sexta-feira, 31 de agosto de 2012

Conheça Doze Diferenças Entre o Verdadeiro Amor e a Paixão Carnal

Doze diferenças entre o verdadeiro amor e a paixão carnal
1Cor 13:4-8: “O amor é sofredor, é benigno; o amor não é invejoso; o amor não trata com leviandade, não se ensoberbece . Não se porta com indecência, não busca os seus interesses, não se irrita, não suspeita mal; Não folga com a injustiça, mas folga com a verdade; Tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta. O amor nunca falha…”
1a Diferença – O que mais a atrai na outra pessoa?
PAIXÃO – O que mais me atrai e desde o início me atraiu foram os seus olhos. Logo ao primeiro olhar eu já percebi que aquele seria definitivamente o “homem da minha vida”. Você sabe o que é uma pessoa ter certeza de alguma coisa? Pois é , isto aconteceu comigo logo que olhei para ele da 1a vez. Além de seus lindos olhos azuis, ele tem um rosto que é belo e um corpo musculoso, malhado, bronzeado que nunca vi igual! Sabe de uma coisa? Eu estou perdidamente apaixonada!
COMENTÁRIO – Quando só existe paixão, a pessoa só vê no outro um rosto bonito, um corpo bem feito, um andar atraente … “Não importa se ele é vazio no seu interior, se é descrente … o que importa é que o amo e faço loucuras por ele!” Para as pessoas que estão apaixonadas o exterior é o que está valendo naquele momento e o que a pessoa realmente é, isto é, o seu interior fica em segundo plano.
AMOR – O que mais me atrai na pessoa que realmente amo é o seu caráter. Eu o amo pelo que ele é, pela beleza do seu interior, pelos momentos que passamos juntos compartilhando nossas alegrias, tristezas e nosso futuro. Eu o amo porque ele ama o Deus que eu amo e juntos caminhamos fazendo a Sua vontade em nossas vidas.
COMENTÁRIO – O verdadeiro amor não vê apenas o rosto, não vê apenas o corpo mas vê a pessoa com toda sua autenticidade, sinceridade e beleza interior. A atração existe mas é apenas um dos aspectos da pessoa que o atrai. O amor vê o físico mas vê também o interior da pessoa que ama.
2a Diferença – Que características existem na outra pessoa que a atraem?
PAIXÃO – Fica até difícil de enumerá-las, pois para mim ele é o homem perfeito! Mas vejamos o que eu posso enumerar:
1) rosto lindo;
2) olhos azuis;
3) corpo malhado, musculoso (perfeito!);
4) o seu andar;
5) sua maneira de bocejar…
Além destas, existem um sem número de outras características que me deixam muito, muito e muito APAIXONADA!
COMENTÁRIO – A paixão não vê a alma mas apenas o físico. A pessoa pode ficar “apaixonada” pelo andar , pelo sorriso, pela maneira de falar, sem olhar para o que realmente a pessoa é.
AMOR – Para eu conhecer as verdadeiras características do meu namorado, precisei conhecê-lo aos poucos durante muitos meses. Hoje posso dizer que o amo e o admiro pelo que ele realmente é: um homem de Deus que tem seu defeitos mas que tem uma beleza interior que me dá a certeza que ele é o rapaz que Deus escolheu para ser meu futuro marido. Ele é carinhoso, meigo, terno, fiel, bom filho, bom irmão, bom amigo, bom aluno e acima de tudo um namorado que me ama e que amo de todo o meu coração.
COMENTÁRIO – O amor verdadeiro vê a alma do outro. A pessoa ama seu namorado pelo que ele realmente é; pela sua maneira autêntica de ser; pela maneira como trata seus pais, as crianças, os animais; pela maneira como a trata; pelo seu caráter, atitudes e opiniões.
3a Diferença – Como tudo começou?
PAIXÃO – Da maneira mais romântica que você possa imaginar! Estávamos sentados na areia da praia – eu, alguns amigos e amigas e… ele. Era uma noite de luar e cantávamos ao som de um violão. Ele estava sentado ao meu lado e me olhou como ninguém jamais me olhou antes. Amei-o no 1o momento!!!
Foi “amor” à primeira vista!
COMENTÁRIO – A paixão começa muitas vezes logo no 1o encontro. É “paixão” à primeira vista! Não se pode dizer que é “amor” à primeira vista, pois o verdadeiro amor surge com o tempo. Algumas vezes, ouvimos jovens dizerem: “Um simples olhar foi bastante para eu ficar apaixonado. Mesmo sem saber nada dele, já sinto que nasceu para mim!” Isto é paixão.
AMOR – Tudo começou depois de um longo período de amizade. Éramos apenas bons amigos, pois estudávamos juntos. Fazíamos piqueniques, viagens e vários tipos de passeios juntos com nossa turma do colégio. Ele era um amigo bem íntimo, pois sempre que havia teste escolar, ele ia à minha casa para estudarmos juntos. Pouco a pouco fomos sentindo que tínhamos nascido um para o outro e então decidimos namorar. Sempre o admirei mas precisei de tempo para descobrir que realmente o amava.
COMENTÁRIO- O amor é algo mais amadurecido. Leva tempo! Muitas vezes, começa com uma amizade, sem namoro. Com o passar do tempo, os dois descobrem que se amam e que não podem viver um sem o outro. Neste caso, o amor foi surgindo aos poucos. Ambos tiveram tempo de se conhecer, ver as boas e más características que cada um possuía. Quando resolveram namorar já sabiam que poderiam enfrentar juntos os bons e maus momentos da vida. Um “namoro demorado” é bem melhor do que um “namoro relâmpago”. Não tenha pressa para se casar!
4a Diferença – No seu namoro, é estável o interesse mútuo?
PAIXÃO – Bem, na verdade é difícil termos os mesmos interesses. Às vezes, eu o encontro bem humorado mas, outras vezes, ele muda como se fosse outra pessoa. Tentamos combinar os passeios, reuniões, … mas nem sempre tudo dá certo. Ele é um pouco instável e faz com que nosso namoro não seja estável mas mesmo assim eu o amo muito e sei que ele nasceu para mim.
COMENTÁRIO – Na paixão, o interesse não é estável. Hoje, o interesse do namorado pode estar em alta e tudo vai às mil maravilhas mas amanhã pode estar em baixa e tudo muda. Não há firmeza no interesse mútuo. Na paixão, a relação é superficial, não tem firmeza.
AMOR – Sim, sempre nossos interesses são firmes e constantes. Posso dizer que, no nosso namoro, o interesse mútuo é estável.
COMENTÁRIO – O verdadeiro amor é como a plantinha que está crescendo lentamente em terra fértil e cujas raízes são profundas.
No amor, os sentimentos são constantes, firmes e sinceros.
5a Diferença – De que maneira o seu namoro está afetando a sua personalidade?
PAIXÃO – Não sei se meu namoro está afetando a minha personalidade mas sei que, agora, sou uma pessoa diferente. Valorizo mais o meu namorado a ponto de não ter mais vontade de estudar, de comer, de dormir … Sou outra pessoa, pois me dedico completamente a ele. Não tenho mais tempo para amigas, para conversar com minha mãe …
COMENTÁRIO – A paixão afeta, e muito, a personalidade da pessoa.
Apaixonada, ela vive sonhando, se torna menos eficiente e responsável. Não quer ver os defeitos do outro mas vive pensando só no “amor”.
AMOR – Se meu namorada está afetando a minha personalidade é, com certeza, para melhor, pois agora sou mais autêntica, mais feliz. Não sei, mas meu namorado diz que tenho boa índole, sou boa filha e que ele me ama muito. Eu também o amo!
COMENTÁRIO – Quando se está amando aprende-se da pessoa que se ama todas as características boas. A pessoa se torna uma boa filha, uma boa irmã, uma boa amiga. Quando se ama, a pessoa deixa transparecer as suas melhores características, a sua real personalidade que a tornam uma pessoa mais digna.
6a Diferença – Agora, que você está namorando, como é o seu relacionamento com as outras pessoas?
PAIXÃO – Estou tão apaixonada por meu namorado que o coloco em 1o lugar em minha vida. Não tenho muito tempo para meus pais, meus irmãos, minhas amigas que já não são as pessoas mais importantes para mim. Se estou estudando ou fazendo alguma coisa em casa e ele me convida para sair, deixo tudo para atendê-lo imediatamente, pois ele é tudo para mim. Às vezes, faço até algumas coisas erradas mas é somente porque “o amo” muito!
COMENTÁRIO – A paixão é um sentimento que nos tira da realidade.
Vive-se sonhando com fatos que não são reais. A pessoa se esquece que os pais, os irmãos e os verdadeiros amigos só querem o seu bem e aquele namorado é só alguém que ela mal conhece e que, um dia, pode fazê-la sofrer e talvez não seja o rapaz que Deus está preparando.
AMOR – Já faz algum tempo que o estou namorando. No início, não podia amá-lo, pois o conhecia muito pouco. Agora, quando já o conheço bastante, seus gostos pessoais, sua maneira de pensar, eu realmente o amo.Procuramos sempre compartilhar nossos pensamentos, desejos, ansiedades e já percebemos que o ficarmos juntos é para nós um presente dado por Deus. Nós nos amamos muito mas nossos pais, irmãos e amigos são para nós pessoas preciosas. Em nossas vidas, Deus está em 1o lugar e O amamos muito. Somos felizes e já pensamos em casar para termos nossos filhos e adicionarmos algo mais à nossa felicidade.
COMENTÁRIO – O verdadeiro amor não é egoísta. O namorado vê a namorada como a pessoa mais importante de sua vida mas o seu relacionamento com os familiares e amigos continua o mesmo. A pessoa é equilibrada e faz tudo para agradar a Deus e a seu namorado.
7a Diferença – Diga, em poucas palavras, como os outros vêem o seu relacionamento com o seu namorado.
PAIXÃO – As pessoas que vêm me aconselhar, achando que estou demasiadamente apaixonada, não sabem o quanto ele é maravilhoso. Não estou interessada em conselhos de ninguém, pois sei o que quero. Meus pais são contra o namoro mas eu estou decidida a não ouvir o que dizem de nós dois.
COMENTÁRIO- É muito importante ouvirmos os conselhos daquelas pessoas que realmente nos amam, pois como não são elas que estão apaixonadas, então podem raciocinar com mais sabedoria e nos abrir os olhos.
AMOR – Dou graças a Deus por meus pais e futuros sogros que nos amam e aprovam o nosso namoro. Antes de dizer “sim”, procurei saber se meu namorado era um bom filho, um bom amigo. Hoje, somos noivos e nossos amigos nos chama de casal 20.
COMENTÁRIO – Com certeza Deus irá abençoar o casamento que está dentro da Sua vontade e que teve a aprovação dos pais.
8a Diferença – O que aconteceu com seu namoro quando ele teve que viajar?
PAIXÃO – Sentimos que aos poucos a chama foi se apagando. Não sei o porquê mas tanto eu como ele já temos outra pessoa em vista.
COMENTÁRIO – A distância é muito importante para você testar se o que você sente por seu namorado é paixão ou verdadeiramente amor. Se havia só interesse físico o relacionamento logo acabará.
AMOR – O namoro continuou firme, pois com a distância sentimos muita falta um do outro. A saudade é quase insuportável e a conta do telefone aumentou muito! Sinto que falta uma parte de mim e sempre fico triste quando passa um dia sem eu falar com ele.
COMENTÁRIO – Com a distância o verdadeiro amor só tende a aumentar. Chamo esta prova de “prova de fogo”. Se mesmo longe a pessoa sente falta do outro, sente falta da sua voz, da sua conversa, da sua presença … então, ela realmente ama.

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quinta-feira, 30 de agosto de 2012

Casamento Cristão e Divórcio

Após tanto tempo casados, descobriram que não se amavam mais como nos primeiros anos de namoro e casamento. Tomaram um daqueles sustos sem graça e sem muitas surpresas, mas fizeram “cara de assustados”. Naquela noite conversaram mais do que o habitual dos últimos anos, afinal agora tinham um assunto importante para partilharem. Muitas palavras ditas madrugada adentro e a confirmação de um sentimento mau explicado, que já preenchia o coração desde o último aniversário de casamento. Enquanto isso as crianças dormiam tranqüilas no quarto ao lado.
Em menos de um mês os dois, marido e mulher, já falavam em separação, pois – argumentavam – tinham o direito de tentar novamente. A conversa ao longo das semanas seguintes não se deu fácil, apesar da sensação de que estavam tratando de algo esperado. Ela chorou bastante, ele nem tanto, mas chorou. Após algumas noites de insônia e soluços, decidiram que não valia mais a pena tentar, ainda que não vissem razão suficiente para a separação. O grande problema, no entanto, era o que fazer com os filhos, que os tinham como exemplos de pai e mãe. E o que explicar à igreja? E aos parentes? O que falar? Não é tão fácil se separar de alguém, ainda mais quando não há uma razão plausível e bíblica que justifique a ruptura do casamento cristão.
A relação conjugal de muitos cristãos pode estar passando por circunstâncias semelhantes. Tudo aparentemente vai bem, menos a alma da intimidade da relação conjugal. Ora, diante de um casamento em rota de colisão com o divórcio e sem razão que o justifique, que atitudes tomar para que o prazer de estar casado seja novamente perseguido com amor e paixão pelos cônjuges? O que fazer para reacender a chama apagada? Como o casal cristão pode restaurar o amor, que um dia foi tão grande? Como enamorar-se novamente do cônjuge? A bem da verdade, o amor tem de ser cultivado, senão, certamente morrerá. Que o casal não se esqueça, jamais, dessa verdade, para que o templo do casamento não caia por falta de manutenção dos pilares do amor.
Se o seu casamento não está bem, eis algumas sugestões: 1) Jamais repita a outra pessoa o que seu cônjuge lhe confidenciar; 2) Dê a seu cônjuge sua atenção total e cheia de entusiasmo, ouvindo com interesse, enquanto ele vai aprendendo a expressar-se com mais facilidade. Lembre-se, talvez expressar-se com facilidade seja bem difícil para o cônjuge; 3) Sejam românticos e criativos. Usem os talentos que Deus lhes deu. O esposo e a esposa descritos no livro de Cantares souberam fazer uso do romantismo em seu relacionamento conjugal; 4) Que a esposa ouça o seu marido e não o interrompa ou tire conclusões apressadas sobre o que ele está dizendo. Que ela o compreenda, embora discorde. Não permitam que o fato de discordarem pareça uma reprovação; 5) Passem tempo juntos sozinhos, e que o marido ouça realmente sua esposa, porque deseja entendê-la melhor; 6) Que o marido olhe para sua mulher e fique mais perto dela enquanto estiverem conversando; 7) Planejem horários em que não sejam interrompidos e ofereça ao seu cônjuge sua atenção interessada;  Arranjem períodos mais longos para isso, a fim de que vocês dois possam animar-se, baixar as defesas que foram temporariamente levantadas, e sentir-se livres para compartilhar o mais íntimo de seus pensamentos; 9) Que o marido dê atenção à sua mulher quando outras pessoas estiverem por perto; 10) Envie flores ao seu amor; a fórmula é velha, mas funciona.
O casal cristão que procura salvar seu casamento, ainda que remando contra a maré do mundo, que insiste em dizer que divórcio (por qualquer razão) é solução, encontrará o favor de Deus. O casal que investe em si logo verá o amor cada dia maior. Então, orarão ao Senhor e agradecerão mutuamente pela vida do cônjuge. E dirão como os apaixonados de Cantares: “Leva-me à sala do banquete, e o seu estandarte sobre mim é o amor. Sustentai-me com passas, confortai-me com maçãs, pois desfaleço de amor.” (Cantares 2:4-5).

