sábado, 30 de março de 2013

Onde está o fundamento da tua casa


Onde está o fundamento da tua casa? Mt 6.46-49

Muitas coisas acontecem em nossa vida que as vezes nos perguntamos: Porque isto foi acontecer comigo? Porque Deus permitiu isto? Como vou suportar tamanha tribulação?... e por ai vão várias outras perguntas iguais a estas quando estamos passando por problemas, perdas ou dificuldades diversas em nossas vidas.
Se analisar-mos a Palavra de Deus, vamos chegar a uma conclusão ainda mais triste! Somos nós, na maioria das vezes, que buscamos estar em determinada situação.

”Tudo em nossa vida acontece de acordo com as escolhas que fazemos.”

    Desde o início sempre foi assim, o ser humano nunca foi obrigado por Deus a fazer o que Ele havia dito, sempre existiu o tão falado “Livre Arbítrio”, que muitos usam como sinônimo de LIBERDADE, mas que, mal aplicado, pode levar a PRISÃO ESPIRITUAL.

    Deus não arromba a porta de seu coração, ao contrário, Ele está batendo na sua porta, esperando que você a abra para Ele entrar e mudar a tua vida (Ap 3.20).

    Ao contrário disso, satanás tenta de todas as maneiras entrar em tua vida para destruí-la, inclusive a de sua família, o alvo maior. Essa destruição não acontece de uma hora para outra na maioria das vezes. O inimigo de nossas almas age quase que imperceptível na vida daqueles que não conhecem a verdade. Em coisas simples é que começa a ação do maligno. Um exemplo prático é o que seus filhos tem visto e ouvido na TV, no colégio ou até mesmo em casa. Gestos e palavras que saem de nós e que, para eles, que estão formando sua personalidade até os 5 anos de idade, conforme estudos feitos por psicólogos de renome, tornam-se nocivos em suas vidas. Querido leitor, você acha que uma criança tem capacidade de entender que se passa entre um casal em cenas de total sedução e desejos? De saber porque aquela moça da propaganda de cerveja usa roupas tão sensuais? De ver cenas de traição entre casais na novela como se fosse a coisa mais natural do mundo? Isto são apenas alguns exemplos de como o maligno age no mundo atual, sem que muitos percebam, pois lhes falta o conhecimento (Oséias 4.6a).

    Depois de toda essa lavagem cerebral que passamos até nos tornar-mos adultos, ou pelo menos com “capacidade” de escolher que caminho seguir, o mundo nos apresenta duas alternativa:

a) Ou você escolhe agir de acordo com o que o mundo acha normal nos dias de hoje, ou,

b) Você busca o conhecimento da vontade de Deus, que sempre foi a de que você tivesse uma vida feliz, sem doenças, sem morte, sem tristezas, sem dor.

    Se você escolher a alternativa “a”, estará nas “graças” de satanás, pois estará fazendo exatamente a vontade dele, ou seja, tudo o que é contrário a Deus.

    Se você escolher a alternativa “b”, então sofrerá fortes ataques morais. Será chamado de louco, de fanático, de alienado e por aí vai. O inimigo sempre irá tentar causar a impressão de que tudo o que se refere a conhecer a vontade de Deus é sem importância e perda de tempo. Mas Jesus te diz: “Bem-aventurados sois quando os homens vos odiarem e quando vos expulsarem da sua companhia, vos injuriarem e rejeitarem o vosso nome como indigno, por causa do Filho do Homem. Regozijai-vos naquele dia e exultai, porque grande é o vosso galardão no céu... (Lc 6.22-23).

    A Palavra de Deus nos diz que todas as coisas são licitas, mas que nem todas convém; que todas as coisas são lícitas, mas que nem todas edificam (1Coríntios 10.23). Baseando-se nesta Palavra, analise a seguinte situação entre duas pessoas: uma foi criada em uma família de classe alta e a outra numa família de classe baixa. A que foi criada na família de classe alta, quase não recebia o carinho de seus pais, pois ambos achavam que o trabalho era muito importante para dar estabilidade financeira a seu filho no futuro. Consequentemente, para suprir a falta dos pais, era preciso que este filho busca-se carinho e amizade em outra fonte.

É surpreendente o que uma TV no quarto de uma criança pode fazer com a mente dela. A “babá eletrônica” se torna a melhor amiga da criança quando isto acontece. Muitos casos de adolescentes que cometeram crimes terríveis devido a envolvimento excessivo com jogos de RPG já foram anunciados, e isto é comprovado. Quanto mais tempo a criança fica na frente da “telinha”, menos ela usa sua capacidade de pensar, expressar sentimentos e de se comunicar. Seu vocabulário torna-se pobre, dificultando até a forma de como expressar o que deseja.

    Note que não é a TV a única culpada, mas sim, nós que permitimos que nossos filhos se tornem escravos dela.

