domingo, 31 de maio de 2015

Espiritualidade e felicidade no lar

 A vida no Espírito é o estilo de vida adequado ao casamento. Uma pessoa que anda no Espírito tem a vida controlada, não é uma pessoa dissoluta, que desperdiça os seus bens: é uma pessoa que se preocupa, que é sensível à necessidade dos outros; e como isso é importante no casamento! Uma pessoa cheia do Espírito Santo é de fácil convívio. Convívio é uma palavra chave em nossos dias. As pessoas sem o Espírito Santo precisam de estimulantes ou anestésicos para poder conviver com as outras. Por que é que os homens vão para os bares, ou para os clubes e lá a conversa só fica melhor depois de um aperitivo? É porque o álcool solta a língua, derruba as inibições. Eles se sentem mais à vontade, não conseguem ficar sem beber para poder conviver, tem que beber para serem sociáveis. É por isso que nas festas sociais não pode faltar aperitivos. É claro, depois de algum tempo, o álcool tem efeito contrário e as pessoas começam a se comportar como verdadeiramente são, dizendo asneiras, fazendo comentários indecentes e provocando uns aos outros - e por vezes acaba tudo em briga. Por outro lado, uma pessoa cheia do Espírito Santo é de fácil convívio, é alegre, aberta; ela ama, é uma pessoa que está procurando o bem dos outros. Não há nada melhor para um casamento do que um alto nível de vida espiritual. Vamos ver esse ponto mais de perto. O apóstolo Paulo trata em Gálatas 5.22 do “fruto do Espírito”. Ele usa o termo fruto figuradamente. Significa o resultado da obra constante e poderosa do Espírito na vida dos cristãos verdadeiros. Comparativamente, o Espírito é como a seiva de uma árvore, que faz com que os frutos apareçam no tempo certo. Como árvores de justiça, habitados e irrigados pelo Espírito de Deus, produziremos os seguintes frutos: amor, alegria, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fidelidade, mansidão, domínio próprio. Parece até que Paulo tinha em mente o casamento quando escreveu essa lista! Comecemos com o amor. Muitos confundem o amor no casamento com atração física ou companheirismo. Embora essas coisas certamente façam parte do verdadeiro amor, não representam todas as dimensões do mesmo. Esse amor é comparado por Paulo ao amor que Cristo tem por sua Igreja. Somente por meio da atuação do Espírito em nós é que poderemos amar assim. Talvez seja por isso que casais que não vivem uma vida espiritual profunda não podem desfrutar dessa dimensão do amor conjugal. Mais difícil ainda é quando um dos cônjuges não é cristão e portanto não tem o Espírito de Deus. A alegria mencionada por Paulo é também produzida pelo Espírito Santo. Não vem somente quando as finanças domésticas estão equilibradas, quando os filhos estão indo bem na escola, gozando de boa saúde; ela vem em meio a circunstâncias difíceis, durante os momentos de profunda dificuldade, durante as tribulações. Que bênção se pudéssemos sempre receber o nosso cônjuge com alegria verdadeira no coração e no meio das provações e dificuldades da vida, exibi-la a todo instante! Assim também é a paz da qual Paulo fala. Ele igualmente menciona a longanimidade, que significa paciência. Estatísticas confirmam que a maior parte dos divórcios ocorre porque os cônjuges não conseguem lidar com a raiva e o ressentimento contra o outro, acumulados através dos anos. Impacientam-se com os erros, falhas e provocações do outro e desistem de achar o caminho da reconciliação. A psicologia moderna chama isto de incompatibilidade de gênios. Admitimos que certos “gênios” são mais compatíveis que outros. Entretanto, cremos que o Espírito Santo produz em nós a longanimidade necessária para aceitarmos e superarmos as nossas diferenças naturais. Provavelmente, em boa parte dos divórcios, o que existiu não foi incompatibilidade de gênios, mas incompatibilidade com o Espírito Santo. Onde ele atua, o bendito fruto da paciência aparece. Você não sente que é a sua impaciência e a sua irritabilidade que causam tantos atritos no casamento? A benignidade e a bondade que Paulo menciona em seguida são muito parecidas. Significam sempre procurar o bem da pessoa amada. Perto desses conceitos está o de fidelidade. Essa é a qualidade de alguém em quem podemos confiar sempre. Ele nunca nos decepcionará. Deus é sempre fiel, diz a Bíblia (Dt 3.4). Fidelidade deveria ser uma das características mais marcantes do cristão. Ser fiel ao cônjuge - especialmente ser fiel ao que foi prometido durante a cerimônia de casamento - tem se tornado uma atitude cada vez mais rara na sociedade em que vivemos. Traição, adultério e infidelidade, ao contrário, são cada vez mais aceitáveis bem como o divórcio. Num rasgo de profetismo, o conhecido Aldous Huxley, em seu livro Admirável Mundo Novo, predisse que num dia não muito distante, as licenças para casamento seriam concedidas como as licenças para cachorros: servem apenas para um período de 12 meses e permitem que você troque de cachorro durante esse período ou que mantenha mais de um cachorro ao mesmo tempo! Somente pela graça e pelo poder do Espírito Santo operando em nossas vidas e casamentos é que podemos cumprir aquela fidelidade de coração que o Senhor Jesus determinou (Mt 5.28) e tornar reais as promessas feitas na cerimônia de casamento. Paulo cita a mansidão. Significa gentileza de atitude e de comportamento, em contraste com a rudeza de modos no tratamento de outras pessoas. Alguns tradutores da Bíblia verteram esse termo em algumas línguas simplesmente como “sempre falar de forma suave” ou “jamais levantar a voz para outra pessoa”. Mansidão é aquela capacidade dada pelo Espírito Santo que nos capacita a suportar com gentileza e paciência as provocações que inevitavelmente aparecem no relacionamento. Para os que não têm o Espírito, por vezes torna­ se quase impossível conviver com essas coisas. O novelista escocês Robert Stevenson escreveu que podemos perdoar aqueles que não conseguem nos acompanhar durante uma explicação filosófica; mas, quando sua esposa fica rindo quando você tem os olhos cheios de lágrimas, ou com um branco no olhar enquanto você tem um acesso de riso, o divórcio nos aparece como o caminho certo a seguir. Assim pensam os homens sem Deus. Mansidão para aguentar a ironia, o sarcasmo, os gritos, os acessos de raiva e as incompreensões é fruto do Espírito. Finalmente, Paulo menciona o domínio próprio. Como este aspecto da operação do Espírito em nossa vida é importante no casamento! Literalmente, significa ter controle sobre o seu eu, sobre o seu ego. De todas as qualidades necessárias para um casamento feliz, talvez essa seja a mais importante - e a mais difícil de obtermos por nós mesmos. Conta-se que Benjamin Franklin, desejando alcançar uma vida moral perfeita, escreveu num caderno as doze virtudes que considerava essenciais para uma moral inatacável. Debaixo de cada uma, deixou espaço para registrar seu comportamento e progresso diários. Um dia, conversando com um velho amigo evangélico, sacou seu caderno e mostrou quão maravilhosamente bem ele estava se saindo. Seu amigo calmamente informou-o que ele havia omitido da lista a virtude da humildade...! É somente pela graça e pelo poder do Espírito que podemos verdadeiramente ter controle sobre nosso espírito, emoções e reações.


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