segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

Descobrindo Qual o Seu Valor para Seu Cônjuge

Quanto você vale? Não sei quantas vezes você já se fez essa pergunta ou quantas vezes lhe fizeram ela. Mas é muito importante descobrir o quanto valemos.
Se formos analisar apenas o aspecto químico de nosso corpo, podemos fazer um orçamento inicial, de acordo com o que se segue:
Nosso corpo é constituído de cerca de 30 litros de sangue água, temos gordura suficiente para fazer sete barras de sabão, carvão para algumas dezenas de grafites de lapiseira, ferro para fazer um prego de tamanho médio, cal suficiente para pintar de branco um pequeno galinheiro e enxofre bastante para livrar um cachorro de suas pulgas. Fazendo a conta total, podemos chegar ao valor de aproximadamente R$ 300,00.
Será que é isso? Será que esse é o valor de cada pessoa? Para analisar essa questão, vamos fazer uso de duas palavras muito usadas por aí, mas muitas vezes mal compreendidas: AUTO-ESTIMA.

Mas, o que é realmente a auto-estima? Auto-estima é sentir-se bem consigo mesmo, entender que temos valor e competência para enfrentar os desafios básicos da vida, é sentir-se merecedor de felicidade. É acreditar que conquistas, sucessos, amizades, respeito, amor e aperfeiçoamento são adequados para nós.

Todos temos auto-estima. Todos somos capazes de dizer se somos merecedores ou não de carinho, amor, reconhecimento, elogios, etc.

Como ela se constitui? Como surge a auto-estima?

Parte 1 – Formação da Auto Estima

A auto-estima é algo que adquirimos durante a vida. Diz respeito a tudo o que fazem a nós, e com o que passamos na vida, e que nos afetam de alguma forma.

Aqui estão quatro definidores de auto-estima:

a) O Meio: Influência dos pais, irmãos, amigos e outros significativos pra você.

Englobam toda a sua experiência de vida até o presente. Reflete a maneira pela qual foi tratado, instruído e como se relacionou com os pais, familiares, amigos de sempre, etc. E a forma pela qual essas mensagens foram transmitidas para você (expressão facial, tom de voz, gestos, palavras, ações).
Uma auto-estima baixa pode começar no berço, acompanhar-nos durante os primeiros anos da escola e intensificar-se na adolescência. Depois que nos tornamos adultos, ela parece se assentar sobre nós como uma névoa densa, que cobre muitas pessoas, dia a dia. Infelizmente é uma praga que afeta muitos cristãos.
O que o pai fala para uma criança, mesmo sendo brincadeira, é levado muito a sério pela mesma, causando com isso traumas que serão levados por toda a vida. (Ex. “você é burro, imprestável, preguiçoso, cabeçudo, etc.”)
b) Você Mesmo: Isso diz respeito aos seus sentidos, capacidade de aprender, registrar fatos, reagir diante da realidade.

Um dos segredos para ter a vida feliz é “Seja feliz, não faça comparações”. Quando você olha para os pontos fortes de outra pessoa e os compara com suas fraquezas, de modo algum você conseguirá sentir-se bem a respeito de si mesmo. Ex. O importante para muitas pessoas não é quão alta ela seja, mas que ela seja a mais alta. Nem é tão importante ser bonita, mas ser a mais bonita, mais inteligente, mais charmosa, etc.
Em consequência disso, surge um padrão doentio de comportamento que está presente durante toda a vida. A pessoa vive à caça de elogio e aprovações que a façam sentir-se importante, pois não encontra este senso de valorização dentro de si mesmo. Já outros desprezam-se e lamentam que Deus os tenha feito do jeito que são.
c) Armadilhas de Satanás: Algumas das armas mais fortes do arsenal de satanás são de natureza psicológica: O medo, a dúvida, raiva, hostilidade, preocupação e sentimento de culpa.

Mas a maior arma psicológica de Satanás é um sentimento de inferioridade e incapacidade, que se acha enraizado no profundo de nosso ser.

Existem 4 maneiras pelas quais Satanás aplica essa arma, que é a mais mortal de todas as suas armas emocionais e psicológicas, com o objetivo de derrotar-nos e fazer-nos fracassar:

Uma baixa auto-estima paralisa nosso potencial – é o trágico desperdício de potencial humano, talentos perdidos, com grande prejuízo de uma verdadeira mina de capacidade e possibilidades humanas. Satanás quer que fiquemos tão tolhidos que acabemos imobilizados, congelados, paralisados, acomodando-nos a um tipo de vida que se acha muito aquém de nossas reais possibilidades.

Uma baixa auto-estima destrói nossos sonhos – não estou falando de sonhos fantasiosos, ilusões. Estou me referindo aos sonhos audaciosos – visões do que Deus quer realizar para nós, em nós e principalmente através de nós. Está na hora de sairmos para o mundo com nosso testemunho de maneira mais poderosa. O que está nos segurando? Medo de sermos criticados, medo de correr riscos, medo das tradições? Por causa da nossa baixa auto-estima frustramos o plano que Deus tem para nós!

