NÃO DEIXE SEU CASAMENTO NAUFRAGAR
Da mesma maneira que nossa experiência na Igreja pode ser maravilhosa, mas também muito frustrante, assim também com nossa experiência com o casamento. Dizemos isso porque o casamento é, na realidade, uma metáfora da união de Jesus, como cabeça, com Sua Igreja que é o Seu Corpo – ver Efésios 5:25b—27.
Da mesma forma que Jesus “se entregou” completamente para servir a Igreja, assim deve ser o casamento. O segredo do casamento bem sucedido está na disposição e na entrega, sem reserva, de um cônjuge para servir o outro.
Desde o princípio, quando Deus criou a mulher, Ele a fez para que a mesma servisse seu marido como ????? - `ezer – auxiliadora ou aquela que ajuda. Mais tarde, nos dias do Novo Testamento, Jesus ampliou esse mesmo conceito para torná-lo recíproco. Assim, a responsabilidade de auxiliar ou servir é uma rua de duas mãos e tanto maridos quanto esposas, têm a responsabilidade de servir um ao outro.
I. Taxa de Divórcios no Brasil - Estatísticas do Registro Civil - Fonte IBGE
Em 2007, embora tenham sido realizados 916.006 casamentos no Brasil, 2,9% a mais do que em 2006 (889.828), o número de dissoluções - soma dos divórcios diretos sem recurso e separações - chegou a 231.329, ou seja, para cada quatro casamentos foi registrada uma dissolução. Há exatamente 30 anos depois de instituído, o divórcio atingiu sua maior taxa na série mantida pelo IBGE desde 1984. Nesse período a taxa de divórcios teve crescimento superior a 200%, passando de 0,46‰, em 1984, para 1,49‰, em 2007. Em números absolutos os divórcios concedidos passaram de 30.847, em 1984, para 179.342 em 2007. Em 2006, o número de divórcios concedidos chegou a 160.848. O aumento do número de divórcios pode ser explicado não só pela mudança de comportamento na sociedade brasileira, mas também pela criação da Lei 11.441, de 04 de janeiro de 2007, que desburocratizou os procedimentos de separações e de divórcios consensuais, permitindo aos cônjuges realizarem a dissolução do casamento, através de escritura pública, em qualquer tabelionato do país. As Estatísticas do Registro Civil, divulgadas hoje pelo IBGE, permitem ainda calcular a idade média dos homens e das mulheres à época do casamento. Em 2007, observou-se que, para os homens, a idade média no primeiro casamento foi de 29 anos. e, para as mulheres, 26 anos.
II. Por que os Casamentos Terminam?
· Casamentos terminam porque não existem pessoas perfeitas.
· Não existe ninguém, nesse mundo, que seja capaz de satisfazer TODAS as necessidades de outra pessoa. Essa expectativa ilusória é o principal motivo porque os casamentos terminam em divórcio.
· Pessoas são, acima de tudo, DIFERENTES em:
* Experiências ambientais.
* Personalidades.
* Necessidades.
* Objetivos.
* Tendências.
* Respostas Emocionais.
· Diante disso tudo, só podemos nos admirar que ainda existam tantos casamentos bem sucedidos!
III. O Que Uma Mulher Espera do Casamento.
· Mulheres nutrem sonhos românticos de que, um dia, irão encontrar um homem que seja capaz de suprir todas as suas necessidades.
· Ela quer ser protegida, apreciada e amada. Além disso, deseja liberdade e autonomia completa.
· A mulher deseja controle completo em sua esfera de atuação, representada pelo lar e pelos filhos, mas também deseja e precisa da força e do interesse do marido nessas áreas.
· Mulheres esperam por pequenas expressões de afeição e aprovação. Por mais banais que essas coisas possam parecer para um homem, as mesmas possuem um significado enorme para as mulheres.
· A mulher deseja ser lembrada, “adorada” apreciada, elogiada e, principalmente, ouvida. Ela deseja ter seus sentimentos validados pelo marido mesmo quando os mesmos parecem infantis ou até mesmo irracionais para ele. Precisa ser levada a sentir-se feminina ao ser protegida, cuidada, reconhecida, ter afeição e carinho sem sexo e ser aceita, especialmente, quando não consegue aceitar a si mesma. Em resumo: a mulher deseja ser cuidada e pode arranjar uma guerra para alcançar esse objetivo.
· Quando as mulheres entram numa discussão, elas querem muito mais ter a oportunidade de expressar seus sentimentos do que se saírem vencedoras na mesma.
· Mulheres tendem a levar todas as coisas como ofensas pessoais e sentem-se rejeitadas com grande facilidade.
· Mulheres precisam ser ouvidas, muitas vezes sem diálogo e sem discussão.
· O homem vê essa personalidade feminina como uma mistura de necessidades conflitantes, irreais e ilógicas e sabe que não existe homem nenhum no mundo capaz de satisfazê-las por completo.
· Mas o homem também tem uma variedade surpreendente de necessidades. Mas iremos falar disso em nosso próximo encontro.
IV. O Que Um Homem Espera do Casamento.
Umas das maiores necessidades que os homens possuem, mas muitas vezes não estão dispostos a admitir é, que: precisam de encorajamento, mas sem preleções, discussões ou críticas.
