quinta-feira, 11 de junho de 2015

Não devemos depender de nossas forças

Inferimos também, já que o casamento é visto por Paulo no contexto do Espírito Santo, que não podemos cumprir os termos do relacionamento familiar pelas nossas próprias forças. O casamento implica em privilégios e responsabilidades. Além daqueles prescritos pela lei do país, o cristão conhece os privilégios e responsabilidades determinados pelas Escrituras. Qual o homem que pode, por si mesmo, amar a sua esposa como Cristo amou a Igreja? Qual o marido que pode fazer isso na sua própria força humana e carnal? Qual a mulher que, nas suas próprias forças, se submete ao seu marido no temor de Cristo, como a Igreja está submissa a Cristo? Quais os filhos que conseguem obedecer aos pais, nas suas próprias forças? Quais são os pais que conseguem criar os filhos, pelas suas próprias forças? Deus nunca espera de nós que o façamos com nossas próprias forças. A razão é a nossa inabilidade e incapacidade de obedecer a Deus e fazer sempre o que é correto. Nós somos parte de uma raça caída, espiritualmente depravada e limitada pelos efeitos do pecado. Nós somos filhos de Adão e de Eva; herdamos a sua natureza; a nossa mente é obscurecida pelo pecado, a nossa vontade inclinada para o mal, o nosso coração endurecido. Por esse motivo não somos o que devemos ser à luz da Palavra de Deus. Por outro lado, não podemos perder de vista o fato de que Paulo determina que certas atitudes sejam tomadas pelo marido e pela mulher, pelos pais e pelos filhos. Reconhecemos que não podemos obedecer com base em nossas próprias forças. Porém, isso não anula o fato de que devemos agir. Neemias orou pedindo proteção de Deus e armou seus homens para o combate (Ne 4.17,23). Durante a Idade Média, os cavaleiros cristãos que saiam para o combate costumavam tomar a Ceia com um pé no estribo do cavalo. Devemos agir em obediência à Palavra de Deus, mas fazê-lo na mais completa dependência da graça de Deus em nossas vidas. Os efeitos da queda do homem se revelam particularmente malignos na área sexual e na área do casamento. Note que todas as listas de pecado no Novo Testamento são encabeçadas por pecados relativos a desvios na área sexual. A queda do homem afetou primariamente a sua família, e é nela que nós vemos as manifestações mais hediondas do pecado: adultério, abandono, estupro, espancamento, mentiras e fingimentos para com as pessoas que juramos amar e ajudar. Precisamos ser pessoas cheias do Espírito Santo, controladas pelo Espírito Santo, capacitadas pelo Espírito Santo, para podermos obedecer a Deus no que diz respeito à família e consequentemente ter um lar feliz. O conhecido escritor irlandês Oscar Wilde descreve em um de seus livros a agonia de um homem condenado à morte por ter assassinado sua esposa. Andando de um lado para o outro de sua cela, o homem angustia-se, não tanto por estar às portas da morte, mas por ter matado aquela que amava. Wilde escreve em conclusão: Cada homem mata aquilo que ama, Que todos ouçam isso, Alguns o fazem com um olhar amargo, Outros, com palavras bajuladoras. O covarde mata com um beijo, E o bravo com a espada! Sem a graça de Deus em nossos corações, acabamos por violentar, ferir e matar mesmo os nossos entes queridos, por meio de palavras, olhares, gestos - coisas das quais muitas vezes nos arrependemos tarde demais.

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