Samuel Costa da Silva

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quarta-feira, 29 de agosto de 2012

Cada Qual Ame e Honre o seu Cônjuge

Leia em sua Bíblia: Efésios 5.31-33

Não obstante, vós, cada um de per si, também ame a sua própria esposa com a si mesmo”. (v. 33)

Nem de longe chegarmos a um amor tal como esse, pois, como se diz, é demasiado sublime e grandioso. E assim como o casamento terreno é pequeno, também o amor que existe nele é pequeno em comparação com o casamento celestial. Temos que satisfazer-nos em seguir esse exemplo e viver de acordo com o modelo desse casamento, de sorte que, no estado matrimonial, cada um se disponha a pôr em prática e demonstrar seu amor para com a sua noiva ou esposa. E se houver nela algum defeito ou falha, que ele não leve isso a mal, mas use de bom senso, dizendo: “Como devo proceder? Ela é minha noiva. A essa altura preciso, na medida do possível, encobrir, purificar, enfeitar e melhorar e, nesse pequeno casamento, demonstrar o pequeno amor, como Cristo demonstra seu grande e indizível amor por sua noiva, a igreja, de quem também sou membro”.

Além disso, no estado matrimonial compete também à mulher, não somente amar o marido, mas, também, ser obediente e submissa, imitando o exemplo da união Cristo-igreja e pensando assim: “Meu marido é imagem do verdadeiro Deus e grande cabeça Cristo, por amor de quem vou respeitá-lo e fazer o que lhe agrada”.

Semelhantemente, o marido, por sua vez, deve amar sua esposa de todo coração, por causa do grande amor que vê em Cristo, dizendo assim: “Nem eu nem ninguém jamais amou assim. Por isso, segundo o exemplo de Cristo, quero, na medida de minhas capacidades. Amar a minha esposa como a minha própria carne. Cuidando, alimentando e servindo-a, evitando ser rude e excêntrico para com ela. Ao contrário, se ela não for perfeita e cometer alguma falha, vou usar de bom senso e ter paciência”. Esse, então, deixaria de ser um matrimônio terreno e humano ou racional para ser um matrimônio cristão, divino, desconhecido dos pagãos. Porque esses não percebem a grande glória e honra do matrimônio, que se trata duma imagem da sublime união espiritual de Cristo. Por isso cabe a nós, cristãos, honrar e exaltar muito mais esse estado, pois sabemos e conhecemos o esplendor e a glória conferidos a este estado.

Martinho Lutero

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terça-feira, 28 de agosto de 2012

Auxílio Para Famílias em Crise

João 15:1-7
(1) A Bíblia registra muitos milagres de Jesus. Entretanto há milagres que não foram escritos (Jo. 21:25).
(2) Os milagres acontecem na natureza (tempestade, andando sobre águas); curas de enfermidades em geral; ressurreição de mortos, expulsão de demônios (alguns são ligados a enfermidades) e alguns milagres envolvendo famílias, entre eles, o milagre de Caná.
(3) Como Cristo pode ajudar famílias em crise nos dias de hoje?

1. Cristo quer ajudar a resolver problemas do casal.
(1) O alicerce da família é o Senhor (Sl 127) porque Ele constituiu a família. Porém o casal é o alicerce interno na formação e desenvolvimento familiar. Quando o casal está em crise conjugal, não importando o grau desta crise, toda a família sofre conseqüências desastrosas.
(2) Note-se que o primeiro milagre de Jesus foi relacionado a um casal ainda na festa de casamento (Jo. 2:1-12) para mostrar que Ele pode resolver os problemas antes que afetem toda a família.

2. Cristo quer ajudar a resolver problemas dos filhos.
(1) Temos vários registros de pais procurando ajuda para seus filhos. Exemplos: Jairo (Lc 8:40-42), a viúva de Naim (Lc 7:11-17); a mulher Cananéia (Mt 15:21-28); um filho curado de epilepsia (Mt 17:14-18).
(2) Os pais precisam reconhecer que os problemas de família precisam ser compartilhados para que sejam ajudados. A comunidade deve ser uma família maior na qual compartilhamos nossas lutas.
(3) Os pais precisam aprender a depender inteiramente de Jesus, não importando com os obstáculos que se apresentam no caminho. Jairo enfrentou a falta de fé de alguém de sua casa (Lc 8:49 – tua filha está morta, não incomodes mais o Mestre); a mulher Cananéia ouviu de Jesus uma fala esquisita, comparando-a um cachorrinho (Mt 15:26-28) mas ela não se sentiu ofendida com isso. Nesse caso, Jesus estava provando a fé daquela mulher.

3. As bênçãos decorrentes do auxílio de Jesus.
(1) Todas as pessoas alcançadas com milagre de Jesus em sua vida, manifestaram:
a) Gratidão – leproso (Lc 17:15)
b) Serviço – sogra de Pedro (Lc 4:38-39)
c) Testemunho – um ex-endemoninhado (Mc 5:15)
d) Proclamação (pregação) – outro leproso (Mc 1:40-45)
e) Consagração da família ao Senhor – (Js 24:15).
(2) A maior bênção de Cristo em nossa vida é a salvação de todos os familiares. (Pv 22:6).
(3) Quais as bênçãos que temos recebido dele como família? Um hino diz: “Conta as bênçãos, dize quantas são……. e verás, surpreso, quanto Deus já fez” (SH 379).

Conclusão – Se nossa família está passando por crise, vamos recorrer a Cristo que quer entrar em nossa casa (Ap 3:20). Com Ele podemos tudo, até o impossível torna-se possível nele.

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segunda-feira, 27 de agosto de 2012

As Veredas da Comunicação

“Não posso entender o que aconteceu! “Exclama Marcos ao pastor, “antes de nos casarmos tínhamos muito o que conversar, passávamos horas e horas sentados trocando idéias, e agora simplesmente não conseguimos mais conversar. Maria simplesmente não me conta o que acontece com ela, e por certo eu também não consigo me abrir com ela. O que faço pastor?”
Certamente esta é a situação de muitos dos nossos casais hoje, e de muitos noivos e noivas aqui presente. Antes de casarem-se eram ou são verdadeiros amigos inseparáveis, e após o casamento simplesmente tornam-se meros passadores de informação.
O que acontece com estes casais? O que mudou entre o noivado e o casamento? Como manter esta íntima comunicação no casamento? São estas e outras indagações que nós tentaremos ajudá-los a responder com esta palestra.
I. O Que é Comunicação
Muitos pensam que simples fato de os lábios estarem se movendo ou mesmo de estarem transmitindo informações como: “Você esta alegre?”; “Parece que vai ser um dia pouco quente.”; “Vou chegar tarde hoje.”, pensam que estão se comunicando e muitos até se apegam s definições de alguns dicionários que definem comunicação como sendo “o ato ou efeito de transmitir e receber mensagens por meio de métodos e ou processos convencionais.”
Porém estas são definições muito mesquinhas quando se trata de comunicação entre duas pessoas que estão dispostas a unirem-se por toda a vida.
A comunicação entre cônjuges deve ser mais que simples troca de informações, deve ir além de simples expressão de sentimentos através de palavras.
Poderíamos definir comunicação no relacionamento marital como sendo a atividade levada a efeito entre duas pessoas, a qual implica em dar, receber e compreender informações e sentimentos.
Secularmente o bom comunicador não tem necessariamente que ser um bom receptor, porém dentro do relacionamento entre duas pessoas que se amam isto é de suma importância. Espera-se que quando falamos com nosso companheiro(a) ele(a) não apenas ouça, mas entenda e expresse sua reação. Isto é o que os estudiosos chamam de “feedback”.
II. A Arte de Falar
Por vezes casais tem se desentendido pelo fato de não saber como comunicar o que queria dizer.
A arte de falar deve ser cultivada por todos aqueles que desejam ter um lar feliz. A forma de falar determinará a reação daquele que ouve, certamente palavras ásperas e desprovidas de brandura produzirá sentimentos de revolta e rejeição.
“O principal requisito da linguagem é que seja pura, benévola e verdadeira – a expressão exterior de uma graça…” (Educ. 235).
Ambos os cônjuges devem está sempre prontos a ter palavras sábias e doces, mesmo que estas expressem situações de repreensão ou advertência. O ato da repreensão não anula o sentimento de amor e bondade.
Existem algumas palavras que deveriam ser evitadas na conversa com nosso cônjuge, tais como:
“Você nunca!”
“Não falei!”
“Você sempre!”
“Não quero discutir este assunto!”
“Quando é que você vai aprender!”
“Quantas vezes tenho de dizer a você…”
Tais palavras somente causam revolta e sentimento de rejeição na pessoa com quem nos comunicamos.
Em contra partida temos certas palavras que deveriam ser parte comum do nosso vocabulário, tais como:
“Você é fantástico.”
“Ajude-me, por favor.”
“Cometi um erro.”
“Sinto muito.”
“Preciso de seu conselho.”
“Obrigado.”
“Gosto muito de você.”
“Você é meu amor.”
“Eu ti amo.”
Por certo em alguns momentos de tensão, o que é comum em todo lar, somos levados a tentar deixar escapar palavras ásperas e desprovidas de amor, quanto a isso gostaria de deixar-vos um sábio conselho da Sr.ª. White em que diz: “A menos que controlemos nossas palavras e nossos gênios, somo escravos de Satanás.” (O Lar Adv. p. 437)
Tudo dentro do relacionamento deve ser organizado, e com a comunicação não é diferente, por isso aqui vão algumas dicas para você escolher o momento certo para conversar.
Escolha de preferência as últimas horas do dia, pois quando estamos fisicamente cansados a nossa tendência é reagir menos.
Não discuta na frente dos filhos.
Não brigue em público.
Não discuta quando o outro estiver em atividade.
Marque um horário para conversar e seja fiel a este.
Não esqueça que ao final de cada conversa você deve está pronto e disposto a dizer três palavras: “Me desculpe”; “Eu estava errado”; e “Eu amo você”.
III. A Arte de Ouvir
Sem dúvidas um dos grandes defeitos na comunicação entre cônjuges é a falta de atenção ao que está sendo dito, tendo em vista que a maioria de nós gostamos de falar, de expressar o que sentimos e muitas vezes esquecemos que as outras pessoas também tem a necessidade de ter alguém que as escute.
A arte de ouvir, assim como a arte de falar deve ser cultivada em nosso relacionamento.
Roberto chegou apressado á mesa na hora do desjejum, ditou algumas ordens enquanto sua esposa estava na cozinha e saiu correndo com um pedaço de torrada na boca e endireitando a gravata. Duas horas depois ele entrou pela porta da cozinha resmungando: “Porque você não me disse que meu chefe telefonou para dizer que não haveria expediente hoje?” Ao que a esposa respondeu: “Quando eu sai da cozinha para falar com você, não mais o encontrei.”
Este caso se repete constantemente em muitos lares, o marido e a esposa estão sempre prontos a ditarem alguma coisa aos gritos e saírem correndo para o trabalho, salão etc.
Muitos de nós esperamos ser ouvidos e compreendidos, mas poucos estamos preocupados em parar para ouvir nosso cônjuge.
Dentro da arte de ouvir nós podemos identificar alguns tipos de ouvintes:
1º – Ouvinte Entediado
É aquele que sempre acha que já ouviu aquela conversa. Está sempre disposto a dizer: “Lá vem você outra vez”.
2º – Ouvinte Seletivo
É aquele que só escuta o que acha que lhe interessa. Por exemplo: Enquanto a esposa fala do problema do filho na escola, ele esta absorto olhando o jornal, mas quando ela diz que o aluguel subiu ele logo exclama: “Não é possível.”
3º – Ouvinte Defensivo
É aquele que tem tendência a entender errado tudo o que foi dito, transformando isso em ofensiva pessoal.
4º – Ouvinte Interruptor
É aquele que ao invés de prestar atenção no que foi dito, fica maquinando o que dirá para contradizer.
5º – Ouvinte Indiferente
É aquele que você fala, fala, e quando termina ele pergunta o que você falou.
Se quisermos ser felizes, temos que começar a cultivar o maravilhoso hábito de ouvir a pessoa amada ainda na época do noivado, para isso alguns conselhos:
Esteja sempre atento e pare para ouvir.
Essas palavras como “conte mais”, “e depois”.
Escute atentamente.
Analise o que esteja ouvindo e tome posicionamento.
Olhe no olho do cônjuge.
IV. Os Níveis de Comunicação
Dentro da comunicação, nós também encontramos o que chamamos de níveis ou estágios, os quais nos ajuda a analisar o crescimento na comunicação entre os casais.
Segundo John Powell, este níveis são os seguintes:
Nível 5: Conversação de Clichê ou Trivial
É feita por pessoas que não se conhecem bem, superficial, não há profundidade nem pensamentos criativos.
Ex. “Como vai você?”; “Como estão as coisas? “; etc.
Nível 4: Relatando Fatos ou Conversação Afetiva
Incluí informações sobre pessoas e usualmente surgem as fofocas ou mesmo simples respostas do tipo: “Vou sair”.
Nível 3: Idéias ou Conclusões
O pensamento criativo é partilhado, há um início de intimidade e conversa amistosa.
Nível 2: Sentimentos e Emoções
Os sentimentos e emoções são compartilhados, neste a zanga, alegria e frustrações são compartilhados.
Nível 1: Abertura e Aceitação
É o mais elevado nível de comunhão e comunicação aberta, sem nenhum empecilho.
Existe profunda confiança e aceitação.
Embora a conversação seja franca, não e destrutiva nem vulgar.
Um casal cristão não pode e não deve se contentar com outro nível se não o primeiro, nossos lares precisam de completa confiança a aceitação, pois como podemos estar dispostos a passar a eternidade com quem não confiamos?
Porém para alcançarmos este nível de comunicação aberta, precisamos remover todos os preconceitos e barreiras que impedem a comunicação, e este são vários, dos quais podemos citar:
Há pessoas que não tem hábito de conversar com outras, elas não aprenderam a compartilhar com outros seus anseios.
Há pessoas que têm medo de se abrir em relação ao que pensam e sentem. Elas não querem correr o risco de serem ofendidas se alguém discordar delas.
Há pessoas que acham que a atividade de falar não resolve então porque se comunicar?
Há pessoas que crêem que não tem algo para oferecer, Pensam que suas idéias não tem valor.
Além destes existem outras barreiras que dificultam a comunicação familiar, tais como:
1 – Lágrimas
Geralmente é a mulher que chora.
2 – Gritos
Quanto mais alta a voz menor é a comunicação.
3 – Atos de Violência
Bater um no outro, beliscar, torcer o braço, etc.
4 – Silêncio
Este é o método predileto dos casais. Ambos se recusam a expressar seus sentimentos e usam o silêncio como arma contra o cônjuge.
5 – Caretas
Parece muito infantil, mas muitos casais fazem caretas para expressarem sua raiva.
Conclusão
Talvez você esteja neste momento enfrentando problemas com estes conceitos na sua comunicação com seu cônjuge, mas hoje é o dia de você começar a mudar.
A Palavra de Deus em I João 4:18 nos diz que “no amor não existe medo.”, logo temos que confiar plenamente naquele(a) que escolhemos para ser nosso(a) companheiro(a), e não esqueça das três palavrinhas chaves da comunicação: “Eu tei amo!”.
“Numa noite de muito frio, sobre imensa planície, muitos porcos-espinhos se achegaram uns aos outros para se esquentarem, mas chagando-se, furaram-se, então, machucaram-se, e afastaram-se e afastando-se, sentiram frio. Tornaram a se aproximar, ao que tornaram a se furar…” Comunicação é a tentativa de estar juntos sem se machucar.”
Pr. Carlos Ferreira Introdução

