As 6 fases do casamento (Parte1)
Falar sobre a família é um assunto que não se esgota, pois os problemas envolvendo os casais são sempre constantes.
Como dizia a minha vovó “ todos os princípios são flores” só que as mais belas rosas tem no seu bojo os espinhos!
• O casal de namorados vivem constantemente no beijo e abraço, e acabam perdendo uma grande oportunidade de se conhecerem não apenas sentimentalmente , mas,em termos de personalidade, gênio, natureza e afeição.
• Quando chega a fase do noivado, geralmente os jovens se equivocam mais uma vez ; na maioria das vezes preferem avançar o sinal vermelho, quando deveriam estar se conhecendo um pouco mais;
• Finalmente vem o casamento! Aí é um mar de rosas, todas as indiferenças ficaram aparentemente para traz afinal é o período de “lua de mel” !
• Aí vêm os filhos, é o momento de educá-los. Como fazer?
• Quando então entram em cena as desavenças do casamento. A lua de mel já é coisa do passado e agora se chega nos “finalmente”.
• A última fase é a mais dolorida que é a fase do divórcio.
Atenção: eu não estou generalizando ao estabelecer esta retórica. A minha oração Deus é no sentido de que as coisas não ocorram desta maneira, só que infelizmente é o que mais se repete entre os casais
Os jovens já não oram mais antes de namorar, quando namoram avançam o sinal amarelo e quando se noivam, o vermelho.
E o pior é que ás vezes nós os ministros de púlpito somos obrigados a fazer casamentos com as jovens gestantes e prendendo a barriga, pois o neném já está com 3, 4 meses. Eu já fiz 44 casamentos, destes já aconteceu pelo menos um fato desta natureza.
As fases intermediárias que antecedem o casamento devam servir paras ambos se conhecerem em termos de personalidades e temperamentos.
Vejamos agora a importância da família:
A família sempre tem ocupado um lugar central nos planos de Deus para esta terra. É pela família que Deus faz a Sua obra de salvação, em primeiro lugar, usando a família de Abraão para trazer o Salvador a este mundo e abençoar todas as famílias da terra (Gn 12:3; 18:18,19) e, nesta dispensação da graça, para formar a Sua igreja.
É notável em Atos como as primeiras igrejas começaram pela conversão de famílias inteiras e lemos das casas de Cloe, Estéfanas e Crispo no começo da obra da igreja em Corinto, e das casas de Lídia e do Carcereiro no início da obra da igreja em Filipos.
Até hoje, onde há duas ou três famílias salvas e de bom testemunho, não deve demorar a formação de uma igreja local, mas onde não há famílias salvas é quase impossível ver uma igreja estabelecida.
É um fato básico, mas importantíssimo, que a condição espiritual duma igreja local depende da condição espiritual das famílias que formam aquela igreja. Uma igreja é simplesmente uma família de famílias e qualquer problema de família já é um problema da igreja local.
E satanás é o grande inimigo de Deus e da Obra de Deus, e nestes últimos tempos tem procurado destruir a unidade básica da família no mundo e também tem atacado muito o testemunho da igreja na terra usando problemas de família.
Todos nós reconhecemos que estes problemas estão aumentando e que o amor de muitos está esfriando e que os salvos não são isentos destes problemas. O Senhor nos tem deixado na Sua Palavra muitos exemplos, advertências e ensinos para nos guiar. Os que têm praticado estes ensinos têm provado o seu grande valor; os que têm negligenciado estes ensinos sofrem as conseqüências desta desobediência.
Não nos sentimos capacitados de ensinar outros sobre este assunto pessoal, mas temos uma preocupação que muitas igrejas não estão reconhecendo a gravidade da situação e da necessidade de combater os ataques satânicos que vem infiltrando a igreja do mundo pela mídia.
Nossos jovens enfrentam grande pressão nas escolas e faculdades para conformar com as concupiscências do mundo e precisam entender o que Deus diz sobre este assunto. Por estas razões, preparamos esta pequena série de estudos bíblicos para ajudar principalmente a juventude cristã sobre este assunto e nossa oração é que sejam usados pelo Senhor na edificação espiritual do Seu povo.
Vejamos agora quais são as seis fases do casamento:
I. O NAMORO
A primeira fase do casamento começa pelo namoro; esta é a fase do conhecimento.
O homem sábio confessou que uma das coisas que não conseguia entender era "o caminho do homem com uma donzela"! (Pv 30:18,19). De fato, esta fase é um mistério, pois o comportamento do casal, e principalmente do rapaz, muda completamente e os outros notam esta diferença.
1) O NAMORO ERRADO DE SIQUEM E DINÁ: (Gn 34).
Em Gênesis 34:8 lemos que a alma de Siquém estava "enamorada" fortemente de Diná, filha de Jacó. Assim, aprendemos que esta forte atração é da alma e por isto governa completamente os seus pensamentos e comportamento.
Como há dois tipos de fogo, há dois tipos de namoro. Usamos o fogo controlado em casa cada dia, mas o fogo sem controle traz destruição e desastre. O namoro controlado é útil em descobrir a vontade de Deus para nossas vidas, mas se não houver controle, trará desastre.
Este exemplo de Siquém e Diná nos ensina lições importantes no sentido de advertência, porque este "namoro" foi sem controle e causou muita tristeza e sofrimento. Notamos no v. 1 como Diná saiu para passear na cidade onde morava.
Ela não pensava em namorar, mas em "ver as filhas da terra". Parece que os pais deram esta liberdade para a moça sem pensar naquilo que podia acontecer. Hoje, no mundo, os jovens têm grande liberdade e os pais não procuram controlar os passeios e amizades dos seus filhos, e então ficam surpreendidos quando vêm os problemas.