Uma baixa auto-estima destrói o relacionamento com os outros – Satanás usa nosso doloroso sentimento de inferioridade e de incapacidade para isolar-nos dos outros. A maneira mais comum de tolerar o complexo de inferioridade é nos retrairmos para dentro de nós mesmos, e ter o menor contato possível com outras pessoas, ou então nos tornarmos grosseiros e até violentos.

No relacionamento com Deus, se começarmos a criticar o projeto (nós), não vai demorar muito para estarmos falando mal do Projetista. (Deus)

Uma baixa auto-estima prejudica grandemente o serviço cristão – Qual é a primeira coisa que muitas pessoas dizem ao serem convidadas para participar na igreja?

Passar a carta missionária? Tenho vergonha de falar em público!
Dar um testemunho na reunião do Ministério da Mulher? Ah, eu não saberia falar nada!
Montar um pequeno grupo? Tenho medo de fazer isso!
Ajudar no Departamento Infantil? Não tenho jeito para essas coisas!
Cantar no coral? Por que você não convida Maria? Ela sim sabe cantar, eu não!
O problema é que nossa baixa auto-estima rouba de Deus grandes oportunidades de demonstrar Seu poder e capacidade por meio de nossa fraqueza.

“Muitos dos que se eximem de trabalhar para Cristo alegam sua incapacidade para a obra. Fê-los, porém Deus assim incapazes? Não, nunca.” (Mente, Caráter e Personalidade, pág. 800.)


d) Deus e Sua Palavra: A Palavra de Deus também tem o poder de nos mostrar o valor que temos.

“O Senhor fica decepcionado quando Seu povo se estima a si mesmo como de pouco valor. Deseja que Sua escolhida herança se avalie segundo o preço que ele lhe deu. Deus a queria, do contrário não enviaria Seu Filho em tão dispendiosa missão de a redimir.” (DTN, pág. 668).

“A contemplação de Cristo leva o homem a dar-se a si próprio o devido valor, pois compreende que o amor de Deus o fez grande” (Para Conhecê-Lo, MM, 1965, 24 de fevereiro).

“A aceitação de Cristo proporciona valor ao ser humano.” (Mensagens Escolhidas, Vol. 1, pág. 299).

Parte 2 – Características da baixa auto-estima

Algumas das principais características da baixa auto-estima são as que se seguem:

1. Preocupa-se demais com que os outros pensam. Essas pessoas se tornam quase que obcecadas com o que as pessoas estarão pensando delas. E o pior, elas sempre acharão que o pensamento deve ser de desprezo ou de menos valia.

2. Acha que não é amada (pois não se ama). Para uma pessoa, é muito difícil se sentir amada. Ela acha que as outras pessoas ou estão interessadas em algo que ela tenha a oferecer, ou então elas estão agindo assim simplesmente porque não a conhecem direito. E isso se torna um empecilho para que ela possa se relacionar de maneira verdadeira com os outros.

3. Está sempre se desculpando porque tem a impressão de estar fazendo tudo errado. Por se sentir muito insegura para agir no mundo, essa pessoa evita tomar a iniciativa de alguma coisa. E quando faz, ela procura fazer tudo de modo tão perfeito que sempre encontra erro no que realizou ou fez.

4. Fica muito constrangido com um elogio. Para uma pessoa assim, o elogio é algo sem razão. As pessoas falam isso apenas para ser gentis, mas não pensam nisso realmente. Elas não conseguem imaginar que alguém possa realmente demonstrar algum tipo de apreço por elas.

5. Não dá muita atenção à sua aparência porque não gosta de si mesma. Uma pessoa com baixa auto-estima procura sempre passar despercebida na multidão. Quanto menos ela chamar a atenção, melhor ela se sentirá.

6. Tem medo de mudança (insegurança). Às vezes se acomoda numa situação durante muito tempo, só para não correr riscos. Isso é algo plenamente compreensível, pois uma pessoa assim acha que faz tudo errado e se cobra perfeição no agir, mesmo que seja por um parâmetro pessoal de perfeição inalcançável. Acha que se tentar fazer alguma coisa fora do que está acostumada, simplesmente não vai ser capaz de realizar nada, vai causar muitos estragos, vai perder muita coisa, e assim, coloca mil empecilhos.

7. Concorda sempre com as outras pessoas, mesmo que em seu íntimo não esteja de acordo. Essa pessoa não se acha capaz de ter uma boa opinião, assim, acha que simplesmente não tem que falar nada. As outras pessoas são melhores que ela.

Parte 3: Por que estudar auto-estima no casal?

Você, talvez, tenha se identificado, ou talvez identificado alguém que você conhece com essas características. Talvez, você possa perceber isso em seu cônjuge mesmo. Pois bem, a primeira coisa que devemos ter em mente é entender a importância desse tema para casais.

De acordo com o casal de terapeutas Les e Leslie Parrot, duas coisas tornam importante que os cônjuges entendam bem a questão da auto-estima.

