quarta-feira, 2 de outubro de 2013

Eles reclamam delas...

Durante algum tempo de aconselhamentos, anotamos as queixas mais frequentes dos maridos, as quais tem sido motivo de conflitos dentro de casa, quero traçar algumas considerações sobre elas:

Quando o passado dela ainda incomoda.

"...esquecendo-me das coisas que para trás ficam, prossigo para o alvo..." Fil 3:13-14

Alguns maridos sofrem com o passado da companheira, pois ainda desperta ciúmes. Casos mais comuns são aqueles nos quais a esposa teve vários relacionamentos, inclusive sexuais, e que isso de vez em quando é retirado do baú das lembranças e provoca tensões no coração do marido que não se conforma, como se fosse possível controlar o passado.

O que tenho dito é que não podemos viver do passado, ele não pode prejudicar o nosso presente e nem determinar o nosso futuro.

É muito desagradável mesmo quando o marido só fica sabendo sobre a vida afetivo sexual daquela que se tornou sua esposa depois de casado, mas compete a ele que é o maior interessado perguntar a sua namorada ou noiva.

Seria interessante que os casais antes de irem para o altar, abrissem o jogo sobre a vida afetivo-sexual, evitando assim desgastes e desconfianças.

Por outro lado, quem vive se indispondo por causa do passado do outro é bom olhar o que o apóstolo Paulo fala em "...esquecendo-me das coisas que para trás ficam, prossigo para o alvo..." Fil 3:13-14. A verdade é que todos nós temos histórias não muito bonitas em nosso passado, fatos dos quais nos envergonhamos, erros cometidos e que não dá para voltar no tempo e refazer a história. Então qual é a postura mais sensata a ser tomada?

Bom, se o passado não é muito bonito e gera dores, o negócio é não ficar remexendo nele, aceitar-se a si mesmo e ao outro como uma nova pessoa que agora é, conforme 2 Co 5:17,

“Assim que, se alguém está em Cristo, nova criatura é; as coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo.”,

e não se permitir ficar ruminando o passado, especialmente quando fere. Por outro lado, a esposa deve, no meu entender, fazer uma faxina em tudo isso, colocar em oração diante de Deus e rejeitar qualquer sentimento, fantasia, desejos impuros, que possam prejudicar a nova vida. É uma medida preventiva, um ajustamento de conduta que ela tem consigo mesma e com Deus, onde manifesta seu interesse em não dar lado para o renascimento de uma antiga paixão, por exemplo.

Ela me traiu e não estou conseguindo perdoar.


É uma situaçao parecida com a anterior, porém muito mais aguda. A forma como o cônjuge vai receber e administrar o problema varia de pessoa para pessoa, mas em geral a dor é muito grande. Primeiro um sentimento de fracasso enquanto homem, depois de impotência diante das providências que imagina que teria que tomar, e alguns casos, procuram se consolar com a traição da companheira atribuindo a si mesmo a culpa pelo ocorrido, pois assim fazendo encontram uma explicação para o fato. A grande maioria dos casos de traição feminina tem a sua origem no abandono e desamor do marido.Penso que apesar de ser muito difícil de ser digerida uma traição, é possível reconstruir, começar tudo de novo. Um processo de restauração da confiança, que não é fácil, mas deve ser iniciado, onde a parte ofensora, fará todo um esforço, pagando um preço por vezes muito caro, para reconsquistar a confiança do cônjuge. Não deve a mulher falar de detalhes do ocorrido, onde?, com quem ?, quantas vezes?, o que sentiu ?, etc., por que esses detalhes, só vão piorar a cabeça do marido traído, porque ele pode ficar "vendo a cena" depois de descrita e lhe fará muito mal. No meu entender, se o marido decidir pelo perdão, então, não se fala mais nisso, são águas que se passaram. Ambos devem pedir perdão um para o outro , e estabelecer novas regras de comportamento. De vez em quando ele terá recaídas de ódio e rancor contra os envolvidos no adultério, então, toda cautela é necessária para que o coração dele cicatrize com o passar dos dias, à medida que as imagens, as cenas, as palavras vão se apagando da memória, até que chegue um momento que a dor já não existe. Insisto em dizer que ele, de vez em quando irá tocar na ferida, mas a mulher não deve ficar contando os detalhes, porque só vai dificultar ainda mais.

Ela é perfeccionista, organizada demais.

A grande maioria dos homens não dá à casa o mesmo valor que as mulheres. Elas gostam de manter as coisas em ordem, tudo muito limpo e organizado, e isso em alguns casos, não conta com a cooperação masculina, daí os desencontros. Nem sempre eles tem razão de reclamar, pois em muitos casos ele é desorganizado, não ajuda na manutenção e afazeres domésticos. Mas também encontramos mulheres cujos maridos passam apertados com sua mania de limpeza e organização exagerada, já vi um caso onde o marido quando chegava do trabalho tinha que tirar a roupa de serviço lá fora, os sapatos, e entrar com cuidado para não tirar o tapete do lugar, não manchar o chão, etc. Acho que algumas vezes ele entrava com as mãos no chão e os pés para cima. Sem falar no policiamento que ela fazia, não mexa!, não tire do lugar!, não suje!. Os extremos devem ser evitados se querem permanecer juntos, tanto o marido desleixado, quanto a mulher organizada demais, é procurar umm consenso. Tenho um amigo que é tão organizado que quando vai dormir, tira os sapatos, coloca debaixo da cama em posição alinhada com os riscos do piso, as meias ele dobra e leva para o cesto de roupas sujas, veja que ele é uma excessão, não a regra. Para conviver é preciso respeitar as diferenças, procurando ceder quando necessário ao bom andamento do lar.