Pais salvos não devem imitar este erro e devem manter controle em casa sobre os passeios dos seus filhos. Devemos saber onde estão e com quem, marcar os horários de estar em casa e isto deve ser feito com explicação bíblica e no espírito de amor. Os filhos devem reconhecer que tais regulamentos são feitos para o seu bem, e devem obedecer a seus pais desta maneira ( Ef 6-.1-4).
Logo apareceu Siquém, um jovem rico e da alta sociedade, mostrando muito interesse em Diná. Ela sabia que não era permitido por Deus que Seu povo casasse com estrangeiros, mas Siquém era "diferente"! Muitas moças são enganadas neste sentido, mas a Palavra de Deus é clara e Ele sabe que o jugo desigual nunca produz um casamento feliz e útil (2 Co 6:14.15).
O propósito do namoro certo é para descobrir a vontade de Deus sobre nosso casamento, e a Sua Palavra revela que o jugo desigual nunca é a Sua vontade e que não há caso "diferente". Nem precisamos orar sobre este assunto, e não devemos começar tal namoro. Se já estamos envolvidos com descrente, devemos parar logo com o namoro. "Isto", pois com certeza trará conseqüências desagradáveis mais tarde.
O namoro com Siquém logo saiu do controle e caíram na prostituição (v.2) e o "passeio" de Diná trouxe grande pecado e desastre. Embora os irmãos de Diná acusaram Siquém de ter forçado a moça, é claro que ela estava de acordo com tudo que aconteceu, pois estava com ele depois na sua casa (v,26).
Notamos que, embora que Siquém, amou a jovem e queria casar-se com ela, o seu pecado foi "uma loucura em Israel ...o que se não devia fazer" (v.7). O pecado de prostituição significa ter relações sexuais antes do casamento, e mesmo se é com a mesma pessoa com quem vamos casar-se depois, é grave pecado perante o Senhor e traz humilhação e conseqüências tristes para o casal (1 Ts 4:3-8- Hb 13:4).
O fato que o mundo hoje considera estes relacionamentos como "normal", e até providencia meios para que os jovens possam evitar ter filhos, pelo ato, não diminui a sua gravidade perante Deus. O salvo que namora descrente está em grande perigo de cometer imoralidade, porque há DUAS naturezas carnais, mas só UMA natureza espiritual nesta amizade.
Vemos como Siquém ofereceu pagar dote maior para casar com Diná (v. 12) e até estava disposto a aceitar a circuncisão exigida pelos irmãos de Diná (v.24).
Ele fingiu uma conversão ao judaísmo para conseguir a moça em casamento, mas o seu motivo não era espiritual, mas material, pois falou de como seu povo iria conseguir os bens de Israel caso aceitasse esta maneira de casamento misto (v.23).
Muitas moças salvas são enganadas por moços que mostram interesse no Evangelho, e vem às reuniões e até fazem uma "decisão" de ser crente.
Neste caso, a moça quer acreditar que ele é salvo mesmo, mas muitas vezes não é, pois só quer o casamento e depois de conseguir logo revela que seu coração nunca foi regenerado.
A moça tem culpa neste caso, pois namorou o descrente quando era para deixar até que houvesse provas claras de conversão real. O único motivo válido numa conversão real é o arrependimento para com Deus e a fé em nosso Senhor Jesus Cristo, mas o coração é muito enganoso e "conversões" deste tipo geralmente não duram muito tempo.
As conseqüências tristes deste "namoro" errado de Diná são advertências suficientes para alguém salvo, que está sendo tentado por Satanás a formar amizade íntima com descrente. A única coisa certa é para deixar tal relacionamento errado e esperar no Senhor.
2.O NAMORO CERTO DE BOAZ E RUTE: (Rt 2).
Deus também nos deixou exemplos bons neste assunto, e Boaz e Rute servem como exemplos bom dum casal que controlou sua amizade e que foi ricamente abençoado pelo Senhor no seu casamento. Nós usamos a palavra "namoro" neste caso com cuidado e não como o mundo fala hoje.
Rute já era viúva, mas ainda nova e sem filhos. Ela voltou de Moabe com Noemi, sua sogra, e era verdadeiramente convertida ao Deus de Israel ( Rute 1: 16,17). Boaz também era homem de Deus, solteiro, rico, que esperava no Senhor.
Rute precisava de marido, mas não precipitou-se em procurá-lo. Ela saiu para trabalhar e foi guiada pelo Senhor ao campo de Boaz. As moças crentes muitas vezes procuram atrair os rapazes pelo seu modo de vestir, enfeitar e agir etc., mas esta vaidade vem da carne e não do Senhor, e um rapaz espiritual não será atraído à tal moça.
Boaz observou Rute e notou seu caráter espiritual e ouviu suas boas obras (v.s 5,1 1). Ele ajudou Rute e lhe deu proteção, sustento e conforto, mas esperava no Senhor e não havia nada de pressa ou da paixão carnal. Podemos deduzir de 3: 1 que Boaz não era mais jovem, e que não agiu precipitadamente em razão de sua idade.
Com tempo, a amizade desenvolveu e o amor verdadeiro se manifestou em toda a santidade, respeito mútuo e pureza. O amor verdadeiro nunca vai humilhar a pessoa que ama, mas quer o seu bem e felicidade.
O casal estava procurando saber a vontade do Senhor e chegou a entender Seu plano para suas vidas em casamento. Havia obstáculos, mas foram vencidos pelo poder de Deus e casaram "no Senhor".
Foi um casamento feliz e Deus abençoou sua união matrimonial no nascimento de um filho chamado Obede, que se tomou pai de Jessé, avô de Davi (4:13,21,22). Assim, este casal se tornou parte da linhagem humana do nosso Senhor Jesus Cristo ( Mt 1 :5-16).
