terça-feira, 1 de abril de 2014

DIVÓRCIO: SINTOMA OU CAUSA

Encontrar alguém para escrever nesta seção não é uma tarefa muito fácil. Sabe por quê?
Separação dói, machuca e geralmente transporta-nos para algum acontecimento passado ou ainda presente em nossas vidas, onde muitas vezes, não queremos relembrar nem mexer.
Falta coragem de tocar na ferida, é muito doloroso e incômodo.

Apesar de vivermos diante de fatos não muitos agradáveis sobre a família e de falsas pregações sobre a falência desta instituição o certo é que, mesmo que alguém esteja na condição de divorciado, de fato ou de coração mesmo assim continua merecendo de Jesus a mesma graça e misericórdia dispensada igualmente a todos. Este é um Deus cheio de amor e pronto a confortar, restaurar e abençoar.

Às vezes pensamos que divórcio é um problema da sociedade moderna e corrompida nos seus valores, mas não é bem assim. Este é um problema que a humanidade traz consigo desde o início.

Problema anterior aos tempos de Moisés, no Antigo Testamento. Vem como um estigma acompanhando a sociedade, fazendo com que alguns acreditem na eminente falência da família, assim como a conhecemos, e no surgimento de um novo modelo social. Não posso concordar com quem pensa deste modo, pois, por mais que o homem tente mudar, encontra-se dentro dele a necessidade de fazer e de ser parte de uma família.

Mas se este é um problema tão antigo, como poderemos entendê-lo ou analisa-lo?

Jesus mesmo pode nos ajudar a compreendê-lo quando diz: “Então por que mandou Moisés dar-lhe carta de divórcio e repudiá-la? Disse-lhes ele: Pela dureza de vossos corações Moisés vos permitiu repudiar vossas mulheres; mas não foi assim desde o princípio” Mateus 19.7-8.

O que Jesus ensina é que o divórcio é o sintoma de uma doença chamada dureza de coração.

Ela se manifesta de muitas maneiras diferentes. E, normalmente, em ambas as partes, marido e mulher, na forma de ressentimentos que não são perdoados, na tirania das palavras, nas agressões e na falta de sensibilidade às necessidades do outro.

A dureza de coração é como um pequenino vírus que se aloja na intimidade do relacionamento conjugal. À primeira vista ninguém o vê ou é capaz de reconhecê-lo. Mas ele vai aos poucos minando a comunicação do casal, o sentimento de respeito, o prazer de estar um com o outro.

E, de repente, eclode em uma sensação de que seria melhor separar-se do que continuar sofrendo a presença e o desamor do outro.

Neste processo crescente de enfermidade conjugal, surgem os micros organismos oportunistas que criam maior dano. Estes, às vezes, são os próprios familiares que, ao invés de buscarem restauração, partem para a defesa de uma das partes e até começam a incentivar a separação.

Percebo que a dureza de coração não é encontrada sempre em todas as áreas do casamento, no entanto, basta apenas uma área sensível e infectada por este vírus para que alguém se sinta doente.

Durante a minha vida uma das coisas preciosas que tenho aprendido é que quando nós mudamos de alguma forma o ambiente também se modifica. Em meio as nossas crises perdemos, na maioria das vezes, a perspectiva do poder de Deus.
Mesmo quando nada podemos fazer o Senhor está sempre nos mostrando que é exatamente em meio à fraqueza que Ele irá atuar.

Vejo o relacionamento conjugal como uma obra de arte onde Jesus precisa sempre estar trabalhando para restaurar algum ponto. A princípio é doloroso e visualmente, quase impossível, mas o Mestre pode fazer milagre quando lhe é permitido atuar. Ele quer tratar tanto os sintomas como as causas da dor.

Eu não sei qual o problema existente no seu casamento. Sei que sempre é fácil apontar a área de dureza do outro (a). Mas, enquanto você está lendo este artigo pense em que área do seu coração você tem estado endurecido. Como será que isto está afetando o seu cônjuge?

Uma atitude precisa ser tomada e a melhor delas será dar meia volta fazendo uma conversão de 180 graus. Voltar a praticar aquelas primeiras coisas que representavam amor e romantismo é muito bom.

Todos nós precisamos ser restaurados diariamente. Temos que estar sensível a esta realidade, então, Deus poderá, mediante o seu Espírito Santo promover força suficiente. “Para Deus nada será impossível” Lucas 1.37.


Mário Valdez

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