quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

Prá quê" Família?


Mensagem proferida no púlpito da igreja, na manhã do dia 04 de maio de 2003, no lançamento das comemorações do MÊS DA FAMÍLIA

Quando Deus criou Adão, deu-lhe a incumbência de nomear a todos os animais que existiam. Adão sentia-se só, e procurou dentre todos algum que lhe fosse compatível, sem, no entanto, encontrar. Quando se procura alguém e nada se encontra, a solidão duplica. Acredito que Adão estava muito triste. A tristeza do homem, quando justa, toca o coração de Deus. Assim, o Senhor tomou as dores de Adão.

O Senhor aplicou um sono profundo sobre o homem. Adormecido, teve uma de suas costelas retirada. Com a costela Deus construiu uma mulher, certamente a mais linda do mundo (também porque única...), e um autêntico milagre do maior cientista de todos os tempos. Se disséssemos, há alguns anos atrás, que Eva surgiu de uma costela, os cientistas ririam. Hoje eles não só admitem a hipótese, como querem repetir a façanha em seus laboratórios, com partes ainda menores do corpo humano! Werner Keller estava certo em sua afirmação: "E a Bíblia tinha razão".

Deus poderia ter usado algum osso ou parte da cabeça de Adão. Entretanto, simbolicamente, tal atitude poderia favorecer algum pensamento feminista de domínio, onde a mulher submeteria o homem às suas ordens e necessidades, e esse não era o projeto de Deus para a família. Também poderia ter usado algum osso da perna, do pé, mas não o fez. Também isso seria um símbolo de poderio, de domínio tirano, onde o homem teria em sua mulher uma mera subalterna serviçal. Deus fez tudo certo, tudo perfeito: tirou uma costela, um osso do meio, que fica ao lado do coração. Assim o homem se lembraria de que a sua companheira fora criada para estar "ao lado" dele. Nem dominá-lo e nem ser subjugada, mas acompanhá-lo, estar ao lado, na caminhada.

Agora homem e mulher estavam prontos para construirem o maior projeto de civilização de todos os tempos: a família. Sim, a família, essa instituição que foi tão sacrificada e perseguida nos anos 70 e 80, com certos psicólogos fazendo testes de novos sistemas e estragando toda uma geração, e agora, com um "mea culpa" claríssimo, esses mesmos falsos mestres reeducam os deseducados solitários, dizendo-lhes: "Família é de fato algo importante". Sim, família, essa porta de esperança, esse oásis no deserto do mundo, esse refúgio às vicissitudes da vida, é mais que importante. FAMÍLIA! Mas,

"PRA QUÊ" FAMÍLIA?

01) PARA POR FIM À SOLIDÃO - Deus disse que não seria bom manter o homem solitário. Assim, criou a mulher para ser-lhe companheira. E que criação maravilhosa, que obra-prima! O homem é um ser sociável, mas também é um ser espiritual, partilhador, que precisa de alguém com quem conversar intimamente, alguém com quem partilhar as alegrias, as tristezas, as vitórias, os fracassos, os projetos, alguém que interaja com ele, que o constranja, que o elogie, que lhe dê carinho e atenção, com quem possa relacionar-se fisicamente. Assim, no projeto de Deus, a mulher é exatamente a resposta divina à solidão do homem (há alguns poucos chamados por Deus para o celibato, que são pessoas capacitadas por Deus para caminharem completos, sem a necessidade de um companheiro ou uma companheira, mas isso é um dom especial, é uma exceção). Há um vazio no coração do homem, e esse vazio tem o tamanho de uma mulher. E há também um vazio no coração da mulher, vazio do tamanho de um homem*. Colocar-se um homem para ser par com outro homem é errado, é contra a natureza criativa, nem tampouco uma mulher por companhia de outra mulher. Amigos, sim; casais, não! Aliás, homossexualmente não há casais. Deus criou tudo de forma perfeita e harmoniosa, e fez a mulher para ser companheira do homem. Como é lindo quando homem e mulher se descobrem, se aceitam, se adequam, se mobilizam, se dispôem a caminhar juntos! Deus resolveu a solidão, instituindo a família!

2) PARA A PROCRIAÇÃO - Ao criar o par, Deus ordenou que crescescem e se multiplicassem, que se reproduzissem em outros seres semelhantes, gerados de dentro deles, como fruto do amor recíproco. E como é lindo olhar nos olhos de um filho e ver o rosto de seu pai; olhar para uma linda moça e lembrar-se do retrato da mãe dela, em idade similar! O milagre da vida está na reprodução que podemos ter de nós mesmos em seres autônomos, gerados de nós mesmos, confiados ao casal para um período de preparo! Pais que formam os filhos para a paz! Pais que amam os filhos na medida certa, nem demais e nem de menos! Pais que ensinam as Sagradas Letras às crianças! Pais que exercem os seus papéis com dignidade e responsabilidade! Deus quis que o homem criasse outras gerações, e quantas mais haverá até a volta de Cristo? Não é apenas o gerar biologicamente que procria e reproduz, mas criar adotivamente também é um ato de procriação e amor! Os filhos adotivos deveriam ser agradecidos aos seus pais, que optaram por tê-los, e se sentirem confortados ao terem Jesus Cristo como "Patrono dos Adotivos": Jesus teve em José o seu pai adotivo por excelência!

3) PARA A PARCERIA - Sim, homem e mulher foram criados para serem parceiros, e não concorrentes! Há casais que concorrem entre si, numa disputa idiota e infantil, para ver quem ganha mais dinheiro, quem recebe mais diplomas, quem consegue maior sucesso, quem conquista mais os filhos, quem obtém os melhores elogios, quem vive mais que o outro. Não foi para ser concorrentes que Deus fez homem e mulher, mas "parceiros"! O Presidente Lula tem dado uma demonstração bonita de família, quando, ao aparecer publicamente em eventos históricos, faz questão de estar acompanhado de sua esposa. E, ao que parece, a esposa é feliz e se realiza nisso! A carreira dele é a realização dela! E esse é o propósito de Deus na vida da mulher: realização na missão do esposo, mesmo que tenha uma vocação e uma carreira paralela! Lembremo-nos da criação: o Senhor criou a mulher para ajudadora, e a mulher certa aprecia e apóia a carreira do esposo certo! Não há conflitos! Um complementa o outro, mas a carreira do marido é para a esposa a sua alegria! Que bonito uma esposa festejando uma vitória do marido! Que bonito uma namorada feliz com a vitória esportiva do namorado! Casados, na educação dos filhos, a parceria faz com que o lar seja harmônico: à esposa compete a educação, o cuidar, o ensinar das sagradas letras. Ao marido cumpre dar segurança, trabalhar e suar duro pelo sustento. A mulher é coração, é emoção. O homem é razão, é lei, é decisão. E assim ambos se completam. A falta de exemplos claros de pai e mãe gera os conflitos existenciais em muitos garotos e garotas, levando-os, não raras vezes, ao homossexualismo, pois não conseguem se identificar com mães ativas e pais passivos, porque são contra a natureza, e assim estabelecem-se confusões em suas mentes em formação. PARCERIA: É isso que a família deve concretizar!

4) PARA A ESTABILIDADE - "O que Deus uniu, não separe o homem"; "até que a morte os separe". Frases bonitas, bíblicas, mas que estão caindo em desuso, até entre evangélicos! Hoje casa-se com uma ficha de separação em branco na mala de lua-de-mel. Casamento virou "utopia", "compromisso de ninguém", nos dizeres do poeta. Que tristeza ver pessoas que tinham um testemunho tão bonito, colocando tudo a perder, por quebrar a aliança feita junto do Senhor, numa igreja e diante do povo! Mas não foi sempre assim. Aliás, o Senhor disse que o divórcio só poderia existir quando houvesse adultério. E que o divórcio se justificava apenas pela "dureza dos corações". Hoje, contudo, casais se separam "porque ele ronca", "porque os nossos gênios não combinaram", "porque eu escolhi mal", "porque agora eu sei realmente o que eu quero", "porque preciso de novas experiências". E os filhos que se virem! Filhos jogados de um lado para o outro, com dois, três, e até quatro lares diferentes, com pais, padrastos, madrastas e mães, uma confusão! Mas o divórcio por adultério é a exceção. Deveriam ter escolhido melhor no período de namoro, deveriam ter aplicado os princípios corretos do "quem ama, espera!", talvez não estivessem juntos obrigatoriamente hoje. Mas falemos sobre todo o resto: ESTABILIDADE. Gosto muito das frases que Rute falou para Noemí, quando esta lhe ordenou deixá-la, pois não tinha mais filhos para dar à Rute, que enviuvara há pouco. A moça disse as históricas palavras: "Não me instes a deixar-te, porque onde fores, irei eu, onde pousares, ali pousarei eu, onde morreres, ali morrerei eu e serei sepultada. Que outra coisa, além da morte, não me separe de ti". Sim, frases que podem e devem ser aplicadas ao casamento cristão. Assim é o casamento segundo Deus. Algo estável. E isso faz com que marido e mulher trabalhem com prazer! Podem planejar à longo prazo, sentem tranqüilidade, não estão correndo riscos! Podem financiar uma casa em vinte anos, podem pagar seguro e previdência privada, podem planejar viagens e festejos, podem construir a terceira idade com prazer. Como é bom saber que a família é uma âncora, que não afunda, que não quebra, que não arrebenta! Deus criou a família para servir de pedra firme, de rocha, num tempo de areias movediças e terrenos esburacados!

Sim, a família é um projeto de Deus. Foi pra sermos felizes que Deus a criou. E quando somos resgatados por Cristo somos também restaurados à posição de família conforme o desejo original de Deus. Homem e mulher. Pais e filhos. Deus e seus filhos. Como é lindo!

Que Deus abençoe as famílias de nossa igreja, e de todo o nosso país imenso! Como diria o querido Pr. Dr. Nilson do Amaral Fanini, "DEUS SALVE A FAMÍLIA!"

Pr. Wagner Antonio de Araújo
Igreja Batista Boas Novas, Osasco, SP

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quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

Sexo e Oração


Dois amigos surdos se encontram no meio do caminho e se cumprimentam...

— Olá, que bom te ver! Vai pescar?
— Não! Eu vou pescar.
— Ah! Tá bom! Pensei que você fosse pescar...

Engraçadinha a história, mas o fato é que, mais ou menos, é assim que homens e mulheres tendem a conversar na maioria das vezes.

Depois de demonstrar toda a sua atenção, carinho e, principalmente, excitação sexual, qual homem nunca se surpreendeu com a pergunta repentina de uma mulher: “você me ama?” ?

Já, as mulheres, sentem-se desoladas e inseguras quando descobrem que o seu parceiro jamais consegue entendê-la profundamente. Superficialmente talvez, mas, completamente, eles nunca conseguem perceber todos os sinais tão claros e óbvios que elas dão sobre suas necessidades de serem simplesmente abraçadas, ouvidas ou ganharem um chocolate sem precisar pedir.


Em 99% dos casos, o problema não está na falta de amor ou algum desvio de conduta, mas na forma como homens e mulheres comunicam este amor que sentem um pelo outro. A questão é que homens, naturalmente, olham e sentem o mundo através da perspectiva deles, homens/machos, e julgam agradar as mulheres com aquilo que agrada a eles mesmos; semelhantemente as mulheres, pensando com categorias femininas, procuram satisfazer ao homem dando a eles o que elas desejariam receber. As duas experiências são completamente frustrantes e insuficientes para os dois lados. Homens e mulheres deveriam prestar mais atenção nas necessidades do outro e não somente concluírem que as suas próprias carências, refletidas no outro, é o que ele/ela desejaria receber. Até aqui, nada demais, muitos livros, sites, programas de TV, terapeutas e artigos de revistas masculinas e femininas já disseram tudo isso e ainda vamos continuar encontrando alguém fazendo sempre a mesma pergunta: “onde é que eu estou errando, então?”.

Não sou do tipo “conselheiro sentimental”, não me sinto “o experiente” ou “o sabe tudo”, eu também enfrento meus desafios diários nos relacionamentos, muitas vezes pedindo socorro. Tal qual o ferido que tenta ajudar outros feridos a se curarem também, eu vou construindo minha vida e aprendizado como qualquer ser humano normal da terra, na base da tentativa e erro. Ainda não dá para saber se mais errei ou se mais acertei até aqui, mas olho pra frente esperançosamente e continuo caminhando com alegria. Volta e meia algumas lágrimas me vêm aos olhos ou à lembrança tentando me paralisar, mas olho novamente para o caminho e volto a sorrir.

Às vezes, antevendo problemas já vividos por mim ou por conhecidos, dou a volta por outro caminho e aprendo a encontrar novas soluções para velhas questões. Algumas vezes dá certo, outras vezes é preciso percorrer todo o caminho de volta e descobrir que não existe fórmula pronta, nem mágica, para construir um relacionamento saudável para ambos.

