Teu cônjuge já se tornou o teu inimigo?
Quem luta pela reconciliação no SENHOR e busca a restauração, o perdão, a organização familiar que DEUS criou e testemunhou, está do lado de DEUS, fazendo aquilo que agrada o SENHOR, está se submetendo à vontade de DEUS. Portanto, é filho (a) de DEUS, que está nos céus, anda na contramão do mundo e é odiado por aqueles que não querem saber de renunciar e obedecer ao SENHOR.
Porém, quem insiste em se manter separado da família, em adultério, busca o divórcio, o novo casamento civil, embora seja uma pessoa religiosa, frequentadora de templos, está longe do Espírito de DEUS. E estando longe do Espírito de DEUS, vive enganado (a) pelo diabo, escravizado (a) pelas concupiscências carnais, e passa a ser adversário, inimigo espiritual daquele com quem é casado e está separado fisicamente.
Aqui se estabelece a batalha espiritual: duas pessoas (que são casadas para DEUS em primeiro casamento, que viveram juntas durante um tempo, que constituíram uma família lícita aos olhos de DEUS), passam a viver de lados opostos, com opiniões e fé diferentes, adversárias e inimigas espiritualmente falando.
Quase todos os maridos e esposas, que estão oprimidos pelo diabo, não admitem que se tornam inimigos do cônjuge, porque estão cegos, enganados. Procuram usar sempre uma máscara de bom moço chamada hipocrisia religiosa. E como se estabelece essa hipocrisia religiosa? Querem mostrar para a sociedade e para os parentes que não são corruptos, maus, irresponsáveis, sem DEUS, filhos do diabo, que já assumiram um novo relacionamento (e que foi esse segundo o que DEUS uniu; e não o primeiro), que eles têm o Espírito de DEUS, mesmo vivendo presos ao pecado da mentira e do adultério, andando segundo a vontade do pai da mentira e do maior incentivador do pecado, mesmo frequentando templos. Enganam a homens, enganam a sociedade, enganam a líderes, enganam o mundo inteiro. Mas não enganam a DEUS. Quem, em sua sã consciência, admitiria tal estado de sujeira e imundície? Afinal, a libertação do homem, a reconciliação dele com DEUS começa quando ele admite para si, em seu coração e de toda alma, depois para DEUS (confessa) que os caminhos por onde andou são caminhos de morte. DEUS começa a trabalhar em um coração contrito e um espírito quebrantado, levando-o ao arrependimento e a reconciliação com ELE.
Você já viu uma pessoa que está presa ao adultério admitir para si mesmo e para os outros, que está perdido e que é filho do diabo? Não admite. Ao contrário, ela procura inverter todos os valores: o cônjuge que busca fazer a vontade de DEUS é quem não presta, quem é mau, louco, fanático, desajuizado, simplesmente porque busca agradar a DEUS em Sua Palavra.
Então entenda: quando você adentra em um deserto espiritual, seu cônjuge tem que passar a ser o seu inimigo espiritual, o seu adversário: “andarão dois juntos, se não estiverem de acordo?” (Amós 3:3). “Não vos prendais a um jugo desigual com os infiéis. Pois que sociedade tem a justiça com a injustiça? E que comunhão tem a luz com as trevas? E que concórdia há entre Cristo e Belial? Ou que parte tem o fiel com o infiel? E que consenso tem o templo de Deus com os ídolos? Pois vós sois santuário do Deus vivente, como Deus disse: neles habitarei e entre eles andarei, e eu serei seu Deus” (2 Coríntios 6:14-16). DEUS habita em quem? Em templo feito por homens? Afinal, quem é o templo de DEUS? Paredes erguidas por homens ou nós, nosso corpo?
Eu pergunto: quem está no mundo, satisfazendo as concupiscências da carne, pode ser templo e morada de DEUS? Vejam o que João escreveu: “Se dissermos que temos comunhão com Ele e andarmos nas trevas (hipocrisia religiosa), mentimos (somos mentiroso, filhos do pai da mentira, que é o diabo) e não praticamos a verdade” (1 João 1:6) (grifos meus); “Não ameis o mundo, nem o que há no mundo. Se alguém ama o mundo, o amor do Pai não está nele. Pois tudo o que há no mundo, a concupiscência da carne, a concupiscência dos olhos e a soberba da vida não é do Pai, mas do mundo. Ora, o mundo passa e a sua concupiscência, mas aquele que faz a vontade de Deus permanece para sempre” (1 João 2:15-17).
Você já entendeu a razão pela qual o teu cônjuge tem que se tornar o teu inimigo, adversário espiritual enquanto você estiver em sua caminhada no deserto? É preciso que ele seja e ele é!
Mas, por que o nosso cônjuge está preso ao pecado da mentira e do adultério, perdido, sem salvação, abandonaremo-no, desistiremo-no e não o amaremos?
JESUS disse: “Amai-vos os vossos inimigos e orai pelos que vos perseguem para que sejais filhos do Pai que está nos céus” (Mateus 5:44-45).
JESUS veio para libertar os maridos adúlteros e as esposas insubmissas, pessoas que hoje estão perdidas, cegas de espírito, cativas. Nada justifica uma atitude precipitada de um filho de DEUS: nem para desistir de lutar, nem para querer restaurar o casamento pela força do braço, muito menos para arranjar outra pessoa. O filho de DEUS ora, persevera, obedece, submete-se e, sobretudo, espera pacientemente pela resposta final de DEUS.
Não estranhe se a pessoa que um dia você se casou, que você acreditou, com a qual você constituiu uma família e viveu durante algum tempo com você, hoje, se tornar o teu inimigo. Teu cônjuge se torna teu inimigo e adversário espirituais porque o espírito que está nele não é o mesmo que está em você. Aquele que está em você (o Espírito Santo) é maior do que o espírito do mundo. Mas DEUS vai libertá-lo, destruirá todas as cadeias e ele passará a ter o mesmo Espírito que habita em você e voltará a ser, além de cônjuge, seu amigo outra vez.
FERNANDO CÉSAR
0 comentários:
Postar um comentário