quarta-feira, 5 de junho de 2013

Todo e qualquer casamento foi DEUS quem uniu?

“Ele, porém, respondendo, disse-lhes: Não tendes lido que aquele que os fez no princípio macho e fêmea os fez, e disse: Portanto, deixará o homem pai e mãe, e se unirá à sua mulher, e serão dois numa só carne? Assim não são mais dois, mas uma só carne. Portanto, o que Deus uniu não o separe o homem” (Mateus 19:4-6).

Muitos casamentos estão sendo destruídos pelo mundo sob o pretexto de que não foram unidos por DEUS. Inúmeros maridos e esposas estão repudiando os seus cônjuges de primeiro casamento para se unirem a outras pessoas, imaginando que essa segunda relação é da vontade do SENHOR. E, assim, forma-se lentamente um ciclo vicioso e pecaminoso: quando essa segunda relação acaba, vêm uma terceira, quarta, quinta relação, sempre usando o mesmo pretexto e a mesma intenção de acertar, como se casamento fosse um jogo, uma brincadeira, onde se pudesse fazer quantas tentativas forem necessárias.

Ora, casamento é uma aliança que duas pessoas fazem entre si e com DEUS, mediante a observação do PAI, para fins bem específicos: satisfazerem-se sexualmente (o que o apóstolo Paulo chama de “pagar a devida benevolência”, em 1 Coríntios 7:3) e procriarem, ou seja, gerarem filhos, futuras gerações. Essa aliança só é finalizada quando um dos cônjuges morre (pois DEUS deu a vida e somente ELE a pode tirar). Ou seja, embora as pessoas tentem desfazê-la através de uma separação física e de um novo envolvimento sexual, fica claro que só o SENHOR DEUS pode acabá-la.

A aliança de um casamento reza o seguinte: “você, homem, que saiu da casa de seus pais, está, por livre e espontânea vontade, entregando o seu corpo para os cuidados e domínio absoluto de uma mulher, que passará a ser chamada por você de esposa. Você, mulher, que também saiu da casa dos seus pais, está, por livre e espontânea vontade, entregando o seu corpo para os cuidados e domínio absoluto de um homem, que passará a ser chamado por você de marido”. Assim, esse homem e essa mulher ficam livres, diante de DEUS, para buscarem a plena e santa realização sexual entre ambos. DEUS viu e ouviu aquela confissão, e testemunhou essa aliança no Céu. Somente ELE pode desfazê-la.

O apóstolo Paulo afirmou que DEUS fez o casamento para que homens e mulheres fugissem da fornicação (relação sexual ilícita): “Mas, por causa da fornicação, cada um tenha a sua própria mulher, e cada uma tenha o seu próprio marido” (1 Coríntios 7:2). Adiante no texto, ele explica: “Mas, se não podem conter-se, casem-se. Porque é melhor se casar o que abrasar-se” (vers. 9); ou seja, o casamento é bom para quem tem problemas na área sexual, e para isso ele foi feito lá no Éden. Mas quem vive tranquilamente e não se sente fragilizado ante às ameaças carnais dos impulsos sexuais, é melhor viver solteiro do que se casar: “Digo, porém, aos solteiros e às viúvas, que lhes é bom se ficarem como eu” (vers. 8); “De sorte que, o que a dá em casamento faz bem; mas o que não a dá em casamento faz melhor” (vers. 38). Paulo e demais apóstolos tinham consciência da importância e seriedade do casamento, muitos tinham ouvido do próprio SENHOR JESUS que casamento só seria desfeito na morte de um dos cônjuges, e, por isso, haviam chegado a seguinte conclusão: “Disseram-lhe seus discípulos: Se assim é a condição do homem relativamente à mulher, não convém casar” (Mateus 19:10).

