sábado, 17 de novembro de 2012

As 6 fases do casamento (Parte2)

AS PRIORIDADES DO MARIDO E ESPOSA SÃO DIFERENTES:
Notando agora o contexto de Gn 2:24, vemos que havia diferenças nas responsabilidades do homem e da mulher desde a criação. Antes da formação da mulher o homem já tinha sido colocado no jardim para o lavrar e o guardar, e tinha recebido a ordem para não comer da árvore da ciência do bem e do mal, e tinha dado nomes a todo o gado e às aves dos céus (Gn 2:15-20).

Isto mostra que Deus considera o homem como o responsável, ou seja, "cabeça” do lar, e a mulher como sua "auxiliadora”. Um bom exemplo disto é que mesmo que foi Eva que desobedeceu a Deus primeiro quando comeu o fruto proibido, Deus chamou Adão primeiro para prestar contas porque foi com ele que Deus tinha falado como o responsável pelo casal (Gn 3:6-9).

Do Novo Testamento aprendemos que quanto à nossa posição espiritual em Cristo, "não há macho nem fêmea” (Gl. 3:28), mas quanto à ordem na família e no trabalho, há diferença na responsabilidade e no trabalho. Em 1 Co 11:3, Paulo explica que o homem é o"cabeça da mulher" como Deus é o cabeça de Cristo.

Esta frase merece mais consideração. Como é a união entre Deus e Cristo? Não é baseada na superioridade do Pai e na inferioridade do Filho, mas no amor perfeito entre Eles e na ordem necessária em efetuar o plano da redenção.

Era necessário um sacrifício perfeito e Cristo voluntariamente fez esta parte. Ele foi "enviado" pelo Pai, mas também Ele "veio" espontaneamente. Assim, no casamento, não há parte superior que manda, há um só propósito em fazer a vontade de Deus, mas para efetuar este propósito há responsabilidades e trabalhos diferentes.

O “unissex" do mundo procura desfazer esta ordem divina e somente traz confusão para a família. O resultado é que mais que a metade dos casamentos do mundo terminam em divórcio hoje trazendo incalculável sofrimento desnecessário.

Do novo Testamento também aprendemos que a responsabilidade principal da mulher no casamento é: "Vós mulheres, sujeitai-vos a vossos maridos, como ao Senhor” e o exemplo dado disso é a submissão da igreja ao Senhor Jesus Cristo como Cabeça (Ef 5:22-24).

Pedro explica que esta ainda é a responsabilidade da esposa mesmo quando seu marido for descrente (1 Pe 3: 1), mas esta submissão é "como ao Senhor” e assim será sempre dentro dos limites da Palavra de Deus (At 4:19).

A responsabilidade principal do marido é em amar a sua esposa como seu próprio corpo (Ef 5:25-28). A palavra "amar" aqui é ilustrada pelo amor de Cristo para com Sua igreja quando se entregou por ela. É o amor imerecido que não procura nada, mas que dá tudo.

É o amor que não procura seus próprios interesses, mas o bem da pessoa amada. É o amor que nunca falha (1 Co 13:4-8). Não será muito difícil para a esposa submeter-se ao marido que cuida dela como Cristo cuida da Sua igreja!

Na maneira que os dois cumprem estas responsabilidades diferentes, o seu casamento será abençoado por Deus e a sua união crescerá em maturidade e felicidade. As falhas nestas responsabilidades trarão problemas para o casal no seu casamento e no seu serviço espiritual.

A PARTE FÍSICA:

Quanto ao lado físico, Deus também criou esta parte do casamento para o bem da família e da Sua Obra na terra, Notamos que a ordem divina para o primeiro casal "multiplicar-se" foi dada antes que o pecado entrasse no mundo (Gn 1:27,28).