Primeiramente, eles dizem que é impossível se viver junto com uma pessoa e não ser afetado por suas palavras – tanto positivas quanto negativas. Se uma pessoa se torna ranzinza, isso afeta a outra. Se uma pessoa está sempre de mau humor, a outra também vai se sentir morando num lugar de tristeza. Casais, lembrem-se que vocês são responsáveis pelo clima de seu lar!

E em segundo lugar, como seres humanos, não é suficiente vivermos apenas sem palavras negativas. Precisamos também de palavras positivas, de elogio. Agora, quando uma pessoa se sente sempre menor que os outros, se sente menos capaz, etc., como ela pode receber ou dar palavras positivas? Se ela mesmo se encontra numa vida de negativismo, como pode ela oferecer coisas boas?

Assim, pela felicidade do lar de vocês, lembrem-se de trabalhar com a auto-estima um do outro. E, para tanto, oferecemos algumas dicas à seguir:

Parte 4 – Dicas para a Cura da Baixa Auto-Estima


Antes de tudo, vocês precisam se lembra que a força não vem de vocês mesmos. De acordo com Filipenses 4:13, “Tudo posso nAquele que me fortalece”. Por isso, você não precisa ficar pensando que não vai ser capaz. É a força de Deus em sua vida que vai fazer a diferença, não sua capacidade pessoal.

Essa proposta é para casais. Você cônjuge que deseja melhorar a auto-estima de seu marido/esposa, deve estar pronto para caminhar junto com ele/ela nessa jornada.

Dica 1: Descubra em que assuntos seu cônjuge gosta de ser elogiado e pratique falar bem dessas qualidades a ele/ela. As pessoas, como vimos anteriormente, têm necessidade de ouvir essas palavras. Mesmo que à princípio você não seja bem recebido ou não faça muita diferença, lembre-se de perseverar.

Dica 2: Aborde as quatro áreas envolvidas na auto-estima. Sim, não é suficiente elogiar apenas o visual da outra pessoa. Ela precisa ser reconhecida nos outros aspectos. As quatro áreas são:

a)      Intelectual: Necessidade de se sentir competente. Saber que pode fazer coisas, e que isso é percebido pelo cônjuge, é uma grande injeção de ânimo para alguém com baixa auto-estima. Mas, é necessário paciência, pois fazer algo que nunca se fez antes necessita de prática.

b)      Física: Necessidade de se sentir atraente. Saber que com o passar do tempo, a pessoa ainda ocupa o primeiro lugar no coração e nos olhos do cônjuge é algo indispensável para que a pessoa perceba o valor que possui.

c)      Social: necessidade de se sentir respeitado(a). Isso vale muito para as brincadeiras feitas em grupos sociais. A pessoa necessita de se sentir respeitada e valorizada diante de situação sociais. Na verdade, melhor ainda é a pessoa ficar sabendo que você, o cônjuge, a valorizou na ausência dela. Isso é muito forte e faz uma grande diferença.

d)     Espiritual: Somos a voz, os braços e as pernas de Deus nesse mundo. Podemos reconhecer em nosso cônjuge os aspectos de destaque dele/dela, e valorizá-los para que ela se sinta fortalecida como cristã e como filha de Deus. Somos a maior fonte do amor de Deus para o cônjuge.

Dica 3: Focalize-se em quem seu cônjuge é, não no que ele/ela faz. Fazer coisas erradas, não apropriadas todas as pessoas fazem. Mas, sentir que você a/o ama mesmo diante do erro e do fracasso é um poderoso argumento a favor do valor pessoal.

Dica 4: Faça uma boa lista de coisas que aprecia em seu cônjuge e tome tempo para dizê-la. Não tudo de uma vez, mas um pouco a cada dia, a cada situação nova. Isso demanda tempo para conhecer o cônjuge. Você não será capaz de fazer essa lista se não tiver intimidade com seu cônjuge.

Dica 5: Elogie verdadeiramente e evite a lisonja. Um elogio falso é o que de pior você poderia oferecer. É melhor não elogiar do que usar do artifício do elogio apenas para obter alguma coisa em troca. Elogie por ter descoberto realmente coisas em seu cônjuge que você aprecia, e que fazem diferença para você.

Conclusão:

Acima de tudo, você deve se lembrar da maior fonte de auto-estima, da pessoa que sempre vê em nós os vencedores que podemos ser, mesmo quando nós mesmos não conseguimos isso.
A Bíblia diz em Filipenses 4:19: “E o meu Deus, segundo a Sua riqueza em glória, há de suprir em Cristo Jesus, cada uma das vossas necessidades”. Sim, é Deus quem vai nos dar o poder para nos aceitarmos como somos, para que possamos ser felizes pela maneira pela qual Ele nos fez.
“Pois tu (Deus) formaste o meu interior… Graças te dou, visto que por modo assombrosamente maravilhoso me formaste”. Salmos 139:13-14
Só quando reconhecemos isso, é que temos a capacidade de sermos agradecidos a Deus. E gratidão é o melhor antídoto contra a baixa auto-estima.

0 comentários:

Postar um comentário

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...

Deixe uma Mensagem Abençoadora Para Seu Irmão(ã)

  ©Família em Adoração - Todos os direitos reservados.

Template by Dicas Blogger | Topo