Se existe um caminho para encontrar a resposta certa ou mais próxima do ideal, a exigência padrão em todas as situações é: amor, verdade, dedicação e paciência. Sem estes quatro elementos funcionando e interagindo entre si e entre um homem e uma mulher não dá para encontrá-lo.

No que tange à praticidade do dia-a-dia, correndo o risco talvez de ser um tanto reducionista demais, mas falando de forma simples, franca e sem rodeios sobre os caminhos daqueles que se amam, os dois lados precisam entender que, via de regra, homens se prendem com as pernas abertas; as mulheres com carinho e segurança todos os dias.

Não há nada mais terrível para uma mulher do que um homem que não a trate como prioridade, que não lhe transmita uma certa estabilidade emocional, cumplicidade ou que não saiba ouvi-la nem respeitá-la. Por outro lado, os homens tendem a se sentir extremamente desmotivados e se distanciam de relacionamentos onde suas parceiras não demonstram, de forma objetiva e prática, que sentem admiração e desejo sexual por ele.

Falando assim pode parecer meio machista para as mulheres, mas a verdade é que, uma mulher que pretenda segurar espontaneamente, em amor, o seu marido, deve se comportar como se fosse o sonho de consumo sexual dele e se dar todos os dias. Sim! Todos os dias mesmo! No entanto, o homem que deseja a fidelidade e admiração de sua esposa, deve aprender a cativá-la e cultivar o amor, o respeito, o carinho, a atenção dispensada, os cortejos, as lembranças, as declarações verbais e físicas de amor, a sensação de proteção, a entrega da própria vida em favor da amada e o amparo emocional durante toda a vida em comum e não somente durante a conquista.

Na visão bíblica do apóstolo Paulo, a falta de relações sexuais entre um casal é o motivo pelo qual muitos casamentos são tentados e, algumas vezes, levados à falência. Ele diz: “Não se recusem (sexualmente)  um ao outro, exceto por mútuo consentimento e durante certo tempo, para se dedicarem à oração. Depois, unam-se de novo, para que Satanás não os tente por não terem domínio próprio.” (I Coríntios 7.5)

Não somente o sexo, mas a relação comum-unitária entre um homem e uma mulher em toda a sua complexidade, intimidade e conjugalidade são expressões profundamente espirituais. O apóstolo Pedro demonstra esta realidade afirmando o seguinte: “Do mesmo modo vocês, maridos, sejam sábios no convívio com suas mulheres e tratem-nas com honra, como parte mais frágil e co-herdeiras do dom da graça da vida, de forma que não sejam interrompidas as suas orações.” (I Pedro 1.7)

Tirando o que não seja perversão, doença ou indignidade; entre um casal que se ama e resolve assumir a vida em comum, vale toda a entrega, toda a doação, toda a busca sexual e prazerosa como culto de gratidão ao Senhor e comunhão entre marido e mulher. E por relação sexual não considero somente o coito em si, mas o olhar, o abraço, a poesia, a devoção, a parceria, a dança, a fidelidade, o carinho, o pensamento, o peito e corpos mutuamente abertos um ao outro.

O Deus que criou o gozo sexual te abençoe rica, poderosa e sobrenaturalmente!


Pablo Massolar

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terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

Casamento bem sucedido!


Dez Passos Simples Para Ajudar a Fazer um Casamento Bem Sucedido

Essa mensagem é para esposos e esposas que queiram que o seu casamento tenha sucesso. É também para os que se casaram de novo e acham necessário trabalhar tão sério, ou mais, dessa segunda vez. Essa mensagem é também para os solteiros que têm a esperança de estabelecer um bom lar cristão algum dia no futuro.Essa mensagem é somente para casais honestos. Não é para os que estão procurando um caminho para fora do casamento, ou querendo um jeito para simplesmente existir dentro de um arranjo ruim. Não conheço nenhum casamento forte que não tenha sido tremendamente testado. Esposos e esposas que experimentam sofrimento, dor, desentendimento e tentação – podem, juntos, se elevarem acima de tudo isso e desfrutar de um casamento belo e duradouro. A reação de cada cônjuge às crises é a chave.

É muito verdade que cada vez menos casamentos têm conseguido sucesso nestes tempos difíceis. A taxa de divórcios está assustadora – e a cada dia atinge alguém mais perto da gente. É quase como uma inundação enfurecida descontrolada, carregando na enxurrada alicerces que duravam há anos. Até casamentos que duravam trinta ou quarenta anos estão se rompendo.

A maioria dos livros sobre como melhorar o casamento são apenas verniz. Às vezes, acho que alguns escritores simplesmente inventam instruções não testadas e imaturas sobre como alcançar bem aventurança marital.

Não que eu não queira ajuda dos “especialistas” para melhorar o meu matrimônio; só que poucos conselheiros matrimoniais são práticos ou bíblicos. Para mim, os seus métodos são impraticáveis. Por outro lado, tenho pedido a inúmeros esposos e esposas para compartilharem comigo o segredo de seus longos e felizes casamentos. Um senhor disse, “Estou casado há 43 anos, e está mais bonito e melhor do que nunca”. Esse homem, sim, tem algo a dizer que eu quero ouvir. Esses dois companheiros queridos são os verdadeiros especialistas.

A maioria dos dez passos para fazerem o seu casamento funcionar me foram dados por maridos e esposas que desfrutam de casamentos longos e felizes. Alguns dos passos foram aprendidos em meu próprio casamento, tendo a minha mulher e eu lutado para alcançar um amor duradouro.
Aqui estão, para a sua apreciação em oração, DEZ MANEIRAS PARA AJUDAR O SEU CASAMENTO A FUNCIONAR.

1. Mesmo em meio à pior das brigas – jamais use a palavra divórcio!

Uma jovem e querida esposa, cujo divórcio estava para ser oficializado em uma semana, nos confessou, “Eu gostaria agora de jamais ter usado a palavra divórcio. Estávamos casados há só cinco anos, mas brigávamos muito. As coisas ficaram feias, e um dia eu soltei – ‘Acho que a gente devia se divorciar’. Nós dois ficamos chocados na hora. Nós nunca tínhamos nem pensado em divórcio antes desse momento. Mas depois que o choque se foi, compreendi que a semente para o divórcio tinha sido plantada. Foi mais fácil falar na próxima vez. Por semanas, só falamos sobre isso. A semente produziu monstruosas raízes que finalmente estrangularam o nosso casamento”.
Outras pessoas que se divorciaram me dizem o mesmo. “Fale ao maior número possível de pessoas que puder”, dizem, “para jamais sequer mencionarem a palavra ‘divórcio’. Há algo fatal dentro do uso da palavra. Não deixe que plantem a semente – ela cresce com muita fúria e depressa”.
Eu concordo! A Bíblia diz, “A morte e a vida estão no poder da língua, e aquele que a ama comerá do seu fruto” (Provérbios 18:21).


2. Não pense que um intenso discordar signifique problema no casamento

Seja honesto quando discordar. Expresse a sua mágoa. Deixe que os seus sentimentos sejam mostrados. E que Deus lhe ajude caso você não faça isso. As pessoas que deixam as coisas presas por dentro são candidatas a todos os tipos de males. Mas a maioria das pessoas casadas que discordam muito, acha que por algum motivo estão ficando com alergia um do outro. Elas pensam “Ah – vai começar de novo. Não tem jeito. Acho que a gente perdeu o amor e o respeito pelo outro”.

Pare com as cenas dramáticas. Você é humano, e seria bom registrar que às vezes haverá discórdias, desde agora até ser chamado à glória. Aprenda a pôr tudo para fora, rápido. Nunca pense em desistir do casamento por ainda estar fraco na área da comunicação. As pessoas que ficam buscando um relacionamento perfeito “sem brigas” caminham para um desapontamento real.

Mais importante do que tudo – nunca “solte a bomba” quando discute ou argumenta. Todo marido ou esposa sabe exatamente o que dizer para apertar o outro. Para mim, a “bomba” é “falso”. Detesto ser chamado de falso, e a minha mulher sabe. E ela costumava usar isso comigo “para matar”. Quando eu queria me vingar, eu soltava a bomba nela. “Gwen”, eu dizia, “você está gorda”. Quando ela saia da sala chorando, eu sabia que havia conseguido atingi-la. Graças a Deus, nos livramos destas criancices. Mas ainda temos desentendimentos.

A coisa importante é nunca ir dormir um de costas para o outro. Pegue a vareta do humor e remova o enchimento de sua pomposa atitude. Ria do quanto ambos estão sendo ridículos. Aprenda a admitir que “o nosso casamento ainda é bom – Simplesmente temos uma falha de comunicação”.
A Bíblia oferece o melhor dos conselhos – “Honroso é para o homem o desviar-se de contendas, mas todo insensato se mete em rixas” (Provérbios 20:3).

3. Nunca faça de seu cônjuge o alvo de brincadeiras – na intimidade ou em público.

Casais brincalhões que jogam gozações um sobre o outro acham que isso é “só brincadeira”. Não é! É degradante e perigoso. Piadas sobre as besteiras que o esposo ou a esposa fez em casa é outra maneira de a(o) rebaixar. Por trás da maioria destas brincadeiras há um espírito de raiva ou de malícia. É um jeito de “não deixar que ele (ela) esqueça dos seus erros”. É uma maneira de trazer o erro de volta, para todo mundo ficar sabendo dele.

Por trás de todo o riso pode haver uma dor terrível. Ser alvo de gozação pode ser como levar um tapa na face. Quantas vezes você já ouviu um marido soltar para todo mundo que está perto, “Hei – tá sabendo o que a minha mulher fez? Foi a coisa mais maluca que você já ouviu”. Aí ele prossegue contando detalhes embaraçosos. Ou ela brinca, “O meu marido é um velho nojento – só pensa em sexo”. Mas não é brincadeira. Esposos e esposas que se respeitam não recorrem à tolices assim. Isso representa “falta de classe”. Brinque com tudo que quiser – mas não sobre seu cônjuge. Humor – sim! Mas gozações – nunca!

4. Pratique elogios um ao outro com sinceridade e com freqüência!

É trágico alguns maridos e esposas acreditarem que foram chamados para deixar o cônjuge humilde. Estão sempre furando o balão para que ele ou ela não cresça.

Uma senhora de meia idade me dizia, “Alguém precisa deixar o meu marido humilde. Ele ganha tanta atenção dos outros – alguém precisa o abaixar um pouco. Ele nem cabe dentro dele. Eu sei direitinho como acertar isso”.

Como isso é triste! Qualquer dia esse marido a deixa, e procura outra mulher que o levantará. Os homens em particular têm tal necessidade de serem encorajados e terem seus egos tranqüilizados. Não é um pecado levantar o outro – com elogios sinceros. Não há necessidade de falar mentiras ou ser superficial nisso.
Qualquer pessoa capaz de ficar diante de um altar sagrado e fazer promessas eternas, certamente deveria ver o suficiente de coisas boas no parceiro para falar sobre elas.

Uma senhora divorciada me disse há pouco, “O meu marido foi embora há mais de três anos. Como eu gostaria que ele voltasse. A solidão é insuportável. Há milhões de coisas que esqueci de lhe dizer. Se pelo menos eu pudesse ter lhe passado o quanto ele era bom em tantos aspectos. Como fui boba – pois nunca aprendi a elogiar; eu estava sempre lhe pegando no pé, apontando defeitos. Eu vejo o quanto alguns maridos e esposas tratam um ao outro de um jeito tão frio, e tenho vontade de gritar para eles – ‘Acordem, antes que seja tarde’. Acabem com esse sarcasmo e encorajem-se um ao outro’”.

As mulheres tendem a se tornar tão belas quanto os elogios que seus maridos lhes dedicam. Tornam-se radiantes quando ouvem o quanto são atraentes. E maridos farão quase qualquer coisa para corresponder aos elogios e encorajamentos de uma esposa orgulhosa dele.

A Bíblia diz, “Como maçãs de ouro em salvas de prata, assim é a palavra dita a seu tempo” (Provérbios 25:11).

5. Nunca sufoque o outro – liberte o seu amor!

Foi dito, “Se realmente for amor, deixe-o livre – e sempre retornará. Se não retornar, não era amor desde o início”. Há uma grande quantidade de verdade nisso.

Um amoroso esposo de 45 anos me confessou o segredo de seu prolongado casamento com sua única mulher. “Acredito que é meu privilégio e dever criar uma atmosfera no lar no qual minha esposa possa alcançar seu potencial pleno. Ela, por sua vez, me ajuda a alcançar o meu”.

Com o encorajamento dele, ela era ativa na igreja, fazia trabalho voluntário num hospital; e tinha o próprio refúgio onde respirar. Ele diz que ela era uma esposa consistente junto a ele porque estava feliz consigo mesma. Ela não estava sendo sufocada por um marido preocupado somente com seus próprios objetivos.
O ciúme é uma forma de cativeiro – e é a paixão humana mais opressora e sufocante conhecida pela humanidade. Cônjuges que temem a perda do amor do parceiro tentam súper compensar isso o agarrando com muita força. Torna-se uma garra de ferro. Uma esposa que pense “Vou ficar de olho nele o tempo todo!” está na verdade expressando o seu medo de perdê-lo. O marido que não permite que a esposa tenha espaço suficiente para crescer e se expressar, irá um dia se ressentir do enfado e da estreiteza que foram forçados sobre ela.