    Vejamos o caso do segundo filho, que foi criado numa família de classe baixa. Seus pais, por estarem mais tempo em casa, já que não precisavam ou não tinham um emprego que exigi-se tempo integral deles, aproveitavam os dias em família para orientarem seu filho, irem a Igreja e manter uma comunicação mais ativa. Seu filho não precisava buscar carinho em outro lugar, pois já recebia isso em casa. No grupo de jovens da Igreja, aprendeu que devia preencher sua mente com coisas que fossem para edificação, que demonstrassem a vontade de Deus (Romanos 12.1-2).

    Nos dois casos, a escolha começou pelos pais, que obrigou os dois filhos a tomarem outras escolhas baseados no que lhes era proposto. A diferença é que um dos filhos, tinha além do ensinamento dos pais o ensinamento de Deus. Tinha um fundamento sólido e eterno. (Leia Provérbios 4).

Como saber qual caminho a seguir?

    A Bíblia nos ensina que há caminhos que parecem direitos ao homem, mas que ao final, são caminhos de morte (Provérbios 16.25). Com isso, podemos dizer com toda a certeza que nem todas as religiões levam a Deus e, obviamente, que não é a denominação religiosa que faz a diferença entre ir para o Céu ou ir para o Inferno e sim, a certeza de estar-mos andando no caminho certo. Esta certeza só podemos adquirir conhecendo a Palavra de Deus, que é útil para ensinar, repreender, corrigir, educar na justiça, a fim de o homem de Deus seja perfeito e perfeitamente habilitado para toda boa obra (2Timóteo 3.16).

    Jesus nos ensina: “Nem todo aquele que me diz Senhor, Senhor! entrará no reino dos céus, mas aquele que faz a vontade do meu Pai, que está nos céus (Mateus 7.21)”. Sendo assim, como vou saber se o que tenho feito é a vontade de Deus? Será que somente ajudando os necessitados, pagar minhas dívidas em dia, visitar crianças carentes, visitar enfermos e diversas outras boas ações são o bastante para que eu não vá para o Inferno? A resposta está na Palavra de Deus:

“Porque pela graça sois salvos, mediante a fé; e isto não vem de vós; é dom de Deus; não de obras, para que ninguém se glorie.(Efésios 2.8-9)”.

“sabendo, contudo, que o homem não é justificado por obras da lei, mas sim, pela fé em Cristo Jesus, temos também crido em Cristo Jesus para sermos justificados pela fé em Cristo, e não por obras da lei; pois por obras da lei nenhuma carne será justificada (Gálatas 2.16)”.

    Como podemos verificar através das Escrituras, nem sempre fazer o bem é sinal de que estamos no caminho certo da Salvação, pois, fazer o bem não é uma condição para a Salvação e sim um dever.

    Vamos meditar no texto sagrado abaixo:

»Rm [10]
1 Irmãos, o bom desejo do meu coração e a minha súplica a Deus por Israel é para sua salvação.
2 Porque lhes dou testemunho de que têm zelo por Deus, mas não com entendimento.
3 Porquanto, não conhecendo a justiça de Deus, e procurando estabelecer a sua própria, não se sujeitaram à justiça de Deus.
4 Pois Cristo é o fim da lei para justificar a todo aquele que crê.
5 Porque Moisés escreve que o homem que pratica a justiça que vem da lei viverá por ela.
6 Mas a justiça que vem da fé diz assim: Não digas em teu coração: Quem subirá ao céu? (isto é, a trazer do alto a Cristo;)
7 ou: Quem descerá ao abismo? (isto é, a fazer subir a Cristo dentre os mortos).
8 Mas que diz? A palavra está perto de ti, na tua boca e no teu coração; isto é, a palavra da fé, que pregamos.
9 Porque, se com a tua boca confessares a Jesus como Senhor, e em teu coração creres que Deus o ressuscitou dentre os mortos, será salvo;
10 pois é com o coração que se crê para a justiça, e com a boca se faz confissão para a salvação.
11 Porque a Escritura diz: Ninguém que nele crê será confundido.
12 Porquanto não há distinção entre judeu e grego; porque o mesmo Senhor o é de todos, rico para com todos os que o invocam.
13 Porque: Todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo.

    O apóstolo Paulo, como todo o cristão autêntico, tinha em seu coração o desejo de que todos recebessem a Salvação (vv. 1). No entanto, havia algo de errado na Igreja de Roma. Ela se preocupava muito em cuidar fazer o bem, mas isso, sob sua própria perspectiva, ou seja, fazer o bem conforme lhe vinha ao pensamento, se contudo, buscar o conhecimento do que era fazer o bem aos olhos de Deus.

    Isto fica bem claro no versículo 2 e 3:

“Porque lhes dou testemunho de que têm zelo por Deus, mas não com entendimento.
Porquanto, não conhecendo a justiça de Deus, e procurando estabelecer a sua própria, não se sujeitaram à justiça de Deus.”