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domingo, 26 de agosto de 2012

Amor em Família

Plantando para colher
Gal. 6: 7-10 – Não vos enganeis; Deus não se deixa escarnecer; pois tudo o que o homem semear, isso também ceifará. Porque quem semeia na sua carne, da carne ceifará a corrupção; mas quem semeia no Espírito, do Espírito ceifará a vida eterna. E não nos cansemos de fazer o bem, porque a seu tempo ceifaremos, se não houvermos desfalecido. Então, enquanto temos oportunidade, façamos bem a todos, mas principalmente aos domésticos da fé.
 
À luz da Palavra de Deus, eu gostaria de chamar-lhes a atenção sobre a família, instituição criada e amada pôr Deus, mas que infelizmente a história tem registrado a sua: desmantelação, decadência moral e ética, fato este que vem acontecendo gradativamente ao longo dos séculos. De geração em geração, a família tem perdido a sua essência, os seus reais valores neste mundo.
 
Quando abrimos as páginas da Bíblia, com temor e tremor no coração, podemos perceber que Deus, através do seu amor e de sua grande misericórdia sempre esteve e está e sempre estará presente, procurando preserva-la, restaura-la, revigora-la, fortalece-la, mesmo a mercê dos seus devaneios, das suas variáveis, de suas escolhas muitas vezes contrárias à sua vontade.
   
O modelo de família que sempre esteve no coração de Deus, não tem mudado, desde da sua criação; digo na sua base, na sua fundamentação, pois Deus a fez perfeita, indestrutível, forte, saudável, majestosa, porque, faz parte da natureza de Deus, da personalidade de Deus, do caráter de Deus deixa-la livre, desimpedida, podendo tomar pôr si todas as decisões. Em outras palavras, Deus deu ao homem e a mulher o livre arbítrio, a livre vontade. Foi dado a eles, uma vez unidos pela carne e coração, desde do Éden, a capacidade de manter a família inexpugnável, bela e duradoura, como também, foi lhes dado nas mãos o direito da decisão de desobedecer, de quebrar princípios que gera vida, de se rebelar, de cooperar com o desmantelamento de sua própria família.
   
Todos nós conhecemos a história de Adão e Eva , que uma vez em rebelião, assinaram a sua sentença de separação da graça, da comunhão com o seu Criador. A Bíblia nos diz que na rebeldia, o pecado, a transgressão da lei de Deus passou a fazer parte do coração, da mente do homem e da mulher, à mercê de grandes personalidades que se levantaram ao longo da história da humanidade, tais como: Noé, Abraão, Isaque, Jacó. Moisés, Josué, Davi e tantos outros, sabemos contudo que a brecha legal, foi de fato e verdade aberta no passado, quando da desobediência. A partir de então a família passou a conviver com todos os tipos de sentimentos, seja sentimentos de afeto, carinho, respeito, amor, etc., como também passou-se a conhecer e praticar os sentimentos tais como: O de tristeza, amargura, frustração, desagregação, o sentimento da insensibilidade, do desrespeito, da infidelidade, da falta de amor, de perdão e misericórdia, etc.
   
A família, com a desobediência do primeiro casal passou a ser bombardeada 24 horas, pôr uma série de fatores, de percalços que a tornaram cada vez mais fragilizada, enfraquecida e principalmente desassociada dos reais e autênticos valores de Deus. Na realidade, o pecado começou a tomar formas variadas e nocivas. Hostes malignas foram liberadas diretamente do inferno para influenciar e causar a instabilidade da família. O homem e a mulher a partir de então desenfreou-se nos seus ardentes desejos carnais o que a Bíblia no diz no livro de Romanos 1: 20-32, confira na sua:
   
“Pois os seus atributos invisíveis, o seu eterno poder e divindade, são claramente vistos desde a criação do mundo, sendo percebidos mediante as coisas criadas, de modo que eles são inescusáveis; porquanto, tendo conhecido a Deus, contudo não o glorificaram como Deus, nem lhe deram graças, antes nas suas especulações se desvaneceram, e o seu coração insensato se obscureceu. Dizendo-se sábios, tornaram-se estultos, e mudaram a glória do Deus incorruptível em semelhança da imagem de homem corruptível, e de aves, e de quadrúpedes, e de répteis. Por isso Deus os entregou, nas concupiscências de seus corações, à imundícia, para serem os seus corpos desonrados entre si; pois trocaram a verdade de Deus pela mentira, e adoraram e serviram à criatura antes que ao Criador, que é bendito eternamente. Amém. Pelo que Deus os entregou a paixões infames. Porque até as suas mulheres mudaram o uso natural no que é contrário à natureza; semelhantemente, também os varões, deixando o uso natural da mulher, se inflamaram em sua sensualidade uns para como os outros, varão com varão, cometendo torpeza e recebendo em si mesmos a devida recompensa do seu erro. E assim como eles rejeitaram o conhecimento de Deus, Deus, por sua vez, os entregou a um sentimento depravado, para fazerem coisas que não convêm; estando cheios de toda a injustiça, malícia, cobiça, maldade; cheios de inveja, homicídio, contenda, dolo, malignidade; sendo murmuradores, detratores, aborrecedores de Deus, injuriadores, soberbos, presunçosos, inventores de males, desobedientes ao pais; néscios, infiéis nos contratos, sem afeição natural, sem misericórdia; os quais, conhecendo bem o decreto de Deus, que declara dignos de morte os que tais coisas praticam, não somente as fazem, mas também aprovam os que as praticam.”

A boa notícia que eu tenho para informa-lhes, é que a Bíblia nos diz que felizmente onde abundou o pecado, superabundou a Graça Veja o que o capitulo 5:12-15,20,21 do livro de Romanos, onde lemos o seguinte: “Portanto, assim como por um só homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado a morte, assim também a morte passou a todos os homens, porquanto todos pecaram. Porque antes da lei já estava o pecado no mundo, mas onde não há lei o pecado não é levado em conta. No entanto a morte reinou desde Adão até Moisés, mesmo sobre aqueles que não pecaram à semelhança da transgressão de Adão o qual é figura daquele que havia de vir. Mas não é assim o dom gratuito como a ofensa; porque, se pela ofensa de um morreram muitos, muito mais a graça de Deus, e o dom pela graça de um só homem, Jesus Cristo, abundou para com muitos. Sobreveio, porém, a lei para que a ofensa abundasse; mas, onde o pecado abundou, superabundou a graça; para que, assim como o pecado veio a reinar na morte, assim também viesse a reinar a graça pela justiça para a vida eterna, por Jesus Cristo nosso Senhor.”
   
No mesmo livro de Romanos, no capítulo 6: 12-14 também lemos: “Não reine, portanto, o pecado em vosso corpo mortal, para obedecerdes às suas concupiscências; nem tampouco apresenteis os vossos membros ao pecado como instrumentos de iniqüidade; mas apresentai-vos a Deus, como redivivos dentre os mortos, e os vossos membros a Deus, como instrumentos de justiça. Pois o pecado não terá domínio sobre vós, porquanto não estais debaixo da lei, mas debaixo da graça.”
   
O texto inicial que lemos na carta do apóstolo Paulo aos Gálatas 6: 7,8 nesta noite é enfático quando diz: “Deus não se deixa escarnecer; pois tudo o que o homem semear, isso também ceifará. Porque quem semeia na sua carne, da carne ceifará a corrupção; mas quem semeia no Espírito, do Espírito ceifará a vida eterna.”
   
A salvação pôr intermédio do Filho de Deus, Jesus Cristo chegou através de sua morte e ressurreição a todas as famílias, de todas as épocas. Agora, aqueles que são de Cristo Jesus, não precisam mais ficar debaixo de condenação, porque segundo a Palavra de Deus. “Nenhuma condenação há, para aqueles que estão em Cristo Jesus” (Rm.8:1) A Bíblia nos diz no Evangelho de João 3:16 “Porque Deus amou o mundo de tal maneira, que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crer não pereça mas tenha a vida eterna.”
   
Amados irmãos e amigos. Embora o pecado com as suas garras destruidoras tem chegado com toda força nestes últimos tempos através da modernidade, através de um consumismo desenfreado, através da tecnologia avançada, da informática, da ciência, etc., quero dizer-lhes que podemos ser vitoriosos em Cristo Jesus. Jesus é a solução para os enormes problemas familiares que se apresentam no dia a dia. Quero dizer-lhes nesta oportunidade, que a mercê de todos estes fatores históricos, de todas as possibilidades que militam contrariamente a preservação da família. Quero declarar-lhes nesta noite, em nome do Senhor Jesus Cristo que a família não está em extinção. Ela vai conseguir sobreviver a todo este caos, a toda esta catástrofe que tem se abatido sobre a mesma. Porém é bom que se diga em alto firme som. SÓ JESUS PODE SALVA-LA. SÓ JESUS PODE CURAR OS SEUS TRAUMAS. A solução para que a família se erga das cinzas é somente através da pessoa de Jesus Cristo.
   
Deus está no controle, seu caráter é imutável e fiel as suas promessas. E com certeza o paraíso ainda esta a espera dos filhos desobedientes e rebeldes que um dia deixaram a casa paterna para viverem longe de sua presença. Jesus é único que tem o poder para restaurar. Só ele é capaz de tirar a dor, a mágoa, o ressentimento, o remorso, a falta de paz. Jesus é o único que pode perdoar pecados, sarar o corpo, a alma e o espírito. Só Ele pode ajustar um casamento prestes a se dissolver, prestes a se corromper, a se desmanchar. Jesus é o único que pode consolidar o relacionamento de pais e filhos. Jesus é o único que pode salvar a família e dar-lhe nova esperança e novas perspectivas. Jesus pode, através de sua Graça, de seu amor, curar o coração ferido, magoado, rejeitado, destruído. Jesus é o único que pode fazer da sua vida um paraíso.
   
Jesus é a solução para as crises nos relacionamentos conjugais, para os conflitos intermináveis que tem trazido tanta divisão, tanto egoísmo. A praga do divórcio que tem assolado e destruído tantas famílias pode diminuir, quando Jesus passar a ser a solução na vida do casal.
   
Precisamos “RESGATAR UM MAIOR NÚMERO POSSÍVEL DE FAMÍLIAS DAS GARRAS DE SATANÁS” e você pode fazer parte desta conquista a partir de agora. Este trabalho de conquistas de almas pra Jesus não pode ter rótulo denominacional. É um trabalho de todo aquele que crê em Jesus e quer viver debaixo de sua vontade.
   