Os casamentos de maior preenchimento são aqueles nos quais tanto o esposo quanto a esposa entregam o seu amor à guarda de Deus, e verdadeiramente deixam o outro livre para crescer e se amadurecer. Se Deus não pode conservá-los juntos, charme e sexo nunca o conseguirão. Sem liberdade não pode haver crescimento. Não liberdade para flertes ou sair por aí – mas liberdade para assumir novos desafios e determinar novos alvos.

Liberdade real se baseia na confiança, e confiança vem de se sentir seguro no amor um do outro.
A Bíblia diz, “Porventura, não é este o jejum que escolhi: que soltes as ligaduras da impiedade, desfaças as ataduras da servidão, deixes livres os oprimidos e despedaces todo jugo?” (Isaías 58:6).

6. Aprenda a dizer “Sinto muito mesmo!” – sendo sincero!

“Love Story” é um filme cujo tema era “Amar é nunca ter de dizer sinto muito”. Isso é uma mentira das profundezas do inferno. Amor, segundo a palavra de Deus, é aprender a dizer sinto muito.

Um irado marido se vangloriava, “Eu deixei a minha mulher ontem à noite. Ela sempre está certa, e eu estou sempre errado. Mas não desta vez. Não vou deixar ela ganhar de mim de novo. Eu sei que estou certo nesse caso. É sempre eu que tenho de ceder. Bem – desta vez vou ficar firme até ela rastejar de joelhos e admitir que está totalmente errada”.

Junto ao aprendizado para dizer “sinto muito mesmo”, maridos e esposas precisam aprender a dizer, “Eu perdôo”. Jesus adverte que o perdão do Pai celestial depende do nosso perdão aos que nos ofendem.
“E, quando estiveres orando, se tendes alguma cousa contra alguém, perdoai, para que vosso Pai celestial vos perdoe as vossas ofensas. Mas, se não perdoardes, também vosso Pai celestial não vos perdoará as vossas ofensas” (Marcos 11:25,26).

O seu cônjuge lhe enganou? Você foi ferido pelo adultério? Você acidentalmente descobriu o caso secreto? Houve real arrependimento? Você está tentando ao máximo perdoar e esquecer?

Você pode nunca esquecer – mas precisa aprender a perdoar. Enquanto viver, você poderá ser perseguido(a) pelas imagens do seu cônjuge nos braços de outra pessoa; sempre poderá sentir dor e tristeza por isso. Mas se o seu cônjuge mostrou prova ou evidência de piedoso pesar – e todo esforço está sendo feito para fazer as pazes e lhe compensar pelo que houve – você deve perdoar. Mais do que isso, você precisa parar, de uma vez por todas, de trazer o passado de volta. Milhares e milhares de casamentos sobreviveram à infidelidade, mas só porque o piedoso pesar por causa do pecado foi seguido pela ação perdoadora à semelhança de Cristo. Se você continua cavoucando para fora todo o velho e feio passado – o matrimônio estará em risco.

A Bíblia diz, “A discrição do homem o torna longânimo, e sua glória é perdoar as injúrias” (Provérbios 19:11).

7. Nunca impeça a aproximação do outro – Esteja aberto o tempo todo!

Nunca se feche como concha ou saia da sala quando houver um abalo. Uma das atitudes mais agravantes e que causam irritação nos casamentos hoje é o tratamento do silêncio. Uma jovem esposa pediu que eu “injetasse um pouco de bom senso no marido”. Ele tinha cerca de um metro e oitenta de altura e pesava mais de noventa quilos. “A única coisa que ele faz”, ela dizia, “é se trancar quando discutimos. Ele não responde. Ele apenas sai, e me deixa fumegando comigo mesma. Quando ele esfria, ele volta. Mas fica igual a um gelo enquanto não faço as pazes com ele. Ele consegue ficar dias sem dizer uma palavra. Odeio isso. Eu preferiria que ele gritasse ou até me batesse. Mas não agüento mais o silêncio – não agüento”.
É uma coisa mortal se dizer ao cônjuge, “Me deixe em paz. Não quero falar. Estou num momento difícil – deixe eu resolver sozinho. Simplesmente não quero ficar perto de ninguém agora”. Isso não só é burrice – mas um genuíno ato para rebaixamento e humilhação. Afinal o quê é um casamento – se não o compartilhar e ajuda recíproca em toda crise?

Já ouvi todas as desculpas: “Estou ‘naqueles’ dias”. “Estou numa fase de mudança de vida”. “Não estou bem”. “Tive um dia péssimo”. “To mal dos nervos”. Mas nenhuma destas desculpas lhe dá o direito moral de se fechar a quem lhe ama. Conserve sempre aberta a porta para dentro do seu coração para aceitar ajuda na hora de necessidade.

A Bíblia diz, “Como cidade derribada, que não tem muros, assim é o homem que não tem domínio próprio” (Provérbios 25:28).

8. Faça um esforço consciente para manter a alegria fluindo!

“A alegria do Senhor é a vossa força” (Neemias 8:10), então casamentos fortes deveriam ter abundância de alegria. Quando o casamento perde a alegria, se torna fraco e vulnerável. Me mostre um lar feliz, e lhe mostro um casal alegre ao leme.

Maridos e esposas que não riem e não brincam mais juntos não amam mais o outro. Existe uma certa infantilidade em torno do amor real. Cheguei à conclusão que os nossos casamentos estão sofrendo de muitos esposos sóbrios e contidos e de esposas tristes.

Claro, há problemas. Há doenças, dificuldades inesperadas, questões financeiras, desentendimentos, dor, e até morte. Mas a vida prossegue – e é uma pena que tantos casais nunca curtam a vida. Eles continuam na esperança de que algum dia ficarão felizes e satisfeitos – quando todas as contas forem pagas, quando as crianças crescerem, quando se aposentarem. Mas a vida passa tão depressa, e tudo que acabam mostrando diante dela são as rugas e as linhas em seus rostos preocupados.

Obrigado! Para mim não! O futuro é agora. Deus está no trono e tem tudo sob controle. Graças a Deus por uma companheira que me ama. Planejo desfrutar de cada minuto disso. Vou manter a alegria fluindo! Há tempo para chorar, mas também tempo para se alegrar. O que é bom pesa mais que o mal – então erga o olhar e viva.

A Bíblia diz, “O coração alegre é bom remédio, mas o espírito abatido faz secar os ossos” (Provérbios 17:22).

9. Nunca se volte à uma terceira pessoa na hora do problema!

Há sempre alguém ansioso para consolar um marido ou uma esposa feridos. E quando não há ninguém com quem conversar em casa, muitos procuram uma amizade fora – “alguém só pra conversar”. É aí que quase todo adultério começa. O coro da igreja pode se tornar uma cama quente de adultério – se o líder não tiver o discernimento de Deus. Maridos ou esposas ficam sentados em casa, enquanto seus cônjuges em problemas gravitam junto à uma amizade compreensiva do coro. Também acontece no trabalho, no escritório. Em qualquer lugar onde as pessoas trabalhem juntas. Atualmente é ainda pior com tantas pessoas magoadas buscando ajuda e conforto. Casos espúrios começam em meio à muita inocência – simplesmente conversando sobre dores mútuas. Então se segue a tendência. Com muita freqüência, termina em transferência de afeição e adultério.

Nunca, nunca, jamais diga de seus problemas conjugais à uma terceira pessoa. Nem mesmo aos mais íntimos amigos de seu próprio sexo. Eles são em geral os primeiros a espalhar o seu problema para o mundo, e ficam na posição de lhe poderem machucar quando mais precisar deles.

Apoie-se só em Jesus! Ele nunca conta – exceto ao Pai! É verdade, há tão poucas pessoas a quem contar os problemas. Mas maridos e esposas deveriam ser os melhores amigos. Devem depender só um do outro. Se inclinar sobre qualquer outro lado leva à queda.

A Bíblia diz, “Suave é ao homem o pão ganho por fraude, mas depois a sua boca se encherá de pedrinhas de areia” (Provérbios 20:17).

10. Consulte Cristo em relação a cada detalhe do seu casamento!

Adão e Eva trouxeram o engano para o casamento, e então compuseram a rebelião se escondendo da presença de Deus. Deus nunca se esconde – só o homem. Mas Deus estava envolvido de forma vital com aquele primeiro matrimônio entre os primeiros homem e mulher. E Ele está do mesmo jeito interessado em todo casamento cristão hoje.

Nenhum casamento tem sucesso hoje se um ou ambos os cônjuges estiver se ocultando de Deus. Mostre-me um casamento sem que um dos dois esteja próximo a Jesus, e lhe mostro um casamento com pouca chance de sobreviver. Pelo menos um dos dois precisa estar em diária consulta diante do Senhor. Precisa haver uma linha direta imediata à sala do trono. Funciona melhor quando tanto o esposo quanto a esposa estão falando com Ele – mas se houver um dos parceiros fugindo de Deus, torna-se mais imperativo que o outro seja capaz de correr a um lugar secreto de oração em busca de ajuda e orientação. Uma mulher de oração pode muitas vezes salvar o seu casamento – como também pode um homem de oração.

O amor não é suficiente para manter um casamento forte – só o poder de Deus pode fazer isso. Esse poder está em ação, nesse instante – curando e conservando casamentos! O divórcio é resultado de um dos cônjuges – ou de os dois haverem perdido a fé. Mas onde Jesus é Rei – o casamento pode ser um sucesso!
“Ora, Àquele que é poderoso para vos guardar de tropeços e para vos apresentar com exultação, imaculados diante da sua glória…majestade, império e soberania” (Judas 24).

David Wilkerson 

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segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

Casamento, antídoto contra a solidão?


"De onde eu estava podia ver o casal na entrada da casa. A mulher estava chorando e gritando com o homem, que em pé, mantinha as mãos no bolso de um gorduroso avental. Dava para ver algumas tatuagens bem rústicas em seu braço - um típico sinal de quem já esteve na prisão.

Como estava indo na direção deles, ouvi mais claramente a mulher pedir que ele consertasse alguma coisa em seu carro, para que ela pudesse ir embora. A resposta dele foi uma sonora gargalhada!


Naquele momento, me aproximei. Ela, subitamente voltou-se para mim e perguntou se eu poderia ajudar o marido a consertar o carro. Outro policial se aproximou e nós separamos o casal para encontrar uma solução para o problema.

Comecei a conversar com o homem e este me disse que sua esposa estava tendo um caso e o estava abandonando. Perguntei se eles já haviam tentado algum aconselhamento, ao que respondeu que não estava interessado. Disse que a única coisa que queria naquele momento era pegar suas coisas que, segundo ele, ela havia escondido.


Falei, então, com a esposa sobre isso, ao que ela respondeu que só as devolveria se ele lhe desse um dos video-cassetes. Ela mencionou que só queria um dos 3 vídeos que o casal possuía. O outro policial dirigiu-se ao carro daquela esposa, levantou e capô e deu uma olhada para ver se havia algo que pudesse fazer. O marido então caminhou em sua direção, tirou um fio elétrico que faltava no carro e o entregou ao policial. Depois, disse à esposa que ela poderia ficar com o video-cassete se ela lhe devolvesse suas coisas (mais tarde fiquei sabendo que as "coisas" eram drogas com as quais ele estava negociando).

Quando o esposa entrou na casa, vi duas menininhas paradas no batente da porta, assistindo ao drama que se transcorria na frente delas. Deveriam ter de 8 a 10 anos. Ambas usavam vestidos e carregavam bonecas de pano. Ao lado delas havia duas pequenas valises. Eu não conseguia afastar meus olhos daquela cena e da forma como elas observavam as 2 pessoas a quem mais amavam no mundo, separando-se.

A mulher saiu da casa com um video-cassete em seus braços e o colocou no banco de trás, que já estava lotado. Depois virou-se para o marido e lhe disse onde encontraria suas coisas. Ambos concordaram em dividir as outras coisas igualmente.

Então, foi quase sem acreditar que vi e ouvi o marido apontar para as meninas e dizer:
- Bem, com qual das duas você vai ficar??!


Sem aparentar qualquer emoção a mãe escolheu a mais velha. As meninas olharam uma para a outra e depois a irmã mais velha saiu de onde estava e entrou no carro. A menorzinha, ainda agarrando sua boneca de pano ao peito com uma das mãos e a malinha na outra, acompanhava com os olhos enquanto sua mãe e irmã se afastavam. Pude ver grossas lágrimas escorrendo em suas faces. O único "conforto" que ela recebeu foi uma ordem do pai para que entrasse, enquanto ele se dirigia a um grupo de amigos para conversar.
E ali estava eu... um impotente espectador diante da morte de uma família!" (David R. Johnson, do livro "The Light Behind The Stars").

