quinta-feira, 10 de abril de 2014

O SEGREDO PARA A INTIMIDADE DO CASAL

Muitas pessoas pensam que basta estarem casadas para que a intimidade sexual seja completa e franca. Depois de alguns meses ou anos de casamento, percebem que não é bem assim. Aquilo que parecia ser fácil e que poderia vir com naturalidade, de repente, estancou e não houve mais progresso.

A espontaneidade de falar sobre determinados pontos dessa intimidade torna-se difícil para alguns casais. Devemos pensar, no entanto, que da mesma maneira que desenvolvemos certa intimidade nas amizades e relacionamentos, também o fazemos na área sexual; ou seja, a conversa, as confidências e o toque são fundamentais. Mas uma das maiores dificuldades é a abordagem do assunto.

Como e quando começar essa abordagem?

Um dos momentos mais propícios é naturalmente nos minutos que precedem a relação. Muitos maridos desconhecem as áreas que causa excitação sexual da mulher, tendo apenas um conhecimento geral do assunto. No entanto, sabemos que cada mulher é diferente. Alguma, na própria relação, sente-se mais à vontade assumindo determinadas posições que outras.

Adivinhar não faz parte da habilidade do parceiro. É necessário conversar sobre isso.

Percebo que uma grande dificuldade também vem da educação de algumas mulheres. Algumas receberam uma orientação sexual rígida, distorcida, e muitas desconhecem a anatomia do próprio corpo, o que dificulta tremendamente a conquista do prazer.

Na grande virada do movimento feminista, quando foi publicado que o orgasmo não era só privilégio dos homens, as mulheres automaticamente impuseram-se ter orgasmos a cada relação. Muitas, porém não o conseguiram e isso as tornava insatisfeitas ou pior, imaginando que havia algo errado com elas.

Os maridos, por sua vez, sentiam-se culpados por não saberem levá-las sempre ao orgasmo. Mais tarde, em pesquisas, descobriu-se que não é em toda relação sexual que a mulher atinge o orgasmo.

Percebo o quanto de desconhecimento ainda existe mesmo com as inúmeras palestras, revistas e estudos sobre sexo. A vergonha do próprio corpo e da nudez frente ao parceiro é mais comum do que se imagina.

Outra dificuldade está quando o marido aprecia determinadas carícias ou posições e a esposa não, esse é um momento perigoso.

Deixar de viver um desejo (licitamente permitido) e não poder fazê-lo porque a esposa se sente constrangida ou com vergonha, com certeza leva o marido à frustração. A chave seria cada um ceder, pelo menos um pouco, a favor do outro.

Perceber que o outro se sente satisfeito e completo quando me aventuro a ceder significa que a relação também poderá ser satisfatória, porque nesse momento somos um só.

É o grande mistério de que fala Paulo sobre o casamento “um só” significa também que o prazer do marido também é da mulher. Mas, para isso, precisa ceder. Se for possível para fazê-lo em determinados pontos, o parceiro também poderá ceder um pouco a seu favor. Estarão assim no meio do caminho, sem o perigo das frustrações. Alguns pontos bem mais sérios impedem que a relação sexual seja totalmente satisfatória.

Discutir, ler e conhecer mais sobre o assunto é a única maneira de se conseguir desenvolver essa intimidade e conhecer mais sobre as dificuldades e desejos do parceiro. Isso faz com que cada um se sinta mais à vontade e com menos constrangimento para poder se chegar ao passo seguinte: colocar em prática o que foi conversado.

A intimidade é muito importante que ela continue existindo no relacionamento conjugal. Somente através do diálogo entre, marido e esposa. O prazer permanecerá para sempre.

Mário Valdez

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