domingo, 30 de dezembro de 2012

O plano divino para a instituição da família


"...Eu e minha casa serviremos ao Senhor" (Js 24.15)  
A família que adora a Deus é base segura para a vida moral e espiritual do mundo Cerca de 470 vezes, na Bíblia é mencionada a família, quase sempre relacionada com o chefe da mesma, por exemplo: a família de Rúben, a família de Elimeleque e outros.
Além destes destaques, em muitas outras ocasiões ocorrem referências à família designada por casa ou geração - a casa de José, a geração de Terá.

1 – A CRIAÇÃO DE ADÃO.

Deus formou Adão do pó da terra; do sexo masculino. É certo que ele viveu anos no ‘estado civil’ de solteiro, era solitário. Isso não o impedia de ser inteligente, zeloso, temente a Deus. No sentido emocional e físico, havia carências impossíveis de serem preenchidas pelo afeto dos anjos ou dos animais. No mundo dos espíritos angelicais não viu Deus a necessidade de acasalamento; eles são assexuados. Confirmando: “Os anjos no céu nem casam, nem são dados em casamento.” Mt 22.30.
“E disse o Senhor Deus: Não é bom que o homem esteja só; far-lhe-ei uma adjutora que esteja como diante dele.” Gn 2.18. Deus não disse que era impossível o homem viver só, mas que não era bom. Não bastava uma alimentação farta e um mundo sossegado para Adão se realizar, ser feliz. Deus cuida das minúcias para o completo conforto de seus filhos.

2 – A CRIAÇÃO DA MULHER.

A solidão de Adão feria o coração de Deus. A sensibilidade do Criador o levou a criar a mulher. A anatomia da mulher seria diferente, seria do sexo feminino. Seria dotada de afetividades insubstituíveis. O macho e a fêmea se complementariam satisfatoriamente. “E disse Adão: Esta é agora osso dos meus ossos e carne da minha carne; esta será chamada varoa, porquanto do varão foi tomada.” Gn 2.23.
O relacionamento do casal foi a coroação das obras sublimes de Deus. O companheirismo e a pureza do relacionamento sexual deram início a um mundo novo para Adão. Agora sim, diria, vale a pena morar em um jardim! O sol ‘brilhou com mais intensidade’ a partir daquele dia; a ‘lua deu um tom romântico’ nas noites seguintes.

3 – A PROCRIAÇÃO.

Deus deu ao homem o domínio sobre todas as criações vivas ou inanimadas. O ‘controle’ da terra estava entregue a Adão. Mas Deus ordenou ao casal que crescesse e se multiplicasse. “E criou Deus o homem à sua imagem; à imagem de Deus o criou; macho e fêmea os criou.
E Deus os abençoou e Deus lhes disse: Frutificai, e multiplicai-vos, e enchei a terra, e sujeitai-a; e dominai sobre os peixes do mar, e sobre as aves dos céus, e sobre todo o animal que se move sobre a terra.” Gn 1.27-28. O crescimento bem poderia ser cultural, tecnológico ou o desenvolvimento de suas criatividades represadas em suas mentes. A multiplicação seria a perpetuação da espécie humana de forma gradativa.
A concepção de filhos é a marca da mãe dos viventes, Eva. A bem-aventurança da maternidade é algo singular delegado por Deus à mulher. O controle da natalidade é matéria a ser ponderada pelo casal com sabedoria e temor a Deus. A recusa terminante de filhos poderá acarretar traumas e culpa diante de Deus. O aborto é um insulto ao doador da vida.

4 – O RELACIONAMENTO CONJUGAL.