Nélson R. Gouvêa

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sábado, 25 de agosto de 2012

Amor no Casamento

Amor no casamento é uma chama que não pode apagar, mesmo que circunstâncias difíceis como as tarefas do dia-a-dia, enfermidades, problemas financeiros, preocupações com os filhos, mágoas e traumas nunca resolvidos, tentem prejudicar ou esfriar completamente o relacionamento.
Para vencer os obstáculos é necessário dialogar, perdoar, reafirmar o interesse um pelo outro e o desejo de continuar enfrentando juntos os problemas da vida. O casal precisa escolher momentos para sentar e conversar – desabafar, chorar e sorrir, compartilhar as preocupações, falar dos sonhos e temores. Em momentos assim, com a ajuda de Deus, é possível buscar e recebermos uma restauração matrimonial.
A Bíblia, através do Apóstolo Paulo (Ef 5: 21), sugere que um deve submeter-se ao outro como pessoas iguais, com amor e respeito. Porque amar não é possuir e anular o próximo, mas permitir ao outro ser ele mesmo para que possa livremente amar e ser amado.
Portanto, o casamento instituído por Deus, deve ser o cenário onde possamos sentir a maior expressão de carinho e afeto entre seres humanos.
Dicas para o casal cultivar um bom relacionamento:
- relembrem momentos felizes (Mt 6: 12);
- não lancem no rosto um do outro erros do passado;
- procurem esforçar-se ao máximo para encontrar as mesmas metas;
- nunca façam um comentário em público que possa magoar o outro. Pode ser engraçado às vezes, mas fere o interior;
- procurem momentos para orar, ler a Bíblia e outros materiais que edificam;
- devemos lembrar que o casamento foi estabelecido por Deus e só a Sua Bênção pode torná-lo feliz (Gn 1 e 2);
ORAÇÃO: Vamos orar – conversar com o Senhor ?
Deus querido, abençoe todos os leitores e seus respectivos familiares. Ajude-nos a sermos sábios, fiéis, amorosos, carinhosos e comunicativos com nossa (o) esposa (o). Que possamos buscar e receber a graça de vivermos juntos – mas bem. Em nome de Jesus, amém (Assim seja!).

Miguel Munhós Filho

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sexta-feira, 24 de agosto de 2012

Apenas um Ato

Eu estava ignorando a minha esposa, exceto sexualmente – e isto estava nos destruindo.
Acordando meio grogue, eu senti Jane rolar pro meu lado e colocar a mão em meu ombro. Tomando isto como uma sugestão, eu comecei a beijá-la. “Pare!” Jane disse enquanto se afastava.

“Você fica tão atraente de manhã”, eu disse, esperando por uma resposta. Mas ela apenas se afastou ainda mais.
“Como você conseguiu não se interessar mais?”, eu argumentei.
“É cedo demais e estou cansada”, Jane respondeu. “Além disso, este é o único momento em que você parece me notar”.
“Não é bem assim”, eu disse, me defendendo. “E ajudo com as tarefas da casa e tento conversar com você toda noite”.
“Você fala apenas sobre trabalho”, ela disse. Então acrescentou, “e quando foi a última vez que você esvaziou a lava-louças?”.
“Você sempre muda de assunto”, eu gritei de volta. “Eu não sei por que sexo parece algo desagradável pra você. Você costumava gostar!”.
“Por que você não vai assistir à televisão ou vai pro computador, como você sempre faz?” Jane respondeu.
Ai.
Eu me vesti e saí do quarto com raiva. Mas as acusações de Jane tinham fundamento. Eu simplesmente detestava admitir isso.
Eu era o problema – Por algum tempo, eu estive medindo minha felicidade pela forma como as coisas estavam indo fisicamente entre Jane e eu. E ultimamente, elas não iam bem. Levou pouco tempo para que eu percebesse que o problema não era Jane. Era eu.

Quando o interesse de Jane desvaneceu, eu estava muito absorvido comigo mesmo para ver que eu era o culpado. Ao invés disso, eu me tornei mal-humorado, acusando Jane de não estar cumprindo os votos do nosso casamento. Eu estava cego demais para ver que era eu que não os estava cumprindo. Eu tinha deixado de manter Jane no centro da minha vida fazendo as coisas que realmente importavam – conversar regularmente, compartilhar alegrias e desapontamentos e dividir igualmente a parceria com os cuidados com as crianças e com a casa. Eu estava concentrado apenas em duas coisas: como eu estava indo no trabalho – e na cama.

Quando a nossa vida sexual entrou em declínio, eu logo me afundei na vulgaridade: assistindo filmes com cenas de sexo, participando de histórias de amigos promíscuos, permitindo que meus pensamentos vagueassem sempre que eu via uma mulher atraente.

Como um cristão, eu sabia que estava fazendo escolhas erradas. Eu sabia que tinha que parar com essas coisas e fazer o que era certo. Mas, como? Minhas atitudes em relação ao sexo tornaram-se tão enraizadas, elas praticamente definiam quem eu era.

Eu ponderava que não estava tendo um caso, que não estava magoando ninguém. Mas estava. Meu relacionamento com Jane sofreu. Eu não a procurava mais como uma pessoa – apenas como uma parceira sexual. E um casamento em luta cria tensão para a família inteira.

Confessando-me a Jane – As coisas começaram a mudar em janeiro de 2000.

Eu acordei numa quarta-feira de manhã e me aproximei de Jane. Dada a forma que eu estava agindo ultimamente, entretanto, ela não se interessou. Nós discutimos e eu perdi a calma dizendo coisas horríveis e agressivas. Naquele momento Jane ficou realmente com medo – com medo de mim, seu marido, que supostamente deveria ser o seu protetor e defensor.

Eu saí de casa zangado – e fui para o meu encontro regular das manhãs de quarta-feira com Jim, meu sócio. Jim e eu sempre fazemos perguntas difíceis um ao outro, como: “Contra que tipo de pecado você está lutando? Você tem se mantido puro de corpo e mente? Você tem mentido pra mim?”.

Eu sabia que não estava sendo honesto com Jim ao responder estas perguntas, que eu estava mentindo para ele não admitindo o meu problema. Era a hora de esclarecer as coisas.

Eu cheguei a nosso local usual de encontro, embaraçado pelo que eu ia contar a Jim. Quando eu finalmente disse o que estava acontecendo, percebi que estava conversando com a pessoa errada.

“Eu tenho que ir pra casa”, eu disse a Jim. “Eu preciso me desculpar com Jane e tentar reparar o dano que tenho causado”. Jim e eu oramos e, então, eu voltei pra casa.

Eu nunca vou me esquecer daquela conversa com Jane. Ela poderia ser explosiva, então eu não sabia como me aproximar dela. Mas, aparentemente Deus a tinha preparado para esta conversa. Não me lembro de tudo o que disse, mas lembro perfeitamente que Jane estava completamente calma. Não houve raiva, gritos ou insultos, apenas uma paz que só poderia vir de Deus.

Depois que me desculpei, Jane disse: “Eu não sou a única pessoa com quem você precisa se acertar. Você precisa se acertar com Deus. Você precisa encontrar ajuda para ter de volta o controle da sua vida”.

Eu não tinha que esperar muito para começar. Eu havia agendado um almoço com meu pastor naquele dia.

Quando chegou a hora do almoço eu me abri contando a ele sobre a minha situação. Deus não permitiria que nada fosse esquecido, então minha consciência me levou a contar absolutamente tudo ao pastor Doug.

Deus falou através da reposta do meu pastor: “Toda vez que você assiste a filmes com cenas de sexo, você permite que sua mente vagueie, você está desonrando a sua esposa”.

“Você precisa concentrar as suas energias, especialmente sua energia sexual, exclusivamente nela”.

Eu, então, prometi ali que nunca mais permitiria que o sexo me controlasse novamente.

Retornando – Eu pedi a Deus que tirasse de mim tudo o que desonrasse Jane. Eu fiquei surpreso ao descobrir que Deus respondeu a minha oração e trouxe alívio imediato. Minhas tentações de assistir filmes imorais, paquerar uma mulher atraente ou perder o controle sobre a minha imaginação se foram.

Isto não significa dizer que eu não tenha lutado desde então. Ainda que as imagens não estejam tão fortes quanto antes, às vezes relaxo e minha mente se volta para imagens sexuais de novo. Mas eu descubro que Deus está tão desejoso de me perdoar e ajudar quanto estava quando eu fiz aquela primeira decisão crucial em minha vida.

Quando minha mente divaga, eu rapidamente falo com Jim, meu sócio. Saber que Jim me faz perguntas difíceis é, definitivamente, uma forma de inibição. Ele até já me chamou em meu quarto de hotel, numa viagem de negócios, para me perguntar como eu estava – e o que eu estava assistindo na TV.

Além dele, o pastor Doug me aconselha a fazer uma lista de todas as coisas que eu preciso eliminar de minha vida.

“Para cada comportamento negativo”, ele disse, “coloque um comportamento positivo em seu lugar. Se você não substituir o comportamento negativo com alguma coisa positiva, eventualmente o comportamento negativo retornará”.

Meus “comportamentos negativos” geralmente começam com imagens. Como a maioria dos rapazes, eu sou orientado visualmente. Jesus sabia disso; Ele disse que até mesmo olhar uma mulher com sensualidade é como cometer adultério em nossos corações (Mateus 5:28). Para mim, simplesmente olhar para filmes, fotos, ou outra mulher, pode me levar a pensamentos pecaminosos – e isto é significativamente prejudicial para o meu relacionamento com Jane.

Eu estou aprendendo a substituir um pensamento negativo por outro positivo –

“tirando” meus olhos de imagens insalubres. Recentemente li sobre “mudança” em um artigo. A idéia é que, se eu permito que meus olhos se demorem um pouco sobre imagens insalubres, estou pecando. Para prevenir isso, eu tenho me treinado a “saltar” os meus olhos para qualquer outra coisa. Eu não posso evitar ver certas coisas, mas eu posso controlar se vou adiante com elas.

Eu levo este princípio um nível acima. Sempre que vejo uma imagem a qual precise evitar eu, imediatamente, penso em um momento prazeroso com Jane, tal como a abraçando apertado quando vamos dormir. Isto me permite substituir uma possível situação pecaminosa com pensamentos que estimulam minha estima por minha esposa.

Eu também preciso eliminar potenciais fontes de pecados ao meu redor. Para mim, isto significa tomar cuidado com o que assisto na televisão. Quando comerciais com imagens sexies surgem na tela, eu concentro minha atenção em algo que esteja completamente longe da TV.

Controlando o que entra em meu corpo através dos meus olhos, fica mais fácil concentrar minha energia sexual em minha esposa. Nós também, freqüentemente, silenciamos a TV e discutimos, como família, o que estivermos assistindo – tornando algo potencialmente negativo em algo positivo.

Eu também estou assistindo menos a TV. E estou substituindo aquele tempo com mais conversas com Jane. Eu me concentro, em particular, no dia dela, não no meu. Nós também tentamos jogar mais jogos em família. Esses comportamentos positivos estão estreitando o relacionamento familiar e ajudando a superar minha tentação de pecar através de imagens visuais.

Como eu me liguei novamente a Jane através de conversas, descobri o que me atraiu a ela primeiro. Meu amor e estima por ela cresceram de novo. Eu comecei a apreciar tudo o que ela faz por mim e por nossa família. Eu me casei com uma mulher admirável e

sou grato a Deus por nos manter juntos. Ambos somos fortes individualmente, mas nossas forças são multiplicadas quando funcionamos como um casal e mantemos Deus no centro do nosso casamento.

Um homem transformado – Compreensivelmente levou um tempo para que Jane acreditasse nas mudanças que aconteceram em mim. Mas agora ela sabe que eu não vou voltar a ser um louco desvairado se ela disser não às minhas investidas.

Eu agora me concentro nas necessidades de Jane não somente porque devo, mas porque eu quero. E não pelo que isto faz com que ela faça comigo, mas pelo que isso faz por ela.

Eu sou uma pessoa diferente. Eu agora sei que agradar a minha esposa é a coisa mais importante que posso fazer, parecido com o amor de Deus. Eu posso ter intimidade com minha esposa sem sexo, e essa é uma intimidade mais profunda, que eu nunca experimentei através de atrações físicas.

Agora nós somos os melhores amigos um do outro, a quem abrimos a nossa alma, e isso é uma poderosa experiência de mudança de vida.

Rick Koen
Copyright © 2008 por Christianity Today International
(Traduzido por Ana Maria Rocha Neves)

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quinta-feira, 23 de agosto de 2012

Crises no Casamento Por Desleixo, Rotina e Deterioração da Vida Conjugal

O matrimônio deteriora-se quando não se renova, quando se permite que entre nos trilhos da rotina.

Há uma rotina indispensável e benéfica que nos permite cumprir com regularidade, constância e pontualidade os nossos deveres espirituais, familiares e profissionais. Esta rotina constrói uma estrutura de vida sólida, cria um comportamento homogêneo que nos ajuda a libertar-nos da espontaneidade meramente anárquica, dos caprichos emocionais dissolventes e perniciosos.

Mas existe uma outra rotina, a rotina mortífera, que deve ser afastada como a peste. É uma rotina que, pouco a pouco, como uma sanguessuga, vai dessangrando o con vívio conjugal. Todos os dias um pouco. Imperceptivelmente, endurece-nos, converte os nossos atos em algo mecânico, torna-nos autômatos, robôs sem vida, extingue o calor e a alegria de viver e de amar. Esta rotina provoca um desgaste progressivo na vida familiar, uma perda de energias, uma espécie de anemia vital que torna a existência cinzenta, anódina, incolor.