As relações conjugais dentro do contexto do casamento como expressão do verdadeiro amor, são aprovadas por Deus (Hb13:4) e consideradas como parte necessária para o bem estar do casal, para evitar a impureza (1 Co 7:2-5), e para a produção de filhos que futuramente servirão ao Senhor neste mundo (Gn: 18:18,19; Js 24,15, Sl 127:3-5).

Estes princípios divinos foram dados para a felicidade e utilidade do casal e o segredo dum casamento feliz é a obediência total a estas coisas. Satanás sabe o valor da família na Obra de Deus e tem substituído estes princípios com a sabedoria humana que até nega a existência do Criador e rejeita a Sua Palavra. Esta desobediência traz as conseqüências tristes que vemos nas famílias no mundo hoje.

Os jovens salvos contemplando o casamento e lendo estas coisas não devem exclamar como os discípulos exclamaram: "Se assim é a condição do homem relativamente à mulher, não convém casar" (Mt 19:10)! O casamento é bom. "O que acha uma esposa acha o bem e alcançou a benevolência do Senhor" (Pv 18:22).

Contudo, precisamos entender o que é o casamento e procurar entender qual a vontade do Senhor para nossa vida e esperar no Senhor até que possamos dizer com convicção, "isto procede do Senhor" (Gn 24:50).

Mesmo obedecendo ao Senhor, haverá dias de “sol” e dias de "chuva” para o casal, mas a firme convicção que estamos fazendo a Sua vontade, nos dará a paz de Deus em qualquer circunstância.

IV. A CRIAÇÃO DOS FILHOS

Esta é a quarta fase do casamento, pois todo jovem que planeja casar-se planeja também ter filhos.

É nesta fase que surge a necessidade do casal educar os filhos

Ninguém gosta de aplicá-la ou recebê-la, mas todos concordam que a disciplina das crianças é necessária!

Em primeiro lugar seria bom lembrar que nem todos os casamentos produzem filhos, e muitos bons casais nas Escrituras tiveram problemas neste sentido, como Abrão e Sara, Isaque e Rebeca, Jacó e Raquel, Elcana e Ana, Zacarias e Isabel. Contudo, estamos pensando no caso comum de casais salvos que têm filhos para criar, onde o ensino deixado por Deus sobre este assunto é muito importante para Sua Obra.

1. LIÇÕES DO ANTIGO ESTAMENTO

Este assunto não é exclusivo dos nossos dias, pois o coração da criança não tem mudado desde que Caim nasceu, e seria útil lembrar alguns exemplos e ensinos do Antigo Testamento.

Achamos exemplos de pais que criaram bem seus filhos, como Abraão (Gn 18:18, 19) e Jó (Jó 1) .

Também Deus tem nos deixado advertências aos pais que não criaram bem seus filhos, com conseqüências tristes nas suas vidas, como Ló - (Gn 19) e Eli (1 Sm 2-4) .

Os judeus levavam muito a sério este assunto, e um filho rebelde que trazia vergonha para seus pais podia ser condenado à morte (Dt 21:18-21). As crianças pequenas ficavam sob os cuidados da mãe, mas quando possível os meninos acompanhavam seus pais ao trabalho, onde aprendia deles no campo, na carpintaria, como pastores de ovelhas.

Enquanto as meninas aprendiam em casa com suas mães na cozinha,na horta, na costura etc. Assim, cada um tinha sua profissão e trabalho, e desde pequeno contribuía para o serviço da casa. Havia também tempo de brincar com brinquedos simples feitos de madeira, palha; outras vezes as crianças brincavam nas praças imitando seus pais em fazer "casamentos", "sepultamentos". ( Mt 11:16,17).

Uma parte especial neste treinamento era a educação espiritual das crianças (Dt 6:6), onde a Palavra de Deus era ensinada pelos pais e decorada pelos filhos em casa e na escola. Além disto, havia ocasiões durante o ano quando a família viajava para reunir-se em adoração e para ouvir a Palavra de Deus lida e explicada na Casa de Deus ( Dt 16:11; 1 Sm 1:3,4; Ne 8:2,3).