Este casal serve como exemplo para os jovens hoje. Devemos observar e conhecer o caráter da pessoa que nos atrai. A atração apenas física não é o suficiente para compreender a vontade de Deus para nosso casamento. Mesmo que a pessoa seja salva, isto não é suficiente para provar que é a pessoa "designada" para nós (Gn 24:14;44).
Uma maneira de conhecer melhor o caráter e prioridades da pessoa sem qualquer influência de emoção é pelas cartas escritas. Com o tempo, observação e oração, nós vamos saber no coração se esta amizade é a vontade de Deus ou não.
Se tivermos dúvidas, seria melhor parar e esperar mais no Senhor (1 João 3:19-22). O conselho de pais e presbíteros deve ser procurado e recebido humildemente. Deus tem um plano para nossa vida e nem sempre o casamento é parte deste plano, mas se for a Sua vontade para nós, Ele revelará Seu plano no tempo certo (Sl 32:8,10; 37:3,5).
II. O NOIVADO
A segunda fase do casamento é o noivado; neste período os jovens passam não só a se conhecer como também a prover tudo o que for necessário para o casamento.
As palavras "noivo" e "noiva", achadas muitas vezes nas Escrituras referem-se aos casais "DESPOSADOS", que era na cultura dos judeus o estado antes do casamento semelhante ao "noivado" da nossa cultura (Is 62:5). O "desposado" era mais constringente sendo reconhecido perante a lei e somente podia ser desfeito no caso de infidelidade sexual que podia ser punida com até a morte dos culpados (Dt 20:7; 22:23-29, Mt 1: 19).
O desposado começou com uma cerimônia entre as duas famílias quando o valor do pagamento, chamado o "dote", foi combinado e pago pelo homem aos pais da moça. Também nesta ocasião os noivos trocaram presentes.
Em certos casos um contrato de trabalho manual foi aceito pelos pais em lugar deste pagamento, como no caso de Jacó e Raquel (Gn 29:18-20).
O tempo do desposado durava mais ou menos um ano e durante este tempo o rapaz era dispensado do serviço militar (Dt 20:7) e o casal podia arrumar sua morada futura e geralmente a noiva fazia a sua veste nupcial.
Embora chamados de "marido" e "mulher" desde o começo do desposado, não viviam juntos e não tinham relações sexuais durante este tempo. Esta parte era rigorosamente guardada pelo casal e a moça tinha que provar que era virgem quando casou oficialmente no fim do desposado (Dt 22:13-21).
No dia do casamento oficial, os convidados chegavam às BODAS na casa dos pais do noivo. O noivo, acompanhado pelos seus amigos, saía tarde para encontrar com a sua noiva. As amigas da noiva esperavam a sua chegada e quando chegasse avisavam a noiva e os dois grupos iam para as bodas onde havia o casamento oficial e a recepção com o banquete que era celebrado com festividades e brincadeiras e que durava às vezes até por sete dias (Juízes 14:10-12; Mt 22:1-4; 25:1-6).
Embora o desposado do oriente fosse mais formal que o noivado que conhecemos, há aplicações importantes para os jovens salvos pensando em casamento.
1. O PROPÓSITO DO NOIVADO
Como o desposado dava um tempo para o casal preparar-se para o dia do casamento, hoje o casal, tendo a certeza que o casamento é a vontade de Deus para eles, geralmente ainda precisa dum tempo de preparação. Seria possível casar sem ter este tempo de noivado, mas a maioria de casais jovens tem pouco recurso financeiro e precisa dum tempo de preparação antes do dia do casamento.
Nunca devemos entrar nesta fase de noivado se tivermos qualquer dúvida sobre o casamento, pois é promessa séria e geralmente começa quando o rapaz conversa com os pais da moça sobre o seu desejo de casar-se com ela; e, sabendo que estão de acordo, dá uma "aliança" de ouro a ela como símbolo da firmeza desta promessa de casamento. Assim, os noivos começam a se prepararem para o dia do casamento.
Não podemos mencionar aqui todas as preparações necessárias para o dia, pois haverá preferências pessoais sobre a ordem do casamento, mas haverá a parte civil, e geralmente a parte espiritual e a parte social para planejar.
Com certeza o casamento trará mudanças e durante o noivado o casal deve procurar a vontade de Deus sobre onde vai morar e servir ao Senhor depois do casamento. O plano de Deus é que a nova família more numa casa diferente que seus pais, onde podem organizar a sua vida conjugal guiado por Deus e com a devida independência dos seus pais (Gn 2:24).
Os pais do casal devem aceitar estas mudanças e deixá-los fazer a vontade de Deus. Lembramos aqui o exemplo de Rebeca e seus pais que entenderam que a vontade de Deus foi que ela mudasse longe para casar com Isaque e para servir ao Senhor em outro lugar (Gn 24:55-61).
A nova morada deve estar perto de onde o casal pode reunir-se com outros irmãos para ajudar no serviço do Senhor (Hb 10:25) e normalmente isto será na igreja onde um ou ambos já são membros. Contudo, a possibilidade do casal mudar neste tempo para outro lugar para ser mais útil numa igreja menor deve ser considerada na presença de Deus.
2. A PUREZA DO NOIVADO (Mt 1:18-25)
Nos dias em que vivemos é necessário enfatizar este aspecto, pois o mundo muitas vezes não espera o casamento. Os judeus eram muito zelosos na pureza durante o desposado e o exemplo de José e Maria serve bem para nós entendermos a vontade de Deus neste respeito. José ficou preocupado com a gravidez de Maria e sabia que ele não era o responsável, pois nunca tiveram relações.