Todos tinham a consciência de que casamento seria para a vida toda; melhor, até quando os dois estiverem respirando. O que tinham ouvido do SENHOR JESUS sobre casamento era tão certo e verdadeiro que passaram a propagar essa verdade, advertindo o casal para o perigo de uma separação: “Todavia aos casados mando, não eu mas o SENHOR, que a mulher não se aparte do marido. Se porém se apartar, que fique sem casar (novamente, claro, porque ela já é casada), e que se reconcilie com o marido; e que o marido não deixe a mulher” (1 Coríntios 7:10-11); “A mulher casada está ligada pela lei (do casamento) todo o tempo que o seu marido vive; mas, se falecer o seu marido fica livre para se casar com quem quiser, contanto que seja no SENHOR” (vers. 39) (grifos meus). Alguém poderia perguntar: Mas por que não posso me casar com outra pessoa, ainda que esteja separado e divorciado, segundo a lei dos homens? Nesse caso, para preservar a pessoa de se tornar adúltera com uma outra, pois estaria adulterando o próprio corpo e, consequentemente, a aliança testemunhada por DEUS. JESUS alertou: “(…) Qualquer que deixar a sua mulher e casar com outra, adultera contra ela. E, se a mulher deixar a seu marido, e casar com outro, adultera” (Marcos 10:11-12); “Qualquer que deixa a sua mulher, e casa com outra, adultera; e aquele que se casa com a repudiada pelo marido, adultera também” (Lucas 16:18).

Bem, JESUS chamou o segundo relacionamento sexual de adultério, estando o primeiro cônjuge ainda vivo. O Espírito Santo inspirou o apóstolo Paulo para escrever que os adúlteros não herdarão o reino de DEUS (1 Coríntios 6:9-10). O apóstolo Tiago ratificou dizendo que quem se torna adúltero passa a ser amigo do mundo e inimigo de DEUS: “Adúlteros e adúlteras, não sabeis vós que a amizade do mundo é inimizade contra Deus? Portanto, qualquer que quiser ser amigo do mundo constitui-se inimigo de Deus” (Tiago 4:4). Agora leia o que o autor do livro de Provérbios afirmou sobre a mulher adúltera: “Não se desvie para os caminhos dela o teu coração, e não se deixe perder nas suas veredas. Porque a muitos feridos derrubou; e são muitíssimos os que por causa dela foram mortos. A sua casa é caminho do inferno que desce para as câmaras da morte” (Provérbios 7:25-27).

Se uma pessoa, após ler toda essa exegese bíblica sobre casamento e recasamento, ainda assim disser que não crê em um DEUS assim, estará apostando da Palavra, estará como os néscios, os loucos, que dizem: “Disse o néscio em seu coração: Não há Deus. Têm-se corrompido, e cometido abominável iniquidade; não há ninguém que faça o bem” (Salmos 53:1). Os ensinamentos do SENHOR são perfeitos, puros e agradáveis.

Mas, em meio a todo conhecimento que se tem sobre casamento, é possível que alguém lance a seguinte pergunta: “Todo e qualquer casamento, ainda que seja o primeiro de ambos, foi DEUS quem uniu?”.

Olhando para as Sagradas Escrituras, encontraremos claramente a resposta. Uma coisa é DEUS unir; outra, é ELE apenas testemunhar. Quando DEUS une, também testemunha; mas nem sempre quando testemunha, foi ELE quem uniu. Porém, em uma e em outra situação, o casamento não perdeu o seu caráter e validade. Mesmo nos casos em que não foi DEUS quem uniu, ambos devem permanecer fiéis a aliança para o corpo se mantenha em santidade diante de DEUS. Cabe aqui a seguinte analogia: a Palavra diz que DEUS gostaria que todos se salvassem. Porém, todos vão se salvar? Nós, humanos, falhos e imperfeitos, sabemos os que vão se salvar e os que vão se perder? Porém, não devemos nos precipitar em nossa análise nem em nossas atitudes. Se eu soubesse os que vão se salvar, jamais ou pregaria a Palavra de DEUS aos perdidos. Essa linha de raciocínio cabe direitinho para o casamento. Quem é capaz de dizer quais casamentos foram unidos por DEUS e quais não foram? Ninguém. Portanto, tanto em um caso, como em outro, não dá o direito às pessoas de se precipitarem, de julgarem antecipadamente, pois DEUS, segundo a Sua vontade, pode trazer à existência as coisas que ainda não existem ou pode transformar algo que é maldito em luz, em bênção. Qual a orientação para quem se casou, mas está separado do primeiro cônjuge? Orar e esperar.