Talvez o livro que trata mais do assunto de disciplina das crianças seja o livro de Provérbios, que foi escrito por Salomão, pensando especialmente nos seus filhos (1:4,8,10, 15, 4.l).

Apesar das grandes mudanças tanto na sociedade como na cultura em nossos dias, tais ensinos são válidos para nós, e os que os seguem têm provado seu grande valor. Infelizmente, o mundo os tem desprezado, resultando em rebelião e mau comportamento por muitos jovens.

Salomão era pai de muitos filhos e foi usado por Deus para escrever bastante sobre a disciplina das crianças.

Antes de meditar nestas Escrituras, devemos entender que a palavra "disciplina" significa "colocar os pensamentos em ordem". A criança que pensa certo agirá na maneira certa. Isto nos mostra que uma parte importante deste processo é o ensino positivo pela qual a criança pode saber por que deve agir na maneira indicada pelos pais.

Também há o lado negativo da disciplina que é a correção administrada no caso de desobedecer ao ensino dos pais. Uma ilustração destes dois lados é o processo de limpar o terreno e de plantar a semente, que mais tarde produzirá o fruto útil. Só limpar sem plantar não é suficiente, e só corrigir sem ensinar não é disciplina.

2. PERGUNTAS E RESPOSTAS

Podemos fazer quatro perguntas sobre a disciplina das crianças e procurar as respostas na Palavra de Deus, começando com o livro de Provérbios, e progredindo para o Novo Testamento.

A) POR QUE DISCIPLINAR?

Em primeiro lugar é prova do amor dos pais, pois "o que retém a vara aborrece a seu filho (Pv 13:24). Muitos pais não entendem esta verdade porque não sabem como usar a vara.

Em Pv 22:15, Salomão explica que cada criança nasce com um problema no seu coração que ele chama de "estultícia", ou seja, "tolice". Em outras palavras, cada criança nasce uma pecadora com a tendência de desobedecer aos seus pais.

Davi reconheceu este fato em Salmo 51:5, e todos os pais têm provas desta verdade, pois geralmente a criança não demora muitos meses para começar a exigir sua própria vontade, e mesmo antes de saber falar, já sabe como adquirir o que quer! A disciplina é o caminho ordenado por Deus para endireitar esta tendência.

Em Pv 23:13,14, Salomão procede a mostrar que este assunto é importantíssimo e terá influência sobre a salvação da criança mais tarde.

A razão por isto é que a criança que aprende cedo a respeitar seus pais, mais tarde respeitará outra autoridade, como a lei do país e a Palavra de Deus.

Assim, evitará o caminho, o caminho largo e obedecerá ao Evangelho. Sempre há exceções a esta regra, mas geralmente a criança bem disciplinada não apartará dos bons caminhos aprendidos e é salvo ainda jovem (Pv 22:6).

Em Pv 29:15,17, aprendemos que todo o que dá ouvidos a este ensino terá prazer em seus filhos mais tarde, mas quem não obedece terá tristeza e vergonha.

B) QUANDO COMEÇAR A DISCIPLINAR?

Muitos pensam que uma criança de um ano não sabe nada e por isto não precisa de disciplina, mas isto está longe da verdade.

Em Pv 13:24, Salomão nos ensina que a disciplina deve começar CEDO, isto é, quando começa a aparecer a estultícia.

As crianças são diferentes, mas geralmente dentro de poucos meses precisam de correção em aprender que não receberão tudo que querem quando é contra a vontade dos pais. As crianças têm de aprender cedo ceder à vontade dos pais. Chegará o tempo quando a vara é necessária por causa da desobediência.

