto ameaça a bela intimidade possível num casamento.

Discrição

Quando duas pessoas vivem juntas ainda que por curto período de tempo, elas podem aprender algumas coisas nada lisonjeiras sobre um e outro. Num bom casamento, o esposo não falará destas faltas de sua esposa com outros. Ele protegerá a reputação dela à vista dos outros, enquanto trabalhará para ajudá-la a melhorar nessas áreas. De modo semelhante, a esposa não discutirá as fraquezas de seu esposo com outras pessoas. A prática de tal discrição encorajará maior intimidade na comunicação dentro do casamento. Cada parceiro sentir-se-á bem partilhando com o outro os pensamentos mais particulares porque ele ou ela sabe que estes pensamentos não serão revelados a outros.

Fidelidade Sexual

Poucas coisas destroem um casamento mais depressa do que a infidelidade sexual. Num bom casamento, cada parceiro tem não somente de se abster de atos abertos de impureza sexual, mas não deve dar ao outro causa para suspeita. O esposo precisa evitar que seus olhos se fixem na direção de outras mulheres e a esposa tem que ser cuidadosa para que seu comportamento a respeito de outros homens seja puro (Mateus 5:27-28).

Respeito

O resumo feito por Paulo das responsabilidades do esposo e da esposa em Efésios 5:33 revela que a submissão da esposa envolve respeito ao seu esposo. Do mesmo modo, o esposo não deverá tratar sua esposa como inferior a ele porque ela voluntariamente aceitou uma posição de submissão (1 Pedro 3:7). Em vez disso, ele deverá tratá-la com dignidade e consideração. Ele não deve diminuí-la nem tratá-la com aspereza ou amargura simplesmente porque Deus lhe deu autoridade na família (Colossenses 3:19).

Altruísmo

O egoísmo está na base de um número incrível de dificuldades matrimoniais. É extremamente difícil viver com alguém que sempre pensa só em si mesmo. Cuidar de uma criança é trabalho duro porque ela não tem consideração com as necessidades e desejos dos outros. Suas necessidades precisam ser satisfeitas imediatamente ou ela fará com que seus pais saibam de sua infelicidade por meio de gritos estridentes! Como adultos, já deveremos ter ultrapassado tal egoísmo, mas infelizmente alguns esposos agem bem dessa mesma maneira. Se as coisas não são feitas como lhes serve, eles ficam trombudos ou têm ataques de cólera, muito parecidos com os das crianças que não sabem de nada melhor. A mulher virtuosa de Provérbios 31 sacrificava-se, trabalhando para prover a sua casa (Provérbios 31:10-31). Cada cônjuge [amadurecido] deverá estar querendo pôr as necessidades e desejos do outro antes do seu próprio, se necessário (Filipenses 2:4; 1 Coríntios 13:5), e os que são infantis não deveriam casar-se!

Paciência

A paciência é o lubrificante que evita que o casamento se aqueça demais quando os problemas provocam atrito entre os parceiros. Uma falta de paciência, no mais das vezes, resulta em decisões insensatas ou irritação. Tiago deu bom conselho quando escreveu "Todo homem, pois, seja pronto para ouvir, tardio para falar, tardio para se irar. Porque a ira do homem não produz a justiça de Deus" (Tiago 1:19-20). A paciência é aquela qualidade que permite a uma pessoa suportar com calma serenidade uma situação que não é ideal ou desejável (longanimidade; Gálatas 5:22; Efésios 4:2; Colossenses 3:12). A impaciência é quase sempre uma forma de egoísmo na qual nos tornamos furiosos porque as coisas não estão acontecendo do modo que queremos que aconteçam. Haverá muitas ocasiões durante um casamento nas quais as coisas não serão ideais!

Humildade

Algumas pessoas não querem admitir nenhuma falha. É inevitável que um cônjuge peque contra o outro. A humildade é a qualidade que permite-nos reconhecer nossa própria falibilidade, admitir nossas faltas e pedir perdão àqueles que tivermos maltratado. A pressuposição de que sempre sabemos o que é melhor ou que nunca cometemos nenhum erro é uma forma de arrogância. Tal arrogância é oposta ao amor (1 Coríntios 13:4). Num bom casamento, ambos os parceiros servirão um ao outro fazendo muitos pequenos favores. A arrogância não permite a "atitude servil" (João 13:1-15). A humildade também ajuda a perdoar os outros que pecam contra nós, porque nos lembra que nós mesmos somos falíveis e freqüentemente necessitamos ser perdoados (Efésios 4:31-32; Colossenses 3:13). No decorrer de um casamento, haverá muitas oportunidades para perdoar seu cônjuge! Ofensas não perdoadas tendem a ser como feridas não curadas, inflamadas; elas afetam severamente a saúde da relação.

Quando alguém está procurando um bom companheiro ou simplesmente tentando melhorar uma relação conjugal existente, estes princípios ajudarão a assegurar um casamento bem sucedido. De fato, muitos desses traços característicos que promovem um casamento bem sucedido podem ser aplicados praticamente em qualquer relação humana para torná-la melhor!

­por Allen Dvorak

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quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Existe Casamento Perfeito?

Existe Casamento Perfeito?

     Quando Deus disse: “não é bom que o homem não esteja só”, Ele estava dizendo que tinha algo especial para colocar ao lado de Adão. E isso, o próprio Deus confirma quando lemos Gênesis cap. 2 versos 21-22, reafirma pela boca de Salomão que escreveu o provérbio no cap.18 v.22 “O que acha uma esposa acha uma coisa boa e recebe o favor do SENHOR, mas infelizmente o homem não soube conservar o que Deus colocou ao seu lado, e dando ouvido a voz da serpente, atraiu para si a condenação pelo pecado através da sua desobediência mas Deus, como é riquíssimo em misericórdia, como diz a sua palavra em Lamentações no capítulo 3 verso 22 “Alcançamos o perdão através do seu sangue derramado na cruz do calvário. Quando nós, homem e mulher, descobrirmos o significado da vida a dois e o que significa sermos uma só carne, como diz em Gênesis cap.2 verso 24 passamos a ter um relacionamento saudável, sentindo a presença de Deus em todos os momentos de nossas vidas. Porque sempre digo; não existe casamento perfeito, mas sim casamento Feliz.

E a Paz de Deus, para a qual foste chamado em um só corpo, domine em vossos corações e sedes agradecidos.

Ev. Josiel Pereira de Mattos

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quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

O Aspecto Esquecido do Casamento!


Na grande controvérsia sobre o casamento, divórcio e novo casamento, tão frequentemente negligenciamos o fato de que o casamento é uma promessa solene – um compromisso de um homem e uma mulher entre si – feita diante de Deus, para toda a vida. Mesmo se não fosse governada pelos decretos especiais dados por Deus (que é), seria pecaminoso quebrar tal aliança.O conceito de honrar o compromisso é um princípio claramente ensinado em todas as Escrituras. Como um exemplo: “Ainda que uma aliança seja meramente humana, uma vez ratificada, ninguém a revoga ou lhe acrescenta alguma coisa” (Gálatas 3:15). Entretanto, o casamento é muito mais do que uma aliança meramente humana (Mateus 19:6).
Uma vez que o pecado de quebrar tal aliança é cometido, como a pessoa volta para um relacionamento apropriado com Deus? A pessoa, sendo cristão ou não, deve se arrepender do pecado. Isto significa que deve haver uma tristeza segundo Deus (2 Coríntios 7: 9-11) e todo esforço de eliminar todos e quaisquer efeitos negativos causados pelo próprio pecado.
Jesus indicou que mesmo nossas ofertas no altar são sem sentido se nosso irmão tem alguma coisa contra nós (Mateus 5:23-24). Nós devemos resolver estes problemas primeiro. Quanto mais devemos resolver os problemas com aquele com quem nos tornamos uma só carne (Gênesis 2:24).
A família é o bloco fundamental da nossa sociedade. A criação de vida nova é confiada por Deus a uma unidade familiar legítima e apenas a esta unidade. Isso é tão importante que Deus foi bem além das considerações dadas acima para nos fornecer a orientação adicional: Mateus 5:31-32; 19:3-9; 1 Coríntios 7; Hebreus 13:4; etc. Aqueles que pensam em casar-se devem dar a isto uma consideração mais séria.
O casamento é para a vida toda. Se você não puder aceitar este fato, cancele seus planos até que aceite. Aqueles que estão mantendo este compromisso agradecem a Deus pelo seu projeto excelente e reconhecem como são abençoados vivendo dentro da lei de Deus. Esposas, honrem seus maridos; maridos, amem suas esposas (Efésios 5:22-33).
Se você não está vivendo pela lei de Deus, reconheça qual destruição você está trazendo sobre você mesmo, sua familía, e a sociedade. Mais importante, pense sobre seu desrespeito para com Deus. “Não vos enganeis: de Deus não se zomba; pois aquilo que o homem semear, isso também ceifará” (Gálatas 6:7).