· Porque os homens se vêm de forma diferente das mulheres, eles desejam que suas próprias identidades sejam preservadas ou, se necessário, restauradas com sinceridade e muita afeição. Mas, nessas horas, a mulher não pode fazê-lo lembrar de sua mãe para quem ele continua sendo o Ricardinho, o Marcinho, o Danielzinho etc. Muitas vezes os homens vão agir como meninos, mas no fundo odeiam quando são tratados dessa maneira.
· O homem espera que sua esposa supra suas necessidades como uma amante que seduza e se deixe seduzir. As mulheres em casa precisam ser tão atraentes quando as outras que ele encontra na rua. Dê um jeito de sempre se preparar para recebê-lo.
· Da mesma forma que a casa é a extensão da personalidade da mulher, o trabalho e o automóvel são as extensões da personalidade do homem.
· A mulher não deve nunca insistir que o marido tenha tanto interesse no lar quanto ela mesma. Dê uma folga. Não o faça sentir culpado por algo em que ele não se realiza de fato. Além disso, se a insistência da mulher lhe trouxer à memória passagens da infância, o homem pode empacar de vez, porque pode instigar nele o desejo de “desobedecer sua mãe”, e isso com uma pitada de vingança contra a progenitora!
· Maridos devem ser incentivados a terem seus próprios hobbies e atividades com outros homens sem se sentir culpado – veja documento “Palestra do Chefe do Departamento de Psiquiatria da Universidade de Stanford na Califórnia.
· Evite tentar chamar a atenção do seu marido através de lamúrias, auto comiseração ou reclamações. Ligue para sua mãe ou uma amiga!
· As mulheres precisam aprender a ouvir mais o marido. Sim, ele precisa disso por mais durão que queira parecer.
* O marido toma como ofensa pessoal quando a esposa não presta atenção no que ele está dizendo.
* Maridos costumam se sentirem enfadados pelo excesso de minúcias que as mulheres estão dispostas a contar.
· Homens costumam reagir melhor à persuasão que é fruto de uma ação gentil e uma abordagem encantadora. Eles odeiam tons exigentes e, especialmente, ultimatos.
V. Atitudes que Precisam Ser Tomadas para Impedir que o Casamento Afunde.
· Todo casal precisa fazer um acordo solene, onde prometem um ao outro, que irão procurar ajuda ao primeiro sinal de falta de comunicação – pode ser um pastor, pode ser um conselheiro matrimonial, um psicólogo ou psiquiatra etc.
· A velocidade com que brigas se transformam em amarguras é impressionante. Portanto, de bom grado, procurem ajuda antes que as amarguras se estabeleçam e tornem a reconciliação mais difícil, senão impossível mesmo.
· Lembre-se, todos os casais são incompatíveis, até certo ponto, e isso torna necessário abrir o coração para Deus. Deus ama suas criaturas e fez a mulher para o homem, para que fossem felizes. Se você ainda não aceitou a Jesus como Seu salvador pessoal, talvez essa seja a oportunidade que faltava. Fale com outros casais da igreja e veja como eles podem ajudá-los a dar esse importante passo na vida de vocês.
· A bênção de Deus, não garante um casamento de forma absoluta. Mas com certeza, a comunhão dos cônjuges com Deus é um fator poderoso na manutenção de qualquer casamento. Por exemplo, Deus exige de nós que falemos a verdade. Se buscarmos a ajuda de Deus e exterminarmos com as mentiras no relacionamento, já teremos andado uma boa parte do caminho para um casamento sadio.
· Anote para não esquecer: casamentos duram não porque as pessoas aprendem novas técnicas de qualquer tipo e sim porque ambos crescem espiritual e emocionalmente com a ajuda de Deus.
· Há uma Lei Espiritual universal que consiste de três partes e, quanto antes, aprendermos essas verdades, melhor para nós:
Ø Eu não posso mudar ninguém – outro ser humano – por ação direta.
Ø Eu só posso mudar a mim mesmo.
* Quando eu mudo os outros tendem a mudar em relação a mim. Isso é tiro e queda!
· Você está pronto para essa revelação? Nós precisamos mudar, porque Deus assim deseja de nós, mesmo que a outra pessoa nunca mude.
· Existem três tipos de relações conjugais básicas:
* A impossível: é aquela em que as pessoas nunca deveriam ter casado e demonstram isso pela pouca ou nenhuma vontade de se empenharem em mudar alguma coisa em suas próprias personalidades, visando o bem comum. Alguns exemplos que temos encontrado nesses quase 30 anos de pastorado:
v Pessoas jovens demais cronologicamente ou imaturas demais emocionalmente. Incapazes de entenderem os princípios da mutualidade.
- Homem sádico e brutal que era impossível qualquer mulher conviver com ele.
- Esposa tão apegada ao pai que homem nenhum seria capaz de satisfazer suas necessidades e expectativas fantásticas.
- Marido imaturo tão apegado à mãe que era incapaz de estabelecer qualquer relacionamento maduro com qualquer outra mulher que fosse.
- Esposa jovem tão emocionalmente dependente que o ciúme era mesmo patológico.
- Pessoas nessas condições nunca entendem que a mudança precisa começar com elas. Elas sempre esperam e querem que o cônjuge mude!
* A Pessoal: envolve aqueles indivíduos com problemas de personalidade que são suficiente realistas para buscar alcançar um maior crescimento emocional.
* A Situacional: Trata de maridos e esposas que são basicamente maduros, razoavelmente bem ajustados um ao outro pelo temperamento e ambiente, mas que ainda precisam aprender as melhores maneiras de resolver os problemas do dia a dia.
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