sexta-feira, 7 de junho de 2013

Às esposas cristãs feridas

“Portanto, meus amados irmãos, sede firmes e constantes, sempre abundantes na obra do Senhor, sabendo que, no Senhor, o vosso trabalho não é vão”. (1 Coríntios 15:58)

Como homem, marido, Pastor da área de restauração familiar e, principalmente, filho de DEUS, vivo muito preocupado com a quantidade de e-mails que recebo aqui no site do meu Ministério de esposas cristãs vítimas de infidelidade conjugal, as quais relatam suas tristes histórias, seus traumas, suas frustrações e suas marcas de dor. A maior de todas, sem dúvida, refere-se ao fato de terem sonhado que um casamento com um homem de Deus trouxesse às suas vidas ao menos um pouco de paz de espírito.

De Norte a Sul, de uma extremidade a outra do Brasil, os adultérios têm contaminado os matrimônios e criado o desejo nas esposas de separação e divórcio. Lamentavelmente, a instituição mais antiga, criada por DEUS, a família, está abalada e ameaçada de extinção. Como cristão não podemos nos esquivar dessa realidade, comprovada dia-a-dia nos crescentes números de divórcios. Será que nós, colunas de DEUS, erguidas para cuidar das famílias, temos orado pouco? Será que as igrejas não têm privilegiado no rol de suas prioridades esse tema tão delicado? O que temos feito para provocar uma transformação no mundo espiritual em prol das causas familiares?

Por essa razão, abri mão de escrever sobre um outro assunto para, essa semana, voltar-me mais uma vez a esse tema tão delicado, numa tentativa de mostrar que essa não é apenas uma responsabilidade dos ministérios de família das igrejas, mas de todo o povo de DEUS. Quem não guerreia, em oração e jejum, pelas famílias no mundo, contribui mais e mais para a destruição dos lares pelo diabo. Eu, por exemplo, preciso e vou orar mais.

O instinto sexual, carnal, fora do casamento é o maior de todos os motivos para o desajuste familiar. Ele tem sido propagado deliberadamente na mídia e no liberalismo social. As novelas, as músicas, a permissividade descontrolada modificaram o mais profundo do valor humano: o caráter. Maridos, de repente, sem razão alguma, deixam-se seduzir pelo pecado da infidelidade, saindo da ficção para a realidade, e deixam brotar o primeiro desejo carnal por uma mulher que não nasceu para ele.

O que primeiro precisa ser compreendido é que a desobediência pela infidelidade conjugal constitui a quebra da Aliança que CRISTO fez com o homem na cruz do calvário. Isto está bem claro em Efésios 5:25 quando o autor associa o amor de um marido à sua esposa com o Amor de CRISTO com a sua igreja: “Vós, maridos, amai as vossas mulheres, como também Cristo amou a igreja, e a si mesmo se entregou por ela”. Portanto, a promessa de amar a esposa feita no casamento é a Aliança instituída por DEUS, quando ELE entregou o Seu único Filho para morrer numa cruz pela salvação dos que crêem. A quebra do amor entre marido e esposa significa uma ruptura à promessa de vida eterna. Quem trai a sua companheira está afirmando para CRISTO, mesmo que inconscientemente, que não mais anseia pelo pacto dessa Aliança, que rejeita o selo da salvação eterna; enfim, que ele (o marido infiel) não aceita mais fazer parte do corpo de CRISTO aqui na terra. Trair a esposa significa, então, deixar para trás a promessa de CRISTO e separar-se da unidade do corpo santo.