                                                                                                              David B. Brown

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terça-feira, 18 de janeiro de 2011

A Televisão e a Rotina


Quando meu marido adoeceu e foi para o hospital, fui surpreendida por uma avalanche de novas responsabilidades – as contas a pagar, as compras, os atendimentos às pessoas que chegavam para saber notícias dele, o trabalho, as responsabilidades espirituais, enfim toda administração doméstica. Além de tudo isso, ainda havia a preocupação com sua saúde, acrescida de uma natural incerteza do amanhã. Um dia cheguei em casa à noite, o cansaço era imenso, me deitei no sofá, liguei a televisão e dormi ali mesmo. Quando acordei fiquei assustada, pois eu estava agindo como os homens. Falei com um dos filhos: “Veja a gravidade da situação, estou fazendo da forma que os homens fazem, dormindo em frete à televisão”. Rimos da situação e fomos para a cama.

Na sua casa também o marido dorme com a televisão ligada? Normalmente enquanto a esposa que chegou junto do trabalho prepara uma refeição para as crianças, dá banho no menor, arruma a mesa, serve a janta, lava as louças que ficaram do almoço e ainda recolhe algumas peças de roupa do varal, ele dorme como um rei cansado. Quando acorda, para comer sua comida quente, reclama do barulho que o impediu de ver o jornal (embora seus roncos fossem audíveis). Depois a casa continua em sua rotina e as crianças cansadas começam a brigar por causa da borracha que o outro pegou e ele não pode apagar a tarefa errada. O pai continua mudando de canal vendo a notícia, o futebol, a segunda edição de todos os jornais. A calada da noite chega, a mulher exausta senta um pouco – agora as crianças já dormiram e ela já tomou seu banho, sua bolsa já está pronta sobre a mesa, pois amanhã bem cedo a rotina começa novamente – se não tivesse de levantar tão cedo daria pra verem um filme. A menina dormiu com a boneca, aquela da propaganda e o menino, que engraçado, não vestiu seu pijama, preferiu usar a fantasia de seu super-herói preferido – quem usa pijama é pai. Os dois percebem que estão sozinhos e o marido faz um carinho na esposa – também muito rotineiro – e ela, exausta, aceita o aconchego, afina são casados há dez anos e também esta parte está incluída no seu dia-a-dia. De acordo com o que lhe ensinaram, a mulher não tem poder sobre seu próprio corpo e também não pode privar o homem para que satanás não lhe tente. Semana que vem irá marcar um aconselhamento e provavelmente sua conversa girará em torno de sua falta de entusiasmo e interesse em sua vida íntima. “Será que há algo de errado comigo? Acho que sou culpada, pois meu esposo é um homem muito bom, não deixa faltar nada, é calado, quase não conversa, às vezes fica bravo com o barulho, mas ele tem razão, pois precisa descansar”.

Tenho certeza de que se a televisão estragasse o problema seria resolvido, pois nem ela está percebendo sua fome. Toda família está com saudade da participação do pai – no banho, na tarefa escolar, nas atividades domésticas, na divisão dos papéis dentro de casa, nas brincadeiras, nas gargalhadas e nas lágrimas. Faz muito tempo que não tem um livro novo de história nesta casa, pois não há quem conte. Eles assistem, ouvem e vêem as histórias contadas pelas heroínas da TV. Dentro de poucos anos, ou talvez meses, estes mesmos pais não entenderão a razão de as crianças não terem o menor interesse por leitura, preferindo passar o dia jogando os jogos eletrônicos. Ler é trabalhoso!

Amada, disse a conselheira, o texto que você citou tem uma segunda parte, preste atenção: “A mulher não tem poder sobre seu próprio corpo, e sim o marido; e também semelhantemente, o marido não tem poder sobre o seu próprio corpo, e sim a mulher. Não vos priveis um ao outro, salvo talvez por mútuo consentimento, por algum tempo, para vos dedicardes à oração e, novamente vos ajuntardes, para que satanás não vos tente por causa da incontinência. 1 Co 7:4:5. Você percebeu que a Bíblia se dirige tanto para a mulher como para o homem? A vida, com papéis divididos de forma justa no lar, favorece o casamento em todos os sentidos. Se seu esposo ficasse menos tempo em frente a TV e assumisse funções dentro de casa, até as crianças ficariam empolgadas e passariam a cooperar, vocês poderiam ver um bom programa juntos e ter uma vida muito mais rica e satisfatória em todos os sentidos. Que tal experimentar?

Noeme S. Torres

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Deus e as Tragédias

Toda vez que uma grande tragédia acontece, pensamos: “Onde estava Deus que não a impediu?” A resposta pode até não aparecer para alguns, ou, quando aparece, pode não convencer, mas o fato é que esse tipo de pergunta revela muito sobre nosso entendimento da ação de Deus.
Quando nos perguntamos diante do sofrimento sobre a ação de Deus, estamos mostrando uma visão da vida centrada em nós mesmos. Bem no fundo, o que está alavancando este tipo de questionamento é o nosso sentimento de auto-preservação e o entendimento de que tudo que existe, juntamente com Deus, está ai para satisfazer esse sentimento.
Esquecemos que no Éden o homem lançou fora a perfeita relação que tínhamos com Deus, com o próximo e com o restante da criação. Não somos afetados por tragédias por causa da impotência, ou desinteresse de Deus, mas pelas conseqüências do pecado. Se bem lembramos, o Senhor prometeu morte a Adão e Eva em caso de desobediência. Tendo em vista que nossas relações, com Deus, com o próximo e com as coisas, foram todas distorcidas, não é de se admirar que seres humanos se matem, ou que nossa forma pecadora de transformar o mundo gere tantas mudanças climáticas.
Diante desses fatos, não devemos perguntar onde está Deus, mas, sim, onde nós estamos. Nosso criador continua onipresente e guiando toda a história e acontecimentos, inclusive garantido que nosso pecado traga a conseqüência prometida por ele: morte. No entanto, diante da possibilidade da vida, que nosso Senhor também prometeu, podemos rever nossa posição e mudar nossa forma de agir e pensar, e tratar melhor nossas relações com o próximo e com o resto da criação. Certamente, nossa ação devastadora sobre esse mundo diminuirá e as tragédias serão menores, mas o que nunca mudará é o fato de que o Criador decide quando, onde e como cada um de nós descerá à sepultura. Num mundo de pecado, não há como não haver morte.
                                                             Ricardo Coelho

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sábado, 15 de janeiro de 2011

A Tempestade Chegou! e Agora?


Por diversas vezes nos deparamos com tristes manchetes se tratando de tragédias ao redor do mundo, dentre elas, muitas são de causas naturais e relacionadas ao clima ou algum fenômeno natural devastador demonstrando a furia da natureza. Vemos Furacões, Tsunamis, Tempestades etc…
O que me chama bastante a atenção é que em imagens aéreas ou até mesmo fotografias panorâmicas podemos perceber que nada subsiste à força da natureza. É comum vermos, após furacões apenas as bases de uma casa bem alicerçada que resistiu a tal fenômeno. É a força da natureza arrancando tudo que vê pela frente, onde subsiste apenas aquilo que estiver fortemente fixo à um local sólido e inabalável.
Ao final da tempestade o céu se abre e temos uma luz, uma esperança, um recomeço.Mas apenas para aqueles que resistiram à Ela, A Fúria.

Nós, como cristãos passamos constantementes por ventos que nos balançam e nos provam. Mas a Tempestade não é tão comum, e apenas os que souberam firmar suas bases prevalecem após ela.
Ela vem de varias formas. Pode ser a tempestade do fim do relacionamento; A tempestade da perda de um emprego onde demorou muitos anos pra conquistar seu espaço e respeito; A tempestade da descoberta de uma doença; A tempestade do fim do Casamento; A tempestade da morte de um ente muito querido, enfim, qualquer situação que abale a sua vida de forma que faça você pensar que foi abandonado por Deus.