Em Pv 19:18, Salomão mostra que há prazo para este processo "enquanto há esperança‘. Alguém comparou este prazo com o "cimento novo" que pode ser moldado apenas durante um certo tempo, mas não depois. Os primeiros cinco anos são de grande valor neste sentido. Vemos exemplos de crianças bem criadas desde cedo em Moisés, Samuel e Timóteo, que mais tarde tornaram-se homens de Deus.

C) COMO DISCIPLINAR?

Salomão também nos ajuda aqui e em Pv 19:18 lemos que o uso da vara é sempre com controle e não com raiva e violência. As falhas aqui têm provocado mudanças nas leis protegendo a criança dos abusos, mas infelizmente estas leis têm ignorado a Palavra de Deus que recomenda o uso controlado da vara.

Sempre neste caso devemos obedecer a Deus (At 4:19). O uso da vara é com amor, explicação e nunca como expressão de vingança.

A criança deve saber que está recebendo a vara, não simplesmente porque desagradou aos pais, mas porque se continuar naquele caminho haverá grande prejuízo, e é isto que os pais não querem porque amam seu filho.

Este tratamento tem de ser pontual e com firmeza para deixar uma lembrança que servirá na próxima vez que vem a tentação. Se não houve mudança no comportamento a "disciplina" falhou. Foi nisto que Eli falhou e a sua "disciplina" não prestou.

Desobediência não deve ser tolerada e crianças bem disciplinadas nunca dizem "não" aos seus pais e vêm imediatamente quando chamadas. Embora Salomão menciona muito a vara, não é somente com a vara que podemos disciplinar nossos filhos e às vezes perdendo um privilégio ou prazer esperado será mais eficiente em evitar a repetição do erro.

Não será necessário usar muito a vara se for aplicada na maneira certa, e só uma palavra, ou até um olhar, deve corrigir o comportamento errado do filho, pois bem sabe o que vai receber se continuar.

Passando para o Novo Testamento, em Ef 6:4, lemos "Pais não provoqueis vossos filho".

Às vezes criamos rebelião em nossos filhos sem saber. Nunca devemos contar mentiras à criança como "o bicho te pegará" . Pois logo ela descobre que o "bicho" não chega, e que os pais falam mentiras. Ameaçando sempre que "você vai apanhar", mas nunca "apanhando", é sem valor como disciplina.

Também, devemos evitar críticas destrutivas e públicas que humilham as crianças, e as fazem mais rebeldes. Parcialidade entre filhos produz rebeldia e problemas mais tarde, como vemos nos filhos de Jacó, porque ele amava José mais que os outros, e deu-lhe presentes especiais. Também, exigindo coisas desnecessárias, só para mostrar nossa autoridade na presença de outros, produz falta de respeito nas crianças, como vemos no caso de Saul com Jônatas (I Sm14:28 a 30).

Devemos sempre lembrar que a criança fará comparações com o que nós falamos e o que fazemos, e qualquer diferença anulará o valor da nossa palavra.

O exemplo dos pais vale mais do que suas palavras. Mesmo Salomão escrevendo bons conselhos para seu filho, Roboão, no Livro de Provérbios, ele nem sempre deixou um bom exemplo, pois Roboão percebeu esta diferença e não obedeceu os bons ensinos do seu pai.

Ef 6:4 apresenta o lado positivo na disciplina: "mas criai-os na disciplina e na admoestação do Senhor". Isto mostra o valor de ensinar a Palavra do Senhor em casa com a família desde cedo.

As crianças gostam de ouvir a Palavra e logo entendem os ensinos do Senhor que mostram os perigos do pecado e o valor da obediência ao Senhor.

Também é necessário ensinar-lhes em casa a ficar quietas durante o estudo da Bíblia, e assim o "culto doméstico" servirá para treinamento nas reuniões da igreja.