Que história triste! Acredito que, se fizéssemos uma pesquisa dessa família desde o dia do "SIM" até o trágico evento daquela tarde, descobriríamos inúmeros fatores que a levaram àquela situação. É impossível não pensar que o isolamento e seu conseqüente resultado - solidão - tenham tomado conta do relacionamento do casal.

Sou conselheiro familiar e grande parte de meu trabalho é com casais que vivem nos grandes centros urbanos do Brasil. São locais de grande acesso de pessoas, porém, também são os maiores focos de solidão. Os casais moram sob o mesmo teto, fazem suas refeições à mesma mesa, sentam-se lado a lado no mesmo sofá, e dormem na mesma cama. Porém, há entre eles uma distância emocional, uma falta de intimidade e proximidade. Praticam o sexo mas sem amor. Conversam entre si, mas não se comunicam. Moram juntos, mas na realidade não vivem juntos.

E o mais triste sobre isso é o fato de que certo dia duas pessoas se achegaram uma à outra, com a proposta de juntas, procurarem "driblar" a solidão. E esse realmente foi um dos motivos pelos quais Deus criou a família. ("Não é bom que o homem esteja só"). Porém, pelo fato de muitos não conseguirem aplacar seu sentimento de solidão e nem o do cônjuge, muito pelo contrário, acrescentarem à sua história muitos outros problemas, chegaram a tal ponto de desespero que decidiram "dependurar as chuteiras". Sem conseguir sequer identificar as causas, utilizam como razão a famosa incompatibilidade (inabilidade de viver juntos em paz e harmonia). Em algum lugar, entre a noite de núpcias e a assinatura dos papéis de divórcio, fatores ocorreram causando essa inversão. A compatibilidade tornando-se incompatibilidade e, um dos fatores decisivos, foi certamente o isolamento e a solidão em que se encontravam.

Cada casal possui necessidades emocionais, intelectuais e espirituais, e muitas delas, Deus planejou que fossem supridas do contexto familiar. A alma do ser humano foi criada para viver em família, em comunhão, em amizade. Somos, por natureza, seres sociais. Ansiamos por intimidade e o casamento, é o lugar mais lógico dela ser encontrada e desenvolvida.

Quando um casal resolve se casar, raramente pensa nas necessidades um do outro e, ainda muito menos, em como supri-las. Quando o clima de encantamento se esvai e, ocorre de "alguém mais" entrar em cena, aparentando compreender e suprir as carências do "incompreendido (a)", aí dá-se a inversão do compatível em incompatível de um lado, e o oposto do outro, resultando na infidelidade. Algumas vezes esse(a) amante não é outro homem, ou mulher, mas um emprego, uma carreira, um projeto ou mesmo um hobby.
A leveza do relacionamento se torna em fardo enquanto o casal luta com as finanças, disciplina dos filhos, relacionamento com os sogros, relacionamento sexual, e muitas outras facetas. Enquanto os casais procuram tratar de cada uma dessas áreas, dependendo de como o fazem, o isolamento, como um vírus muito sutil, vai penetrando no relacionamento:

- Começa a sensação de que um cônjuge está se afastando do outro;
- Ambos trabalham fora em carreiras separadas e, pouco a pouco, passam a dar prioridade à própria realização profissional e às atividades pessoais, ao invés de cultivarem e cuidarem do relacionamento conjugal e familiar;
- Há recusa em tratar dos conflitos existentes, os quais poderiam ser resolvidos de forma satisfatória para cada um dos cônjuges;
- Surge o sentimento de incapacidade de agradar ou de atingir as expectativas do cônjuge;
- Brota a atitude de "quem se importa com isso? ", ou "não adianta tentar!";
- Existe a impressão de que seu cônjuge não aprecia ouví-la(o) e que não a(o) entende. Podem até existir palavras, mas elas são vazias, não correspondendo aos sentimentos.
Esses e ainda outros são sinais de que o cônjuge que os estiver sentindo e percebendo, deverá parar e fazer uma avaliação. Sinal de alerta!
- O que está acontecendo?
- O que podemos fazer para interromper este fluxo de desatenções que está nos cobrindo, antes que o mesmo nos sufoque?


Nesse ponto, podemos parar, avaliar nossos sentimentos e, transformar o "vilão" em "mocinho". A palavra solidão geralmente suscita sentimentos negativos. Porém, podemos transformá-la em algo positivo.

Tenho aprendido com meus momentos de solidão. Apesar de ter uma esposa maravilhosa, viajo muito para dar meus cursos e, muitas vezes me sinto só. Nesses momentos, minha alma anseia a intimidade de estar com alguém próximo, com quem compartilhar minhas lutas e alegrias. E esse desejo de intimidade, geralmente me leva a buscar mais ansiosamente o meu Deus. Davi já passava por isso. Veja o Salmo 63 .1: "Ó Deus, tu és o meu Deus forte, eu te busco ansiosamente; a minha alma tem sede de ti; meu corpo de almeja, numa terra árida, exausta, sem água." E o salmo 42.1-2: "Como suspira a corça pelas correntes das águas, assim, por ti, ó Deus, suspira a minha alma. A minha alma tem sede de Deus, do Deus vivo..."

Esses momentos de anseio de intimidade devem, primeiramente, ser supridos com nosso relacionamento pessoal com Deus. Ele merece o primeiro lugar em nossas vidas. Após corrermos para Deus para saciarmos nossa sede n'Ele, é tempo de procurarmos avaliar e trabalhar nosso casamento. Somos seres sociáveis que precisam bem relacionar-se com o próximo. Nossa família deve ser o que temos de mais próximo, depois de Deus. E, por isso mesmo, é onde o inimigo quer implantar a solidão destrutiva. Deixe-me compartilhar algumas sugestões que têm me ajudado.

1. Reconhecimento da ação do inimigo - Jesus disse: "O ladrão vem somente para roubar, matar e destruir; eu vim para que tenham vida e a tenham em abundância." João 10.10. É absolutamente essencial que nos conscientizemos da batalha espiritual. Sua tática é destruir as boas idéias de Deus, e a família é um de seus alvos prediletos. Coloque sua família sob a total armadura de Deus - Ef 6.10-17.

2. Conscientização de que o seu Deus está torcendo por você - Visto que a família foi criada por Deus, Ele é o maior interessado em preservá-la. Corra a Ele quando sentir-se intimidado, frustrado, sozinho, ou mesmo quando estiver em ponto de desespero. Ele não o decepcionará!

3. Cuidado com as expectativas irreais - O relacionamento que se baseia em desempenho, que funciona nas bases de mérito, tem sua motivação com base nos sentimentos. A tendência humana é prestar mais atenção às fraquezas do que às virtudes e isso ocorre, particularmente, em relação aos cônjuges.

4. Compreensão dos papéis definidos tanto do marido quanto da esposa - De forma geral, o papel do marido é proporcionar à esposa um clima de liderança amorosa e o suprimento de suas necessidades emocionais através do amor, cuidado e de uma boa comunicação com ela. Esposa, cabe a você reagir positivamente à liderança dele, seguindo-o. Isso significa respeitá-lo e admirá-lo. Isso implica em ser amiga e amante. Gostaria de desafiar tanto o marido quanto à esposa, para que ambos leiam as passagens de Efésios 5.22-33 e 1 Pedro 3.1-7, e que perante Deus, clamem que o Espírito Santo torne realidade aquelas atuações no dia-a-dia de cada um.

5. Tornando-se seus próprios "amantes" - A preocupação em agradar o outro sexualmente, implica em negar-se a si mesmo e procurar diligentemente aprender quais são os sonhos e necessidades do cônjuge, fazendo o possível para supri-las. Isso implica em um investimento, de forma a cultivar desde palavras à pequenos gestos, com significados apenas conhecidos por ambos.

6. Conflito criado, conflito tratado - Será sempre necessária uma comunicação honesta para tratar os conflitos que surgirem. Isso significa que deverá existir uma confrontação em amor, quando surgirem atitudes ou comportamentos errados ou mesmo inadequados. Por outro lado, também deverá haver um espírito tolerante perante os desacordos, tendo em vista uma negociação. Também os diferentes maneirismos, formas de fazer as coisas e diferenças de opinião, devem ser respeitadas. Os cônjuges devem se comprometer cem por cento com a Palavra de Deus no que se refere às decisões a serem tomadas, atitudes e ações. Um espírito de humildade deve permear o relacionamento.


7. Compromisso integral - Tenho, ao longo de nossos 30 anos de casados, dito muitas vezes à minha esposa Judith que uma das melhores coisas da vida é poder envelhecer ao lado dela. Separação e divórcio são palavras que não existem em nosso vocabulário. Quando sofrimentos, tribulações, conflitos e dificuldades sobrevêm ao nosso casamento, à nossa família, nós os enfrentamos com a graça e o poder de Deus. Juntos, temos atravessado várias adversidades. Esse tipo de compromisso ajuda a construirmos bases de unidade e intimidade.

Queridos, creio que pior do que a solidão física, é a emocional. O isolamento de alma abate e atrofia o ser humano. Que Deus possibilite a conscientização de que podemos aproveitar o tempo em que temos uma família ao redor, para nos achegarmos e desenvolvermos relacionamentos profundos e significativos. E, que nossos momentos de solidão sirvam para nos aproximarmos de Deus e desenvolvermos um relacionamento de intimidade com Ele.

"A intimidade do Senhor é para aqueles que O temem, aos quais Ele dará a conhecer a Sua aliança". Sl 25.14


Pr. Jayme Kemp

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domingo, 24 de fevereiro de 2013

A confiança em Jesus possibilita que a família vença o mundo


João 16. 16-24,33
O evangelho de João é o que mais retrata a paixão e a morte de Jesus. O capítulo 16 é um dos discursos finais de Jesus a comunidade de cristãos. A promessa feita por Jesus é que aqueles que nele confiassem não ficariam sós em nenhum momento, pois o Consolador estaria sempre conosco.

Jesus com suas palavras tem o intuito de preparar os seus discípulos para as tribulações e perseguições que virão após a sua morte. Ele conhece as limitações deles, e promete não abandoná-los, deixando claro que a tristeza durará apenas um pouco, enquanto que a alegria será muito maior.

Aproximando este texto bíblico das nossas vidas, especificamente das nossas famílias, quero destacar algumas verdades que devem ser observadas por nós.

A primeira é…

A tristeza faz parte da vida

Jesus é a marca da esperança cristã, ele sempre buscou gerar esperança no coração das pessoas. No entanto, ele nunca deixou de ser realista e falar a verdade! Em nenhum momento ele disse que não teríamos tristeza, pelo contrário, ele sabia que as tristezas fazem parte da nossa vida neste mundo e por isso quis nos ensinar como lhe dar com elas.

Quem aqui nunca passou por tribulações ou ficou triste? Agora, imaginem as tribulações e perseguições que os discípulos passaram, alias, todos eles foram mortos, e a maioria de maneira horrível, exceto João.

Assim como existe a primavera, o verão, outono e o inverno na natureza, existem também estas estações na vida da família. Há momentos que estamos floridos, outros que estamos com uma temperatura agradável, outros que começamos a sofrer com a perda de algo, e outro onde parece que não suportaremos aquela aflição.

Eu pergunto para as famílias: vocês conseguem relacionar este exemplo com a vida de vocês? Já se sentiram como no inverno de suas vidas? Pois é, Jesus sabe disso: por isso ele nos disse: tenham bom ânimo!

A segunda verdade que Jesus traz em seu discurso é que…

A alegria dada por Jesus é maior que a tristeza produzida por este mundo

A pesar de existir a tristeza, não é este o foco de Jesus no discurso. Ele quer nos mostrar que a alegria é bem maior que a tristeza. A tristeza duraria somente um pouco. Ele estava se referindo a sua morte na cruz, a qual, os discípulos sentiriam muito, porque Jesus era o referencial deles, era o mestre deles. O que eles iriam fazer sem Jesus? Porém, a alegria viria logo em seguida porque Jesus ressuscitaria, e quando os discípulos o vissem de novo se alegrariam muito.

Há grande alegria quando nos encontramos com Jesus. Nossas famílias precisam de Jesus. Quando o convidamos para estar à frente da nossa família tudo é diferente. Não estou dizendo que não teremos problemas, o que estou dizendo é que Jesus estará conosco todos os dias nos fortalecendo e dando-nos sabedoria para enfrentar a este mundo.

De maneira alguma podemos relacionar alegria com um simples sorriso no rosto. Alegria é muito mais que isso. Alegria é a satisfação em fazer aquilo que é certo. Por isso que mesmo os discípulos sendo perseguidos no início da Igreja, sentiam a alegria, pois como disse, alegria não é um simples sorriso no rosto, mas a satisfação em fazer o que é certo.

Como disse um escritor brasileiro: A pessoa sabia transforma as suas frustrações/tristezas em adubo para o seu jardim. É isso que Jesus quer nos ensinar: ter a sabedoria de transformar as aflições deste mundo em combustível para nossa vida. Tendo a certeza que o caminho é a confiança nele.