A palavra do Senhor diz que nós devemos firmar nossas bases na Palavra de Deus e em Cristo, a rocha que não se abala.
O que isso significa? Significa que se você está preso à Deus por causa de algo que ele te deu ou por medo de perder algo que tem, quando o fato temido acontecer, você entrara em conflito consigo mesmo e com Deus. Ainda Não entendeu?
Veja bem, determinados cristãos, acabam por depositar sua confiança em homens e nas coisas deste mundo, centralizam suas vidas em coisas terrenas e, por conta disso, quando estas coisas se desmoronam, a vida desse cristão desmorona junto.
A sua namorada, esposa ou “cortejante” está acima de Deus na sua vida? Você projeta a vida inteira um casamento ou um status social que considera como o “Ápice” de suas realizações? Saiba que, os seus principais planos devem estar firmados em Cristo, NEle e PARA ELE.
A partir de quando entendemos que Deus é nosso Centro, nosso Tudo, nossa rocha inabalável, aprendemos que, esteja você feliz ou não, Deus não deixou de ser Deus.

Terminou o namoro com a Pessoa que mais amava neste mundo? Ainda assim Deus continua sendo Deus.
Perdeu o emprego tão desejado? Deus continua sendo Deus
Foi decepcionado pelos melhores amigos? Deus continua sendo Deus
Perdeu um filho, pai, irmão, cônjuge de forma Inesperada? Deus continua sendo Deus
A tempestade está arrancando árvores, construções, destruindo cidades, mas Deus continua sendo Deus.
Ao final de tudo, Deus sempre continua e continuará sendo Deus eternamente, independente de você reconhecer isso ou não.

Se suas bases estiverem firmadas em Deus e sua fé não for dependente de nada deste mundo, ainda que venha a tempestade, ainda que os montes se abalem, ainda que a terra trema, você prevalecerá!
Quando a tempestade passar e o sol voltar a nascer, você verá que tudo em volta esta acabado, tudo foi levado, mas você continua firme porque sua fé não esta baseada em nada do que se foi junto com a tempestade, mas está firmada naquele que sempre foi o Mesmo ontem, hoje e continuará sendo eternamente porque “Os que confiam no senhor são como os montes de sião que não se abalam, mas permanecem para sempre (Sl 125:1)”.

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terça-feira, 11 de janeiro de 2011

Você é Uma Raridade

Temos a tendência de ser ingratos. Ficamos chateados com minúcias. Se as coisas não acontecem conforme planejamos, ficamos aborrecidos, reagimos com exagerada sensibilidade, resmungamos, reclamamos, ficamos melindrados e insatisfeitos. Mas nem nos damos conta como nossa vida é boa. Espero que as comparações que li recentemente em uma revista abram nossos olhos para a realidade:
A Bíblia nos exorta: "Em tudo, dai graças, porque esta é a vontade de Deus em Cristo Jesus para convosco" (1 Ts 5.18). Veja a seguir alguns dos motivos para dar graças a Deus.
Se, para efeito de comparação, reduzirmos a 100 pessoas a população mundial de mais de seis bilhões, aplicando os mesmos critérios de proporcionalidade hoje vigentes no mundo, chegaremos aos seguintes dados: Nesse grupo de 100 pessoas teríamos 57 asiáticos, 21 europeus, 14 americanos e 8 africanos. Entre as 100, 52 seriam mulheres e 48 homens, 30 brancas e 70 de cor, 30 cristãs e 70 não-cristãs. Seis pessoas deteriam 59% do capital mundial, e estas seriam de origem européia. Oitenta pessoas viveriam em situações quase insuportáveis. Setenta seriam analfabetas e 50 não teriam roupas para se vestir adequadamente. Uma pessoa estaria morrendo e outra nascendo. Apenas uma teria computador e outra teria diploma universitário.
Pense no fato de que você – muito provavelmente – faz parte dos poucos privilegiados que vivem nesta terra e alegre-se por ser uma raridade. Pois, caso tenha acordado com saúde hoje pela manhã, você estará em melhor situação que milhões de pessoas que não sobreviverão à próxima semana. Se nunca esteve exposto ao perigo de uma guerra, à solidão de uma prisão, ao tormento da tortura ou à fome insuportável, então você vive muito melhor do que 500 milhões de outras pessoas. Se você pode ir à sua igreja sem ter medo de ser molestado, preso ou perseguido, ou até de ser morto por sua fé, estará vivendo melhor que três bilhões de pessoas. Se tem comida na geladeira, roupas em seu guarda-roupas, um teto sobre a cabeça e um lugar para dormir, então você é mais rico que 75% dos habitantes da terra. Se tem dinheiro no banco, na poupança ou em sua carteira, então você faz parte dos 8% de abastados deste planeta. Caso seus pais ainda sejam vivos e ainda estejam casados um com o outro, então, realisticamente, você faz parte de uma rara minoria. Se consegue entender estas linhas, você é um abençoado que sabe ler, entre bilhões de pessoas analfabetas.
Com certeza temos todas as razões do mundo para praticarmos aquilo que lemos em Efésios 5.20: "dando sempre graças por tudo a nosso Deus e Pai, em nome de nosso Senhor Jesus Cristo". Ao mesmo tempo, devemos dedicar-nos inteiramente à tarefa de levar a mensagem da salvação, libertação e vida plena em Jesus a tantas pessoas que ainda não têm acesso a ela. (Norbert Lieth - http://www.apaz.com.br)

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O que quer dizer " Primeiro Amor"?

O Que Quer Dizer "Primeiro Amor"

O Senhor Jesus disse à igreja de Éfeso: “Tenho, porém, contra ti que abandonaste o teu primeiro amor. Lembra-te, pois, de onde caíste, arrepende-te e volta à prática das primeiras obras; e, se não, venho a ti e moverei do seu lugar o teu candeeiro, caso não te arrependas” (Ap 2.4-5).
Infelizmente, essa ameaça de Jesus logo tornou-se realidade. A igreja de Éfeso, que se encontrava onde hoje é a Turquia, desapareceu e não há praticamente mais nada que a lembre. No lugar onde antes brilhava a luz do Evangelho por meio da igreja local de Éfeso hoje se proclama o islamismo. Onde antes havia o “candeeiro” da Palavra de Deus, hoje estão os minaretes das mesquitas islâmicas.
A igreja tinha abandonado o primeiro amor, não voltou a ele e isso teve conseqüências desastrosas. Mas, afinal, o que é esse primeiro amor?

O que o“primeiro amor” não é

Ele não é necessariamente o amor que tínhamos no começo de nossa vida cristã (do ponto de vista puramente temporal), quando encontramos a Jesus. O verdadeiro amor é mutável, mas não no sentido de diminuir repentinamente. Vamos ver o exemplo do casamento. Há uma fase inicial de “paixão”, e uma fase posterior de “amor”. Na hora da “paixão”, os sentimentos têm um papel muito forte. Mais tarde essa agitação emocional diminui, mesmo que o amor não tenha diminuído; ele apenas ficou mais constante, afeiçoado e fiel. No começo, o coração bate forte quando abrimos uma carta da pessoa por quem nos apaixonamos. Depois de vinte anos de casamento, provavelmente não sentimos mais tanta emoção quando recebemos um cartão ou uma carta do cônjuge, mesmo que o amor seja muito grande. Isso significa que o amor verdadeiro é mais do que um simples sentimento, que tem papel tão importante quando alguém se apaixona. Depois que a relação se consolida e alguns anos de casamento se passam, o amor de um pelo outro não depende mais só dos sentimentos, mas fica mais constante e profundo.
A igreja de Éfeso, que se encontrava onde hoje é a Turquia, desapareceu e não há praticamente mais nada que a lembre.
Podemos comparar a “paixão” a um motor que é ligado: ele precisa da ignição antes de funcionar. Depois, porém, ele continua funcionando de forma constante, sem que a ignição tenha de ser constantemente acionada. O carro está andando, e nós ficamos satisfeitos em seguir adiante, em direção ao objetivo desejado. Isso ilustra o amor permanente.
Na verdade, é perfeitamente normal que depois de alguns anos seguindo a Jesus, um filho de Deus não tenha mais o mesmo sentimento ou a mesma emoção do início de sua vida cristã. Mas isso não significa necessariamente que agora amemos menos a Jesus do que logo depois da conversão. Podemos estar no primeiro amor mesmo sem essas emoções que nos assaltam.