Vamos ver, na Bíblia, duas situações claras sobre casamento. Uma que, claramente, não foi DEUS quem uniu (e assim DEUS ordena para que o casal se separe); e outra uma união testemunhada e aprovada por DEUS, onde ELE quase que exige que os maridos voltem para as suas primeiras esposas.

A primeira está em Esdras capítulos 9, 10 e 11. DEUS, lá em Deuteronômio, havia ordenado aos filhos de Israel que, ao herdarem a Terra Prometida, não se casassem com as mulheres daquela terra. Nos capítulos citados de Esdras, vimos que os filhos de Israel fizeram exatamente o contrário, desobedecendo a uma ordem de DEUS: “Então se levantou Esdras, o sacerdote, e disse-lhes: Vós tendes transgredido, e casastes com mulheres estrangeiras, aumentando a culpa de Israel. Agora, pois, fazei confissão ao Senhor Deus de vossos pais, e fazei a sua vontade; e apartai-vos dos povos das terras, e das mulheres estrangeiras. E assim respondeu toda a congregação, e disse em altas vozes: Assim seja, conforme às tuas palavras nos convém fazer” (Esdras 10:10-12). “E acharam-se dos filhos dos sacerdotes que casaram com mulheres estrangeiras: Dos filhos de Jesuá, filho de Jozadaque, e de seus irmãos, Maaséias, e Eliezer, e Jaribe, e Gedalias. E deram as suas mãos prometendo que despediriam suas mulheres; e achando-se culpados, ofereceram um carneiro do rebanho pelo seu delito” (vers. 18-19). DEUS observou que os filhos de Israel fizeram uma aliança de casamento com mulheres que não eram da linhagem de Israel, ou seja, constituindo um jugo desigual, onde a condição espiritual pagã das esposas destruiria a vida espiritual e as promessas de DEUS para os filhos de Israel.

O DEUS que ordena a separação no livro de Esdras é o mesmo que ordena a restauração em Malaquias. Nesse segundo caso, DEUS havia unido e testemunhado a relação, o casamento dos filhos de Israel com suas primeiras esposas. Mas eles, ao retornarem do cativeiro da Babilônia, repudiaram-nas e se uniram a outras mulheres. Observe o que DEUS diz sobre a atitude de repúdio desses homens: “Não temos nós todos um mesmo Pai? Não nos criou um mesmo Deus? Por que agimos aleivosamente cada um contra seu irmão, profanando a aliança dos nossos pais? Judá tem sido desleal, e abominação se cometeu em Israel e em Jerusalém; porque Judá profanou o santuário do Senhor, o qual Ele ama, e se casou com a filha de deus estranho. O Senhor destruirá das tendas de Jacó o homem que fizer isto, o que vela, e o que responde, e o que apresenta uma oferta ao SENHOR dos Exércitos. Ainda fazeis isto outra vez. Cobrindo o altar do SENHOR de lágrimas, com choro e com gemidos; de sorte que Ele não olha mais para a oferta, nem a aceitará com prazer da vossa mão. E perguntais: Por quê? Porque o SENHOR foi testemunha entre ti e a mulher da tua mocidade, com a qual tu foste desleal, sendo ela a tua companheira, e a mulher da tua aliança. E não fez Ele somente um, ainda que lhe sobrava o espírito? E por que somente um? Ele buscava uma descendência para Deus. Portanto guardai-vos em vosso espírito, e ninguém seja infiel para com a mulher da sua mocidade. Porque o SENHOR, o Deus de Israel, diz que odeia o repúdio, e aquele que encobre a violência com a sua roupa, diz o SENHOR dos Exércitos; portanto guardai-vos em vosso espírito, e não sejais desleais” (Malaquias 2:10-16).