Lembro-me daquela música dos anos 60 cantada por Ronnie Von: "A mesma praça, os mesmos bancos, as mesmas flores, o mesmo jardim, tudo é igual, assim tão tris te..." Alguns poderiam queixar-se, de forma semelhante: "A mesma esposa, a mesma família, o mesmo trabalho, a mesma paisagem, a mesma "droga de sempre"... É tudo tão triste e cansativo..."
Talvez se consiga continuar caminhando mesmo assim. Externamente, o casal vai mantendo as aparências, como um móvel visitado pelo cupim, corroído por dentro. Por fora, nada se percebe, mas de repente tudo desmorona, os cenários desabam, as fachadas caem e aparece um panorama desolador: "Meu Deus, toda a minha vida, daqui para a frente, vai ser igual"... E entra-se numa espécie de letargia mortífera. Muitas infelicidades, muitas crises conjugais, muitas deserções são provocadas por esse fenômeno.

Quando na nossa vida diária não "contemplamos o amor", não renovamos o amor, caímos nessa rotina que mata. Os mesmos bancos, as mesmas flores, o mesmo jardim, a pesada monotonia do que é sempre igual, deve-se - como dizia ainda a canção - a que "não tenho você perto de mim". Quando o amor está ausente, tudo é tão triste...!
Você talvez já tenha passado por uma experiência parecida. Estava trabalhando numa tarefa extremamente enfadonha, repetitiva, rotineira... e pensava: "Tomara que termine logo"... De repente, alguém que você ama muito pôs-se ao seu lado e disse-lhe: "Deixe que lhe dê uma mão. Ao menos, deixe-me ficar com você até terminar"... E, naquele momento, você murmurou: "Tomara que não termine nunca!" As mesmas circunstâncias mudam substancialmente quando o amor está presente. A mesma família, a mesma esposa..., mas tudo é diferente porque se soube remoçar o amor: as pupilas, dilatadas pelo amor de Deus, pelo amor ao cônjuge e aos filhos, conseguem enxergar uma nova família, uma nova esposa, um novo trabalho todos os dias.

O poeta francês Lamartine passava horas a fio olhando sempre para o mesmo mar. Alguém lhe perguntou certa vez: "Mas não se cansa de olhar sempre a mesma vista?" - "Não - respondeu -; por que será que todos vêem o que eu vejo e ninguém enxerga o que eu enxergo?" A sua alma de poeta permitia-lhe ver realidades diferentes nas paisagens de sempre. A alma contemplativa que o amor nos confere dá-nos também essa acuidade espiritual que nos permite ver mundos novos por trás das aparências sempre iguais do monótono viver diário. Em contrapartida, quando não existe uma viva preocupação por renovar o amor como o fator mais importante da vida conjugal e familiar, aparecem esses matrimônios corroídos pela monotonia.

Lembro-me do Gilberto e da Cida. Acompanhei as suas vidas desde o início do casamento. Amavam-se muito. Gilberto, jovem advogado que achava lindíssima a sua "Cidinha", trabalhou muito e prosperou. Aconselhava-se espiritualmente comigo.

Depois de catorze anos de casamento, Gilberto disse-me um dia:
- O meu casamento entrou em crise. Morro de tédio e monotonia. Todos os dias, quando me levanto, vejo a Cida despenteada, sem se arrumar, horrorosa, com os pés enfiados nuns chinelos horríveis que não troca faz quinze anos, arrastando-se pelos corredores, cansada... Abro a porta do quarto e encontro as crianças, que já são adolescentes, discutindo, brigando... A minha casa parece um zoológico...
"Depois, chego ao escritório e encontro lá a Mônica, uma estagiária. O panorama muda da água para o vinho. Ela é encantadora. Acho que tem uma queda por mim... Aproxima-se, charmosa...: "O senhor parece cansado...; não quer que lhe traga uma aspirina com uma coca-cola?" E afasta-se com um andar cadenciado que me arrebata... Estou perdendo a cabeça... Em casa, sinto-me acorrentado... Tenho necessidade de libertar-me. Por que condenar-me à prisão de um amor que já morreu? O contraste entre a Mônica e a Cidinha é muito forte... Não sei, não... O que me aconselha?...

- Eu lhe daria quatro conselhos - respondi -, mas preciso antes que você me diga se está disposto a cumpri-los.
- Sempre aceitei e pratiquei os seus conselhos, e não é agora, neste momento crítico, que deixarei de segui-los! - O primeiro - prossegui -, é que mande embora a estagiária...
- Não! Isso não!!

- Prometeu seguir os meus conselhos... Ao menos, dê-lhe trinta dias de férias remuneradas...

- Isso sim, posso fazer...

- Em segundo lugar - acrescentei -, leve o seu filho mais velho à igreja em que você se casou, e, diante do altar e do sacrário onde você prometeu à Cida que a amaria até que a morte os separasse, diga ao seu filho que pensa trocar a mãe dele pela Mônica... Já imaginou o que lhe responderá esse seu filho, que lhe parece um "bicho do zoológico", mas que ama o pai mais do que tudo no mundo? Quer que lhe diga?: "Pai, esperaria qualquer coisa de você, menos que fizesse uma cachorrada dessas com a minha mãe"...

- O senhor está sendo duro demais - retrucou o meu amigo.
- Não. Pense que estou apenas adiantando o que, muito provavelmente, lhe dirá o seu filho...
"Terceiro conselho: olhe a Cida com outros olhos, como a mãe dos seus filhos, como aquela que perdeu a juventude e a beleza ao seu lado, que já fez o papel de enfermei ra - quantos remédios ela já não lhe levou à cama! -, mãe e companheira amorosa; e, especialmente, recomendo que aprofunde mais na sua vida espiritual, que está muito desleixada: daí tirará forças. E, por último, antes de ter essa conversa com o seu filho, espere que eu fale com a Cida... Diga-lhe que marque uma hora comigo...

Veio a Cida, toda inocente, desarrumada, despenteada:
- Cida, por favor, arrume a "fachada" e... compre outros chinelos!

A Cida era inteligente. Foi ao cabeleireiro, comprou roupas novas, uns chinelos novos, tornou-se mais carinhosa com o Gilberto, preparou as "comidinhas" de que ele gostava... e terminou "reconquistando" o marido.

Quando a Mônica voltou de férias, o Gilberto dispensou-a sumariamente.

Hoje, Gilberto e Cida são muitos felizes. O filho mais velho formou-se em Engenharia. Nem suspeita de nada. Continua adorando o pai, como os demais irmãos. Mui tas vezes penso o que teria acontecido a essa família se o Gilberto se tivesse deixado enfeitiçar pelo canto da sereia.
É evidente que nem o marido nem a mulher devem permitir esse desgaste. A monotonia densa, pesada, que torna a vida uniforme, insípida, tediosa, insustentável, venenosa, reclama clamorosamente uma renovação.

Outra recordação que talvez seja útil. Um amigo veio-me fazer uma confidência sobre as "amarguras" do seu casamento:

- A Elizabeth está esquisita, anda queíxando-se continuamente de stress; sente-se abafada dentro de casa; diz que não tem horizontes...

- Mas ela era alegre, animada, esportista... Por que você não tem a coragem de perguntar-lhe à queima-roupa: "Que você gostaria de fazer um dia qualquer deste mês? Diga, por favor, rapidinho"...

Ele fez a experiência e ficou "bobo":
- Ela começou a pular e rir como uma criança... "Você fala a sério? Eu quero ir à praia de Búzios e comer uma suculenta peixada depois daquele banho de mar, no mes mo quiosque onde nós íamos namorar..." Quando eu concordei, rindo, foi como se o véu da desmotivação que cobria o seu rosto caísse por terra num instante. Fomos à praia, almoçamos como quando éramos namorados... e regamos a "peixada" com uma cerveja geladinha... O senhor quer saber de uma coisa? Ela não arreda pé ... Cada trinta dias me pergunta: "Vamos a Búzios?" Faz dois meses que não discutimos. Ela está muito bem disposta... parece que o cansaço acabou...
Renovar-se ou morrer, dizem os franceses; é preciso superar essa seqüência cinzenta de dias e semanas; é mister uma renovação de idéias, projetos e programas de vida, introduzindo em cada semana uma pequena novidade, um passeio, um jantar fora de casa, um "dia azul"... e a cada biênio um novo roteiro de férias, uma pequena reforma na casa; e, para as mulheres especialmente, uma renovação da fachada, do visual, do penteado..., esforçando-se por estar sempre atraentes, dentro de casa ainda mais do que fora, a fim de conquistar e reconquistar o seu marido todos os dias.
Mas o que é mesmo absolutamente necessário é o fortalecimento espiritual. Como já dissemos, é do fundo da alma que brotam, como de uma fonte, novas perspectivas de vida. O Espírito Santo permite, como diz a Sagrada Escritura, que a nossa juventude se renove corno a da águia! (SI 102, 5). Todo o amor genuíno, seja qual for a sua natureza, tem em Deus o seu fulcro e o seu término. Por isso, o problema da monotonia, do cansaço, do desgaste do amor conjugal encontra no amor de Deus o estopim da sua renovação: é o amor a Deus, vivido no meio dos afazeres diários, que dilata as nossas pupilas para que possamos, como Lamartine, encontrar no mar da família perspectivas novas, e no rosto do outro cônjuge os valores esquecidos.
Um caso que ilustra esta verdade. O marido - que já tinha passado dos sessenta, e ela idem - vinha-me dizendo havia anos que não suportava mais a mulher, que con viviam, mas trocavam poucas palavras, e que iam à Missa e faziam as suas orações cada um por sua conta. Mas ele sofria com esse seu modo de ser, pouco flexível em questões domésticas, e lutava por vencer-se. Um dia, porém, chegou com um largo sorriso: "Sabe? Desde há um mês, voltamos a rezar juntos, minha mulher e eu". Parece uma bobagem, mas esse gesto comum - rezar juntos - derrubou as barreiras. No início custou, mas pouco a pouco converteu-se no sinal mais claro e mais seguro da reversão de uma crise matrimonial que se vinha arrastando, surda e tristonha, havia décadas.

Rafael Llano Cifuentes

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quarta-feira, 22 de agosto de 2012

Casamento à Beira do Divórcio

No Brasil, segundo dados do IBGE, para cada quatro casamentos, um termina em divórcio. Segundo o pensamento atual, não vale a pena lutar por um casamento.
Michele Weiner-Davis, autora de sucesso nos EUA, acredita que um casal pronto para o divórcio ainda pode lutar pelo casamento. “Tenho visto muitos casais que quase se divorciaram, muitas vezes após sentir como se tivessem sido trancados juntos num inferno vivo por anos, entretanto, são capazes de reconstruir um casamento que é melhor do que jamais tinham imaginado. São freqüentemente mais felizes que outros casais que nunca passaram por tão iminente e terrível situação”.
Quais os caminhos que um casal à beira do divórcio pode tomar para reconstruir um casamento? Que ferramentas emocionais pode empregar?
“Vejam algo de bom no que é ruim”. É o primeiro caminho. “Os casais em crise precisam buscar um lampejo de esperança de que seus casamentos podem melhorar”, afirma Weiner-Davis.
É como um ente querido que está com uma doença aguda grave. Por mais tênues que sejam os sinais de uma melhoria, há esperança. Casais à beira de um divórcio podem caminhar nesta direção. Procurem redescobrir na relação aqueles pequenos sinais de cordialidade, cuidado e atenção.
Alimentem-os. “Comprometam-se, juntos, de algum modo, no processo”. É verdade que é geralmente a mulher quem decide lutar pelo casamento. Mas, para que a recuperação de um casamento tenha melhores resultados é preciso que o marido também participe do processo. Isso pode ser traduzido, na prática, marido e mulher procurando juntos um conselheiro conjugal, participando de um grupo de apoio de casais ou indo juntos a sessões de terapia de casal. É preciso que os dois, marido e esposa, estejam ativamente envolvidos no processo de tentar reconstruir o casamento.
“Dêem um salto de fé”. Muitos casais que estiveram à beira do divórcio e que conseguiram salvar o casamento, dizem que chegaram a um ponto em que tomaram a decisão de trabalhar em direção a um casamento melhor, ainda que o relacionamento estivesse no seu pior. Esse salto de fé precipitou uma sucessão de mudanças dentro do casamento. Como Weiner-Davis diz, “qualquer razão para permanecerem juntos é uma boa razão, supondo que o casal queira ficar junto”.
“Lancem um ultimato”. Peter Kramer, médico, professor de psiquiatria na Brown University e escritor, diz que casais que permanecem juntos, apesar de suas queixas, freqüentemente aprendem a discernir quais são pontos cruciais e como suportá-los.
“Aprendam a aceitar as limitações um do outro”. Tão importante quanto você tomar atitudes em pontos que sejam inaceitáveis para você, ter em mente que, para ser feliz com seu parceiro, você não tem necessariamente que gostar de cada coisa específica dele. “Há uma ilusão de que ou você será capaz de mudar todas as coisas no seu relacionamento de que você não gosta, ou então que você eventualmente se sentirá bem com as coisas que não pode mudar”, diz Weiner-Davis. De acordo com John Gottman, tal aceitação é crítica, uma vez que a maioria dos casais nunca resolve a maior parte de seus principais problemas. E se vão embora, provavelmente encontrarão problemas diferentes, mas igualmente perturbadores e sem solução com a próxima pessoa. Significa, ele sugere, que os cônjuges precisam aprender a aceitar as limitações um do outro. De acordo com Neil Jacobson, Ph.D., psicólogo da University of Washington, a pesquisa dá respaldo a esta tese. Estudo recente sobre um novo tipo de terapia, chamado “terapia de casal integrativa”, que busca auxiliar parceiros a aceitam as falhas e idiossincrasias do outro, gaba-se de 89% de sucesso em ajudar casais com problemas a significativamente melhorar seu casamento”. Defensores da terapia de casal integrativa dizem que as diferenças entre parceiros podem ser veículos para intimidade, oportunidade para os cônjuges se aproximarem, uma vez que se sintam totalmente aceitos pelo outro.
“Encontrem o tipo certo de ajuda”. Para muitos casais que estiveram à beira de uma separação, um investimento de tempo e dinheiro num “workshop” de educação matrimonial traz as necessárias mudanças em seus casamentos. Participe de um encontro de casais, de um seminário de enriquecimento conjugal, ouça palestras sobre vida matrimonial, leia bons livros sobre vida conjugal.
“Foquem a si mesmos, e não o outro”.Existem coisas que queremos num relacionamento que nunca obteremos de nosso parceiro. Então, a saída é aceitar e procurar em você mesmo o potencial de ajuda para o casamento.
Mas, jamais se esqueçam de Deus. A presença de Deus num casamento faz diferença. Casais que estavam à beira de um divórcio tiveram o relacionamento reconstruído quando deram espaço para Deus agir em suas vidas.