Suspeitando a infidelidade dela, José pensava em desfazer o desposado de acordo com a lei, mas sendo ensinado pelo Senhor logo aprendeu a verdade deste caso milagroso e eles casaram-se de acordo com a Palavra do Senhor. Assim, Deus usou este casal puro para trazer Seu Amado Filho ao mundo e Maria era virgem até depois do nascimento do Senhor Jesus Cristo.
Nunca devemos cair na tentação que porque vamos casar brevemente podemos adiantar neste sentido. As relações sexuais antes do casamento são prostituição que é proibida, e será julgada pelo Senhor (1 Co 6:18-20; 7:9; 1 Ts 4:3,6; 1 Tm 4:12; Hb 13:4) e assim quem teme ao Senhor nunca vai ceder a esta tentação.
Por esta razão a duração do noivado não deve ser mais que necessária para planejar o casamento e geralmente, como no caso do judeu, um ano é suficiente, mas pode ser mais ou menos de acordo com as circunstâncias pessoais do casal.
3. A PARÁBOLA DO NOIVADO (Ap 19:6-9)
Na Sua Palavra, Deus usa este estado para descrever a situação presente entre Cristo e Sua Igreja. A igreja é chamada a "NOIVA" do Senhor Jesus Cristo e as "BODAS do CORDEIRO" acontecerão no céu logo depois do tribunal de Cristo.
Isto é muito precioso para os salvos e fala do amor verdadeiro que Cristo tem para conosco e da Sua promessa de voltar para receber-nos e do Seu desejo ardente de estar com a Sua igreja durante a eternidade. Também traz uma lembrança solene sobre como devemos viver neste tempo enquanto esperamos aquele dia. A igreja deve ser como uma "virgem pura a um só esposo, que é Cristo" (2 Co 11:2,3) e a mistura com o mundo é considerada como infidelidade ao Senhor (Tg 4:4,5).
Também como as noivas faziam durante o desposado as suas próprias vestes para seu casamento, nós estamos agora na fase de preparar o "linho finíssimo" que são "os atos de justiça dos santos" que será a nossa recompensa e glória futura na manifestação de Cristo com a Sua igreja (2 Co 5:9, 1 0; CI 3:4).
Esta solene comparação deve-nos ajudar a manter a pureza e santidade que o Senhor quer de cada um dos Seus, e também deve ajudar muito os jovens salvos a manter a pureza e santidade pessoal que Deus quer durante o seu noivado.
III. O CASAMENTO
A terceira fase é propriamente dito o próprio casamento.
Muitos dos servos de Deus nas Escrituras viviam vidas santas, felizes e úteis sem casar-se e ainda esta é a vontade de Deus para muitos hoje. Contudo, muitos outros servos de Deus nas Escrituras eram casados e esta é a vontade de Deus para muitos de nós.
O casamento é "digno de honra" (Hb 13:4), e em nada menos santo do que o estado de solteiro. É importante que o jovem procure saber a vontade de Deus neste sentido porque este é sem dúvida o assunto mais importante depois da salvação da nossa alma.
Embora que o casamento não existirá além desta vida (Mt 22:30), terá grande influência no nosso serviço para o Senhor durante esta vida, e este serviço terá recompensa eterna no céu. Assim, é de grande importância que o jovem salvo medite no que Deus diz sobre este assunto na Sua Palavra.
O PRIMEIRO CASAMENTO:
A Bíblia é o "manual‘ do Criador sobre este assunto e os muitos problemas que o mundo enfrenta neste sentido hoje são as conseqüências da sua desobediência aos ensinos de Deus.
Um versículo chave neste assunto é Gn 2:24: "Portanto deixará o varão o seu pai e sua mãe, e apegar-se-á à sua mulher, e serão ambos uma carne ".
Estas palavras foram faladas por Deus na ocasião do primeiro casamento, logo depois da formação da mulher e quando o assunto de casamento é mencionado na Bíblia, Deus sempre volta para este princípio (Veja Mt 19:5; Mc10:7,8; 1 Co 6:16; Ef 5:31). Vamos observar alguns fatos importantes deste versículo:
A) Notamos, em primeiro lugar, que o casamento não foi inventado pelo homem, também, não é um rito da igreja, mas veio de Deus como parte da criação milhares de anos antes que houvesse igreja.
B) Deus falou aqui sobre os "pais” do homem, mas Adão e Eva não tiveram pais humanos! Este fato mostra que Deus estava instituindo princípios fundamentais para todos os casamentos e que estes princípios estão em vigor para nós hoje.
C) O fato que o homem "deixará" seus pais quando casar para "apegar-se à sua mulher" mostra claramente que a união do casamento é mais íntima e durável do que a união entre pais e filhos. Assim, a primeira responsabilidade dos casados não é mais para com seus pais, mas para com sua esposa ou marido.
O casamento não produz uma família aumentada, mas uma nova família com sua própria autoridade guiada por Deus. Às vezes os pais do casal não querem reconhecer esta mudança de autoridade e procuram manter seus filhos casados em casa, mas o casamento nesta situação não pode funcionar como Deus quer.
D) Deus está presente em todos os casamentos como Testemunha, e Ele considera aquele pacto feito para a vida inteira (2:14-16). Assim devemos entender que esta união de ser “uma só carne" não pode ser desfeita por qualquer motivo, pois somente a morte pode anulá-la (Rm 7:1-3). Este fato foi ilustrado claramente pela maneira que Deus formou uma mulher da costela tirada do corpo do homem.
Adão reconheceu que Eva era parte dele e que era "sua mulher" designada por Deus para a vida inteira. Ele viveu 930 anos, mas nunca lemos de outra mulher na sua vida. As mudanças que vieram mais tarde, como bigamia (Gn 4), poligamia (Gn 6), e divórcio (Dt 24) são desvios do plano de Deus para o homem e a mulher.
AS PRIORIDADES DO MARIDO E ESPOSA SÃO DIFERENTES: (Continua na segunda parte. Não percam!)