Cabe uma pergunta: no primeiro caso, onde DEUS ordena a separação dos filhos de Israel com as suas esposas estrangeiras, ELE autorizou um segundo casamento dos mesmos? Não existe isso na Santa Palavra de DEUS…

Há casamentos, alianças, que foram realizadas fora da vontade de DEUS, mas que, mesmo assim, não perderam a sua validade como aliança entre um homem e uma mulher. Há cônjuges que vão se separar por algum motivo, embora não seja essa a vontade de DEUS. Mas que DEUS vai restaurá-los, vai agir de forma sobrenatural como tem feito constantemente através do nosso Ministério. Há cônjuges pelo mundo, que nunca se separaram e até são exemplos para toda sociedade, mas que, no entanto, não vão herdar o Reino de DEUS, porque não nasceram de novo, não foram escolhidos de DEUS. Há, também, aqueles casamentos que vão se partir e nunca mais acontecerão novamente. DEUS vai tirar a vida de um ou de outro e conduzir o caminho dos Seus filhos segundo a Sua vontade. Seja para viver apenas para o SENHOR (“porque há eunucos que foram castrados pelos homens; e há eunucos que se castraram a si mesmos, por causa do Reino dos céus”, disse JESUS, em Mateus 19:12); seja para se casar novamente, estando a pessoa viúva, desde que seja com uma pessoa temente a DEUS. Se uma coisa ou outra, não importa. Importa que não andemos precipitados, realizando a vontade da nossa carne, vivendo afastados de DEUS, como adúlteros de espírito aprisionado pelo diabo e pela vontade da carne; mas como filhos obedientes, pacientes, que esperam pelas respostas do SENHOR. O alvo dos filhos de DEUS não é somente ter um casamento exemplar, ou restaurado, mas vivermos como filhos obedientes a Sua Palavra, porque o nosso alvo é CRISTO, a salvação do nosso espírito, o Reino de DEUS, onde ninguém se dará em casamento.

DEUS tem anunciado a mim (não que eu seja merecedor de alguma revelação da parte de DEUS nem para minha exaltação, mas pela fidelidade DELE em minha vida) que alguns casamentos, entre os que estão próximos a mim, serão restaurados para a glória e honra do SENHOR. É uma questão de pouco tempo apenas, e o milagre virá. Essa foi uma promessa que recebi do meu PAI, quando ELE me deu o Ministério. Outros, no entanto, sei que não serão restaurados por DEUS, porque DEUS sabe que, se esses cônjuges voltarem para casa, atormentarão a vida daqueles que o SENHOR tem um chamado especial e até tentarão roubar-lhes a salvação. E é melhor está sozinho (a), servindo ao SENHOR em paz e alegria; do que está casado, vivendo lado a lado com o cônjuge e sofrendo dias infernais. É como escreveu Salomão, no alto da sabedoria que DEUS lhe deu: “Melhor é o pouco com o temor do SENHOR, do que um grande tesouro onde há inquietação” (Provérbios 15:16).

A direção que DEUS dá aos que querem herdar o Reino DELE um dia é: NÃO SE PRECIPITEM! OREM E ESPEREM COM PACIÊNCIA. A precipitação gera a morte espiritual e a espera com paciência, grandes bênçãos. Creia: se o teu casamento foi DEUS quem uniu, ELE vai restaurar, no tempo estabelecido por ELE. Não tem como ser diferente. Afinal, é da vontade do SENHOR que famílias inteiras herdem o Seu Reino e a Sua glória.

FERNANDO CÉSAR

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