A terceira verdade que Jesus nos ensina é que…

Confiando nele as nossas famílias encontrarão a paz

Neste mundo de tanta aflição, que família não deseja a paz? Este é desejo de todo o ser humano. Jesus é aquele que nos oferece paz diante das tribulações da vida. Não estou dizendo que nos tornamos supercrentes, capazes de superar tudo e estar sempre com um sorriso no rosto, não! Estou dizendo que Jesus sempre estará conosco, até mesmo nos momentos mais difíceis da vida, quando estivermos passando pelo vale da sombra da morte, ali Jesus estará nos consolando e nos ajudando a enfrentar.

Jesus é o príncipe da Paz! Você quer paz no seu lar? Entregue a direção da sua casa a Deus, não tente fazer tudo pelas suas forças, mas confie em Jesus. Persevere nesta confiança, e em momento algum desista da sua família.

Não há dúvida que neste mundo nossas famílias passarão por tristezas. No entanto, estas tristezas serão por pouco tempo…logo chegará a alegria. No verso 23 diz: “…mas outra vez vos verei, o vosso coração se alegrará, e a vossa alegria ninguém poderá tirar.” A alegria é muito maior que a tristeza, e esta alegria e completada dia-a-dia, gerando em nós cada vez mais satisfação na vida.

Além da alegria, Jesus nos prometeu a paz diante das aflições deste mundo. Nossas famílias precisam de paz, nossas famílias precisam encontrar-se com Jesus. A confiança em Jesus possibilita que a família vença o mundo. Amém!

Fernando C. Mardegan

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sábado, 23 de fevereiro de 2013


“Para que eles sejam um como nós” João 17:11

“... Para que todos sejam um, como tu ó Pai o és em mim, e eu em ti: que também eles sejam um em nós, para que o mundo creia que tu me enviaste.” João 17:21

“... Eu nele e tu em mim, para que eles sejam perfeitos em unidade, e para que o mundo conheça que tu me enviastes a mim e que tens amado a eles como tens amado a mim.” João 17:23

A doutrina da unidade do corpo de Cristo, são enfatizadas três vezes na oração sacerdotal que Jesus Cristo fez, intercedendo por sua igreja na face da Terra. Observe que esta unidade enfatizada por Jesus Cristo se refere à harmonia que deve existir entre os membros da igreja. Esse relacionamento de unidade entre Cristo e sua igreja é comparado com um casamento. (Efésios 5:22-28) Aplicar esses princípios doutrinários da unidade no casamento tem base bíblica, visto que a igreja é formada pelas famílias. O apóstolo Paulo se reporta a esses princípios com fundamental importância.

“... Portanto, como prisioneiro do Senhor, rogo vos que andeis como é digno da vocação com que fostes chamados, com toda a humildade e mansidão, com longanimidade, suportando-vos uns aos outros em amor, procurando guardar a unidade do Espírito no vínculo da paz.” (Efésios 4:1-3).

O PRINCÍPIO DA UNIDADE NO CASAMENTO

O princípio da unidade no casamento é ensinado nas escrituras como um posicionamento ativo que significa aderir, grudar, ser ajuntado. Isso significa que apesar de haver características distintas em cada um dos elementos que se une, o efeito se torna maior que os seus efeitos individuais. Para que se realize essa unidade, é necessário que haja disposição de ambos de se completarem e decidirem viver uma vida a dois. O individualismo é o pior inimigo da unidade, e pela lógica destruidora do casamento, pois é egoísta e solitário e procura resolver tudo sozinho. Observe este gráfico que mostra a relação de Adão e Eva antes e após a queda: Antes da queda Deus + Filho + Espírito Santo =1 Deus + Adão + Eva = 1 Depois da queda Deus + Filho + Espírito Santo = 1 Adão = 1 Eva = 1

EM BUSCA DO PARAÍSO PERDIDO

Precisamos compreender que nosso alvo principal em aprender sobre a doutrina da unidade é compreender a unidade dos três principais elementos humanos: CORPO-, ALMA E ESPÍRITO. Partimos do pressuposto de que todos os casais tenham aceitado a Jesus como salvador, portanto estejam ligados a Cristo através do novo nascimento. O que predomina na vida de quem nasceu de novo é o fato de ser uma nova criação e ao mesmo tempo estar casado com Cristo.

ESPÍRITO - (Consciência - intuição - comunhão)

* Consciência - A capacitação de cumprir a lei moral

* Intuição - É a percepção clara, direta, imediata de verdades sem a necessidade da intervenção do raciocínio.

* Comunhão - É adorar a Deus no espírito. Deus não é percebido pelos nossos sentimentos ou emoções, mas sim no espírito, através da comunhão.


Quando o homem natural dominado por sua alma (psique) se converte, o Espírito Santo, como um vento misterioso e invisível penetra dentro do homem, toma o seu espírito adormecido e lhe comunica uma nova vida (II Coríntios 5:17) (João 3:3-8). O espírito humano é uma unidade completa, composta de três partes ou funções. A faculdade do espírito, é lei moral e espiritual no interior do homem (Esdras 1;1) que aprova ou desaprova o procedimento humano. A consciência distingue o certo do errado, mas não por meio da influência do conhecimento acumulado na mente senão por um julgamento espontâneo e direto. Uma vez que o Espírito Santo tenha entrado em nosso espírito, somos transformados em Templos de Deus (João 17:21 - Efésios 5:22) - II Coríntios 6:16). Com isso somos capacitados a cumprir a lei moral escrita em nosso espírito.

ALMA - (Psique) Mente emoções e vontade).

Nossa alma não é diretamente recebida, ela foi produzida depois que o espírito entrou no corpo (Gênesis 2:7) É a personalidade humana.

* Mente - raciocínio, intelecto.

* Emoções - Os sentimentos que norteiam a vida.

* Vontade - O livre arbítrio.

* O ato de decidir entre o bem e o mal.

CORPO - (Sentidos - tato - audição, visão, paladar).

Casa, templo e tabernáculo do espírito. A parte mais fácil de entender é a carne. Através de nosso corpo nos localizamos no tempo e no espaço. O corpo necessita de disciplina e cuidados. A única parte do ser que possibilita esse ser multiplicativo. É através do corpo que nos identificamos. Ilustração - "A lâmpada elétrica (Provérbios 20:27); o filamento o vidro e o metal correspondem ao corpo humano; a energia elétrica ao espírito humano; o resultado da

energia elétrica em fusão com a lâmpada (casulo) = Luz (representado aqui pela alma) a personalidade.

AS CONSEQÜÊNCIAS DA QUEDA NO CASAMENTO DE ADÃO E EVA

Ao transgredir foi rompido o elo de ligação com Deus - vida espiritual -:

"... Escondeu-se o homem e sua mulher da presença do Senhor Deus..." (Gênesis 3:10).

Foi quebrada a comunhão entre os dois. Adão culpa a mulher, a mulher culpa a serpente... O que predomina na vida de Adão e Eva agora é um pequeno vocábulo, mas que tem destruído muitos casamentos até os nossos dias. “EU" Observe como ficou a situação de Adão: Eu + me + mim + mesmo = Adão Eu + me + mim + mesma = Eva Na vida de Adão e Eva predomina o caos:

* Cada um se cobriu para que o outro não visse o seu corpo e, se envergonhavam um do outro. Não havia mais pureza entre o casal.

* Também se esconderam de Deus. (Gênesis 3:8) ficaram com medo de Deus e já não O consideravam como parte integrante do seu casamento.

* Assimilaram o pecado e perpetuaram o problema. (Gênesis 3:12) Falharam em admitir a culpa pelo pecado

REDENÇÃO EM JESUS

Jesus veio para redimir a humanidade e restaurar o relacionamento original que Adão havia perdido. Pois assim como por uma só ofensa veio o juízo sobre todos os homens para a condenação, assim também por um só ato de justiça veio a graça sobre todos os homens para a justificação da vida.” Romanos 5:18. Observe: CRISTO + marido + esposa = 1 No casamento cristão o relacionamento é regido pela graça de Jesus Cristo que restaura o a autoridade do espírito sara a alma e faz do corpo, morada do Espírito Santo.

“... Mas o que se ajunta com o Senhor é um mesmo espírito... Ou não sabeis que o nosso corpo é o templo do Espírito Santo, que habita em vós proveniente de Deus, e que não sois de vós mesmos? Porque fostes comprados por bom preço: glorificai, pois, a Deus no vosso corpo e no vosso espírito, os quais pertencem a Deus.” Coríntios 6:17-20.

“... O marido pague à mulher a devida benevolência, e da mesma sorte a mulher ao marido. A mulher não tem poder sobre o seu próprio corpo, mas tem-no o marido; e também o marido não tem poder sobre o seu próprio corpo, mas tem-no a mulher. Não vos defraudeis um ao outro, senão por consentimento mútuo por alguém tempo

para vos aplicardes à oração; e depois, ajuntai-vos outra vez para que Satanás não vos tente pela vossa incontinência. ’’ I Coríntios 7:4-5

“Semelhante vós, mulheres, sede sujeitas ao vosso próprio marido, para que também se algum não obedece à palavra, pelo procedimento de sua mulher seja ganho sem palavra...”.

A SEPARAÇÃO IMPEDE A BÊNÇÃO


“Igualmente vós, maridos, coabitai com ela com entendimento, dando honra à mulher, como vaso mais fraco; como sendo co-herdeiros da vida; para que não sejam impedidas as vossas orações. Jesus redimiu o casamento para que não seja regido pela maldição, mas sim pela graça”. Gálatas 3:13

A unidade é expressa por Davi no Salmo 133. Nos últimos versículos destes salmos está escrito: “Porque ali, o Senhor ordena a vida e a bênção para sempre.”. O lar, a esposa e os filhos podem experimentar a bênção da unidade, pois Deus determina alia bênção e a vida para sempre.

IMPORTÂNCIA DA ORAÇÃO A DOIS

Nada intensifica mais a comunhão do casal do que a oração em conjunto. Muito cônjuge tem testemunhado do profundo amor que sentem um pelo outro, depois de abençoados momentos de oração em conjunto. A comunicação e o relacionamento - inclusive sexual, tornam-se mais agradáveis quando o casal ora juntos. Nestas horas, o Espírito Santo revela coisas encobertas que precisam vir à tona, para que haja um ajustamento conjugal mais profundo. O apóstolo Pedro afirmou que por ser o casal herdeiro da mesma graça da vida, suas orações jamais devem ser interrompidas (I Pedro 3:7). O casal que ora junto está sempre recebendo o fluir da graça de Deus, com isto, estarão aperfeiçoando cada vez mais a comunhão um com o outro e com o Pai Celestial. Ser bem sucedido no casamento é atingir um grau de companheirismo e carinho profundo. Os filhos serão os grandes beneficiados deste relacionamento abençoado. Toda a família estará fortemente unida nos laços do amor de Deus. É imprescindível que o casal cristão ponha a oração em primeiro lugar em sua vida. Buscar em primeiro lugar o reino de Deus inclui isso como prioridade. A oração a dois deve ser uma prática diária, num horário e local mais conveniente para ambos. O reino das trevas tentará de todas as formas impedirem esse tão benéfico hábito, pelo fato de não querer o benefício do casal e por conseqüência também dos filhos. Em contra-ataque ao inimigo, todos os casais cristãos devem usar as armas da oração em conjunto, que o Senhor tem dado, afirmou alguém convicto desta verdade.

UM COMPROMISSO PARA MARIDO E ESPOSA PARA SOLIDIFICAR A UNIDADE

Tomaremos tempo para amor e confraternização. Continuaremos a colocar lenha no fogo de nosso amor pôr palavras e atos de apreciação um pelo outro. Quando houver desentendimento teremos pressa para perdoar, pedir perdão. Não

permitiremos ninguém vir entre nós. Isso inclui amigos, família, pessoas estranhas. Teremos uma atitude bem sã sobre dinheiro, e juntos decidiremos sobre assuntos financeiros. Também termos uma atitude madura, sobre trabalho, cada um levando sua parte da responsabilidade familiar. Acharemos tempo para recreação e novas experiências edificantes. Manteremos um senso de humor, e até aprenderemos a rir de nós mesmos. Evitaremos os hábitos que destroem lares, hábitos de impaciência, preocupação, imposição contínua, ciúmes e todas as outras formas de egoísmo. Daremos bem-vindos aos filhos, amando-os, instruindo-os, disciplinando-os e cuidando deles. Daremos a Cristo o primeiro lugar em nosso lar, tendo períodos freqüentes de leitura bíblica e oração junta, sempre buscando pôr em prática os ensinos da Palavra de Deus em nossa vida diária. Como família, seremos membros leais da igreja, freqüentando fielmente, contribuindo e ministrando os outros casais. Pelo auxílio de Deus, nosso lar será um crédito, e não um débito, para a igreja, a comunidade e para o mundo.