Jânio Santos de Oliveira
Como dizia a minha vovó “ todos os princípios são flores” só que as mais belas rosas tem no seu bojo os espinhos!
• O casal de namorados vivem constantemente no beijo e abraço, e acabam perdendo uma grande oportunidade de se conhecerem não apenas sentimentalmente , mas,em termos de personalidade, gênio, natureza e afeição.
• Quando chega a fase do noivado, geralmente os jovens se equivocam mais uma vez ; na maioria das vezes preferem avançar o sinal vermelho, quando deveriam estar se conhecendo um pouco mais;
• Finalmente vem o casamento! Aí é um mar de rosas, todas as indiferenças ficaram aparentemente para traz afinal é o período de “lua de mel” !
• Aí vêm os filhos, é o momento de educá-los. Como fazer?
• Quando então entram em cena as desavenças do casamento. A lua de mel já é coisa do passado e agora se chega nos “finalmente”.
• A última fase é a mais dolorida que é a fase do divórcio.
Atenção: eu não estou generalizando ao estabelecer esta retórica. A minha oração Deus é no sentido de que as coisas não ocorram desta maneira, só que infelizmente é o que mais se repete entre os casais
Os jovens já não oram mais antes de namorar, quando namoram avançam o sinal amarelo e quando se noivam, o vermelho.
E o pior é que ás vezes nós os ministros de púlpito somos obrigados a fazer casamentos com as jovens gestantes e prendendo a barriga, pois o neném já está com 3, 4 meses. Eu já fiz 44 casamentos, destes já aconteceu pelo menos um fato desta natureza.
As fases intermediárias que antecedem o casamento devam servir paras ambos se conhecerem em termos de personalidades e temperamentos.
Vejamos agora a importância da família:
A família sempre tem ocupado um lugar central nos planos de Deus para esta terra. É pela família que Deus faz a Sua obra de salvação, em primeiro lugar, usando a família de Abraão para trazer o Salvador a este mundo e abençoar todas as famílias da terra (Gn 12:3; 18:18,19) e, nesta dispensação da graça, para formar a Sua igreja.
É notável em Atos como as primeiras igrejas começaram pela conversão de famílias inteiras e lemos das casas de Cloe, Estéfanas e Crispo no começo da obra da igreja em Corinto, e das casas de Lídia e do Carcereiro no início da obra da igreja em Filipos.
Até hoje, onde há duas ou três famílias salvas e de bom testemunho, não deve demorar a formação de uma igreja local, mas onde não há famílias salvas é quase impossível ver uma igreja estabelecida.
É um fato básico, mas importantíssimo, que a condição espiritual duma igreja local depende da condição espiritual das famílias que formam aquela igreja. Uma igreja é simplesmente uma família de famílias e qualquer problema de família já é um problema da igreja local.
E satanás é o grande inimigo de Deus e da Obra de Deus, e nestes últimos tempos tem procurado destruir a unidade básica da família no mundo e também tem atacado muito o testemunho da igreja na terra usando problemas de família.
Todos nós reconhecemos que estes problemas estão aumentando e que o amor de muitos está esfriando e que os salvos não são isentos destes problemas. O Senhor nos tem deixado na Sua Palavra muitos exemplos, advertências e ensinos para nos guiar. Os que têm praticado estes ensinos têm provado o seu grande valor; os que têm negligenciado estes ensinos sofrem as conseqüências desta desobediência.
Não nos sentimos capacitados de ensinar outros sobre este assunto pessoal, mas temos uma preocupação que muitas igrejas não estão reconhecendo a gravidade da situação e da necessidade de combater os ataques satânicos que vem infiltrando a igreja do mundo pela mídia.
Nossos jovens enfrentam grande pressão nas escolas e faculdades para conformar com as concupiscências do mundo e precisam entender o que Deus diz sobre este assunto. Por estas razões, preparamos esta pequena série de estudos bíblicos para ajudar principalmente a juventude cristã sobre este assunto e nossa oração é que sejam usados pelo Senhor na edificação espiritual do Seu povo.
Vejamos agora quais são as seis fases do casamento:
I. O NAMORO
A primeira fase do casamento começa pelo namoro; esta é a fase do conhecimento.
O homem sábio confessou que uma das coisas que não conseguia entender era "o caminho do homem com uma donzela"! (Pv 30:18,19). De fato, esta fase é um mistério, pois o comportamento do casal, e principalmente do rapaz, muda completamente e os outros notam esta diferença.
1) O NAMORO ERRADO DE SIQUEM E DINÁ: (Gn 34).
Em Gênesis 34:8 lemos que a alma de Siquém estava "enamorada" fortemente de Diná, filha de Jacó. Assim, aprendemos que esta forte atração é da alma e por isto governa completamente os seus pensamentos e comportamento.
Como há dois tipos de fogo, há dois tipos de namoro. Usamos o fogo controlado em casa cada dia, mas o fogo sem controle traz destruição e desastre. O namoro controlado é útil em descobrir a vontade de Deus para nossas vidas, mas se não houver controle, trará desastre.
Este exemplo de Siquém e Diná nos ensina lições importantes no sentido de advertência, porque este "namoro" foi sem controle e causou muita tristeza e sofrimento. Notamos no v. 1 como Diná saiu para passear na cidade onde morava.
Ela não pensava em namorar, mas em "ver as filhas da terra". Parece que os pais deram esta liberdade para a moça sem pensar naquilo que podia acontecer. Hoje, no mundo, os jovens têm grande liberdade e os pais não procuram controlar os passeios e amizades dos seus filhos, e então ficam surpreendidos quando vêm os problemas.