O que é o“primeiro amor”

Em minha opinião, a expressão “primeiro amor” não se refere tanto à característica temporal, e, sim, muito mais à característica qualitativa, à importância. O essencial é que o amor a Jesus ocupe o primeiro lugar em minha vida, isto é, que ocupe a posição de principal e melhor amor; importa que as prioridades estejam na ordem correta.
Quando um marido passa a colocar os esportes, a televisão ou seu hobby à frente de sua esposa com o passar dos anos (mesmo que lhe seja fiel, que ainda goste muito dela, que não consiga mais imaginar sua vida sem ela e que ela continue cuidando dele o tempo todo), então ele abandonou o seu primeiro amor em relação a ela.
Quando um marido passa a colocar os esportes, a televisão ou seu hobby à frente de sua esposa, então ele abandonou o seu primeiro amor em relação a ela.
Quando a paixão e a devoção a Jesus diminuem, o primeiro amor por Ele já foi abandonado. Esse principal e melhor amor não pode ser substituído por perfeccionismo, nem por esforços e perseverança, nem evitando maus pensamentos e ações. Revelar o mal, trabalhar e sofrer para o Senhor também não resolve. Isso tudo é bom e necessário, afinal, o próprio Senhor reconhece que são atitudes elogiáveis (Ap 2.2-3); mas elas também podem partir de um hábito puramente mecânico, e ficar engessadas em formalismo e tradicionalismo.
Por ocasião de seu jubileu de ouro no serviço militar, Paul von Hindenburg (1847-1934) [que mais tarde foi presidente da Alemanha], recebeu altas honrarias. Sua resposta foi modesta: “À guerra, o espírito – ao rei, o coração – à pátria, o sangue – a Deus, a honra!” Mas Deus quer nosso amor inteiro e completo, sem dividi-lo com ninguém (Mt 22.37). Nosso espírito, nosso coração e nosso sangue pertencem somente a Ele. O Senhor não quer somente a honra, mas toda a devoção dos que que se voltam para Ele em amor.
O amor verdadeiro é mais do que um simples sentimento, que tem um papel tão importante na paixão.
Em muitas igrejas tudo corre conforme os padrões bíblicos, e não há nada que se possa dizer contra elas. Ainda assim, falta o primeiro amor ao Senhor, pois a vida estruturada da igreja assumiu o lugar de Jesus Cristo. O Senhor Jesus sempre deve estar em primeiro lugar. Esse primeiro amor a Ele é que deve impulsionar o que fazemos por Ele, e não o contrário. Penso que era isso que Jesus estava querendo dizer aos cristãos da igreja em Éfeso: para eles, agir em nome do Senhor vinha antes, e o amor profundo a Jesus estava só em segundo lugar; a rotina descompromissada tinha passado acima da vida espiritual.

Um exemplo de primeiro amor por Jesus

Lemos em Lucas 10.38-42: “Indo eles de caminho, entrou Jesus num povoado. E certa mulher, chamada Marta, hospedou-o na sua casa. Tinha ela uma irmã, chamada Maria, e esta quedava-se assentada aos pés do Senhor a ouvir-lhe os ensinamentos. Marta agitava-se de um lado para outro, ocupada em muitos serviços. Então, se aproximou de Jesus e disse: Senhor, não te importas de que minha irmã tenha deixado que eu fique a servir sozinha? Ordena-lhe, pois, que venha ajudar-me. Respondeu-lhe o Senhor: Marta! Marta! Andas inquieta e te preocupas com muitas coisas. Entretanto, pouco é necessário ou mesmo uma só coisa; Maria, pois, escolheu a boa parte, e esta não lhe será tirada”.
Marta empenhou tudo para que Jesus fosse recebido dignamente com a melhor comida e bebida, e com certeza não fez isso sem amor. Mesmo assim, o Senhor precisou adverti-la; mas sua irmã Maria foi elogiada por Ele. Devemos fazer uma coisa sem deixar a outra de lado – mas as prioridades devem estar na ordem certa. Esse acontecimento mostra que Maria escolheu a atitude melhor, o que nos dá um exemplo do “primeiro amor” a Jesus. Importa primeiro sentar aos Seus pés, ouvir a Sua palavra e reconhecer a Sua vontade. Esse primeiro amor ao Filho de Deus não existe sem que a Sua vontade seja feita. Mais tarde, a mesma Maria derramou o ungüento precioso sobre os pés de Jesus. João 12.3 nos relata essa ação: “Então, Maria, tomando uma libra de bálsamo de nardo puro, mui precioso, ungiu os pés de Jesus e os enxugou com os seus cabelos; e encheu-se toda a casa com o perfume do bálsamo”. Maria “escolheu a boa parte”, a melhor, a superior, “e esta não lhe será tirada”.
Que contraste com as palavras de Jesus: “Tenho, porém, contra ti que abandonaste o teu primeiro amor”. O primeiro amor havia sumido e por isso a igreja de Éfeso corria perigo de perder sua luminosidade. No exemplo acima, quem brilha mais? Marta ou Maria?

“Primeiro Jesus!”

É muito importante ouvi-lO e adorá-lO por meio do estudo da Bíblia, da oração, do silêncio em Sua presença.
A visita de Jesus à casa de Maria e Marta e o ato de amor de Maria mostram claramente a importância que o Senhor dá à dedicação completa de todo o nosso amor a Ele, ao nosso viver com Ele e a partir dEle e ao serviço devotado que brota dessa ligação vital. O princípio é este: primeiro amor profundo a Jesus e só então serviço em Seu favor. É muito importante ouvi-lO e adorá-lO por meio do estudo da Bíblia, da oração, do silêncio em Sua presença. Infelizmente é possível esgotar-se pelo Senhor mesmo que tenhamos nos tornado indiferentes em relação à comunhão com Ele. Devemos fazer o primeiro sem desprezar o segundo – ou teremos abandonado o primeiro amor.
O principal amor deve ser devotado ao Senhor Jesus, que amou primeiro os Seus – por meio de Seu sofrimento e da Sua morte vicária na cruz, assim como através de Sua ressurreição e ascenção aos céus. Em outras palavras: Ele precisa ser o primeiro em nossas vidas. O Senhor Jesus expressou dessa forma radical a seriedade absoluta com que encara esse primeiro amor a Ele: “Quem ama seu pai ou sua mãe mais do que a mim não é digno de mim; quem ama seu filho ou sua filha mais do que a mim não é digno de mim” (Mt 10.37).
A palavra grega para “primeiro” é “protos”, que refere-se menos à importância cronológica e mais à importância qualitativa. Assim, o “primeiro” amor é o “melhor” amor. Podemos derivar disso também expressões como “lugar de honra”, “líder”, “ser o primeiro” ou “assumir o lugar principal”. No tabernáculo, o lugar santo antes do Santo dos Santos também era chamado de “primeira tenda” ou “tenda anterior”. Ali os sacerdotes atuavam na presença direta do Senhor; não havia mais nada entre eles. Também isso revela a vontade do Senhor: que vivamos tão diretamente com Ele e na Sua presença, que Ele tenha o primeiro lugar em nossas vidas!
O Senhor quer que vivamos tão diretamente com Ele e na Sua presença, que Ele tenha o primeiro lugar em nossas vidas!
A mesma palavra grega “protos” também é usada na parábola do filho pródigo, que voltou para o pai totalmente empobrecido e com as roupas rasgadas. Este mandou lhe trazer a primeira, isto é, a melhor roupa: “Trazei depressa a melhor roupa, vesti-o...” (Lc 15.22). Não se tratava de uma roupa de festa que o filho talvez já tivesse usado em ocasiões passadas, mas, sim, da principal roupa de festa.
O Senhor encontrou muitas coisas boas entre os cristãos da igreja em Éfeso (cf. Ap 2.2-3), mas Ele em si não era mais o Melhor e Primeiro entre eles. Alguém disse, com muita propriedade: “O bom é inimigo do excelente”. Mais uma vez: o melhor – o primeiro amor a Jesus – deve vir antes de qualquer outra coisa. Quando permitimos que algo venha antes do “primeiro amor”, então este passa a ser o segundo ou até mesmo o terceiro amor.
O seu amor pertence primeiro ao Senhor Jesus? Ele tem prioridade absoluta em sua vida? Você realmente coloca todo o resto depois dEle em sua vida? Você se esforça para prestar atenção ao que Ele diz quando procura lhe falar por meio de Sua Palavra na Bíblia, a fim de ter comunhão verdadeira com Ele? Você continua a amar o Senhor Jesus sobre todas as coisas quando perde tudo aquilo que lhe é caro, quando, por algum motivo, não pode mais trabalhar ou se movimentar? Você aprendeu a amá-lO sobre todas as coisas? Você escutou e aplicou a tempo em sua vida a advertência de Jesus para os cristãos de Éfeso? O Senhor descreveu o significado do verdadeiro discipulado com estas palavras extremamente sérias: “Assim, pois, todo aquele que dentre vós não renuncia a tudo quanto tem não pode ser meu discípulo” (Lc 14.33).
Certa vez Charles Haddon Spurgeon contou esta emocionante história, que combina muito bem com o tema do “primeiro amor”: “Nós amamos nossas famílias, mas em comparação a Ele podemos odiar pai, mãe, irmãos e irmãs por amor do Seu nome. Quando certo mártir estava para ser queimado, trouxeram-lhe sua esposa e seus onze filhos para tentar convencê-lo a renegar sua fé. Ordenaram aos seus familiares que um a um se ajoelhassem à frente dele, pedindo-lhe que negasse sua fé e vivesse por amor à família. Mas, beijando um após o outro e demorando-se junto à mulher amada, ele disse: ‘Por amor de vocês, meus queridos, gostaria de fazer algo que me permitisse continuar vivendo com minha família; mas como se trata de Cristo, meu Senhor, preciso me afastar de vocês”’. (Norbert Lieth Norbert Lieth - http://www.chamada.com.br/)