"O maior gesto de amor conjugal não está nas mãos que se enlaçam ou nos lábios que se tocam. Está nos joelhos que se dobram para uma oração lado a lado.”

Pedro Almeida
Coordenador Nacional Ministério de Casais da Igreja Quandrangular

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sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

O Casal Cristão


Leitura: Gênesis 2:21-24: Texto: v. 24, “Portanto deixará o homem o seu pai e a sua mãe,E apegar-se-á à sua mulher, e serão ambos uma carne.”

Casamento é uma instituição divina em que Deus abençoa de várias maneiras a união de um homem e uma mulher. Essa união é especial e única. A união de um homem e de uma mulher, for a do âmbito do casamento, é julgada por Deus de prostituição (#4205, masculina) e adultério (#3432, feminina) (Hebreus 13:4). Para ter as mais ricas bênçãos no seu lar, comece com a cerimônia de casamento segundo as leis civis vigentes. Se ainda é solteiro, redime o seu tempo se preparando para as responsabilidades que espera ter um dia. As moças, na arte culinária, costura, faxina, cuidado de crianças, enfermagem, etc. Os moços, no respeito às mulheres, no manter um emprego, no terminar a sua educação formal, etc.


A União

A união leva tempo para amadurecer as coisas que fazem parte da vida particular do casal. Cada um vem de influências adversas. Cada um foi criado num lar que teve seus costumes particulares. As características diferentes de cada pessoa foram influenciadas pela maneira que foi criada. Essas diferenças são evidentes na vestimenta, na ética de trabalho, nos hábitos de alimentação, na sabedoria financeira, na adoração a Deus, nas amizades, etc. São necessários vários anos para se concretizar as características próprias do casal. A formação de distintivas próprias do casal não é imediata. Para deixar de ser o que era antes do casamento e ter uma nova união, cada um precisa Dar espaço para essas mudanças necessárias. O objetivo é ser unido nos propósitos da vida, na ética, nos princípios morais e nos vários costumes em vez de ser duas pessoas diferentes, tendo uma mera existência e dividindo a mesma Casa.

Para alimentar a esperança de formar essa união saudável é necessário considerar algumas maneiras de “apegar-se” um ao outro. A união é formada quando se deixa a vida de solteiro e se empenha no traçar uma vida nova juntos. “Porventura andarão dois juntos, se não estiverem de acordo?” (Amós 3:3). Para poder andar juntos é preciso haver concordância em várias áreas. A união saudável é facilitada se houver união física, geográfica, financeira, emocional e espiritual.


A União Física

O casal cristão, sendo devidamente constituído por Deus segundo as leis civis vigentes, pode participar de um ato conjugal íntimo. A união física não é pensar só em is mas é aquela cujo propósito é se Dar um para o outro (I Coríntios 7:4). Um aviso solene: A aproximação física antes do casamento é perigosa, portanto, é necessário se evitar abraços demorados, beijos prolongados, etc.. Além do ato conjugal, existem outras maneiras de se expressar a união física …

*Cuidar do bem estar um do outro – Agora, sendo um casal, cada um tem a responsabilidade de olhar para o bem estar do outro (o conforto, o descanso, a alimentação saudável, a saúde, o exercício, etc.).

*Fazer atividades juntos – (lavar louças, faxina, passeios, jogos de mesa, prática de um hobby, etc.)


A União Geográfica

O casal cristão deve ter união geográfica. Eles devem morar juntos para constituírem um lar próprio. Cada integrante da união doméstica tem que deixar (# 5800 – deixar para trás) o pai e a mãe para apegar-se (# 1692 – ficar junto) ao seu cônjuge. O casal Cristão deve morar junto, mas não deve ser no mesmo lugar de outros. O relacionamento sadio, que é uma bênção, não divide o seu lar com os mesmos espaços geográficos de outros da família (tio ou tia, pai ou mãe, sogro ou sogra, irmão ou irmã, etc.). O casal deve deixar estes para constituir uma união própria num local próprio. Tanto mais distante, geograficamente falando, o casal é de outros parentes, melhor. Não é necessário desprezar a amizade das outras pessoas da família, mas, com o casamento, vem a responsabilidade de Dar mais importância ao cônjuge do que aos outros. A ausência do homem ou da mulher no lar por períodos exagerados, seja por causa do emprego, esportes ou por outra razão, é prejudicial à união. Tanto mais tempo juntos no mesmo lugar geográfico melhor a união. Meça a saúde da sua união pelo contagem das horas gastas juntos no mesmo lugar geográfico. Quanto mais melhor.


A União Financeira

O casal cristão deve ter união financeira. Um princípio bíblico para essa união financeira é escrito em I Tessalonicenses 4:11,12 que diz: “E procureis viver quietos, e tratar dos vossos próprios negócios, e trabalhar com vossas próprias mãos, como já vo-lo temos mandado; Para que andeis honestamente para com os que estão de for a, e não necessiteis de coisa alguma.” A estrutura da manutenção do lar, das despesas de alimentação, roupa, condução, tratamento médico, escolaridade, etc. Deve ser completamente cuidada pelo casal Cristão sozinho. Os laços familiares ou mesmo as instituições financeiras não são fontes viáveis para alimentar a união financeira do casal. A fonte viável são as suas próprias mãos. Os dois integrantes do casal cristão precisam saber limitar as dívidas para que possam viver dentro das suas próprias capacidades, pois o que toma emprestado é servo do que empresta (Provérbios 22:7). Não está casado? Determine, então, aprender a viver já somente do fruto das suas próprias mãos e determine não levar dívidas para o casamento. Aprenda a fazer um orçamento mensal e a controlar as despesas.


A União Emocional

Deixar pai e mãe e apegar-se ao cônjuge inclui a parte emocional do casal. O amigo do peito deve ser o cônjuge. A conversa em que se abre o coração deve ser reservada para o cônjuge. O seu melhor confidente é o seu cônjuge que sempre está ao seu lado. A dependência emocional com qualquer outro impede o crescimento da união emocional e, portanto, é prejudicial ao lar. Siga os princípios de Romanos 12:15-21. Não há também nada de errado em criticar o outro com respeito mas é necessário entender os ciclos da vida. Cada um de nós possui momentos melhores para receber criticas (Provérbios 25:20 “O que canta canções para o coração aflito é como aquele que despe a roupa num dia de frio, ou como o vinagre sobre salitre.”) Ser sensível é uma virtude mas há uma sensibilidade exagerada. A sensibilidade exagerada é evidenciada quando se nota que está tomando cada crítica como se fosse um ataque pessoal ou quando está querendo monopolizar toda a atenção. O cristão deve procurar tratar o cônjuge como gostaria de ser tratado e entendido.


A União Espiritual

Temos a clara instrução divina de não nos prender a um jugo desigual (II Coríntios 6:14). O casal que tem Deus na sua união, tem capacidade de sobreviver grandes dificuldades (Eclesiastes 4:12: “… o cordão de três dobras não se quebra tão depressa”). Para ter Deus na união é necessário ter Cristo no coração. Para ter Cristo no coração se arrependa dos seus pecados e creia no Senhor Jesus Cristo de coração. A união espiritual é facilitada com a participação juntos da leitura bíblica, da adoração pública e da oração. Como dizem: “O casal que ora junto, permanece junto.” Tenham a Palavra de Deus como base do lar. Isto fará que tenham os mesmos objetivos na criação dos filhos, na adoração e nas outras áreas da vida.

Universidade, filhos, problemas de saúde, mudanças, etc., trarão oportunidades de crescer nessas qualidades de união. Não permita que essas situações venham quebrar a união mas que venham fortalecê-la.

Luiz Claudio

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quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

Casamento: Unidade ou União?


Muitos casais cristãos estão vivendo hoje fora daquilo que Deus idealizou. Brigas constantes, desrespeito mútuo e distância entre o casal, são vistos em muitos lares. E além da infelicidade que isto produz em seus corações, ainda há a questão do mau testemunho dado. Penso que este é um assunto que merece nossa atenção, pois o princípio de viver em unidade é algo que não apenas produzirá maior realização emocional no relacionamento, como também liberará sobre o casal as bênçãos de Deus.


COMPREENDENDO A UNIDADE
É importante que consigamos visualizar o que a unidade do casal pode produzir em suas vidas, e então seremos desafiados a preservá-la. Também entenderemos porque o diabo, o adversário de nossas almas, luta tanto contra ela. Jesus nos ensinou que a unidade e concordância permite Deus agir em nossas vidas: “Ainda vos digo mais: Se dois de vós na terra concordarem acerca de qualquer coisa que pedirem, isso lhes será feito por meu Pai, que está nos céus. Pois onde se acham dois ou três reunidos em meu nome, aí estou eu no meio deles”. Mateus 18:19,20 Por outro lado, a falta de unidade impede Deus de agir. A palavra de Deus nos mostra de modo bem claro que quando o marido “briga” com sua mulher, algo acontece também na dimensão espiritual: “Igualmente vós, maridos, vivei com elas com entendimento, dando honra à mulher, como vaso mais frágil, e como sendo elas herdeiras convosco da graça da vida, para que não sejam impedidas as vossas orações”. I Pedro 3:7
Ao deixar de honrar a mulher como vaso mais frágil e maltratá-la (ainda que só verbalmente), o marido está trazendo um sério problema sobre a vida espiritual do casal. A Bíblia diz que as orações serão impedidas. É lógico que isto também vale para a mulher, embora quem mais facilmente tropece nisto sejam os homens. O texto bíblico revela que depois de desonrar a mulher na condição de vaso mais frágil (com asperezas), o homem, mesmo que clame ao Senhor, terá sua oração impedida, pois um princípio foi violado. Deus não age em um ambiente de desarmonia e discordância. Isto é um fato. Quando tentaram construir a torre de Babel, as Escrituras dizem que Deus desceu para ver o que os homens faziam.
E Deus mesmo, ao vê-los trabalhando em harmonia e concordância de propósito declarou: “Eis que o povo é um e todos têm uma só língua; e isto é o que começam a fazer; agora não haverá restrição para tudo o que eles intentarem fazer.Eia, desçamos, e confundamos ali a sua linguagem, para que não entenda um a língua do outro.” (Gn.11:6,7). O que vemos aqui é que a unidade remove limites. Quando o casal se torna um e fala uma só língua (sem discordância) eles removem os limites diante de si! Deus pode agir livremente num ambiente destes, mas basta perder a capacidade de falar a mesma língua que tudo se perde! No reino de Deus, quando dois se unem, o efeito não é de soma, mas de multiplicação. Moisés cantou acerca do exército de Israel: um deles faria fugir a mil de seus inimigos, mas dois deles faria fugir dez mil! (Dt.32:30).
A unidade ainda traz consigo outras virtudes. Podemos ver isto numa das figuras bíblicas do Tabernáculo. O propiciatório da arca da aliança figura este princípio. O Senhor disse que ali Ele viria para falar com Moisés. O propiciatório (ou tampa da arca) era o lugar onde a glória e a presença de divina se manifestava. E nas instruções para a confecção desta peça, vemos o simbolismo da unidade. Deus disse que os dois querubins deveriam ser uma só peça de ouro batido; com isto falava simbolicamente de unidade entre seus adoradores (Ex.25:17-19). Os querubins deviam estar com as asas estendidas um para o outro (Ex.25:20), o que fala de cobertura recíproca. A falta de unidade nos leva a agir com o espírito de Caim que disse ao Senhor: “Acaso sou eu guardador de meu irmão?” (Gn.4:9). Mas quando estamos em unidade com alguém, cobrimos e protegemos esta pessoa! Esta é uma virtude que acompanha a unidade.
O CASAL DEVE DECIDIR JUNTO
Há uma ordem de governo e autoridade estabelecida por Deus no lar. O marido é chamado o cabeça (Ef.5:22-24), e entendemos que como tal tem direito à palavra final. Porém, isto não quer dizer que o homem esteja sempre certo ou que não deva ouvir sua mulher. Encontramos no Velho Testamento uma ocasião em que o próprio Senhor diz a Abraão, seu servo: “Ouve Sara, tua mulher, em tudo o que ela te disser” (Gn.21:12). No Novo Testamento vemos Pôncio Pilatos desprezando o conselho de sua mulher e se dando mal com isto (Mt.27:19). Precisamos considerar ainda que ser líder não significa ser autoritário. Quando o apóstolo Pedro escreveu aos presbíteros (que compõem o governo da Igreja Local), disse em sua epístola que eles não deveriam ser “dominadores do povo” (I Pe.5:3). Isto mostra que autoridade e autoritarismo são duas coisas distintas. Vejo muitos maridos dizerem que suas esposas TÊM que obedecê-los! Mas ao dizer que as esposas devem ser submissas, Deus não estava instituindo o autoritarismo no lar. Vale ainda lembrar que Jesus declarou que “aquele a quem muito foi dado, muito lhe será exigido” (Lc.12:48).