Pais salvos não devem imitar este erro e devem manter controle em casa sobre os passeios dos seus filhos. Devemos saber onde estão e com quem, marcar os horários de estar em casa e isto deve ser feito com explicação bíblica e no espírito de amor. Os filhos devem reconhecer que tais regulamentos são feitos para o seu bem, e devem obedecer a seus pais desta maneira ( Ef 6-.1-4).
Logo apareceu Siquém, um jovem rico e da alta sociedade, mostrando muito interesse em Diná. Ela sabia que não era permitido por Deus que Seu povo casasse com estrangeiros, mas Siquém era "diferente"! Muitas moças são enganadas neste sentido, mas a Palavra de Deus é clara e Ele sabe que o jugo desigual nunca produz um casamento feliz e útil (2 Co 6:14.15).
O propósito do namoro certo é para descobrir a vontade de Deus sobre nosso casamento, e a Sua Palavra revela que o jugo desigual nunca é a Sua vontade e que não há caso "diferente". Nem precisamos orar sobre este assunto, e não devemos começar tal namoro. Se já estamos envolvidos com descrente, devemos parar logo com o namoro. "Isto", pois com certeza trará conseqüências desagradáveis mais tarde.
O namoro com Siquém logo saiu do controle e caíram na prostituição (v.2) e o "passeio" de Diná trouxe grande pecado e desastre. Embora os irmãos de Diná acusaram Siquém de ter forçado a moça, é claro que ela estava de acordo com tudo que aconteceu, pois estava com ele depois na sua casa (v,26).
Notamos que, embora que Siquém, amou a jovem e queria casar-se com ela, o seu pecado foi "uma loucura em Israel ...o que se não devia fazer" (v.7). O pecado de prostituição significa ter relações sexuais antes do casamento, e mesmo se é com a mesma pessoa com quem vamos casar-se depois, é grave pecado perante o Senhor e traz humilhação e conseqüências tristes para o casal (1 Ts 4:3-8- Hb 13:4).
O fato que o mundo hoje considera estes relacionamentos como "normal", e até providencia meios para que os jovens possam evitar ter filhos, pelo ato, não diminui a sua gravidade perante Deus. O salvo que namora descrente está em grande perigo de cometer imoralidade, porque há DUAS naturezas carnais, mas só UMA natureza espiritual nesta amizade.
Vemos como Siquém ofereceu pagar dote maior para casar com Diná (v. 12) e até estava disposto a aceitar a circuncisão exigida pelos irmãos de Diná (v.24).
Ele fingiu uma conversão ao judaísmo para conseguir a moça em casamento, mas o seu motivo não era espiritual, mas material, pois falou de como seu povo iria conseguir os bens de Israel caso aceitasse esta maneira de casamento misto (v.23).
Muitas moças salvas são enganadas por moços que mostram interesse no Evangelho, e vem às reuniões e até fazem uma "decisão" de ser crente.
Neste caso, a moça quer acreditar que ele é salvo mesmo, mas muitas vezes não é, pois só quer o casamento e depois de conseguir logo revela que seu coração nunca foi regenerado.
A moça tem culpa neste caso, pois namorou o descrente quando era para deixar até que houvesse provas claras de conversão real. O único motivo válido numa conversão real é o arrependimento para com Deus e a fé em nosso Senhor Jesus Cristo, mas o coração é muito enganoso e "conversões" deste tipo geralmente não duram muito tempo.
As conseqüências tristes deste "namoro" errado de Diná são advertências suficientes para alguém salvo, que está sendo tentado por Satanás a formar amizade íntima com descrente. A única coisa certa é para deixar tal relacionamento errado e esperar no Senhor.
2.O NAMORO CERTO DE BOAZ E RUTE: (Rt 2).
Deus também nos deixou exemplos bons neste assunto, e Boaz e Rute servem como exemplos bom dum casal que controlou sua amizade e que foi ricamente abençoado pelo Senhor no seu casamento. Nós usamos a palavra "namoro" neste caso com cuidado e não como o mundo fala hoje.
Rute já era viúva, mas ainda nova e sem filhos. Ela voltou de Moabe com Noemi, sua sogra, e era verdadeiramente convertida ao Deus de Israel ( Rute 1: 16,17). Boaz também era homem de Deus, solteiro, rico, que esperava no Senhor.
Rute precisava de marido, mas não precipitou-se em procurá-lo. Ela saiu para trabalhar e foi guiada pelo Senhor ao campo de Boaz. As moças crentes muitas vezes procuram atrair os rapazes pelo seu modo de vestir, enfeitar e agir etc., mas esta vaidade vem da carne e não do Senhor, e um rapaz espiritual não será atraído à tal moça.
Boaz observou Rute e notou seu caráter espiritual e ouviu suas boas obras (v.s 5,1 1). Ele ajudou Rute e lhe deu proteção, sustento e conforto, mas esperava no Senhor e não havia nada de pressa ou da paixão carnal. Podemos deduzir de 3: 1 que Boaz não era mais jovem, e que não agiu precipitadamente em razão de sua idade.
Com tempo, a amizade desenvolveu e o amor verdadeiro se manifestou em toda a santidade, respeito mútuo e pureza. O amor verdadeiro nunca vai humilhar a pessoa que ama, mas quer o seu bem e felicidade.
O casal estava procurando saber a vontade do Senhor e chegou a entender Seu plano para suas vidas em casamento. Havia obstáculos, mas foram vencidos pelo poder de Deus e casaram "no Senhor".
Foi um casamento feliz e Deus abençoou sua união matrimonial no nascimento de um filho chamado Obede, que se tomou pai de Jessé, avô de Davi (4:13,21,22). Assim, este casal se tornou parte da linhagem humana do nosso Senhor Jesus Cristo ( Mt 1 :5-16).