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segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

A Roça do Louco

 


Por Nalon C.

(Uma estória que ilustra verdades que passam desapercebidas).

Vi, entre homens, um que parecia não ser de bom senso.

Fazendo uso de um pedaço de chão que lhe pertencia, foi semeando sem selecionar sementes ou mudas. Qualquer semente que encontrava, levava consigo, plantava e deixava crescer.
Certo dia, visitando a lavoura observou uma bela moita, caules coloridos, folhas grandes, cor característica, com presença de alguns espículos. Convidou a esposa, levando também a filhinha para admirarem a linda "folhagem". A esposa, que também nada entendia de botânica, resolveu fazer dessas folhas um belo molho para enfeitar a sala. A filhinha encarregou-se de levá-los.

Pouco depois, mãe e filha tinham o doce prazer de se coçarem, prurido doloroso, a ponto de seus olhos lacrimejarem. A pele toda empolada sugeria uma urticária gigante. Sofreram bastante por não conhecerem a traiçoeira Urtiga.

Numa outra visita à lavoura, encontrou bem amadurecido certo capão de gramíneas. Pensou consigo: Se não é trigo é arroz. Formou grandes feixes de cachos, levou-os para casa e disse para a mulher: Estenda um lençol; vamos colher este arroz. Assim, enrolou bem aqueles molhos, comprimiu os cachos, espetou bastante as mãos, feriu-se todo, e nada de grãos de arroz. Estava a colher carrapichos.

Lavado o lençol, puseram-no na cama, mas ninguém conseguiu dormir. Lá estavam os minúsculos espinhos entre o tecido para tirar-lhes o sossego.

Perdeu seu tempo, feriu suas mãos; sua esposa perdeu a paciência e tratou-o mal com duras palavras. Passaram noites mal dormidas, desgastaram seus "nervos" e acabaram queimando o lençol para dar fim ao sofrimento.
Certo dia ele estava a lastimar: Não tenho sorte! Minha vida é uma contínua colheita de sofrimentos!

Você conhece esse louco?

Pode ser que algumas pessoas ao olhar num espelho o reconheça.

Como vão as colheitas no seu campo de ação? Tudo está bem em casa? Muitas brigas? Falatórios? Caras feias? Choros? Angústias? Depressões? Inimizades? Úlceras? Ciúmes? Conflitos entre pais e filhos? Ou confiança, segurança, liberdade e muito amor?

Há cerca de dois mil anos, o grande filósofo cristão afirmara: "tudo o que o homem semear, isso também ceifará".

Se a colheita não está sendo boa em algum campo de suas atividades, seja prudente. Mude logo a qualidade da semente e verá que nos dias futuros a boa colheita certamente virá. Mas, lembre-se: cada atitude, cada gesto, cada palavra, é uma sementinha que você está plantando, e que a seu tempo dará seu fruto. Compre de graça a boa semente no celeiro de Deus (a Bíblia Sagrada) e esteja certo, que não tardará muito a se deliciar com uma boa colheita que jamais terá fim.

"Não se deixem enganar: de Deus não se zomba. Pois o que o homem semear, isso também colherá. Quem semeia para a sua carne, da carne colherá destruição, mas quem semeia para o Espírito, do Espírito colherá a vida eterna" - Gálatas 6.7-8 (NVI).

E.A.G.

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sábado, 8 de janeiro de 2011

“Amaro” e Chá de Boldo


Outro dia estava bem triste... Quem sabe me questionem: quem algum dia não está? Só que a minha tristeza era bem diferente. Não aquela tristeza de quando tiramos uma nota baixa na escola, ou nosso time preferido perde o campeonato, ou temos de fazer algo bem chato enquanto todos se divertem. Minha tristeza parecia algo mais aterrador, porém sutil. As coisas mais belas, as datas mais divertidas, as atividades mais requisitadas pareciam perder todo seu sabor. Os dias, e principalmente as noites, sempre iguais passavam de forma que a vida era perdida por simplesmente em viver (que coisa!).


Pensei comigo: isso só pode ser depressão, alguma coisa há de errado. Procurei pela primeira vez um psicólogo; eu disse a ele o que sentia e que minha vida parecia uma casa cheia de móveis velhos. Embora os estudos de Freud e Jung tenham funcionado com tantos, foram sem sentido em meu caso. Nessas horas o que a gente quer mesmo é ficar perto dos amigos, mas minha opção vocacional afastou-os, e por fim, os que a vocação tinha ganhado, esses se afastaram de mim... Calma rapaz! Muitos no mundo estão vivendo, ou vivem da mesma forma, e você ainda tem uma vantagem sobre alguns: conhece o Deus verdadeiro. A primeira coisa que logo se quer é orar; foram muitas noites de oração, algumas vencidas pelo cansaço do cotidiano outras vencidas pela “caixa das ilusões” (sem TV nos vemos melhor). A cada busca mais e mais intensa não obtive as respostas, situação essa que me pesou muito. Será pecado ou juízo divino? Perguntei a mim mesmo. Então vasculhei em minha mente supostos pecados, porém só encontrei os presentes na nossa natureza, e como não creio num Deus que faz os outros sofrerem de graça, me calei. Mas precisa encontrar o socorro, antes que perdesse o sentido.

Então fiz o que mais gosto de fazer: passear nas ruas, se bem que dessa vez foi na praia. Lembro de algumas vezes, quando morava em outra cidade, ir andar na praia; era um dos momentos mais sagrados que podiam existir. Mais uma vez levei as Escrituras, precisava crer mais um pouco em Deus. Lia o livro de Eclesiastes, talvez por se tratar do relato mais humano que a Bíblia descreve. Deparei-me então com estes versículos: Melhor é a mágoa do que o riso, porque a tristeza do rosto se faz melhor o coração. O coração dos sábios está na casa do luto... (Ec. 7:3-4a).

Imagine minha mente; em meio a tantas tristezas ouvi que o melhor remédio é própria tristeza. Vivo numa sociedade onde se valoriza muito “o importante é ser feliz” e ouço a cada dia o evangelho do “Jesus é euforia”, querendo ou não nossa mente fica permeada por esses equívocos. Então como resolver a questão?

Talvez o amado leitor que me conheça nessa hora esteja pronto orar por mim ou a enviar um cartãozinho com aqueles versículos que nos “levam pra cima”. Foi só aí que compreendi que a coisa não é assim...