Os homens precisam se lembrar de que em matéria de responsabilidade do lar, terão que responder a Deus numa medida maior que as mulheres. Mas não é preciso que o homem carregue o peso desta responsabilidade sozinho. É importante que o casal dialogue e tome decisões juntos. Desde que casamos, minha esposa e eu sabemos quem é o cabeça do lar, mas foram muitas raras as vezes em que tomei uma decisão por mim mesmo. Sempre conversamos e discutimos sobre nossas decisões. As vezes já estamos de acordo no início da conversa, e às vezes precisamos de muita conversa para amadurecer bem o que estamos discutindo. Mas sabemos a bênção de caminhar em acordo e cultivamos isto entre nós. Entendo que se a mulher é chamada de “auxiliadora” na Bíblia, é porque o homem precisa de sua ajuda. E a ajuda da mulher não está limitada à atividades domésticas. A Bíblia fala com esta figura, que deve haver uma relação de companheirismo. Creio que como auxiliadora, a mulher deve ajudar a tomar decisões.

Este é um processo que exige ajuste. Na hora de discutir alguma decisão, ou mesmo a forma de ser e se comportar de cada cônjuge, vemos o quanto é difícil ouvir ao outro. Mas devemos atentar para o ensino bíblico sobre isto: “Responder antes de ouvir é estultícia e vergonha” (Pv.18:13). Tiago nos adverte o seguinte: “Sabeis estas cousas, meus amados irmãos. Todo homem, pois, seja pronto para ouvir, tardio para falar, tardio para se irar”. Tiago 1:19. A verdade é que normalmente somos prontos para falar e irar-se um contra o outro, mas tardios para dar ouvidos ao que o outro tem a dizer. E isto precisa ser mudado em nós! Para que haja acordo, precisamos aprender a ouvir.

TRATANDO COM DESENTENDIMENTOS

Os desentendimentos ocorrem, mesmo entre os crentes mais dedicados, mas devem ser tratados logo. Lemos que alguém pode se irar e não pecar, pois é uma reação emocional espontânea. Mas o que cada um faz com o sentimento que teve pode se tornar pecado. Paulo aconselhou os irmãos de Éfeso a que não deixassem o sol se pôr sobre sua ira (Ef.4:26,27). Em outras palavras, que deveria haver acerto, perdão, e que nenhuma pendência ficasse para trás. Precisamos aprender a tratar com os desentendimentos no lar. Preservar a unidade não significa nunca se desentender, mas saber dar a manutenção devida no relacionamento quando isto ocorrer. O tempo não apaga as ofensas. Deve haver reconciliação. Jesus ensinou isto: “Se, pois, ao trazeres ao altar a tua oferta, ali te lembrares de que teu irmão tem alguma coisa contra ti, deixa perante o altar a tua oferta, vai primeiro reconciliar-te com teu irmão; e, então, voltando, faze a tua oferta” Mateus 5:23,24

Alguns acham que depois de um desentendimento é só deixar “para lá”. Mas a Bíblia nos ensina o princípio de reconciliação de maneira bem formal. Deve haver pedido de desculpas, de perdão. Deve se conversar sobre o que aconteceu (o quê machucou o íntimo de cada um e por que machucou). E não podemos perder de vista que devemos lutar para viver sem brigas, e não só reconciliar quando elas ocorrem (Ef.4:31). Acredito, ainda, que atenção especial deve ser dada à forma de falar. Talvez esta seja uma das áreas que mais sensíveis sejam nos desentendimentos que surgem no relacionamento, uma vez que a “comunicação” no lar não é só o que um fala, mas também a forma que o outro entende! As conversas não devem ser exaltadas ou em tom de briga. E quando um dos cônjuges se perde numa explosão emocional, é importante notar que a Bíblia não nos ensina a “jogar o mesmo jogo”.

Embora seja verdadeiro e aplicável aqui o ditado de que “é melhor prevenir do que remediar”, precisamos reconhecer que muitas vezes falhamos permitindo desentendimentos que poderiam facilmente ser evitados. Neste caso, devemos aprender a consertar e tratar com estas situações. Mas não podemos esquecer também que mesmo havendo perdão e reconciliação depois do erro, quando ele se repete muito vai gerando desgaste e descrédito, e isto exige uma dimensão de restauração maior depois. As intrigas no lar roubam o prazer de outras conquistas, como escreveu Salomão, pela inspiração do Espírito Santo: “Melhor é um prato de hortaliça, onde há amor, do que o boi cevado e com ele o ódio”. Provérbios 15:17 “Melhor é um bocado seco, e tranqüilidade, do que a casa farta de carnes, e contenda”. Provérbios 17:1 “Melhor é morar no canto do eirado do que junto com a mulher rixosa na mesma casa”. Provérbios 21:9 Há casais que alcançaram tudo o que queriam financeiramente, mas não conseguem viver bem juntos.

Eles, melhor do que ninguém, podem afirmar quão verdadeiras são estas declarações bíblicas. Não adianta ter outras realizações e deixar o relacionamento conjugal se perder. Como alguém declarou: “Nenhum sucesso compensa o fracasso do lar”. Precisamos aprender a cultivar a unidade em nosso relacionamento. E isto acontece quando aprendemos a lidar de forma simples e prática nas questões do dia-a-dia. Que o Senhor nos ajude!

Luiz Claudio

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quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

Vamos por as coisas em ordem?


Os momentos difíceis sempre vão existir e serão um desafio para a caminhada a dois...
Existe algo mais compensador neste mundo que ter um lar acolhedor para voltar depois de um dia de intenso trabalho? Há algo mais confortante que poder contar com os braços acolhedores do cônjuge quando passamos por momentos difíceis? Que bálsamos são as palavras firmes e carinhos que recebemos e que prazer maravilhoso poder compartilhar tudo isso num ambiente de paz.

A família é um projeto de Deus. Por mais que o mundo tente desonrá-la, ela sempre será a célula-mater de qualquer sociedade. Uma nação forte é composta por famílias fortes; uma igreja forte é, também, constituída por famílias fortes; cidadãos fortes são membros de famílias fortes.

Mesmo que você não esteja vivendo esta realidade, ainda sim, isso pode ser um sonho concretizado na sua vida. Como? Buscando em que criou o casamento – Deus. A Bíblia enfatiza que o “cordão de três dobras não se rompe com facilidade” (Ec 4.12b). Com o passar dos anos, muitos casais se acomodam e deixam de reconhecer Deus como o centro de tudo em suas vidas. Buscar em Deus as respostas para as dificuldades do casamento é garantia de um matrimônio bem-sucedido.

E por falar em momentos difíceis... Eles sempre vão existir e serão um desafio para a caminhada a dois. Ausência de dificuldades, não é sinônimo de paz dentro do lar. A tranquilidade do lar dependerá da maneira pela qual você enfrenta cada problema. Situações mal resolvidas, traz sérios resultados: falta de comunicação, desunião, desinteresse um pelo outro, culminando, muitas vezes, no divórcio.

Não sei como está o seu casamento. Se você e seu cônjuge não têm Deus como o centro de tudo. Se nem à igreja vocês estão indo mais.

Quem sabe nos últimos anos o seu lar não tem sido mais o aconchego do seu cônjuge; em vez de ir para a casa, o seu cônjuge tem procurado outros lugares para se aconhegar...

Não sei se o seu casamento tem oscilado entre altos e baixos, e se os momentos ruins têm prevalecido em sua relação conjugal.

Quem sabe você está querendo dar uma de Deus, pensando que pode decidir tudo e, com isso, tomando decisões precipitadas como as de ajuntar seus pertences, colocá-los em uma mala e abandonar o seu lar. Pondo um ponto final onde Deus havia colocado uma vírgula...

Já está mais do que na hora de por as coisas em ordem dentro do seu lar! Comece, primeiramente, convidando o Senhor para fazer parte de sua família novamente. Coloque Deus a par de todos os seus problemas. Talvez você irá me questionar: “Mas ele já não sabe?”. Sim, claro. Mas ele quer ouvir a sua voz, quer manter novamente aquele diálogo que tinha com você. E que, com o tempo, se perdeu...

Depois, comece a trabalhar melhor com os conflitos que possam surgir. Não deixe que eles virem uma “bola de neve”. Por isso, pare, pense, saiba ouvir e falar na hora certa; escolha também a hora adequada para conversar, pois assim está escrito: “O homem se alegra em dar resposta adequada, e a palavra a seu tempo quão boa é!” (Pv 15.23). Não comece a levantar a voz e a querer resolver as coisas no grito, isso só vai gerar mais confusão ou ocasionar o término da conversa por parte de um dos cônjuges.

Saiba também identificar a sua parcela de culpa nos problemas. Muitos só querem que o outro conserte, mas não querem assumir os seus erros e a parcela de contribuição no desgaste do relacionamento. Reconhecer os erros pode ser a “chave” para que as mudanças comecem a acontecer em seu lar.

Deus sonda e conhece o seu coração neste momento – “Sonda-me, ó Deus, e conhece o meu coração; prova-me, e conhece os meus pensamentos.” (Sl 139.23).

Talvez, hoje, a palavra que mais vem à sua mente é a desilusão, acompanhada do desânimo para continuar a lutar. Mas que neste dia você possa se levantar e dizer como Jó: “Porque eu sei que o meu Redentor vive, e que por fim se levantará sobre a terra.” (Jó 19.25).

Creia que Deus se levantará, em nome de Jesus, sobre o seu lar, pois ele vive e pode transformar qualquer situação difícil em bonança. Então, levante-se e comece a por em ordem a sua casa tanto espiritual quanto física.

Esposa Virtuosa

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terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

Voltando ao primeiro amor com seu esposo!


Muitos casais se mantém juntos em virtudes de “coisas” que ajuntaram no relacionamento, eles já não tem o outro como o seu “bem maior”, mas como algo que faz parte do pacote.
Alguns casais se amam, mas como se acostumaram um com o outro, já não vêm motivos para comemorar o reencontro. É incrível que se perguntado responderiam que está tudo bem com eles. Eles estão tão frios que não se deram conta que o romance, a alegria, o abraço inesperado, o elogio oportuno, a cumplicidade num olhar de admiração, são coisas que ficaram para trás há muito.

O amor deles está empanado, perdeu o brilho e eles não enxergam a falta de vida no casamento.  Casais estão juntos, trabalhando, voltando para casa, fazendo amor de vez em quando, tendo algumas metas, sonhos em comum, mas de forma desatenta eles começam a se afastar um do outro, tudo em nome da busca de um horizonte melhor. Eles precisam acumular coisas, precisam adquirir bens, precisam comprar, e não dá para cuidar do romantismo, não há tempo para fazer do outro o seu maior bem. Mas um belo dia, eles descobrem que o casamento já não tem mais brilho, e já não voltam para casa como antes.
Porque vocês estão continuam voltando para casa? Por causa da estrutura, dos bens adquiridos, da falta de opção? Não sei, mas sei que o casal deve voltar para casa com saudade do outro, com desejo, com alegria pelo reencontro. Isso é a mão de tinta nas paredes do nosso coração, é manutenção, é voltar ao primeiro amor.

 Quando um casal deixa de namorar o casamento começa a morrer. Pense nisso, e tome atitude ...

Esposa Virtuosa

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segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

Enfrente o inimigo,não seu esposo!!


Bem, o seu cônjuge está dizendo e fazendo muitas coisas ruins agora mesmo. Você necessita lembrar constantemente que a sua batalha não é contra seu cônjuge. Leia Efésios 6:12. Você não está lutando contra carne e sangue. O seu cônjuge não é seu inimigo, Satanás sim.
Você está engajado em um terrível conflito. Até agora você cria que o conflito era entre você e seu cônjuge. Não! Sua batalha é contra o inimigo!! O que fazer?? A chave é ficar no espírito e batalhar plenamente no espírito. O diabo é o mestre da carne. Ele conhece a sua carne melhor do que você mesma. Se você ficar na carne, ele ganhará todas as vezes. Se você ficar no espírito, então ganhará todas as vezes. Deste modo, ficar no espírito quer dizer que, quando você vir ou ouvir o seu cônjuge dizer ou fazer coisas impiedosas, você não reage com sua carne. Vociferar, gritar, discutir e ameaçar são todos meios carnais de tratar o problema. Reconheça agora mesmo, que você está lutando contra o reino do inferno, pelo seu cônjuge e seu casamento. Permanecer no espírito significa que vocês farão guerra espiritual contra o verdadeiro inimigo, o diabo, e não lutarão na carne um contra o outro. Pense no seu cônjuge como um refém ou um prisioneiro de guerra no acampamento do inimigo. A sua guerra espiritual vai ser o meio de trazer liberdade para o seu cônjuge. As circunstâncias são as armas principais do inimigo. Um dos seus truques principais é desviar os seus olhos para as circunstâncias e tirá-los de Jesus.
Amiga, O que você está enfrentando hoje? O seu cônjuge está pedindo divórcio? O seu cônjuge tem o temperamento agressivo? Você está sendo ameaçada pelo adultério? Seja o que for, é uma circunstância. Não deixe que ela  controle você. Ao contrário, comece a virar a maré contra ela lutando contra o verdadeiro inimigo em oração.