Sempre haverá necessidade de lembrá-las antes de sair para a reunião por que devemos ficar sentados e em silêncio na casa de oração. Silêncio é necessário para que todos possam se concentrar na Palavra de Deus, oração, adoração.
Porque Satanás quer tirar a boa semente (Lc 8:12) e interromper a atenção dos ouvintes, e desta forma usar nosso filhinho nisto! Também o silêncio ajuda o pregador a concentrar-se na sua mensagem (At 13:16; 21:40) e denota reverência ao Senhor que está presente no meio (Mt 18:20; Hb-12: 28).

Outra coisa que os pais devem ensinar em casa é o respeito pela propriedade dos outros, e não deixar seus filhos subtrair objetos nas casas, lojas, carros etc.. Isto treinará a criança para mais tarde evitar a tentação de levar as coisinhas de outros na escola, e assim não será ladrão mais tarde.

D) QUEM DISCIPLINA?

É notável que o pai é sempre mencionado como o responsável neste sentido (Ef 6:4; Cl 3:21; Hb 12:7,9).

Por exemplo, a palavra "pais" em Ef 6:1, inclui pai e mãe, mas "pais" em 6:4 é masculina (o pai mesmo). Como "cabeça" do lar (I Co 11:3; Ef 5: 23) é ele quem deve administrar a disciplina em casa.

No caso onde o pai não pode estar presente, talvez por motivo de viagem, ou porque está doente, a mãe terá de fazer esta parte sozinha.

O casal trabalha junto neste assunto e deve estar de acordo sobre o padrão usado. Qualquer diferença entre eles deve ser resolvida fora da presença dos filhos, e se, por necessidade na ausência do pai, a mãe disciplina, será como o pai faria.

Os pais muitas vezes não fazem a sua responsabilidade, e não há acordo entre os pais. Às vezes, por causa da morte do pai, ou mãe, é necessário que a criança seja criada por outros, mas isto deve somente ser permitido no caso onde não há alternativa.

O costume moderno de dar filhinhos para livrar seus pais solteiros das suas responsabilidades é causa de aumento de pecado e traz grandes problemas na vida destas crianças mais tarde.

3. O EXEMPLO DE DEUS (Hb 12:7-11)

Em terminar, notamos o exemplo neste assunto que Deus nosso Pai deixou. Ele disciplina TODOS seus filhos sem parcialidade porque Ele os ama e quer o seu eterno bem. Seu objetivo é que sejamos mais como Ele é e Ele é o EXEMPLO de santidade que Ele exige dos Seus filhos.

Também, Ele nunca evita a disciplina porque trás tristeza na hora, mas Ele olha mais para frente e quer fruto e alegria permanente na Sua família. É assim que devemos pensar e agir na disciplina dos nossos filhos.

V. PROBLEMAS NO CASAMENTO

Seria bom se não tivesse necessidade para pensar neste aspecto do casamento, mas o fato é que hoje existem muitos problemas de casamento e os salvos nem sempre escapam.

Lendo no Antigo Testamento vemos que não é uma coisa nova porque muitos dos grandes servos de Deus enfrentaram problemas nas suas famílias também.

Contudo, estes problemas estão crescendo rapidamente e no mundo hoje mais ou menos a metade daqueles que se casam pensando em ficar juntos até a morte, logo descobrem que são "incompatíveis" e que não podem viver mais um dia juntos! Mesmo em muitos casamentos dos salvos, onde o divórcio não é aceito, existem problemas, muitas vezes bem escondidos, que impedem a comunhão no lar e o serviço ao Senhor.

Sem dúvida estes problemas não são a vontade do Senhor, e queremos examinar agora a raiz donde vêm para que, mesmo se não temos problema matrimonial agora, podemos estar prevenidos e preparados. "Prevenir é melhor do que remediar".

Uma coisa é certa, Satanás, o "leão que ruge", bem sabe o valor dum casal unido no trabalho de Deus, e procura "devorar" esta unidade espiritual para que o casal não trabalhe mais juntos no serviço de Deus.