Quando as torres gêmeas do World Trade Center caíram pelos ataques terroristas, Billy Graham foi questionado por alguns ouvintes de rádio com a seguinte pergunta: “onde está Deus agora?” Então o sr. Graham respondeu: “Por que você não pergunta onde Ele estava quando as torres estavam de pé?” Aprendi que Deus pode ser encontrado em meio à tristeza como se a mesma pegasse-nos sempre de surpresa e aí viria o “bombeiro” Deus para pagar as chamas da angústia. Como se nós mesmos não merecemos tal coisa. Entretanto, porque não encontrá-lo na tristeza? A diferença? É que a segunda opção apresenta um quadro de um Deus cruel que quer a tristeza permanente na vida de seus santos. Não podemos acreditar que as “torres” vão cair e aí vem a percepção de algo está descontrolado. A tristeza, como diriam alguns, é um mal necessário para a vida humana, um cálice amargo que deve ser tomado para se manter sóbrio e confiante. Aí voltei a pensar em mim; porque será que eu gosto do bombom “Amaro” e do chá de boldo? “Que gosto ruim!” Devem muitos pensar. Talvez seja uma predisposição interior para aceitar que a tristeza sempre deve fazer parte de nossa vida, mesmo de maneira singela. Visitar o enterro nos faz meditar que a vida deve ser vivida com moderação sem euforias e futilidades. Porque não viver a alegria de se estar sério? Chá de boldo deveria fazer parte de nossa dieta, vocês não sabem o poder reflexivo de uma xícara de chá! Cecília Meireles disse que o poeta não é alegre e nem triste, talvez isso seja um conforto para minha alma doída. Olhem só!!! O sentimento angustiante passou! [Ahhh!] Porém a tristeza permanece...

Essa reflexão não terminou como as novelas; de maneira sonhadora em que todos os mocinhos terminam numa felicidade utópica. Como disse é difícil compreender porque este “incômodo” deve permanecer, porque deve fazer parte de nós, porque visitar túmulos vai nos fazer sábios. Pois é, nem sempre na vida temos nossas respostas, mas enquanto elas não vêm, aceita uma xícara de chá de boldo?

Deus no ajude a andar em graça...


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sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

Erguei os Olhos… ( Ver Alem das Dificuldades)


Não dizeis vós que ainda há quatro meses até à ceifa Eu, orém, vos digo: erguei os olhos e vede os campos, pois já branquejam para a ceifa. (João 4:35) No texto em destaque (Jo. 4.35) Jesus ordena aos seus discípulos que ergam os olhos e vejam como os campos branquejam para a ceifa. Ele estava se referindo à visão espiritual, à conversão de vidas, à salvação. Tal diálogo acontece no intervalo da conversa com a mulher samaritana á beira do poço e seu retorno com uma multidão de pessoas. {Vejamos algumas lições que podemos tirar do texto:

Na comparação entre o período natural da colheita agrícola Jesus ensina que a sua obra não é contingenciada pelos labores individuais, mas pelo agir de Seu Espírito. Notem: a colheita que eles presenciariam não era fruto de seus esforços. Deus, anteriormente, já havia enviado seus mensageiros para gerarem o anseio de salvação na vida daquelas pessoas e, agora, uma mulher, cheia de defeitos e até marginalizada pela sociedade, para anunciar Sua chegada, e essa mulher samaritana que nem o nome é referido não tinha curso de formação evangelística ou preparo teológico, ela simplesmente havia se encontrado com o Mestre.

O resultado que os discípulos puderam presenciar foi a grande aceitação por parte dos samaritanos da pessoa de Jesus. Algo que transcendia a própria razão. Notem: Eles queriam ficar com Jesus todo o tempo. O fato de Ele ter permanecido dois dias somente, foi por decisão Dele de ir para à Galiléia.

As vezes nós percebemos todas as dificuldades que estão diante de nós e deixamos de ver a atuação de Deus que há muito tem conduzido a história e, como aconteceu com aqueles samaritanos, tem aberto o coração dos homens para ouvirem e receberem a Jesus como Senhor de suas vidas. Não adianta apresentar desculpas de tempo ou de falta de preparo para o Mestre. Precisamos sim, é levantarmos os nossos olhos e olhar para Deus, pois é Ele que conduz a sua obra, é Ele que capacita as pessoas e prepara os corações dos homens para receberem a salvação. Veja além das dificuldades, tenha a visão de Cristo na sua vida, saiba que Deus é soberano e lance-se à colheita de vidas para o Seu reino.
Pr. Sérgio Roberto

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Deus se Importa SIM!



"Eis que já te purifiquei, mas não como a prata; escolhi-te na fornalha da aflição" - Isaías 48:10.


..."Ser escolhido na fornalha da aflição"... isto deve promover arrepios em muitas pessoas... mas, assim Deus trabalha!
Quero aproveitar para escrever algo sobre as situações de desventuras que acabam sobrevindos sobre os cristãos. Talvez sejam cinco mensagens. Oro ao Senhor para que o coração de muitos seja ministrado pela Sua Palavra, cujo objetivo maior é glorificar ao Senhor!

Por que desventuras acontecem com pessoas boas, excelentes e verdadeiramente cristãs? Por que cristãos autênticos e verdadeiros são acometidos de enfermidades ou outras situações terríveis? Como pode isso?
Será que eles deram brecha em suas vidas? Será que eles cometeram algum pecado para tal infortúnio lhes ocorrer? Será que é para se manifestar a glória do Senhor como aconteceu com aquele cego? (João 9:1-3).

Não existe resposta preparada e que satisfaça para este tipo de questão, a menos que a resposta seja pela fé e igualmente aceita pela fé. A Própria Bíblia nunca ofereceu respostas muito fáceis para o sofrimento e para os sofredores, pois Deus sempre teve outros planos para o homem quando o colocou no Éden. Os pregadores evitam de abordar tal assunto por considerarem deprimente, assim, vale mais pregar um evangelho triunfalista que dificilmente menciona que Eliseu morreu vítima de uma enfermidade (2 Reis 13:14), ou o fim que tiveram cada um dos apóstolos do Senhor Jesus Cristo. (Hebreus 11). Mas, trata-se de realidade que peregrinos em terra estranha enfrentam...

Joel A. Freeman, capelão do time da NBA Washington Bullets escreveu um livro sobre este assunto intitulado "Deus não é justo" (Ed. Candeia). O que deve nos confortar é que Deus SEMPRE trabalha nestas coisas para o nosso bem. Pode não parecer, mas é verdade. Quando está escrito na Bíblia que “no mundo teremos aflições, mas é para termos bom ânimo, pois Jesus venceu o mundo”, pelo menos três certezas podemos ter:

a) Está escrito na Palavra quer aceitemos ou não.
b) Foi escrita para os cristãos e não para ímpios.
c) Certamente acontece, pois a Palavra não passa e Deus não mente.

Interessante o conceito de “aflição” e de “provação” dado por Joel A. Freman.

Aflição:

"Experimentar angústia contínua devido à pressão das circunstâncias ou o antagonismo das pessoas, geralmente aquilo que vem de fora e sobrecarrega a alma; oportunidade dada por Deus para superar os efeitos debilitantes das mágoas pessoais e, ajudar outros a enfrentarem dificuldades". (p.109)

Isaias 48:10: “Eis que te acrisolei... provei-te na fornalha da aflição”.

Provação:

"Os testes ardentes, destinados à vitória e não à derrota, que determinam as inclinações de nossos corações; inclinações positivas para com Deus revelam seus servos aceitáveis, aprovados, dignos de confiança; eventos que são como elogios de Deus, indicando sua percepção de que somos suficientemente amadurecidos para resistir ao calor mais intenso; o processo de provar e testar". (p.112).

Jó 23:10: “Se ele me provasse, sairia eu como o ouro”.

É difícil em momentos pelos quais passamos entendermos ou assimilarmos estes ensinos. Parece que Deus não se importa conosco. Será? Através dos olhos da misericórdia Ele olha para além de nossas faltas e vê nossas necessidades, pacientemente considerando-nos como "produtos acabados" - mesmo enquanto estamos ainda em processo de construção e de acabamento.

...Continua...   
                               Vilson Ferro Martins

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terça-feira, 4 de janeiro de 2011

O Segredo do Matrimônio

O café da manhã que mamãe preparava era maravilhoso!