Este casal serve como exemplo para os jovens hoje. Devemos observar e conhecer o caráter da pessoa que nos atrai. A atração apenas física não é o suficiente para compreender a vontade de Deus para nosso casamento. Mesmo que a pessoa seja salva, isto não é suficiente para provar que é a pessoa "designada" para nós (Gn 24:14;44).
Uma maneira de conhecer melhor o caráter e prioridades da pessoa sem qualquer influência de emoção é pelas cartas escritas. Com o tempo, observação e oração, nós vamos saber no coração se esta amizade é a vontade de Deus ou não.
Se tivermos dúvidas, seria melhor parar e esperar mais no Senhor (1 João 3:19-22). O conselho de pais e presbíteros deve ser procurado e recebido humildemente. Deus tem um plano para nossa vida e nem sempre o casamento é parte deste plano, mas se for a Sua vontade para nós, Ele revelará Seu plano no tempo certo (Sl 32:8,10; 37:3,5).
II. O NOIVADO
A segunda fase do casamento é o noivado; neste período os jovens passam não só a se conhecer como também a prover tudo o que for necessário para o casamento.
As palavras "noivo" e "noiva", achadas muitas vezes nas Escrituras referem-se aos casais "DESPOSADOS", que era na cultura dos judeus o estado antes do casamento semelhante ao "noivado" da nossa cultura (Is 62:5). O "desposado" era mais constringente sendo reconhecido perante a lei e somente podia ser desfeito no caso de infidelidade sexual que podia ser punida com até a morte dos culpados (Dt 20:7; 22:23-29, Mt 1: 19).
O desposado começou com uma cerimônia entre as duas famílias quando o valor do pagamento, chamado o "dote", foi combinado e pago pelo homem aos pais da moça. Também nesta ocasião os noivos trocaram presentes.
Em certos casos um contrato de trabalho manual foi aceito pelos pais em lugar deste pagamento, como no caso de Jacó e Raquel (Gn 29:18-20).
O tempo do desposado durava mais ou menos um ano e durante este tempo o rapaz era dispensado do serviço militar (Dt 20:7) e o casal podia arrumar sua morada futura e geralmente a noiva fazia a sua veste nupcial.
Embora chamados de "marido" e "mulher" desde o começo do desposado, não viviam juntos e não tinham relações sexuais durante este tempo. Esta parte era rigorosamente guardada pelo casal e a moça tinha que provar que era virgem quando casou oficialmente no fim do desposado (Dt 22:13-21).
No dia do casamento oficial, os convidados chegavam às BODAS na casa dos pais do noivo. O noivo, acompanhado pelos seus amigos, saía tarde para encontrar com a sua noiva. As amigas da noiva esperavam a sua chegada e quando chegasse avisavam a noiva e os dois grupos iam para as bodas onde havia o casamento oficial e a recepção com o banquete que era celebrado com festividades e brincadeiras e que durava às vezes até por sete dias (Juízes 14:10-12; Mt 22:1-4; 25:1-6).
Embora o desposado do oriente fosse mais formal que o noivado que conhecemos, há aplicações importantes para os jovens salvos pensando em casamento.
1. O PROPÓSITO DO NOIVADO
Como o desposado dava um tempo para o casal preparar-se para o dia do casamento, hoje o casal, tendo a certeza que o casamento é a vontade de Deus para eles, geralmente ainda precisa dum tempo de preparação. Seria possível casar sem ter este tempo de noivado, mas a maioria de casais jovens tem pouco recurso financeiro e precisa dum tempo de preparação antes do dia do casamento.
Nunca devemos entrar nesta fase de noivado se tivermos qualquer dúvida sobre o casamento, pois é promessa séria e geralmente começa quando o rapaz conversa com os pais da moça sobre o seu desejo de casar-se com ela; e, sabendo que estão de acordo, dá uma "aliança" de ouro a ela como símbolo da firmeza desta promessa de casamento. Assim, os noivos começam a se prepararem para o dia do casamento.
Não podemos mencionar aqui todas as preparações necessárias para o dia, pois haverá preferências pessoais sobre a ordem do casamento, mas haverá a parte civil, e geralmente a parte espiritual e a parte social para planejar.
Com certeza o casamento trará mudanças e durante o noivado o casal deve procurar a vontade de Deus sobre onde vai morar e servir ao Senhor depois do casamento. O plano de Deus é que a nova família more numa casa diferente que seus pais, onde podem organizar a sua vida conjugal guiado por Deus e com a devida independência dos seus pais (Gn 2:24).
Os pais do casal devem aceitar estas mudanças e deixá-los fazer a vontade de Deus. Lembramos aqui o exemplo de Rebeca e seus pais que entenderam que a vontade de Deus foi que ela mudasse longe para casar com Isaque e para servir ao Senhor em outro lugar (Gn 24:55-61).
A nova morada deve estar perto de onde o casal pode reunir-se com outros irmãos para ajudar no serviço do Senhor (Hb 10:25) e normalmente isto será na igreja onde um ou ambos já são membros. Contudo, a possibilidade do casal mudar neste tempo para outro lugar para ser mais útil numa igreja menor deve ser considerada na presença de Deus.
2. A PUREZA DO NOIVADO (Mt 1:18-25)
Nos dias em que vivemos é necessário enfatizar este aspecto, pois o mundo muitas vezes não espera o casamento. Os judeus eram muito zelosos na pureza durante o desposado e o exemplo de José e Maria serve bem para nós entendermos a vontade de Deus neste respeito. José ficou preocupado com a gravidez de Maria e sabia que ele não era o responsável, pois nunca tiveram relações.
Suspeitando a infidelidade dela, José pensava em desfazer o desposado de acordo com a lei, mas sendo ensinado pelo Senhor logo aprendeu a verdade deste caso milagroso e eles casaram-se de acordo com a Palavra do Senhor. Assim, Deus usou este casal puro para trazer Seu Amado Filho ao mundo e Maria era virgem até depois do nascimento do Senhor Jesus Cristo.