Esposa Virtuosa

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domingo, 17 de fevereiro de 2013

Casamento é uma escola!


"Uma escola onde os dois se matriculam, para aprender a ser o que nunca foram”.
A vinte e dois anos atrás eu entrei nesta escola para aprender a ser marido, confesso que pensei que sabia muito, mas a cada semana de estudo, chegava a conclusão que minha ignorância era maior do que eu imaginava. Hoje considero que estamos vivendo a maturidade do amor conjugal, porém houve um processo de aprendizagem no qual nos submetemos. À quanto tempo você está matriculado nesta escola? Qual têm sido suas notas como marido/esposa? Que nota o seu cônjuge daria à você hoje?
O que é necessário para ser bem sucedido nesta escola:

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 Reconhecer que não sabe. Ninguém que se casa pela primeira vez, casa sabendo tudo sobre marido, esposa, sexo, sexualidade, economia doméstica, relacionamento com a família de origem do outro, educação de filhos etc. Tudo é novo e tem que ser aprendido, por isso uma das chaves do sucesso no processo de aprendizagem é a humildade. Só aprende quem reconhece com humildade que não sabe. O orgulho é o principal impedimento para que as pessoas não se libertem da ignorância. Toda pessoa que pensa que sabe tudo, ainda não sabe como convém saber. O caminho da humildade é o caminho do sucesso conjugal.
 Estar aberto para aprender sempre. No casamento, um deve aprender com o outro a ser mais organizado, limpo, paciente, amoroso, prestativo, generoso, educado, gentil, disciplinado, justo etc. Os casais que atingem um nível de qualidade de vida marcado pela significância, são aqueles que nunca param de aprender.
Fazer a lição de casa. O segredo é estudar para praticar, isto tem a ver com ler bons livros sobre relacionamento, ouvir e assistir palestras sobre assuntos que tenham a ver com família, conversar com quem sabe mais e tem maior experiência. Quantas vezes quando eu termino de ler um livro no avião ou no hotel, volto para casa muito melhor do que sai. Alunos bem sucedidos, são alunos aplicados.
Estudar mais sobre aqueles assuntos em que você tem maior dificuldade. Costumo sempre perguntar para o meu filho Pedro, sobre qual matéria ele tem maior dificuldade na escola. Outro dia ele respondeu: – Eu não estou indo bem em duas matérias, matemática e português. Isto porque se não houver um esforço e investimento direcionado, ele corre o risco de não ser aprovado no final do ano, e o prejuízo será grande.
Pare por um instante e responda para você mesmo: Qual é a sua maior dificuldade no seu casamento? Em que ponto você não está conseguindo ser aprovado pelo cônjuge? Faça uma auto avaliação, escreva isso em um papel e comece a investir nesta direção.

As áreas de dificuldades pode ser comunicação, finanças, sexual, confiança, tempo, educação dos filhos etc. Quando damos uma pausa para fazer uma auto-avaliação e listamos os nossos pontos fracos, fica mais fácil trabalhar para melhorar. Não existe ninguém que possa afirma, não preciso melhorar em nada, todos nós, uns mais, outros menos, todos temos áreas que precisamos de tratamento.

 Pr. Josué Gonçalves

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sábado, 16 de fevereiro de 2013

Casamento é uma Viagem!


“Viajar com quem se ama pode ser prazeroso, mas nem é o que acontece. Por que?”

Se você quer conhecer bem uma pessoa, faça uma viagem de muitos dias com ela. Na medida em que o tempo for passando e a nível familiaridade for aumentando, a pessoa vai deixando vazar tudo aquilo que não deixaria num relacionamento rápido e superficial.

Casar é conhecer, e se conhece o cônjuge na medida em que a viagem vai acontecendo. Você já observou que todo quadro quando visto de longe é perfeito, porém, quando nos aproximamos, os defeitos vão aparecendo e concluímos que, não existe artista perfeito.

Durante o período do namoro, os dois contemplam o quadro de longe, e dá a impressão de que é perfeito, mas é no dia a dia da convivência conjugal os defeitos, as imperfeições, os hábitos, as manias vão aparecendo. Porém, os dois devem construir o relacionamento com base nas qualidades um do outro.

A viagem conjugal tem suas fases, na primeira, o que os dois enxergam um no outro, é aquilo que foi idealizado, sonhado, projetado. Tudo é maravilhoso e encantador, é a fase da idealização. Até o ronco dele soa como sinfonia angelical e a “baba” dela enquanto dorme o inspira. É quando ele diz pela manhã ao vê-la dormindo e babando: “Baba minha babadinha, porque até babada você é uma gracinha!” Essa fase é a fase do “amor-cégo”, o príncipe ainda é azul. Depois de alguns meses, começa a segunda fase, é a fase da dês-idealização, que poderíamos chamar de “cair na real”. Os dois percebem que não se casaram com “anjo”, mas sim com um “ser-humano”, cheio de limitações, imperfeições, defeitos etc.

O que todo casal não pode se esquecer, é que o casamento é uma bênção, mas é a união entre duas pessoas que estão num processo de cura e libertação. Essa compreensão pode tornar o ajustamento conjugal mais fácil, trazendo muita alegria nesta viagem. Uma pergunta que sempre faço em minhas palestras é: “Está sendo bom para o seu cônjuge viajar com você? Se fosse para ele(a) começar tudo de novo, você seria escolhido novamente?” Ouvi falar de um casal, que viveram cinqüenta anos de casados, depois ele morreu e foi para o céu. Após dois anos, a esposa que o amava muito vencida pela dor da saudade morreu e também foi para o céu. Ao chegar no céu a primeira pessoa que ela procurou foi seu marido. Quando ela o avistou de longe, gritou: – Meu velhooo! Ao ouvir a voz dela, ele gritou: – Auto lá, aqui não, você não lembra que é só até que a morte nos separasse!

Quanto tempo você quer que dure a sua viagem conjugal? Bodas de diamante são setenta e cinco anos de vida a dois. Para uma viagem de setenta e cinco anos, é necessário três coisas básicas: Planejamento, investimento e manutenção.

Planejamento. Ninguém faz uma viagem longa sem um planejamento criterioso. Planejar significa pensar antecipadamente. Pessoas que planejam sabem onde, quando e como chegar. Ninguém começa uma viagem sem saber para onde está indo. Planejar é pensar, calcular, desenhar, escrever, elaborar com base em um objetivo pré-definido. Stephen Covey, autor do livro “Os Sete

Hábitos das Famílias Bem Sucedidas”1, chama isso de: “Missão Familiar Compartilhada”. A maioria das pessoas para as quais eu pergunto: – O que você pensa para o seu casamento e família para daqui a dez anos? Onde vocês querem estar e o que pensam em conquistar daqui a vinte anos? A resposta quase sempre, é: – Não pensei nisto ainda, ou o futuro a Deus pertence, ou ainda, não estou muito certo quanto ao nosso futuro.

Se o casal deseja que a sua viagem alcance “bodas de diamante”, setenta e cinco anos de vida conjugal é necessário uma preparação excepcional. Ninguém alcança esta marca sem planejamento, esforço e muita dedicação.

Investimento. Toda viagem longa tem o seu custo. Os que investem muito de si, vivem com mais qualidade e tornam a viagem mais prazerosa. No casamento, marido e mulher precisam diferenciar o que é “gasto”, daquilo que é “investimento”. A qualidade da viagem depende do quanto os dois estão disposto a investir, não apenas dinheiro, mas tempo, carinho, atenção, amor, dedicação etc.

Manutenção. Assim como o carro, o avião, o barco, o trem, precisa de manutenção, não é diferente o casamento. Quando não há paradas para manutenção, o risco de um acidente na viagem é sempre maior. Ninguém viaja com segurança quando não há paradas para manutenção no carro. Sem manutenção nenhum casamento vai muito longe.

Qualquer motorista experiente, ao perceber alguma luz amarela ou vermelha acessa no painel, entende que é hora de parar para revisão. Casais inteligentes, param ao primeiro sinal de alerta.

Curta-nos
Alguns sinais de perigo na viagem conjugal, quando a luz de alerta acende:
1. O silêncio – Quando não há mais diálogo.
2. O desrespeito.
3. Pequenos motivos gerando grandes conflitos.
4. Encontros sexuais espaçados.
5. Problemas da vida a dois se tornando públicos.
6. Outras pessoas começam a se tornar atraente provocando constantes pensamentos de adultério.
7. Tudo no outro irrita.
8. Não há mais prestação de contas.
9. Não compartilham mais sonhos, projetos e ideais.
10. A indiferença.
11. Não há mais oração e nem compromisso com a leitura da Palavra.
12. Acabaram as refeições com todos à mesa.
13. A família de origem do cônjuge não é mais bem vinda.

Infelizmente alguns casais quando param para uma revisão já o problema já está em um estágio muito adiantado. É sempre mais fácil uma solução quando o problema está no inicio. Por melhor que seja o seu casamento, a possibilidade do surgimento de um problema no caminho, existe, não espere para ver se as coisas se resolvem por si mesmas. Ao primeiro sinal de perigo em seu casamento, pare, pessa ajuda, busque socorro, não trate com displicência aquilo que pode se tornar irreversível. Alguns casais quando me procuram, é quase impossível reverter, só um milagre…

Uma viagem de longa distância é agradável quando os dois na primeira parada, dizem um para o outro: “Já chegamos aqui? O tempo passou tão rápido e não percebemos, que viagem maravilhosa!” Separe um momento para conversar com o seu cônjuge, sobre como está sendo a viagem conjugal de vocês. Tenha coragem de perguntar: – Está sendo bom para você viajar comigo? Em sua opinião, o que está faltando para a nossa viajem conjugal ser melhor?

O que é necessário para que a viagem conjugal seja o mais agradável possível.

Pratique a arte do falar, ouvir e compreender.
Cuidado com a descomunicação na viagem!
Tudo na vida depende de como você se comunica com Deus, consigo mesmo e com o próximo. A incapacidade para o diálogo é a causa do fracasso da maioria dos relacionamentos. Viajar ao lado de alguém que não pratica a arte da comunicação construtiva ou se comunica de forma errada, é uma tortura psicológica insuportável. Já ouvi muitos casais dizendo: “Não conseguimos conversar sem brigar, ou, dialogamos muito pouco”. A saúde de um casamento pode ser determinada pela qualidade da comunicação que os dois desenvolvem no relacionamento.

Geralmente as pessoas que tem dificuldade de se comunicar, é porque foram educadas em uma família disfuncional. É imprescindível que os pais pratiquem com os seus filhos a arte do diálogo, para que no futuro eles saibam construir relacionamentos de confiança dentro e fora de casa. Vejamos alguns pontos imprescindíveis para o sucesso da comunicação no casamento:
1. Pratique a arte do ouvir.
Uma das chaves mais importantes no relacionamento conjugal, está no “ouvir”. Nenhum casamento floresce se os dois não treinarem a ouvir com excelência. Hebert Cohen, considerado um dos melhores negociadores do mundo, diz: “Para se ouvir de forma eficiente é preciso mais do que escutar as palavras que são ditas. É necessário compreender e descobrir o significado do que está sendo falado. A final de contas, o significado não está nas palavras, e sim nas pessoas”.

Para ouvir é necessário atentar para algumas regras básicas:

Primeira regra: Ouça olhando nos olhos do cônjuge, com a mente desarmada e o coração aberto.

Uma questão de concentração. Só assim é possível ouvir para compreender, e não apenas para responder.1 Ninguém gosta de conversar com alguém que ouve mais preocupado em dar respostas do que em compreender. A comunicação só é eficaz quando há interesse mútuo de compreender. Jonh Maxwell em seu livro 25 Maneiras de Valorizar as Pessoas, nos mostra seis obstáculos que comprometem sua concentração para ouvir:
* Distrações: telefonemas, tevê, bipes e coisas desse tipo podem dificultar bastante o ato de ouvir bem.
* Atitude defensiva: Se você enxergar reclamações ou criticas como ataques pessoais, pode assumir uma atitude defensiva. À medida que começar a se proteger, vai se importar menos com o que as outras pessoas pensam e sentem.
* Mente fecha. Quando pensa que possui todas as respostas, você fecha a sua mente. E acaba fechando os ouvidos também.
* Projeção: Atribuir automaticamente os seus próprios pensamentos e sentimentos a outras pessoas impede que você perceba como elas se sentem.
* Suposições: Quando você faz julgamentos precipitados, está se privando do seu próprio incentivo para ouvir.
ü Orgulho: Achar que os outros não tem muito a ensinar talvez seja mais prejudicial das distrações. A presunção deixa pouco espaço para a opinião do próximo. (Livro: 25 Maneiras de Valorizar as Pessoas – Ed. Sextante – John Maxell e Les Parrott. PHD)

Pr. Josué Gonçalves

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