Embora fôssemos uma família humilde, minha mãe sempre preparava com muito carinho a primeira refeição do dia. Era ovo frito com farinha, outro dia era ovo escaldado, depois era bife com pão, linguiça com ovo e pão… Tudo feito com simplicidade.

Ao acordar, naquela manhã, quando retornei da “lua-de-mel”, para ir ao trabalho, pensei que encontraria a mesa posta, o café da manhã preparado.
Como estava acostumado com a casa da mamãe, pensei que acordaria com aquele gostoso cheirinho que vinha sempre da cozinha lá de casa.
Olhei para o lado e vi minha esposa, Neusa, dormindo profundamente. Feito um anjinho – de pedra! Raspei a garganta, fiz barulho tentando acordá-la.
E Nada! !
Fui para o trabalho irritado, de barriga vazia. O local do trabalho ficava a uns cinco minutos do apartamento que alugávamos.

Ao me sentar na mesa de trabalho, sentindo a estômago roncar, abri a Bíblia no seguinte trecho: “O que quereis que os homens vos façam, fazei-o também a eles” (Lc. 6:31). 

Disse pra mim mesmo: “O Senhor não precisa dizer mais nada”. 

Lá pelas nove horas da manhã, hora em que se podia tirar alguns minutos para o café, dei um jeito de ir até o apartamento, não sem antes passar em uma padaria e comprar algumas guloseimas.

Preparei o café da manhã e levei na cama para Neusa. Ela acordou com aquele sorriso tão lindo!

Estamos para completar Bodas de Prata. Nesses quase vinte e cinco anos de casamento, continuo repetindo esse gesto todos os dias. E com muito amor!

Estou longe de ser um bom marido, mas a cada dia me esforço ao máximo…

Tenho muito a melhorar, tenho de ser mais santo, mais paciente, mais carinhoso. Sinto-me ainda longe disso, pois o modelo que estou mirando é Jesus: “Maridos, amai a vossas mulheres, como Cristo amou a Igreja e se entregou por ela” (Ef 5,25)
O matrimônio é um desafio, pois a todo o momento temos que perdoar e pedir perdão.
A cada dia temos que buscar forças em Jesus, pois sem Ele nada podemos fazer (Jo 15,5). Quando Paulo se despedia dos cristãos em Éfeso, citou uma bela frase de Jesus (que, aliás, não está nos Evangelhos):
É maior felicidade dar que receber” (At 20,35). Quando se descobre isso no matrimónio, se descobre o princípio da felicidade.

Por que muitos casamentos não têm ido adiante?
Porque o egoísmo tomou conta do casal. É o “cada um por si” que vigora. Estamos na sociedade do descartável: copo descartável, prato descartável, etc.

Pessoas não são descartáveis, porém, o que não é descartável precisa ser cuidado para ser durável.
O mundo precisa do testemunho dos casais de que o matrimônio vale a pena! E, para que isso aconteça, é necessário um cuidado amoroso e carinhoso por parte do marido e da esposa. Ambos têm o dever de cuidar um do outro com renovados gestos de carinho e perdão diariamente.
É preciso declarar, todos os dias o amor, em gestos e palavras. A primeira palavra que sempre digo para minha esposa ao iniciar o dia é: “Eu amo você”.

Não é fácil dizer isso às vezes, pois muitas vezes acordo de mal comigo mesmo. Então, faço uma oração pedindo o Espírito Santo e Ele me dá a força do amor para amar aquele dia. Recebo de Deus a força do perdão. Faça isso agora também. Declare seu amor!

Aos solteiros e aos que ainda não se casaram, quero dizer o seguinte:Se você estiver pensando em casar para ser feliz, não se case! Fique como está, solteiro mesmo”.

Mas, se sua intenção é casar para fazer alguém feliz, case-se e você será a pessoa mais feliz do mundo! O segredo da felicidade é fazer o outro feliz! Quem disse isso foi Aquele que mais entende de felicidade: “JESUS”.

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Deus Continua Odiando o Divórcio.

Pois eu odeio o divórcio e também odeio aquele que se veste de violência, diz o SENHOR Deus de Israel. Portanto, cuidai de vós mesmos, diz o Senhor dos exércitos, e não sejais infiéis. (Ml 2:16 – AS21)


A ideia de que casamentos não duram para sempre, já é aceita por grande parte da população atual, com muita naturalidade. Tanto é verdade que só no Brasil, entre o ano de 1984 e o ano de 2007 o número de divórcios aumentou cerca de 200%, segundo os dados do IBGE. Lamentavelmente, para cada quatro casamentos, foi registrada uma dissolução [Fonte: http://g1.globo.com/ 20/01/2010]. A instituição divina, chamada família, está em perigo! O que será que Deus pensa disso? Como ele encara o divórcio? A resposta está nas páginas das Sagradas Escrituras. O livro do profeta Malaquias, em especial, traz uma palavra esclarecedora de Deus sobre este assunto.


Uma das marcas dos israelitas da época de Malaquias era a indiferença. Eles haviam perdido o vigor da geração dos seus avós. Adoravam de forma mecânica. O culto agradava os homens, mas não agradava a Deus. “Por conseguinte, os alicerces do lar começaram a ruir. O divórcio estava se tornando cada vez mais comum entre o povo da aliança” [PAPE, Dionísio. Justiça e esperança para hoje: A mensagem dos profetas menores. São Paulo: ABU, 1982 pág. 128]. Daí a declaração mais explícita de Deus com relação ao divórcio (Ml 2:16).


1. Eu odeio o divórcio: Malaquias é enfático ao revelar a posição de Deus sobre o divórcio. Ele foi direto. Sem rodeio algum disse: Pois o Senhor, o Deus de Israel, diz que odeia o divórcio (Ml 2:16a BV). O verbo “odiar” - no hebraico sane’ -, exprime uma atitude emocional diante de pessoas e coisas que são combatidas, detestadas, desprezadas e com as quais não se deseja ter nenhum contato ou relacionamento [HARRIS, R. L. (org.) Dicionário internacional de teologia do Antigo Testamento. São Paulo: Vida Nova, 1998 pág. 1484]. Deus odeia o divórcio de verdade! Divórcio é rompimento, é separação. O divórcio é como um facão que destrói o que Deus uniu. É a apostasia do amor. Deus o odeia tanto, porque criou o casamento para ser uma união indissolúvel! Em seus dias, o profeta Malaquias assistia um desmoronamento do lar em Israel, com a deterioração dos casamentos. Muitos homens judeus estavam divorciando-se de suas mulheres judias, e casando-se com mulheres pagãs: filha de um deus estrangeiro (Ml 2:11). Uma voz de alerta precisava ser levantada urgentemente. Isto aconteceu. O Senhor, através de Malaquias, condenou estes divórcios detestáveis, e estes novos casamentos corruptos no meio do seu povo. Condenou com veemência, afinal, quando um homem e uma mulher se casam, ele próprio é testemunha (Ml 2:14). Que ninguém se faça de desentendido diante desse sério alerta: Deus odeia o divórcio!


2. Eu odeio... aquele que se veste de violência: Na versão Almeida Revista e Atualizada, esse mesmo texto, diz que Deus odeia aquele que cobre de violência as suas vestes (Ml 2:16b). Qual a razão de Malaquias falar de “vestes” e de “violência”? A razão é cultural. No Brasil, por exemplo, quando um rapaz pede uma moça em casamento, geralmente, ele coloca um anel de noivado em seu dedo. Todavia, no antigo Israel, o homem colocava uma ponta de sua veste sobre a mulher (cf. Rt 3:9; Ez 16:8) [WIERSBE, W. W.Comentário Bíblico Expositivo: Antigo Testamento. Santo André: Geográfica, 2006, Vol. 4 pág. 597]. Amparado por esse contexto cultural, o que Malaquias está dizendo é que o homem que se divorciava de sua esposa cobria ou vestia de violência a veste que simbolizara o amor. O divórcio é comparado a um ato de violência! Nessa época, um fator deixava esse ato mais grave e cruel. Geralmente, os israelitas se casavam ainda jovens, com suas esposas judias, a esposa da sua mocidade (Ml 2:15). Mais tarde, quando elas envelheciam e já não eram tão interessantes, se apaixonavam pelas jovens estrangeiras. Legalmente, os israelitas podiam ficar com as duas - apesar de a poligamia não fazer parte do plano original de Deus, era aceita culturalmente; todavia, por razões econômicas e sociais, na prática, isso se tornava cada vez mais difícil [SCHÖKEL, L. A & DIAZ, J. L. S. Profetas II: Grande Comentário Bíblico. São Paulo: Paulinas, 1991 pág. 1251]. Então, o que faziam? Trocavam suas mulheres “velhas”, por outras mais “novas” e mais belas [CHAMPLIN, R. N. O Antigo Testamento interpretado: versículo por versículo. São Paulo: Candeia, 2000, Vol 5 pág. 3709]. Daí a dura repreensão de Deus: Eu odeio o homem que faz uma coisa tão cruel assim!