Antes de continuar com o casal de salvos, devemos relembrar que o jugo desigual com certeza trará problemas sérios neste sentido. Sansão desobedeceu à Palavra de Deus e o conselho dos pais neste sentido e casou com a mulher incrédula porque "agradou os seus olhos".

Não demorou que apareceram problemas sérios e separação neste casamento (Juízes 14). O salvo que se casa com descrente está desobedecendo o Senhor e colherá as conseqüências doloridas desta desobediência (2 Co 6:14-18).

APANHANDO AS "RAPOSINHAS"

Pensando agora no caso de cônjuges salvos, logo passa a "lua de mel" e o casal enfrenta a realidade da vida juntos e logo descobre que o casamento traz grandes responsabilidades e bastante trabalho.

Provavelmente começam a perguntar a si mesmos porque corri tanto para casar?

O livro de Cantares de Salomão era usado muito nos casamentos dos judeus porque nele nós achamos as palavras dum novo casal no seu "primeiro amor". As palavras repetidas pela esposa: "O meu amado é meu, e eu sou dele" (2:16; 6:3; 7:10) expressam a alegria e contentamento daquele casal e muitas vezes são aplicadas em ilustrar a alegria da igreja no Senhor Jesus Cristo.

Contudo, devemos lembrar que o assunto deste livro é as experiências dum casal recém-casado, e podemos aprender deles nestas experiências.

Evidentemente a moça trabalhava no campo dos seus pais perto de onde o rei Salomão também tinha seu rebanho.

Assim encontraram e começou a amizade que levou ao seu casamento feliz que produziu este cântico de Salomão. Em 2:15 lemos algo surpreendente quando ela disse que as "raposinhas" estavam estragando as suas "vinhas".

Um dos problemas sérios para quem produzia vinho naquele país era que as raposinhas no campo faziam cair as flores antes que as uvas formassem, assim destruindo qualquer esperança duma boa colheita, e conseqüentemente, da produção do precioso vinho.

Neste contexto, e lembrando que na Escritura o vinho é figura da "alegria verdadeira" (Salmo 104:15 .),este versículo indica que ela percebia que a primeira alegria do casal já estava sendo ameaçado por coisinhas que poderiam trazer grande prejuízo mais tarde. Assim, vemos a preocupação dela para apanhar aquelas "raposinhas" o mais cedo possível.

Queremos agora identificar seis das "raposinhas" que aparecem muitas vezes no casamento e que devem ser apanhados cedo.

Já temos notado no último estudo sobre as responsabilidades diferentes do casal no casamento e assim sabemos que a insubmissão da mulher e a falta do amor verdadeiro do marido são as duas coisas principais que trazem problemas no casamento. Contudo, há outras coisas que trazem problemas, se não apanhadas cedo.

1. A FALTA DE CONSIDERAÇÃO (1 Pe 3:7)

Esta "raposinha" provavelmente é causada mais pela falta do amor do marido quando ele esquece da sua responsabilidade em cuidar bem da sua esposa. No começo geralmente há bastante consideração um para com o outro e o marido procura ajudar sua esposa nos trabalhos mais pesados.

Com tempo, e especialmente quando vêm as crianças, o trabalho em casa aumenta muito, mas ele às vezes esquece disto e dá menos ajuda para ela; Seu trabalho, amigos.

Ocupam muito do seu tempo e ela sente-se "escravizada". Maridos que viajam muito no seu trabalho precisam comunicar freqüentemente e dar toda a assistência possível.

Também, algumas esposas às vezes mostram falta de consideração para seus maridos e exigem muita atenção. Vemos um exemplo disto em Ct 5:2-6 quando a esposa recusou a levantar-se para abrir a porta da casa quando o marido chegou tarde do seu trabalho.

Depois, ela arrependeu-se quando descobriu que ele já tinha ido embora.

2. A FALTA DE COMUNICAÇÃO (Mt 18:15)

(Continua na terceira e última parte. não percam!)

Jânio Santos de Oliveira

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