Gilson Bifano

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terça-feira, 21 de agosto de 2012

O Plano de Satanás de Destruir a Família Está Sendo Bem Sucedido

Os planos da Nova Ordem Mundial prevêem a destruição da família. A queda no número de casamentos nas últimas décadas surpreende até os acadêmicos liberais. A instituição da família está em franco declínio, exatamente no tempo do aparecimento do Anticristo.

Resumo da notícia: "O Estado do Casamento Está Pior: Poucos se Casam e Permanecem Felizes", por Deepti Hajels, Associated Press, reimpresso no The Sun Chronicle, 2 de julho de 1999, pg 1,4.

Resumo da notícia: "O Estado do Casamento Está Pior: Poucos se Casam e Permanecem Felizes", por Deepti Hajels, Associated Press, reimpresso no The Sun "Newark, NJ - O casamento está enfraquecido como instituição nos Estados Unidos, em que o número de pessoas que dizem 'Sim' é o menor na história do país. Além disso, cada vez menos pessoas que se casam declaram estar 'muito felizes' em seus casamentos, de acordo com um estudo publicado na terça-feira [29 de junho] pelo Projeto Nacional Sobre o Casamento, da Universidade Rutgers."

"O estudo 'O Estado das Uniões: A Saúde Social do Casamento nos EUA' revelou que o índice nacional de casamentos caiu 43% nas últimas quatro décadas, atingindo seu ponto mais baixo... Os pesquisadores atribuíram a tendência decrescente ao fato de mais casais optarem por alternativas, como viver junto sem casar ou adiar o casamento até mais tarde na vida."

"David Popenoe, sociólogo da Universidade Rutgers e co-autor do estudo, está preocupado que a tendência declinante continuará. 'Estou mais preocupado com os adolescentes. Com a destruição da família, a cultura de grupo, que inclui a cultura popular, está se fortalecendo. Nada pode ser mais contrário ao casamento que grande parte da cultura popular."

David Popenoe é um pastor batista fundamentalista pregando do púlpito? Não, é um sociólogo da Universidade Rutgers, um bastião do liberalismo e do humanismo secular nos EUA. Entretanto, as palavras dele soam exatamente como as de um pastor batista. Os líderes cristãos fundamentalistas dizem isso há muito tempo, pelo menos há quatro décadas. Todavia, ninguém nunca deu ouvidos, e nossa sociedade tornou-se mais secular, mais fria, e mais de acordo com os valores satânicos. Finalmente, quando nossa sociedade alcança massa crítica nessa terrível transformação, até mesmo alguns liberais começam a se dar conta e soar o alarme.

"Popenoe diz que os adolescentes pareciam acreditar no casamento, mas não querem aplicá-lo a si mesmos. Muitos adolescentes viram ou viveram a situação do divórcio na família e não têm bons exemplos de casamentos para imitar. 'Os adolescentes nem mesmo conhecem alguém que seja bem casado', diz Popenoe. 'Eles estão desiludidos e pessimistas.'"

Por que um sociólogo liberal como Popenoe estaria preocupado com o enorme declínio do casamento? Ele estudou várias culturas em todo o mundo em suas pesquisas acadêmicas, e sabe que nenhuma nação pode sobreviver sem a união básica chamada família. Ele provavelmente nunca pensou que o flerte dos EUA com os valores anticristãos poderia alcançar tal ponto, em que toda a instituição do casamento e da família esteja em um declínio irreversível.

A Nova Base Satânica dos EUA

Quando os EUA foram fundados, de 1776 a 1789, os pais fundadores da nação criaram um governo de acordo com os princípios cristãos. Isso não quer dizer que os principais líderes políticos eram cristãos nascidos de novo. No entanto, o cristianismo puritano era dominante entre a população norte-americada e influenciava tudo na sociedade, e os líderes políticos adotaram seu ponto de vista, mesmo que não fossem pessoalmente salvos. Além disso, muitos dos líderes do segundo e terceiro escalão eram cristãos nascidos de novo.

O resultado final foi que nossos documentos mais fundamentais, que criaram nosso sistema de governo, continham preceitos cristãos do início ao fim. A Declaração de Independência, a Constituição Norte-Americana, e a Carta dos Direitos foram todos produtos da doutrina cristã. A maioria das pessoas não sabe que a Assembléia Constituinte designou um comitê de cinco homens para escrever a Declaração de Independência. Um desses homens era um pastor fundamentalista de grande prestígio nas Colônias. A presença ativa dele no comitê garantiu que o ponto de vista cristão dominante fosse amplamente refletido no documento.

O governo dos EUA foi criado com um fundamento cristão, resultando em uma série de administrações que, em graus variados, refletiram os interesses, a compaixão e a direção cristãos. O povo norte-americano, nascido em sucessivas gerações também foi influenciado em suas atitudes a ações por essa base cristã. Até mesmo os três poderes, separados mas iguais do Governo Federal, foram concebidos com base na visão bíblica da natureza do homem! Você sabia disso? O ensino bíblico é que o coração do homem é inerentemente perverso [Jeremias 17:9]; portanto, os ditadores absolutos podem ser tentados a praticar o mal contra seus súditos. Além disso, nossos antepassados tinham muitos exemplos da natureza perversa dos reis ingleses e europeus. Em meados do século XVIII, um líder cristão francês observou uma profecia que dizia que o Messias seria rei, legislador e juiz [Isaías 33:22]. Assim, ele fomulou a hipótese que o governo ideal deveria ter essas três funções, distribuídas em três poderes iguais, com algumas salvaguardas para assegurar que nenhum poder obtivesse domínio sobre os outros.

O resultado foi nosso governo federal, dividido em Executivo, Legislativo e Judiciário [Suprema Corte] - Rei, Legislador e Juiz. Nossos últimos 221 anos de liberdade são evidência irrefutável de que esse conceito baseado na Bíblia tem nos ajudado muito.

Entretanto, os EUA estão sistematicamente rejeitando toda essa herança cristã, como veremos agora. Uma vez que você entenda o que ocorreu, entenderá por que ocorreu, e provavelmente poderá ver em que ponto iremos parar.

Desde meados dos anos 60, essa base cristã vem sendo rejeitada e substituída por uma base firmada em valores satânicos. Visto que as atitudes e as ações do governo e do povo provêm de sua base estrutural, devemos esperar que a sociedade passe imediatamente por uma dramática transformação, de uma orientação cristã para uma orientação satânica. Se essa teoria estiver correta, devemos ver evidências em toda a sociedade, nos indivíduos e no governo, de ações de acordo com os valores satânicos. Quais são os principais valores satânicos? A Bíblia Satânica os relaciona:

Indulgência em:

Egoísmo e ganância
Orgulho
Inveja
Lascívia
Ira
Gula
Indolência (preguiça)

A elevação desses valores satânicos ao nível de encorajar seus membros a adotá-los está produzindo tremendos efeitos sociais:

Forte desejo de obter poder sobre os outros
Forte desejo de acumulação de riquezas e de bens materiais
Fortes desejos sexuais, a serem satisfeitos não importa quem possa ser ferido
A vida é depreciada e perde a santidade outorgada por Deus
Obsessão pela violência e pelo assassinato
Falta de compaixão ou de empatia pelos indivíduos deficientes ou doentes

Logicamente, você pode reconhecer nossa sociedade nessa relação de valores satânicos, não pode? Todos nossos males sociais são conseqüência da adoção desses valores. Posso pensar especialmente no atual amor à morte - no aborto, no infanticídio, no assassinato, na eutanásia, na obsessão da nossa cultura popular pela morte - como representativas dessa tendência.

A Família Sempre Foi um Alvo Especial

Deus instituiu a família no jardim do Éden; portanto, Satanás sempre odiou essa instituição. No satanismo puro, a família está constantemente sob ataque Os satanistas jejuam e rezam para que a família seja destruída. O movimento de Nova Era propõe uma atmosfera de comunidade em lugar da família tradicional. A Administração Clinton foi a mais antifamília da história, fazendo mais para erodir essa instituição que qualquer um poderia imaginar. Do livro de Hillary Clinton It Takes A Village [sobre a criação de crianças em comunidades] às flagrantes escapadas sexuais de Bill Clinton, que erodiram seriamente o princípio da fidelidade no casamento, a administração Clinton tentou dar um golpe final na instituição da família.

Você pode ver como essa percepção de que os EUA substituíram sua base nacional cristã por uma base satânica verdadeiramente explica por que estamos enfrentando tantos problemas graves de uma forma sem precedentes. Tenha esse princípio em mente, porque o ajudará a entender melhor outros de nossos artigos.

Todas as sociedades estão fundamentadas em princípios ou regras chamados de moral, ou normas. Certas atividades consideradas fora dos limites do comportamento aceitável são chamadas de tabus. A moral e os tabus são moldados pelas instituições. As principais instituições em nossa cultura são o governo, as escolas, a mídia de massa e as igrejas. O satanismo tem impactado cada uma dessas instituições.

Lembre-se, não estamos dizendo que a maioria das pessoas pratique o satanismo. O que estamos dizendo é que a maioria já adere a alguns dos valores do satanismo em suas vidas. Talvez seja bom revermos os cinco tipos de pessoas que existem na sociedade.

Aquelas que são ardorosas em sua religião, e tentam persuadir as outras a se juntar a elas

Aquelas que são sérias em observar suas práticas religiosas e ensinam seus filhos em seus preceitos

Aquelas que são mais ou menos sérias em sua religião, mas crêem solidamente nos preceitos morais dessa religião

Aquelas que não são sérias quanto a tudo que se refira à religião mas sentem-se constrangidas a viver de acordo com seus preceitos gerais em suas vidas públicas

Aquelas que estão fora da lei, não se importando com a religião de sua cultura, nem em viver de acordo com seus preceitos em sua vida exterior. Esse tipo de pessoa geralmente é presa para remover sua influência da sociedade.

Os indivíduos cujas atitudes não estão inflamadas, mas que não são completamente frios em termos de cristianismo, estão agora aderindo a alguns valores satânicos na condução de suas vidas pessoais. Para alguns, isso pode ser sexo, para outros pode ser desejo por dinheiro ou posses materiais, etc., mas a maioria das pessoas hoje e a maior parte da mídia de entretenimento está se deixando levar por alguns dos valores satânicos. Essa é a perspectiva de Deus.

Quando você olha para a sociedade atual por essa prespectiva, pode ver claramente por que estamos sendo afligidos por tantos crimes, perversões e tragédias. A situação agora está tão séria que os EUA podem liderar o mundo rumo à satânica Nova Ordem Mundial.

Estude cuidadosamente essa relação de cinco tipos de indivíduos em qualquer sociedade. Você pode ver que a relação baseia-se nos valores religiosos predominantes da sociedade? Em nossa sociedade, os que estão inflamados por sua religião são os cristãos nascidos de novo, e aqueles que estão fora das regras são perseguidos e presos por crimes como roubo, assassinato, etc.

Todavia, em uma sociedade orientada em termos de satanismo, tudo está virado de cabeça para baixo. Quem está inflamado por sua religião é o satanista, e a sociedade reflete a visão satanista de que tudo absolutamente é permissível. Quem está fora das normas são os cristãos nascidos de novo, que se recusam a participar desse estilo de vida. Eles serão perseguidos e lançados no cárcere. Os valores deles estarão sob ataque constante e aberto.

Esse fato é a razão por que o reinado do Anticristo será tão antagônico aos cristãos. Como ele não poderá admitir nossos valores, perseguirá e matará os cristãos onde os encontrar. O próprio fato de vermos essa erosão final da família é apenas mais uma prova de que estamos verdadeiramente no final dos tempos e que o Anticristo não deve estar muito longe.

http://www.espada.eti.br

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segunda-feira, 20 de agosto de 2012

Balanço Matrimonial

O mundo inteiro tem acompanhado, e principalmente o mercado financeiro, através de todos os tipos de mídia (escrita, televisiva, internáutica, etc), o que vem acontecendo com algumas grandes companhias norte americanas. Aparentemente a credibilidade de conglomerados financeiros tem sido alvo de ataques, que neste caso não são especulativos.

Em um primeiro momento o leitor deste texto deve ter pensado que houve um engano com relação ao título, pois o termo acima não é conhecido no mundo financeiro-contábil, "balanço matrimonial". Bem, para ficar mais claro, nossa intenção é traçar um paralelo entre o que está acontecendo com algumas empresas americanas e o que está sendo vivenciado em muitos casamentos.
As empresas em questão "mascaravam" seus números, seus balanços, dando a entender que eram sólidas, estáveis, lucrativas. De repente, o mercado financeiro norte americano começou a descobrir incoerências nos resultados financeiros destas empresas. Estavam aparentando algo que não eram! Seus balanços mostravam lucros, enquanto que a realidade era totalmente outra. Existem situações conjugais que funcionam da mesma maneira que algumas empresas americanas. Quantas vezes conhecemos um determinado casal e imaginamos que tudo está bem, quando de repente, o "mercado" passa a conhecer um outro cenário. O mais sério de tudo é que o próprio casal passa a acreditar em seu "balanço matrimonial". Existem maridos e esposas vivendo crises conjugais sem perceberem e/ou em algumas situações, sem querer encará-las.
Os mercados financeiros do mundo, e principalmente o norte americano ficaram tão surpresos com as revelações sobre empresas que "mascaravam" resultados que um enorme desequilíbrio foi gerado. Bolsas de Valores tiveram seus índices alterados, houve desvalorização do dólar face outras moedas (o Euro, por exemplo), investidores internacionais retiraram suas aplicações das bolsas americanas, para piorar a situação foi descoberto que muitos resultados "mascarados" gozavam do conhecimento de autoridades políticas. Caos total! Estamos vivenciando uma crise nos valores éticos, morais e mercadológicos da maior nação do mundo! Quando as relações conjugais entram em colapso os resultados não são diferentes: a família fica desestruturada, os filhos surpresos e com sentimento de frustração (em alguns casos, com sentimento de culpa), sentem-se desamparados, as famílias de origem do casal ficam sem saber o que fazer, os amigos nessas horas nem sempre são amigos, uns se aproximam querendo sinceramente ajudar, "outros chegam junto" tentando colher informações para por "a boca no trombone"! (muy amigos!), ainda tem aqueles que dizem: "eu sempre desconfiei!", "bem que eu dizia!",etc, etc.