3. Portanto, cuidai de vós mesmos: As famílias, e, consequentemente, todo o povo de Israel, corriam riscos. O verbo “cuidai”, neste texto, exprime a atenção cuidadosa que se deve ter com as obrigações de uma aliança, de leis, de estatutos, etc [HARRIS, R. L. (org.) Dicionário internacional de teologia do Antigo Testamento. São Paulo: Vida Nova, 1998 pág. 2114]. O casamento é uma aliança de amor, feita, diante do próprio Deus (Ml 2:14). Sempre que uma aliança é quebrada, fatalmente, há consequências drásticas para os envolvidos. Cuidai de vós mesmos, era um alerta necessário! Com o crescente número de divórcios e com a realidade de novos casamentos mistos, o povo de Deus caminhava para um precipício, de onde, há pouco tempo haviam saído. O perigo era evidente. Consideremos por exemplo, a expressão “filha de um Deus estrangeiro” (Ml 2:11). Esta era a descrição das mulheres, que os homens israelitas estavam tomando para si como esposas. A situação era grave. A expressão “Filha de”, significa: “ter o mesmo caráter” [BALDWIN, J. G. Ageu, Zacarias e Malaquias: introdução e comentário. São Paulo: Vida Nova e Mundo Cristão, 1982 pág. 199]. Ou seja, estas mulheres se pareciam com os seus deuses. Viviam de acordo com princípios pagãos. E, como o casal teria de chegar a um acordo para viver feliz, alguém teria de ceder. Na prática, quase sempre, o padrão menos exigente é o que vence. Neste caso, continuar casando com estas mulheres era colocar o povo em risco. A apostasia já os levara ao cativeiro noutros tempos. Era preciso mesmo, muito cuidado: o Senhor eliminará das tendas de Jacó o homem que fizer isso, seja quem for (Ml 2:12).


4. Não sejais infiéis: Se dermos uma rápida olhada em nossas Bíblias, no trecho de Malaquias (2:10-16), veremos que a palavra “infiel” se repete cinco vezes (cf. vs.10, 11, 14, 15 e 16). Se a sua Bíblia for a Almeida RC, ao invés de “infiel” você encontrará a palavra “desleal”. Se for a Almeida RA, você encontrará três vezes a palavra “desleal” e duas vezes a palavra “infiel”. As duas se encaixam bem aqui. No texto original hebraico, a palavra que aparece em todos estes versículos é a mesma: bagad. Ela tem o sentido de “agir traiçoeiramente”ou “agir enganosamente”. Trata-se de alguém que não honra um acordo [HARRIS, R. L. (org.) Dicionário internacional de teologia do Antigo Testamento. São Paulo: Vida Nova, 1998 pág. 148]. Era exatamente o que estava acontecendo. Eles estavam traindo ao Senhor e, consequentemente, traindo-se uns aos outros (Ml 2:10). A traição aqui era horizontal e vertical. Eles traíam a Deus e as suas esposas, quando contraiam casamentos com adoradoras de Deus estranho (Ml 2:11). O versículo 14 diz: ...tu foste desleal, sendo ela a tua companheira e a mulher da tua aliança. A palavra “companheira”, neste versículo, é, literalmente, “a que está atada a ti” [COELHO FILHO, I. G. Malaquias: nosso contemporâneo: um estudo contextualizado do livro de Malaquias. 2 ed. Rio de Janeiro: Juerp, 1994 pág. 51]. Marido e mulher, por ocasião do casamento, eram “atados” um ao outro pelo próprio Deus. Dessa maneira, quando o divórcio ocorria, a esposa e Deus eram traídos! Não havia outra coisa a dizer, senão a dura repreensão: Não sejais infiéis!


O divórcio nunca esteve nos planos de Deus. Mesmo sendo permitido em alguns casos, ele é isso mesmo, “permitido” e não obrigatório. Foi por causa da dureza do coração humano (Mt 19:3-9). Deus continua odiando o divórcio! O perdão ainda continua sendo a melhor saída. Finalmente, alertamos ainda, que não é suficiente censurarmos o ato jurídico do divórcio, mas, as atitudes que o produzem [COELHO FILHO, I. G.Malaquias: nosso contemporâneo: um estudo contextualizado do livro de Malaquias. 2 ed. Rio de Janeiro: Juerp, 1994 pág. 51]. O divórcio, só é o ato que decreta o fim de uma união que não deu certo. Por isso, com base neste mesmo trecho de Malaquias, veremos no próximo tópico do nosso estudo, algumas atitudes práticas para evitá-lo e fazer o casamento dar certo.


PRATICANDO A PALAVRA DE DEUS


1. Para o casamento dar certo, é necessário haver cooperação entre o casal - Nós já afirmamos anteriormente, que a palavra “companheira”, de Malaquias 2:14, significa “a que está atada a ti”. Este significado é um tanto quanto revelador e esclarecedor. Tente visualizar a imagem de duas pessoas atadas uma a outra... O que aconteceria, se cada uma delas resolvesse andar para um lado? De duas uma: ou a mais forte arrastaria a mais fraca para o seu lado, ou então não sairiam do lugar. Você já deve ter entendido onde quero chegar. Num casamento onde não existe companheirismo, cooperação; as coisas não andam! Afinal, não há como mudar o que foi feito: marido e mulher, por ocasião do casamento, são “atados” um ao outro pelo próprio Deus. Se você quer ver seu casamento dar certo, coopere!


2. Para o casamento dar certo, é indispensável haver vigilância entre o casal - Talvez uma das coisas que mais corroem um casamento, seja a falta de vigilância. Não foi sem razão que, por duas vezes, Deus disse aos esposos infiéis da época de Malaquias: ...tenham cuidado para que nenhum de vocês seja infiel (Ml 2:15,16). A falta de cuidado e vigilância coloca o casal à beira do precipício. Quando o casal não vigia os olhos e os pensamentos, eles podem olhar e cobiçar o cônjuge alheio. Se o casal não vigia as palavras, podem dizer palavras que fazem mal aos outros (Ef 4:29 – NTLH). E assim por diante. Por isso, se não quisermos que o nosso casamento termine da pior maneira: vigiemos! Pequenas atitudes podem trazer grandes transformações.


3. Para o casamento dar certo é imprescindível haver lealdade entre o casal – A lealdade é o oposto da traição. A lealdade é o segredo para manter o casamento saudável. A traição o adoece e mata. A lealdade preserva a aliança feita diante do Senhor. A traição a profana. A lealdade mantém a comunhão do casal com Deus. A traição a desfaz. E, não adianta ao traidor, cobrir o altar do Senhor com lágrimas, choro e gemidos, porque ele não olha mais para as ofertas, nem as aceita da vossa mão com prazer (Ml 2:13). Deus prefere obediência em vez de sacrifícios. O que Deus quer é fidelidade à aliança matrimonial feita diante dele (Ml 2:14)! Se você quer que o seu casamento dê certo, seja leal!


CONCLUSÃO


A pergunta do versículo 14 de Malaquias capítulo 2, exala hipocrisia. Mesmo diante da realidade dos casamentos mistos e dos cruéis divórcios, quando iam ao Senhor orar e não eram respondidos, os judeus tinham a coragem de perguntar: Por quê? Em sua resposta, Deus trouxe sua reveladora e bombástica opinião sobre o assunto, tão comentada neste estudo: Eu odeio o divórcio!


Não despreze esse sério alerta. Não há como amenizá-lo. Por isso, ao invés de perguntas e desculpas, é hora de tomarmos atitudes. Quem sabe Deus não pode usar você para ajudar alguém que está com o casamento por um fio. Ou, quem sabe Deus não pode restaurar o seu casamento! Creia: o Deus que é testemunha entre você e seu cônjuge pode fazer isso.


Que assim seja!

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