    Os Romanos, apesar de terem aceitado a Jesus como Senhor e Salvador, como aquele que morreu para que todos os que crerem nEle sejam justificados perante Deus mediante o seu sangue derramado na cruz, ainda agiam como se estivessem debaixo da Lei.
    Jesus foi o inicio de uma novo pacto, uma nova dispensação, a dispensação da graça.

    Graça quer dizer “favor imerecido”. Nós não merecíamos tão grande salvação providenciada por Deus, através de seu Filho Unigênito, o cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo. Mesmo assim, na sua infinita misericórdia, no seu amor ágape, Deus nos deu esses escape, para que todo aquele que crer, não pereça, mas tenha a vida eterna (João 3.16).

    Antes desse sacrifício perfeito, era necessário que o homem, para ser justificado perante Deus, segui-se todos os mandamentos da Lei de Moisés. Eram necessários sacrifícios diários, o próprio sacerdote, para entrar no Lugar Santíssimo do templo, precisava ter toda uma preparação, caso contrário, morreria na mesma hora pelo poder de Deus. Havia uma cortina que separava o Lugar Santo do Lugar Santíssimo no templo. Isto para nós significa o salão da Igreja e o Púlpito.

    Quando Jesus entregou seu espírito da Cruz, a palavra de Deus nos diz que esta cortina se rasgou, nos dando livre acesso ao Lugar Santíssimo, onde antes, somente o sacerdote poderia entrar, mas agora, todos temos livre acesso ao Pai.

»Mt [27.50,51]
“De novo bradou Jesus com grande voz, e entregou o espírito. E eis que o véu do santuário se rasgou em dois, de alto a baixo; a terra tremeu, as pedras se fenderam,...”

    Na Lei de Moisés, o homem que pratica a justiça que vem da Lei, deverá viver por ela (Romanos 10.2), porém, nos verículos 6 a 13 temos a confirmação de que já não precisamos viver segundo a Lei, mas sim, pela Fé em Jesus:

»Rm [10.6-13]
“Mas a justiça que vem da fé diz assim: Não digas em teu coração: Quem subirá ao céu? (isto é, a trazer do alto a Cristo;)ou: Quem descerá ao abismo? (isto é, a fazer subir a Cristo dentre os mortos). Mas que diz? A palavra está perto de ti, na tua boca e no teu coração; isto é, a palavra da fé, que pregamos. Porque, se com a tua boca confessares a Jesus como Senhor, e em teu coração creres que Deus o ressuscitou dentre os mortos, será salvo; pois é com o coração que se crê para a justiça, e com a boca se faz confissão para a salvação. Porque a Escritura diz: Ninguém que nele crê será confundido. Porquanto não há distinção entre judeu e grego; porque o mesmo Senhor o é de todos, rico para com todos os que o invocam. Porque: Todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo.”

    Os irmãos em Roma, por não conhecerem perfeitamente a vontade de Deus, mesmo com boas intenções, estavam fazendo o que não os levaria a lugar nenhum, pois ninguém seria salvo pela Lei, mas sim, pela fé em Cristo Jesus, nosso Salvador.

»Rm [2.29]
“Mas é judeu aquele que o é interiormente, e circuncisão é a do coração, no espírito, e não na [letra]; cujo louvor não provém dos homens, mas de Deus.”

»Rm [7.6]
“Mas agora fomos libertos da lei, havendo morrido para aquilo em que estávamos retidos, para servirmos em novidade de espírito, e não na velhice da [letra].”

»II Co [3.6-18]
“o qual também nos capacitou para sermos ministros dum novo pacto, não da [letra], mas do espírito; porque a [letra] mata, mas o espírito vivifica. Ora, se o ministério da morte, gravado com [letra]s em pedras, veio em glória, de maneira que os filhos de Israel não podiam fixar os olhos no rosto de Moisés, por causa da glória do seu rosto, a qual se estava desvanecendo, como não será de maior glória o ministério do espírito? Porque, se o ministério da condenação tinha glória, muito mais excede em glória o ministério da justiça. Pois na verdade, o que foi feito glorioso, não o é em comparação com a glória inexcedível. Porque, se aquilo que se desvanecia era glorioso, muito mais glorioso é o que permanece. Tendo, pois, tal esperança, usamos de muita ousadia no falar. E não somos como Moisés, que trazia um véu sobre o rosto, para que os filhos de Isra desvanecia; mas o entendimento lhes ficou endurecido. Pois até o dia de hoje, à leitura do velho pacto, permanece o mesmo véu, não lhes sendo revelado que em Cristo é ele abolido; sim, até o dia de hoje, sempre que Moisés é lido, um véu está posto sobre o coração deles. Contudo, convertendo-se um deles ao Senhor, é-lhe tirado o véu. Ora, o Senhor é o Espírito; e onde está o Espírito do Senhor aí há liberdade. Mas todos nós, com rosto descoberto, refletindo como um espelho a glória do Senhor, somos transformados de glória em glória na mesma imagem, como pelo Espírito do Senhor.”

Francisco dos Santos Padilha

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