Às vezes, os "balanços matrimoniais" são literalmente baseados na situação financeira da família, enquanto os cônjuges ou um deles estão financeiramente estáveis, à família vai muito bem (obrigado!), problemas não são percebidos, mas quando por qualquer circunstância o dinheiro sai de cena! "É um Deus nos acuda!".

Encarando a realidade

O governo norte americano para acalmar os ânimos convidou Alan Greenspan, atual presidente do Banco Central, homem de idade avançada, experiente, de grande reputação, para fazer uma análise, expor suas impressões, enfim, trazer uma palavra capaz de acalmar os mercados financeiros. Greenspan, para surpresa de muitos, "não passou a mão na cabeça" e fez um comentário que, creio eu, ficará para história do mundo financeiro: "Uma ganância infecciosa parece ter tomado de assalto boa parte de nossa comunidade de negócios!". Poderíamos adaptar para realidade matrimonial, as palavras de Greenspan, dizendo: "Um individualismo infeccioso parece ter tomado de assalto boa parte dos casamentos atuais".

"Auditores conjugais"

Outro escândalo causado no mercado financeiro norte americano foi à descoberta que empresas de auditoria de reputação "aparentemente" inabalável foram responsáveis por manipularem tais balanços financeiros. Um trabalho "cosmético" de dar inveja a muitos maquiadores profissionais ao redor do mundo! No casamento pode acontecer o mesmo! Existem situações em que um dos cônjuges finge estar tudo bem para não tocar no assunto, enquanto o outro sofre, em busca de uma solução. Em outras situações, o(a) "auditor(a)" é alguém da família ou amigo(a) que geralmente depois de um momento de compartilhar, de desabafo, o(a) mesmo(a) diz: "faça vista grossa, isso vai passar!".

Tratando dos "balanços"

Tratar os problemas conjugais sem mascará-los é fundamental para vivenciarmos relacionamentos saudáveis. É extremamente imprudente não confrontar situações que poderão, no futuro, enterrar "minas" na relação. "Minas" prontas para explodir! Obviamente o casal deve escolher o momento adequado para discutir seus problemas. Muitos casais se queixam, pois tentam resolver seus conflitos e nem sempre chegam ao fim do diálogo. Na maioria das vezes, o momento do diálogo não foi adequado. A Bíblia nos alerta: "Como maças de ouro em bandejas de prata assim é a palavra dita ao seu tempo". Provérbios 25:11.

Nas últimas décadas, especialistas em casamento chegaram a uma lista de ingredientes para a obtenção de um casamento bem sucedido. Perceba abaixo o terceiro item da lista:

1 - Boas expectativas quanto ao casamento.
2- Um conceito realista do amor.
3- Habilidade de expressar seus sentimentos.
4- Compreensão e aceitação das diferenças.
5-Habilidade de tomar decisões.
6-Mesma base espiritual e mesmos objetivos.

Como sempre tenho dito ao falar para casais, não é pelo simples fato de conhecermos métodos, comportamentos, características, etc, que estes elementos farão o casamento ser diferente. É necessário ter determinação e acima de tudo colocar a relação diante de Deus em oração. Tenho aprendido que a oração que mais funciona na relação conjugal não é aquela: "Senhor, muda minha esposa!", mas sim aquela: "Senhor, muda meu ser!".

Todos nós estamos sujeitos a mascarar nossos "balanços matrimoniais". Devemos fugir desta tentação

Edevaldo Shamá

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domingo, 19 de agosto de 2012

A Vida Espiritual da Família

Queremos abordar agora a vida espiritual no lar; isto envolve não só o casal, mas toda a família. Porém, nosso enfoque maior neste momento não são os filhos, e sim os cônjuges. Durante muito tempo, ao ensinarmos sobre o assunto, usamos a expressão “o sacerdócio no lar”, mas queremos começar corrigindo isso aqui. Muitas vezes propagamos conceitos equivocados, sem base bíblica, porque os recebemos sem questionar e acabamos levando adiante.

A Bíblia ensina que Jesus Cristo nos comprou com seu sangue para fazer de nós reis e sacerdotes (Ap 5.9,10), o que nos faz compreender a visão do sacerdócio universal do crente. Diferente da idéia difundida pela Igreja em séculos anteriores, não temos duas categorias distintas na igreja: o clero e os leigos. Todos são sacerdotes e deveriam funcionar como tal. A Palavra de Deus distingue posições de governo dentro da Igreja Local, mas não limita o sacerdócio a uns poucos cristãos. Todo crente deve funcionar em seu lugar no Corpo de Cristo, e todos têm a responsabilidade de ministrar ao Senhor, bem como aos homens, em nome d’Ele. Esta visão tem sido resgatada desde a Reforma Protestante e ainda amadurece em nossos dias, e somos gratos a Deus por isso.

Contudo, no esforço de resgatar esta verdade, acabamos exagerando na dose. Falamos muito sobre o homem ser o sacerdote de seu lar e, na verdade, o que estamos fazendo é confundir o governo com o sacerdócio.

“Quero, entretanto, que saibais ser Cristo o cabeça de todo homem, e o homem, o cabeça da mulher, e Deus, o cabeça de Cristo.” (1 Coríntios 11.3)

A ordem de sujeição é clara na Bíblia: Deus é o cabeça de Cristo, Cristo é o cabeça do homem e o homem é o cabeça da (sua, não da dos outros) mulher. Este texto fala de governo e sujeição. Porém, por alguma razão, passamos a tratar como se falasse de sacerdócio, ensinando algo mais ou menos assim: Se Cristo, por ser cabeça do homem é seu sacerdote, logo o homem, por ser cabeça de sua mulher é sacerdote dela.

Se as coisas fossem exatamente assim, então a mulher não exerce sacerdócio sobre ninguém e Cristo não é sacerdote dela, só de seu marido! Em seu livro, “Casamento & Família”, publicado em português pela Graça Editorial, o Dr. Frederick Price fala acerca disso: “Eu percebo que esta possa ser uma revelação ou uma idéia revolucionária para você, mas o marido não é o cabeça espiritual da esposa. Muitas pessoas falam do marido como sendo o sumo sacerdote da família, o sacerdote da casa e assim por diante. Mas o marido não é o sacerdote da casa!… Toda pessoa nascida de novo é sacerdote e rei, independentemente do sexo, raça ou classe (1 Pe 2.5,9; Ap 1.6). O único cabeça espiritual em qualquer lar é Jesus. Jesus é o cabeça. Ele é o único Sumo Sacerdote. Nós somos em conjunto reis e sacerdotes porque somos o Corpo de Cristo. De outra forma, você estaria dizendo que Jesus é o sacerdote do homem, mas o homem é sacerdote da mulher! E isso coloca um ser humano entre as mulheres e Jesus, exatamente como no Velho Testamento, quando um sacerdote tinha que interceder entre os israelitas e Deus… Jesus é o Sumo Sacerdote de cada pessoa nascida de novo. Homem nenhum pode usurpar a autoridade do Sacerdote de todos os tempos. Se os homens não precisam de um sacerdote humano sobre eles, tampouco precisam as mulheres!” (Capítulo 6, páginas 71 e 72).

Portanto, cremos que tanto o marido como a esposa (e também os filhos) são todos sacerdotes que devem ministrar perante Deus e em favor uns dos outros. A única questão em que o homem se destaca é no governo do lar que lhe foi confiado. O fato de só o marido ser o cabeça do lar não significa que só ele seja sacerdote!

O governo espiritual do lar

Antes de governar na igreja, o homem tem que governar em sua própria casa:

“É necessário, portanto, que o bispo seja irrepreensível, esposo de uma só mulher… e que governe bem a própria casa, criando os filhos sob disciplina, com todo o respeito (pois, se alguém não sabe governar a própria casa, como governará a Igreja de Deus?)” (1 Timóteo 3.2a,4-5)

Não é porque vai governar a igreja que o bispo tem que ter um bom lar, mas justamente o contrário. O homem tem que ser o pastor do seu próprio lar; isto é requisito não só para quem ingressa no ministério de tempo integral, mas é um exemplo de vida cristã. E se a pessoa não cumpre um requisito básico da vida cristã, então não tem autoridade para ser um ministro à frente da Igreja.

Portanto, o mandamento de governar bem o lar – incluindo a vida espiritual – é para todo cristão. E isto envolve uma excelente conduta familiar, que depois será cobrada do líder como exemplo para o restante do rebanho:

“Por esta causa te deixei em Creta, para que pusesses em ordem as coisas restantes, bem como, em cada cidade, constituísse presbíteros, conforme te prescrevi: alguém que seja irrepreensível, marido de uma só mulher, que tenha filhos crentes que não são acusados de dissolução, nem são insubordinados.” (Tito 1.5,6)

O homem, além de ser fiel à sua esposa, deve conduzir seus filhos no caminho do Senhor e numa vida de santidade, o que exigirá dele não só conselhos casuais, mas todo um acompanhamento, investimento e ministração na vida espiritual de seus familiares. O posicionamento de um homem de Deus sempre deve envolver sua casa. Este foi o exemplo dado por Josué:

“Mas se vos parece mal servir ao Senhor, escolhei hoje a quem sirvais, se aos deuses a quem serviram vossos pais, que estavam dalém do Rio, ou aos deuses dos amorreus, em cuja terra habitais. Porém eu e a minha casa serviremos ao Senhor.” (Josué 24.15)

O texto acima reflete a responsabilidade de Josué de não apenas buscar ao Senhor, mas servi-lo com toda a sua família. Quando se trata de família, não existe a história de “cada um por si”. Embora a responsabilidade de cada um diante de Deus seja individual, precisamos aprender a lutar por nossos familiares, especialmente aqueles que possuem a incumbência de governar o lar.

O plano de Deus não é apenas para o homem sozinho, mas para toda a sua família. Quando o Senhor decidiu julgar e destruir a humanidade nos dias de Noé, não proveu salvação para ele sozinho, mas para toda a sua família (Gn 6.18). Vemos também que Deus prometeu a Abraão que nele seriam abençoadas todas as famílias da Terra (Gn 12.3). Ao tirar Ló de Sodoma, o anjo do Senhor fez com que ele saísse com toda a família (Gn 19.12). No Novo Testamento encontramos um anjo visitando Cornélio e dizendo que deveria chamar a Pedro, “o qual te dirá palavras mediante as quais será salvo, tu e toda a tua casa”. (At 11.14). E além de todas estas porções bíblicas, encontramos a clássica declaração do apóstolo Paulo ao carcereiro de Filipos:

“Crê no Senhor Jesus, e serás salvo, tu e toda a tua casa.” (Atos 16.31)

Deus tem um plano para toda a família. Não quer dizer que porque um se converteu, todos irão automaticamente converter-se por causa deste texto. Não creio que ele seja uma promessa a todo crente, e sim que revele uma intenção de Deus quanto às famílias de uma forma geral. Vale lembrar que Paulo declarou isto ao carcereiro num momento em que este homem ia se matar. Paulo não podia vê-lo, pois além de estar dentro de sua cela, a Bíblia diz que eles estavam no escuro. O apóstolo Paulo teve uma revelação do Espírito Santo para uma pessoa específica, num momento específico.

Não podemos dizer: “Ei, Deus! Você prometeu que se eu cresse iria salvar todo mundo lá em casa!”. Mas podemos muito bem orar pelos nossos familiares crendo que há um plano divino para toda a família.

Porém, ainda assim, cada familiar nosso tem o direito de escolha; e se dirão sim ou não a Jesus Cristo, é uma responsabilidade pessoal de cada um deles. Mas devemos fazer de tudo para convencê-los, ensiná-los, cobri-los de oração intercessória e tudo o mais que for possível.

No caso deste carcereiro filipense, o Senhor mostrou-lhe de antemão toda a família salva. Mas para cada um de nós, mesmo se não diga de antemão o que irá acontecer, Deus já revelou seu plano (em sua Palavra) para toda a família. E o cabeça do lar tem uma grande responsabilidade de afetar o destino dos seus entes queridos.

O cabeça é o responsável

Na condição de cabeça do lar, o homem é o responsável de quem Deus cobrará o exercício do sacerdócio. É óbvio que a mulher deve participar exercendo o sacerdócio juntamente com seu marido, mas a responsabilidade maior não está sobre seus ombros. Muitos maridos se acomodam por ver sua esposa fazendo bem o seu papel, mas não deveriam agir assim. Por melhor que seja a ajuda da mulher, o homem tem que fazer a sua parte e ele é quem prestará contas! Vemos isto nas cartas às igrejas da ásia, no livro do Apocalipse; mesmo quando toda uma igreja errava, Deus ainda tratava com o “anjo”, o “mensageiro” daquela igreja (Ap 2 e 3).