O texto é claro sobre a liberdade sexual do casal como normalidade da vida a dois ao dizer: “E ambos estavam nus, o homem e a sua mulher; e não se envergonhavam.” Gn 2.25. O estado de inocência os conduzia livres de vícios pecaminosos. Eles se entregavam ao amor assim que sentiam uma nova atração.
Somente a maturidade permite que os casais sejam fiéis e prontos a satisfazerem um ao outro plenamente e sem excessos ou negativas indesejadas. “O marido pague à mulher a devida benevolência, e da mesma sorte a mulher, ao marido.
A mulher não tem poder sobre o seu próprio corpo, mas tem-no o marido; e também, da mesma maneira, o marido não tem poder sobre o seu próprio corpo, mas tem-no a mulher. Não vos defraudeis um ao outro, senão por consentimento mútuo, por algum tempo, para vos aplicardes à oração; e, depois, ajuntai-vos outra vez, para que Satanás vos não tente pela vossa incontinência.” I Co 7.3-5. Não há nenhuma necessidade de ‘novidades’ para o casal que teme a Deus. A consumação da cópula produz o mesmo prazer com qualquer pessoa, mas os filhos de Deus receberam o preceito da fidelidade. Nos tempos do fim, apregoa-se normalidade para ceder às tentações e manter ‘casos’ fora do cônjuge; quem não sabe que isso é mais uma das artimanhas satânicas contra a santidade da família?

5 – A CRIAÇÃO DOS FILHOS.

Cabem aos pais o sustento e a orientação dos filhos que vierem a gerar. Não havia ‘leis familiares’ no jardim do Éden. Mas como é natural, os filhos atendiam a seus pais. Posteriormente, após a queda de Adão e Eva, prescrições foram dadas por Deus para a boa formação do caráter dos filhos. “E estas palavras que hoje te ordeno estarão no teu coração; e as intimarás a teus filhos e delas falarás assentado em tua casa, e andando pelo caminho, e deitando-te, e levantando-te.” Dt 6.6-7. “Instrui o menino no caminho em que deve andar, e, até quando envelhecer, não se desviará dele.” Pv 22.6.
A responsabilidade é toda dos pais sobre a guarda e futuro dos filhos. Pais sem ‘sonhos’ criam filhos ‘mortos’ para um mundo competitivo. O temor a Deus é o tônico número um para os filhos virem a honrar os pais. O exemplo dos pais falará mais alto do que uma estante cheia de livros.

6 – OS DEVERES DOMÉSTICOS.

Uma página bíblica é dedicada à vida conjugal nos diversos livros da Bíblia. É minuciosa e clara aos casais sobre seus deveres e direitos dentro do matrimônio. Nos tempos modernos, há uma verdadeira campanha mobilizada para alterar esses ditames, proclamando que são ultrapassados, de culturas superadas e um sem fim de ‘razões’.
O casal inteligente se curvará às prescrições de Deus. Marido amando a esposa e ela sendo-lhe submissa. “Vós, mulheres, sujeitai-vos a vosso marido, como ao Senhor; porque o marido é a cabeça da mulher, como também Cristo é a cabeça da igreja, sendo ele próprio o salvador do corpo. De sorte que, assim como a igreja está sujeita a Cristo, assim também as mulheres sejam em tudo sujeitas ao seu marido.
Vós, maridos, amai vossa mulher, como também Cristo amou a igreja e a si mesmo se entregou por ela.” Ef 5.22-25. Ambos cooperando entre si, estimulando-se reciprocamente ao bem e perdoando-se mutuamente ao cometerem erros. O marido é o provedor e a esposa, a administradora. Ele norteia o lar e ela edifica a casa. Ele é o protetor e ela, a mantenedora da ternura.

7 – A ESTRUTURAÇÃO DOS FILHOS.

A sociedade tem perdido a direção e adulterado os valores sadios das pessoas, por estarem distantes das verdades do Senhor. A cada geração que chega, o sintoma é de piora. O afrouxamento dos princípios morais destrói a solidez da estrutura psíquica. As ‘emancipações’ proclamadas para o ser humano têm se tornado em armadilhas para a destruição da harmonia e bem-estar familiar. Basta observar quão nocivas são as novelas da televisão.
A vida de honradez e caráter bem formado tem início no lar. Mas, como esse início se dará se os pais não cultivam bons modos, e bons exemplos não são oferecidos aos filhos? Lares com ‘muita televisão’ e pouca Bíblia são lares fadados à derrota. As nações estão clamando por solução para a rebeldia juvenil.
Essa rebeldia é a consequência de lares desprovidos de oração e respeito a Deus. O exemplo positivo e a amizade dos pais valem mais que meses letivos no educandário. A correção moderada é preceito de Deus: “Não retires a disciplina da criança, porque, fustigando-a com a vara, nem por isso morrerá. Tu a fustigarás com a vara e livrarás a sua alma do inferno.” Pv 23.23-24.