Minha mulher é ciumenta.


Bom, a questão é a intensidade desse ciúme.Um pouco de cíume serve como proteção para o relacionamento, estando bem administrado, sob controle. Mas quando o comportamento chega ao nível de doença mental, então, realmente precisa de cuidados, tanto espírituais como médicos, caso contrário, o casamento irá acabar, ou na melhor das hipótese ( se é que se possa usar esta expressão aqui) será uma vida sofrível para os dois. Procure um psiquiatra que poderá receitar medicação compatível com o problema, geralmente tranquilizantes. É uma ajuda. E também buscar conhecimento na Palavra e aprender a depender de Deus em todas as coisas, e entender que quem ama não suspeita mal, não acusa, não faz policiamento na vida do outro, para que haja paz.Leia Zacarias 8 e Tito 1:16.

Ela não quer fazer sexo comigo.

Porque será que isso está acontecendo entre vocês? Essa seria a pergunta cuja resposta pode resolver o problema. Primeiramente, certificar-se da saúde da mulher como um todo, e de forma mais especial, da saúde sexual dela, verificando a existência de alguma patologia ou não. Caso se confirme que há um problema de saúde sexual, fique tranquilo, hoje 95% das doenças sexuais tem cura. É preciso saber sobre o coração da mulher, não sobre o orgão, mas os sentimentos dela, se está bem emocionalmente ou não. Verificar também qual a sua parcela de culpa nisso. O que você tem feito para que ela tenha saúde emocional? Ou será que ela está doente por causa do descaso com que o marido a vem tratando? A mulher abandonada tranca a cara, e quando tranca a cara, tranca tudo, verifique isso.

Ela cuida mais dos filhos e da casa do que mim.

Isso é uma das diferenças que há entre homens e mulheres. Feita a pesquisa sobre as prioridades de uma esposa, soube-se que o marido está entre a terceira e quarta prioridade, filhos e casa ocupam os primeiros lugares, ao passo que os homens tem como sua principal prioridade o sexo. Veja que conflito de interesses. Então, procure ajustar esses interesses, mas compreendendo que é algo mais ou menos natural, tenha paciência, converse, ajude de maneira a sobrar mais tempo para vocês dois. Partindo do princípio que nós procuramos nos ocupar com as coisas mais prazerosas, seja você mais prazeroso para ela quando estiverem juntos.



Sinto um certo desconforto porque ela ganha mais do que eu.


Você está sendo vítima do próprio machismo. Liberte-se disso, não se prenda a pensamentos irracionais. Veja como uma benção e não como uma razão para conflito. É claro que isso não deve determinar troca de papel social, não. Você continua sendo o cabeça da mulher e ela sua auxiliadora, não vivem mais independentes, mas em união e consenso. Já não há mais "meu carro', "minha casa", "meu dinheiro", assim como também não há "minhas dívidas", mas agora tudo é "nosso".

Depois que nos convertemos a nossa vida sexual piorou muito.

Infelizmente isso tem ocorrido, mas não precisa e não deve ser assim. Os pecados sexuais são estes: fornicação, adultério, homossexualismo, sexo anal, sexo abusivo ( quando um não quer ou não pode), incesto, estupro, bestialidade, prostituição e lascívia. As demais coisas que possam ser aventadas como pecaminosas não passam pelo confronto com a Bíblia é querer ir além do que ela manda. Tem alguém que diga que exista posições sexuais recomendadas e não recomendadas para o cristão, mas é pura ignorância. O costume de ir ao motel talvez seja algo que incomode os homens quando deixa de acontecer por causa da conversão. A Bíblia não diz se pode ou não. Eu, particularmente,  um dia fui a favor que se frequentasse, pois todos os argumentos não eram suficientes para me convencer, porém, hoje sou contra por causa do "espírito" do empreendimento. Quando um empresário estabelece um motel ele não está preocupado com a família, com a lei, com Deus. Por trás de um motel pode haver uma rede criminosa, lavagem de dinheiro, favorecimento a prostituição, sonegação fiscal. Então, para mim, tudo que vai contra a família, deve ser rejeitado. Eu não vou participar do enriquecimento de um empresário que faz de tudo para que o adultério, a fornicação se consuma.

Ela cobra de mim coisas que eu não posso dar.

Viver como rico com dinheiro de pobre é difícil mesmo. Toda esposa deve tomar cuidado para não exagerar nas coisas que pede ao marido, pois, via de regra, todo marido gosta de satisfazer sua mulher, e quando ele não pode por falta de dinheiro, ele sofre, sente-se impotente, ainda mais se a mulher começa a fazer comparações.

Ela é gastadeira.
A mulher sabia edifica, a tola derruba a casa. Está comprovado que, para algumas pessoas,  fazer compra pode ser um prazer comparado ao prazer sexual, então, é preciso tomar cuidado com a compulsão por compras. Converse sobre isso. Se necessário for, como uma atitude pedagógica, tome dela os cartões, cheque, feche as contas abertas, assuma o controle financeiro da família, até que ela aprenda a ser auxiliadora e não consumidora contumaz.Viver acima do nosso padrão é cavar a própria sepultura.

 Pr Ismael

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