No caso da mulher cujo marido não é convertido, entendemos que ela deve exercer sua posição de “sacerdotisa” sobre os filhos, porém não sobre seu marido. Parece-nos ter sido exatamente o que aconteceu na casa de Timóteo, discípulo do apóstolo Paulo. A Bíblia menciona apenas a mãe dele como sendo convertida:

“Chegou também a Derbe e a Listra. Havia ali um discípulo chamado Timóteo, filho de uma judia crente, mas de pai grego; dele davam bom testemunho os irmãos em Listra e Icônio.” (Atos 16.1,2)

E além da Bíblia nada falar sobre o pai de Timóteo sendo convertido, ainda mostra que a cadeia de ensino e discipulado foi sendo transmitida por meio da avó e depois da mãe dele:

“Lembrado das tuas lágrimas, estou ansioso por ver-te, para que eu transborde de alegria pela recordação de tua fé sem fingimento, a mesma que, primeiramente, habitou em tua avó Lóide e em tua mãe Eunice, e estou certo de que também, em ti.” (2 Timóteo 1.4,5)

Portanto, na falta do homem exercer sua responsabilidade de governo na condução espiritual do lar, ou na incapacidade dele de exercê-lo – por não ser convertido, por exemplo – a mãe deve assumir esse papel, porém sempre em relação aos filhos, nunca em relação ao marido:

“E não permito que a mulher ensine, nem exerça autoridade sobre o marido.” (1 Timóteo 2.12)

É claro que a mulher pode ser bênção na vida de seu esposo, o que inclui, além de oração intercessória, conselhos e até mesmo o fluir nos dons do Espírito Santo. Porém, ela não deve usurpar a autoridade de governo que pertence ao marido.

Ministrando aos filhos

Os pais cristãos devem entender a sua responsabilidade de suprir não só as necessidades materiais e emocionais de seus filhos, mas também as espirituais. A Palavra de Deus declara que “Herança do Senhor são os filhos; o fruto do ventre, seu galardão” (Sl 127.3). Os filhos não nos pertencem, eles são propriedade de Deus.

O Senhor apenas nos confiou o cuidado deles, e um dia teremos que responder perante Ele por isso. Daremos conta da forma como criamos nossos filhos, e isto deve trazer temor ao nosso coração, especialmente no que diz respeito à formação espiritual deles. Não podemos brincar com isto!

Deus está chamando os pais a assumirem um compromisso maior com Ele de ministrar a vida espiritual de seus filhos. É preciso ministrar-lhes o coração. Desde os dias da Velha Aliança o Senhor já esperava isto:

“Não te esqueças do dia em que estiveste perante o Senhor, teu Deus, em Horebe, quando o Senhor me disse: Reúne este povo, e os farei ouvir as minhas palavras, a fim de que aprenda a temer-me todos os dias que na terra viver e as ensinará aos seus filhos.” (Deuteronômio 4.10)

No versículo anterior a este, Deus já havia dito: “…e as farás saber aos teus filhos e aos filhos de teus filhos” (Dt 4.9). Precisamos ministrar a Palavra de Deus aos nossos filhos! Nosso ensino – ou a falta dele – tem o poder de afetar o resto da vida de nossos filhos; foi Deus mesmo quem declarou isto:

“Ensina a criança no caminho em que deve andar, a ainda quando for velho, não se desviará dele.” (Provérbios 22.6)

Não se trata apenas de dar uma boa educação, mas sim a verdadeira educação. Ensinar-lhes a andar nas veredas da justiça, nos caminhos bíblicos. Temos visto muitos pais no meio cristão distorcendo este versículo, dizendo que os filhos se desviarem voltarão depois. Contudo, o que a Bíblia realmente diz é que, se os ensinarmos a andar no caminho certo não desviarão nem mesmo quando forem velhos!

Educar os filhos no temor do Senhor é uma responsabilidade de todos os pais. Isto também é um mandamento claro e expresso da Nova Aliança – o que faz da desobediência a ele pecado:

“E vós, pais, não provoqueis vossos filhos à ira, mas criai-os na disciplina e admoestação do Senhor.” (Efésios 6.4)

Cobertura de oração

Também vemos na Bíblia que o cabeça do lar deve cobrir os seus com oração. A Palavra de Deus nos mostra que Isaque orava a Deus para que abrisse a madre de Rebeca, sua mulher. E Deus ouviu suas orações (Gn 25.21). As Escrituras ainda nos falam acerca de Jó, que periodicamente sacrificava ao Senhor em favor de seus filhos, com medo de terem pecado contra Deus (Jó 1.5). Também encontramos o rei Davi abençoando a sua casa (2 Sm 6.20).

O homem e mulher de Deus precisam ter um coração e uma vida de oração voltados para cobrir e proteger a sua família. Vemos este exemplo na vida de Esdras:

“Então, apregoei ali um jejum junto ao Rio Aava, para nos humilharmos perante o nosso Deus, para lhe pedirmos jornada feliz para nós, para nossos filhos, e para tudo o que era nosso.” (Esdras 8.21)

Em 1 Samuel 30 lemos acerca de Davi e seus homens saindo para a batalha e deixando suas mulheres e crianças desprotegidas em Ziclague. Enquanto eles estavam fora, os amalequitas incendiaram a cidade e levaram suas mulheres e filhos em cativeiro. Três dias depois, eles chegaram e se desesperaram pelo ocorrido. Finalmente, se fortaleceram no Senhor e foram atrás dos seus, conseguindo resgatá-los. Aprendemos duas lições aqui. Primeiro que precisamos proteger os nossos familiares, cobrindo-os em oração e não permanecendo distantes deles. Segundo, que algumas vezes nos tornamos descuidados, e o inimigo pode se aproveitar de nosso descuido. Mas também aprendemos que Deus é fiel, e mesmo quando falhamos, sua misericórdia ainda pode nos ajudar a consertar aquilo em que erramos.

O governo espiritual do lar também envolve proteção. Deus nos mostrou isto em sua Palavra desde o início, com o que ordenou a Adão, no Jardim do Éden:

“Tomou, pois, o Senhor Deus ao homem e o colocou no jardim do Éden para o cultivar e guardar.” (Gênesis 2.15)

Note que além de cultivar o jardim, o homem deveria também guardá-lo, protege-lo. Mas guardar de quem, se o homem estava sozinho, se nem mesmo Eva ainda havia sido criada?

Penso que Deus já estava indicando a Adão que Satanás, o inimigo de nossas almas, tentaria destruir o que o Senhor estava colocando nas mãos do homem. Se Adão tivesse protegido a Eva, em vigilância, bem como ministrado-lhe sobre a importância da obediência ao Senhor, pode ser que as coisas poderiam ser diferentes. Nós também precisamos guardar e proteger nossas famílias, e isto envolve oração e vigilância, bem como a ministração da Palavra de Deus em nossos lares.

Muita gente fala da forma maravilhosa como Deus visitou a casa de Cornélio (At.10) com salvação e enchimento do Espírito Santo. Mas isto não aconteceu “sem mais nem menos”. Este homem orava continuamente a Deus. E onde há uma semeadura de oração, sempre haverá uma colheita da manifestação do poder de Deus! Se cobrirmos nossa casa de oração, veremos feitos grandiosos acontecendo em nosso favor, pois o Senhor sempre age num ambiente de muitas orações.

Orando juntos

Penso que além de cobrir a vida dos familiares com oração, o cabeça do lar deve proporcionar um ambiente de oração onde os seus não só recebam oração em seu favor, mas também aprendam a orar uns pelos outros.

Além disso, sempre que possível, a família também deve procurar orar junta, como muitas vezes acontecia também com os irmãos da igreja em seu início:

“Passados aqueles dias, tendo-nos retirado, prosseguimos viagem, acompanhados por todos, cada um com sua mulher e filhos, até fora da cidade; ajoelhados na praia, oramos.” (Atos 21.5)

Exercer o governo espiritual do lar não é só declarar a Palavra de Deus dentro de casa, mas primeiramente vivê-la. Porém, além de se dispor a ministrar os filhos, e também um ao outro, o casal cristão deve aprender a prática de também orar junto. Não quero dizer orar junto o tempo todo, pois a vida de oração e devoção a Deus ainda tem caráter individual, mas isto também deve acontecer em suas vidas. Quando o casal ora junto, goza de princípios operando em seu favor que orando sozinho não se experimentaria.

“Ainda vos digo mais: Se dois de vós na terra concordarem acerca de qualquer coisa que pedirem, isso lhes será feito por meu Pai, que está nos céus. Pois onde se acham dois ou três reunidos em meu nome, aí estou eu no meio deles.” (Mateus 18.19,20)

Ao orar junto, o casal aumenta seu “poder de fogo” contra o inimigo, pois no reino de Deus, quando dois se unem, o efeito não é de soma, mas de multiplicação. É sinérgico! Moisés cantou acerca deste princípio ao mencionar o que Deus fizera acerca do exército de Israel:

“Como poderia um só perseguir mil, e dois fazer fugir dez mil, se a sua Rocha lhos não vendera, e o Senhor não lhos entregara?” (Deuteronômio 32.30)

A Bíblia mostra que deve haver sintonia natural e espiritual entre o casal. Desentendimentos vão roubar deles o poder de unidade nas orações, que por sua vez serão impedidas:

“Igualmente vós, maridos, vivei com elas com entendimento, dando honra à mulher, como vaso mais frágil, e como sendo elas herdeiras convosco da graça da vida, para que não sejam impedidas as vossas orações.” (1 Pedro 3.7)

A “correria” é um dos maiores inimigos deste tempo de oração que o casal deve ter junto. E cada um deve aprender a “driblar” suas dificuldades e conseguir praticar um pouco mais este princípio de oração conjunta de alguma forma.

Nós não oramos juntos em casa a freqüência que alguns ensinam; a maior parte de nossa vida de oração é individual, pois além do caráter da busca pessoal, ainda temos outras questões e fatores que interferem no tempo, no lugar e na forma como oramos. Orar juntos não é algo que os cônjuges conseguem só por estar no mesmo ambiente ao mesmo tempo; envolve acordo, orar pelos mesmos propósitos e pedidos. Alguns oram (fisicamente) juntos e não conseguem esta sintonia; outros oram separados (fisicamente) mas fluem sempre “no mesmo trilho”. O importante é que cada casal aprenda a melhor forma de, além de manter a vida individual de oração, também conseguir orar junto e um pelo outro.

Não deve haver vergonha ou críticas quanto à forma de cada um orar. A intimidade no que diz respeito à vida espiritual precisa ser desenvolvida da mesma forma que a física e emocional.

Cultuando em família

Exercer liderança espiritual no lar não exige ter um culto com horário específico ou dia marcado, é atividade a ser exercida sempre, em diferentes situações. Mas a prática de um culto em família auxilia muito.

Devemos desenvolver o hábito de cultuar a Deus em família, o que envolve – primariamente – o ir juntos à Casa do Senhor, como vemos acontecendo desde os dias do Velho Testamento:

“Todo o Judá estava em pé diante do Senhor, como também as suas crianças, as suas mulheres e os seus filhos.” (2 Crônicas 20.13)

“No mesmo dia, ofereceram grandes sacrifícios e se alegraram; pois Deus os alegrara com grande alegria; também as mulheres e os meninos se alegraram, de modo que o júbilo de Jerusalém se ouviu até de longe.” (Neemias 12.43)

Elcana subia com toda a sua família para adorar ao Senhor (1 Sm 1.1-5). Acreditamos que pais cristãos devem levar seus filhos à igreja. Mesmo que ela não seja perfeita (e não é, porque não existe igreja perfeita!), é melhor que eles cresçam num ambiente que exalta ao Senhor e Sua Palavra do que num ambiente mundano que exalta o pecado e os prazeres da carne. Lemos no Evangelho de Lucas que os pais de Jesus o levaram ao templo para consagrarem-no ao Senhor (Lc 2.22-24), depois há registros de que o fizeram por ocasião da Festa da Páscoa quando ele estava com 12 anos (Lc 2.41-43), mas a maior evidência de que Jesus cresceu exposto ao ensino da Lei na Sinagoga era o conhecimento que Ele trazia (como homem) das Escrituras.

Cultuar ao Senhor em família não envolve somente o ir à igreja, mas também pode abranger um culto familiar na própria casa. Foi exatamente isto que aconteceu na casa de Cornélio (At 10.33). A reunião familiar também não precisa acontecer apenas dentro de casa. Além dos cultos na igreja, podemos nos reunir em algum outro lugar (e até mesmo com outras famílias) para buscar ao Senhor (At 21.5).

A negligência trará conseqüências

Quais as conseqüências de se negligenciar o governo espiritual em casa? Juízo divino para o cabeça, além da evidente rebeldia e frieza espiritual que se manifestará vida dos filhos.

A primeira palavra profética que Samuel proferiu foi contra alguém que ele certamente amava: o sacerdote Eli, que o criara no templo. E o que Deus disse envolvia a casa dele e sua negligência no sacerdócio familiar:

“Naquele dia, suscitarei contra Eli tudo quanto tenho falado com respeito à sua casa; começarei e o cumprirei. Porque já lhe disse que julgarei sua casa para sempre, pela iniqüidade que ele bem conhecia, porque seus filhos se fizeram execráveis, e ele não os repreendeu.” (1 Samuel 3.13)

O Senhor trouxe advertências anteriores, mas Eli não deu ouvidos. Deus está falando de negligência, aqui. Diz que embora conhecesse bem o pecado dos filhos, Eli não os repreendeu. Toda omissão na vida espiritual do lar sempre trará conseqüências sérias. Davi teve problemas com vários de seus filhos, e se você estudar com calma a história dele, perceberá o quanto ele era negligente em relação a seus filhos. Adonias, assim como Absalão, se exaltou, querendo usurpar o trono. Mas por trás desta atitude de rebelião, a Bíblia mostra a negligência de Davi como líder espiritual em sua casa:

“Jamais seu pai o contrariou, dizendo: Por que procedes assim?” (1 Reis 1.6)

Se não queremos sérios problemas futuros com nossos filhos, muito menos a qualidade do relacionamento deles com Deus comprometidos, então precisamos ser sacerdotes dedicados em ministrar e cobrir suas vidas.

 Luciano P. Subirá

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