8 – AS TURBULÊNCIAS IMPREVISTAS.

A herança recebida de nossos pais após a transgressão inicial é de entristecer, e, depois, de estarrecer. As acusações tiveram seu inicio. O ódio e o ciúme entraram em cena. A violência é um câncer crônico desde antes do dilúvio. Casais que se comprometem em juras de amor, das mais efervescentes, são encontrados em varas de famílias com o semblante carrancudo e desejos de vingança.
É preciso entender que a imperfeição está presente em todos os corações. Aqueles que se amam deverão ler, reler e praticar a poesia sublime do amor escrita por Paulo aos Coríntios em seu capítulo 13. Uma pá de adubo é mais eficaz do que cem pedradas. A tolerância é um dos sustentáculos da vida familiar. “Todavia, aos casados, mando, não eu, mas o Senhor, que a mulher se não aparte do marido. Se, porém, se apartar, que fique sem casar ou que se reconcilie com o marido; e que o marido não deixe a mulher.” I Co 7.10-11. O casal não deve assustar-se nos tempos das vacas magras. A reconciliação é sempre possível a quem ama.
O plano de Deus é que o casamento dure enquanto os cônjuges viverem. Não se previram divórcios e separações no planejamento original da família. “Então, chegaram ao pé dele os fariseus, tentando-o e dizendo-lhe: É lícito ao homem repudiar sua mulher por qualquer motivo? Ele, porém, respondendo, disse-lhes: Não tendes lido que, no princípio, o Criador os fez macho e fêmea e disse: Portanto, deixará o homem pai e mãe e se unirá à sua mulher, e serão dois numa só carne? Assim não são mais dois, mas uma só carne. Portanto, o que Deus ajuntou não separe o homem.” Mt 19.3-6.

9 – A COMUNICAÇÃO: CHAVE DA VITÓRIA.

Sabemos que os enamorados conversam o tempo todo em que estão pertos, e de longe se falam pelo telefone. Ouvem-se mutuamente e sem pressa. Por que não adotar esta modalidade na vida matrimonial? Palavras secas e resumidas não ajudam em nada na vida conjugal. O casal precisa conversar. Conversar sobre seus sonhos, seus interesses, suas preferências, seus filhos, seu dia-a-dia, suas dores e seus medos.
A solidão existe em muitos matrimônios por um dos cônjuges ser frio, desinteressado no que o outro tem a dizer. Conversar só para cobrar ou ‘ralhar’ é a pior atitude. Os desabafos que tendem a magoar a pessoa amada não deverão ser proferidos; a menos que seja em forma de pedido de ajuda ou pedido para a mudança de hábito do cônjuge. A bênção de Deus ordena comedimento em tudo: “Tempo de estar calado e tempo de falar.” ( Ec 3 .7)

Os filhos podem participar dos diálogos paternos, reservados os limites dos assuntos e de suas idades.

10 – INSPIRADOR OU REPULSIVO?

O ser humano só oferece o que estiver armazenado em seu interior. “Pois do que há em abundância no coração, disso fala a boca.” Mt 12.34. Dependendo de seu relacionamento com Deus, será fonte de inspiração; se for negligente em sua vida devocional, espiritual, prejudicará os que estiverem mais próximos. A falta de comunhão com Deus reduzirá a sensibilidade no tratamento com os familiares e amigos. O ser humano do gênio alterado, nervoso, será gerador de incêndios no lar. Estará sempre com a ‘pólvora’ pronta para explodir.
Irradiar boa vontade e gerar harmonia requerem sacrifícios e desprendimento. O que se casa deve ter seu cônjuge em primeiro lugar; em segundo lugar, os filhos. Será educado e altruísta; colocará os interesses dos seus domésticos como prioridade. Será um conquistador de simpatias dentro de seu próprio lar. O lar é a representação do céu na terra; como está o nosso lar?