Nunca devemos cair na tentação que porque vamos casar brevemente podemos adiantar neste sentido. As relações sexuais antes do casamento são prostituição que é proibida, e será julgada pelo Senhor (1 Co 6:18-20; 7:9; 1 Ts 4:3,6; 1 Tm 4:12; Hb 13:4) e assim quem teme ao Senhor nunca vai ceder a esta tentação.
Por esta razão a duração do noivado não deve ser mais que necessária para planejar o casamento e geralmente, como no caso do judeu, um ano é suficiente, mas pode ser mais ou menos de acordo com as circunstâncias pessoais do casal.
3. A PARÁBOLA DO NOIVADO (Ap 19:6-9)
Na Sua Palavra, Deus usa este estado para descrever a situação presente entre Cristo e Sua Igreja. A igreja é chamada a "NOIVA" do Senhor Jesus Cristo e as "BODAS do CORDEIRO" acontecerão no céu logo depois do tribunal de Cristo.
Isto é muito precioso para os salvos e fala do amor verdadeiro que Cristo tem para conosco e da Sua promessa de voltar para receber-nos e do Seu desejo ardente de estar com a Sua igreja durante a eternidade. Também traz uma lembrança solene sobre como devemos viver neste tempo enquanto esperamos aquele dia. A igreja deve ser como uma "virgem pura a um só esposo, que é Cristo" (2 Co 11:2,3) e a mistura com o mundo é considerada como infidelidade ao Senhor (Tg 4:4,5).
Também como as noivas faziam durante o desposado as suas próprias vestes para seu casamento, nós estamos agora na fase de preparar o "linho finíssimo" que são "os atos de justiça dos santos" que será a nossa recompensa e glória futura na manifestação de Cristo com a Sua igreja (2 Co 5:9, 1 0; CI 3:4).
Esta solene comparação deve-nos ajudar a manter a pureza e santidade que o Senhor quer de cada um dos Seus, e também deve ajudar muito os jovens salvos a manter a pureza e santidade pessoal que Deus quer durante o seu noivado.
III. O CASAMENTO
A terceira fase é propriamente dito o próprio casamento.
Muitos dos servos de Deus nas Escrituras viviam vidas santas, felizes e úteis sem casar-se e ainda esta é a vontade de Deus para muitos hoje. Contudo, muitos outros servos de Deus nas Escrituras eram casados e esta é a vontade de Deus para muitos de nós.
O casamento é "digno de honra" (Hb 13:4), e em nada menos santo do que o estado de solteiro. É importante que o jovem procure saber a vontade de Deus neste sentido porque este é sem dúvida o assunto mais importante depois da salvação da nossa alma.
Embora que o casamento não existirá além desta vida (Mt 22:30), terá grande influência no nosso serviço para o Senhor durante esta vida, e este serviço terá recompensa eterna no céu. Assim, é de grande importância que o jovem salvo medite no que Deus diz sobre este assunto na Sua Palavra.
O PRIMEIRO CASAMENTO:
A Bíblia é o "manual‘ do Criador sobre este assunto e os muitos problemas que o mundo enfrenta neste sentido hoje são as conseqüências da sua desobediência aos ensinos de Deus.
Um versículo chave neste assunto é Gn 2:24: "Portanto deixará o varão o seu pai e sua mãe, e apegar-se-á à sua mulher, e serão ambos uma carne ".
Estas palavras foram faladas por Deus na ocasião do primeiro casamento, logo depois da formação da mulher e quando o assunto de casamento é mencionado na Bíblia, Deus sempre volta para este princípio (Veja Mt 19:5; Mc10:7,8; 1 Co 6:16; Ef 5:31). Vamos observar alguns fatos importantes deste versículo:
A) Notamos, em primeiro lugar, que o casamento não foi inventado pelo homem, também, não é um rito da igreja, mas veio de Deus como parte da criação milhares de anos antes que houvesse igreja.
B) Deus falou aqui sobre os "pais” do homem, mas Adão e Eva não tiveram pais humanos! Este fato mostra que Deus estava instituindo princípios fundamentais para todos os casamentos e que estes princípios estão em vigor para nós hoje.
C) O fato que o homem "deixará" seus pais quando casar para "apegar-se à sua mulher" mostra claramente que a união do casamento é mais íntima e durável do que a união entre pais e filhos. Assim, a primeira responsabilidade dos casados não é mais para com seus pais, mas para com sua esposa ou marido.
O casamento não produz uma família aumentada, mas uma nova família com sua própria autoridade guiada por Deus. Às vezes os pais do casal não querem reconhecer esta mudança de autoridade e procuram manter seus filhos casados em casa, mas o casamento nesta situação não pode funcionar como Deus quer.
D) Deus está presente em todos os casamentos como Testemunha, e Ele considera aquele pacto feito para a vida inteira (2:14-16). Assim devemos entender que esta união de ser “uma só carne" não pode ser desfeita por qualquer motivo, pois somente a morte pode anulá-la (Rm 7:1-3). Este fato foi ilustrado claramente pela maneira que Deus formou uma mulher da costela tirada do corpo do homem.
Adão reconheceu que Eva era parte dele e que era "sua mulher" designada por Deus para a vida inteira. Ele viveu 930 anos, mas nunca lemos de outra mulher na sua vida. As mudanças que vieram mais tarde, como bigamia (Gn 4), poligamia (Gn 6), e divórcio (Dt 24) são desvios do plano de Deus para o homem e a mulher.
AS PRIORIDADES DO MARIDO E ESPOSA SÃO DIFERENTES: (Continua na segunda parte. Não percam!)
Jânio Santos de Oliveira
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