sábado, 29 de dezembro de 2012

O segredo de um casamento bem sucedido


Texto Base: Provérbios 30:18-19
Os estudiosos afirmam que Salomão escreveu Cantares na sua juventude; Eclesiastes na sua velhice e Provérbios no auge de sua maturidade. Em Provérbios ele trata dos mistérios da vida. A vida segue por caminhos que muitas vezes, são tidos pelos nossos olhos como sendo caminhos de mistérios. O sábio contempla a vida ao seu redor e evoca situações da própria existência que ele chama de maravilhosas demais, para explicar uma outra situação que nem ele consegue abarcar em seu raciocínio – o caminho de um homem com uma donzela, o caminho do casamento bem sucedido.

O casamento tem estado em crise. São inúmeras questões que estão ganhando a primazia diante do casamento e que acabam por reduzido-lo e banalizado-lo a meras temporadas de moradia em conjunto. O Dr Bernardo Jablonski, em seu livro “Até que a vida nos separe”, traz alguns números que apontam o fato que nossa geração é a geração da falência conjugal. Em seu livro destaca pesquisas do National Center for Health Statistics nos EUA que apontam que: 20% dos casamentos terminarão antes do quinto ano de união. Este número sobre para 33% até dez anos e 40% até do décimo quinto ano de casamento. No Brasil, o IBGE aponta que houve um decréscimo no número de casamentos oficiais na ordem de 38% e um aumento no número de divórcios oficiais na ordem de 18%. Isto comprova em tese a afirmação do Sociólogo Zigmund Baumann:
“Vivemos na era do amor líquido”. Um tempo em que se detesta tudo o que é durável e permanente
E para explicar a arte da vida conjugal bem sucedida em um mundo de casamentos liquidos, o sábio aponta três metáforas maravilhosas que nos ensinam:

1. Neste caminho há dinamismo.
As três metáforas descritas pelo sábio apontam para situações de movimento: a águia quando voa, a cobra que rasteja na pedra e o navegar de um navio no meio do mar. O casamento não é estático. O casamento é dinâmico, tem movimento como as ondas do mar, tem crescimento, tem frutificação. A grande lição deste texto é ensinar-nos que o caminho de amor de um homem com uma mulher jamais pode estacionar, não pode paralisar, pois assim, cairá na rotina. Muitos são os lares em crise devido à falta de percepção que o casamento é algo dinâmico, intenso e que necessita de investimento diário.

2. Neste caminho há obstáculos.
Os três exemplos apresentados pelo sábio evocam elementos naturais que o homem não tem como dominá-los: o ar, o mar e as pedras. Até hoje o homem não consegue por meio da tecnologia dominar as correntes de ar para favorecer a lavoura. Não consegue também subjugar a força dos oceanos que eclodem muitas vezes, em tsunamis arrasadores. E nem as pedras que teimam em ceder deslizando nas encostas e provocando mortes, terremotos e tragédias sem fim. O casamento tem obstáculos naturais. Ilude-se quem não os considera. O Poeta Carlos Drumond de Andrade escreveu: “Nunca me esquecerei desse acontecimento na vida de minhas retinas tão fatigadas. Nunca me esquecerei que no meio do caminho tinha uma pedra tinha uma pedra no meio do caminho no meio do caminho tinha uma pedra.” Talvez, o melhor título para este poema fosse: Casamento: a arte de enfrentar as pedras no meio do caminho.

3. Neste caminho manifestam-se virtudes.
A águia tem seu vôo retilíneo, majestoso e altivo. A águia em seu vôo busca coisas vivas para se alimentar. O urubu voa em círculos e se alimenta de carniça e podridão. Casamentos precisam ser abastecidos com vida, com vôos em retidão e nobreza (Hebreus 13.4). A cobra que rasteja encontra pedras no caminho. Não deixa nelas seu rasto. Não se fere, pois aprendeu a deslizar entre elas de maneira habilidosa. Muitos casamentos são marcados pela dor, amargura e desilusão, pois ambos não souberam caminhar entre as pedras sem se ferir. E, por fim, o caminho do navio no meio do mar, que aponta para a necessidade da busca de orientação segura e precisa que vem dos céus, que vem de Deus. Os navegantes não dispunham de GPS, nem de bússola. Olhavam para os céus, para o firmamento em busca de direção segura. O salmista dizia: “Elevo os meus olhos sobre os montes… de lá me virá o socorro”.

conclusão:
O caminho de um homem com uma donzela para ser bem sucedido tem todos estes desafios. Deus nos ajude a vivê-los com a sabedoria da Palavra!

Carlos Orlandi Jr

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