11 – ALIANÇA QUEBRADA.

Esse fato que, infelizmente, tem ocorrido em milhares de casais e família não faz parte do plano original de Deus. Seja por traição, infidelidade ou incompatibilidade de gênios. As conseqüências são devastadoras. Os filhos guardarão no subconsciente por toda a vida o trágico afastamento dos pais do convívio conjugal. O casal envidará esforços em oração para não chegar a esse ponto. Se ocorrer, é necessária a busca do perdão, da reconciliação. Tal cura e renovação da confiança serão um processo gradativo, aparentemente impossível. Mas é possível.
Na impossibilidade definitiva de reconciliação, esgotados todos os recursos de reatar relações, o casal divorciar-se-á, mas prestará a assistência aos herdeiros de acordo com a lei e a consciência. O céu se entristece com tais ocorrências, mas o ser humano é livre para tomar decisões e arcar com as consequências. Um fato desses na vida de um ministro do evangelho o colocará para sempre sob dúvida e comentários negativos da comunidade, da sociedade.

12 – SUSTENTÁCULOS DA FAMÍLIA.

A família é um organismo vivo. Precisa de alimentação apropriada. Tal alimento é a palavra de Deus. Os membros do lar deverão ser rígidos consigo mesmos na leitura diária e prática constante dos mandamentos do Senhor. A Bíblia tempera nossas emoções e controla nossos impulsos. “Oh! Quanto amo a tua lei! É a minha meditação em todo o dia!” Sl 119.97.
A oração particular e coletiva dos membros da família dará forças para o cultivo do amor, da paciência e da cooperação de uns para com os outros. O ódio não consegue vencer aquele que ora a Deus. Falar com Deus ao iniciar o dia abençoará nossos movimentos e contatos; falar com Ele antes de dormir nos transportará ao repouso reparador e seguro. “Buscai ao Senhor e a sua força; buscai a sua face continuamente.” Sl 105 4.
Ser atencioso e adotar suprir as pessoas amadas da família de carinho. Dar um sorriso, oferecer um abraço, presentear com pequenas lembranças. Passear com o cônjuge em separado; outra hora, com toda a família. São pequenas atitudes quase sem valor, mas falam alto aos que nos rodeiam. “Antes, sede uns para com os outros benignos, misericordiosos, perdoando-vos uns aos outros, como também Deus vos perdoou em Cristo.” Ef 4.32.
Freqüentar a casa de Deus. Ter compromisso no culto. Operar alguma obra no reino. Ser assíduo nas programações devocionais da obra de Deus. “Uma coisa pedi ao Senhor e a buscarei: que possa morar na Casa do Senhor todos os dias da minha vida, para contemplar a formosura do Senhor e aprender no seu templo.” Sl 27.4. Buscar primeiro o Reino de Deus. Falar bem de toda a irmandade perante a família, especialmente diante dos filhos. Respeitar o pastor da Igreja como ungido do Senhor Jesus Cristo.

Deus honra a nossa fé e o nosso ardente desejo de ver nossos filhos dedicados à Sua obra. Consideramos o seguinte:

 a) deve ser do nosso reconhecimento que os filhos são rebentos dedicados a Deus, porque dele os recebemos.
Também recordemo-nos de que estes pertencem ao Senhor por direito soberano, embora permaneçam conosco, para nossa alegria;
b) os filhos que entregamos a Deus podem ser considerados como a Ele emprestados. A isto Deus retribuirá com abundantes bênçãos.
A mais disto, o êxito dos nossos filhos ao permanecerem firmes na fé e trilharem junto conosco os retos caminhos do Senhor, é sobremodo gratificante;
c) os filhos educados nos caminhos do Senhor podem aprender a adorar a Deus desde a infância, pois lemos: " Samuel ministrava perante o Senhor, sendo ainda mancebo" (1Sm 2.18).
d) o ambiente da família é o mais apropriado para a adoração a Deus. "Sujeitai tu e tua família a Deus, e tua casa encherá de maravilhas sem fim."
Que Deus guarde a cada uma das nossas famílias em Cristo Jesus. Amém!

Jânio Santos de Oliveira

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