O segundo ponto a ser observado é que somente a morte é a única condição, segundo a Bíblia, em que um casamento pode ser desfeito por DEUS, ou seja, a destruição formal daquilo que DEUS criou. Embora o termo divórcio apareça na Bíblia, faz-se necessário salientar que esse instrumento civil nunca existiu nos tempos bíblicos. O que lemos hoje como sendo divórcio, nada mais é que uma tradução equivocada da palavra repúdio, o que levou a muitos dicionaristas a incluírem repúdio como sinônimo do divórcio. Quando muitos fariseus foram até JESUS para testá-LO, perguntaram-lhe: “É lícito ao homem repudiar sua mulher por qualquer motivo? Respondeu-lhes Ele: não leste que no princípio o Criador os fez macho e fêmea, e disse ‘portanto deixará o homem pai e mãe, e se unirá a sua mulher, serão os dois uma só carne?’ Assim já não são mais dois, mas uma só carne (essa expressão ‘uma só carne’ representa também a presença do homem integrado ao corpo espiritual de Cristo). Portanto, o que Deus ajuntou não o separe o homem. Perguntaram-lhe: então por que mandou Moisés (e não Deus) dar-lhe carta de repúdio (na tradução original) e repudiá-la? “Respondeu-lhes ele: Moisés, por causa da dureza dos vossos corações, vos permitiu repudiar vossas mulheres. Mas no princípio não foi assim.” (Mateus 19:3-8) (grifos nossos). Ou seja, a carta de repúdio foi uma alternativa encontrada por Moisés para que a esposa repudiada pelo marido fosse aceita socialmente sob uma justificativa civil, humana. Tal carta não passou de uma permissão, nunca estando na vontade de DEUS. As ordenanças da lei (letra)dirigidas ao caráter do homem (Êxodo 20:14; Deuteronômio 20:14) na época de Moisés deixaram de ter o seu valor nos tempos da Graça como vemos nas seguintes passagens: Efésios 2:14-15; Romanos 7:4-7; 2 Coríntios 3:6-11; Gálatas 3:22-25 e muitos outros textos. Aqueles que desejam estar sob a letra estão abandonando a liberdade em CRISTO e retornando a escravidão. Todavia, os conselhos de Deus foram bem diferentes daquele escape dado por Moisés: “Todavia, aos casados, mando, não eu mas o Senhor, que a mulher não se aparte do marido. Se porém, se apartar, que fique sem casar, ou que se reconcilie com o marido. E que o marido não deixe a mulher” (1 Coríntios 7:10-11)(grifo nosso). O conselho de DEUS para as esposas é claro e imutável: “não se apartem dos seus maridos!”. O Todo-Poderoso está dizendo para as esposas traídas que não desistam da fé restauradora nem entreguem a promessa de Deus ao diabo. Tomemos o exemplo daquele que, depois de JESUS, sofreu terríveis males em seu físico e no espírito, o apóstolo Paulo, mas ainda assim não se esquivou de afirmar: “De boa vontade me gloriarei nas minhas fraquezas, para que em mim habite o poder de Cristo. (…) Pois quando estou fraco, então é que sou forte” (2 Coríntios 12: 9-10). A fé de Paulo deve ser a fé de todas as esposas traídas: a fé que se renova nas adversidades. É no vazio, nas lágrimas, nas fraquezas, quando tudo parece perdido, sem solução alguma, que sentimos o Poder de CRISTO se manifestar em nós.

O terceiro e o último ponto é que quando a fé é abalada por um gesto de traição, o coração se preenche de mágoas, ressentimentos e desesperança. É a consolidação final do projeto do diabo em destruir a família: primeiro atrai o marido; depois destrói as bases familiares (interferindo nos filhos) e por fim planta sementes de rancor no coração ferido da mulher. Embora saibamos que a traição conjugal abate primeiramente o campo mais sensível do ser humano (a fé), causando desânimo e enfraquecimento espiritual, estendendo-se a outros universos como filhos, trabalho e vida social, a realidade é que as esposas devem ficar atentas para também não se afastarem de DEUS. Viver uma vida de oração pelos seus maridos é o único remédio e atribuição divina, para que possam, no futuro, testemunhar grandes vitórias.

Dessa forma, peço a todas as minhas irmãs em Cristo que não guardem mágoas, ressentimentos e não desistam da guerra. Sejam valentes, persistentes em oração, declarando que satanás é derrotado em suas vidas (pois a sentença dele já foi publicada por CRISTO). Porque de cá, no mais profundo do meu ser, continuarei de muito boa vontade a me gastar pelas suas vidas, crendo que, um dia, todas as famílias de CRISTO, que perseveraram, se encontrarão vitoriosas no Reino dos céus. Que Deus as abençoe!

FERNANDO CÉSAR

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