Não me casei para me separar
Embora todos os casais não tenham se casado com a ideia prévia de separação, eles precisam entender que o casamento, além de ser uma aliança espiritual, é conduzido por pessoas humanas, sujeitas a muitas falhas e fracassos. Dentre esses fracassos estão a infidelidade e o repúdio, duas coisas abomináveis aos olhos de DEUS e que produzem consequências tristes na vida daqueles que procuraram esses caminhos.
Assim como DEUS abomina a traição, a infidelidade, o adultério, ELE também aborrece o repúdio. Digamos que o adultério é o primeiro degrau da mácula da aliança e que o repúdio, o último. Geralmente um leva ao outro. Na verdade, seria bom, maravilhoso, se ninguém adulterasse. Mas como o adultério é muito possível na vida dos que não vigiam, dos que não andam com DEUS, então se ele vier a acontecer no seio da família, é preciso que maridos e esposas lutem para que o degrau da separação não se estabeleça entre eles. Quando não é possível evitá-lo, a pessoa cristã repudiada precisa se lembrar da aliança feita no passado, de que DEUS foi fiel testemunha dela e de que o voto precisa ser cumprido até a morte. A igreja de CRISTO precisa ter o discernimento de que o adultério pode ser cancelado por DEUS e o adúltero, perdoado. Essa é a visão que coloca a aliança acima das circunstâncias adversas e dos problemas.
Enquanto o adúltero estiver respirando, há esperança para ele. JESUS é a esperança e não podemos desconsiderar essa verdade. Quando os filhos de Israel contaminaram a terra com suas prostituições, seus adultérios, DEUS muito se indignou com eles, mas em nenhum momento fechou as portas da esperança, da cura, da libertação, da restituição sobre a vida deles. Antes, o SENHOR disse: “...Tu te prostituíste com muitos amantes, mas ainda assim, torna para mim, diz o Senhor” (Jeremias 3:1) (grifo meu). Nesse mesmo contexto, depois de somar os pecados da rebelde Israel, o SENHOR a orienta: “Volta, ó rebelde Israel, diz o Senhor, e não farei cair a minha ira sobre ti; porque misericordioso sou, diz o Senhor, e não conservarei para sempre a minha ira. Somente reconhece a tua iniquidade, que transgrediste contra o Senhor teu Deus; e estendeste os teus caminhos aos estranhos, debaixo de toda árvore verde; e não deste ouvidos à minha voz, diz o Senhor. Convertei-vos, ó filhos rebeldes; pois eu vos desposei; e vos tomarei, a um de uma cidade, e a dois de uma família; e vos levarei a Sião. E dar-vos-ei pastores segundo o meu coração, os quais vos apascentarão com ciência e com inteligência” (Jeremias 3:12-15).
E a famosa mulher na Bíblia que foi presa em flagrante adultério e levada à presença de JESUS? Estavam ali pessoas que se sentiam santas demais, pessoas perfeitas demais, fariseus e escribas, cada um com uma pedra na mão, desejosos por apedrejá-la, e a pobre mulher, escravizada pelo adultério, no centro das atenções. JESUS disse aos fariseus “vocês também são pecadores!” e eles se retiraram da presença de JESUS. O Filho de DEUS a amou profundamente, não desistindo da vida dela, perdoando-lhe os pecados e ainda lhe dizendo: “vá e não peques mais!” (João 8:11).
Igreja (pessoas convertidas e transformadas pelo Espírito Santo) possui igualmente uma aliança com o DEUS Todo Poderoso, assim como o casamento, como bem observamos no livro aos Efésios. Mesmo tendo recebido essa aliança no princípio de tudo, na conversão, muitos imaginavam que iriam ter uma vida de anjo aqui na terra, imunes aos pecados e às aflições. Ninguém entregou a vida ao comando de DEUS, achando que iria desagrá-LO. Mas desagradamos, mas transgredimos, mas cometemos muitas iniquidades. Nem por isso o SENHOR nos abandonou ou desistiu de nós. ELE quer que sejamos fiéis a essa aliança até a morte, ou seja, não desistir dela jamais: “Não temas das coisas que hás de padecer. Eis que o diabo lançará alguns de vós na prisão, para que sejais tentados; e tereis uma tribulação de dez dias. Sê fiel até a morte, e dar-te-ei a coroa da vida” (Apocalipse 2:10); “aquele que perseverar até o fim será salvo” (Mateus 24:13).
Como disse no princípio, ninguém se casa para se separar, mas as separações acontecem, fruto do pecado. Ninguém escolhe um cônjuge acreditando que, no futuro, ele irá trair (senão ninguém mais se casaria). Mas as traições acontecem. Nem separações nem adultério representam o fim do casamento, o fim do caminho. Enquanto houver vida, há esperança de restauração. Desistir do casamento é o mesmo que desistir de ser igreja, pela sublime comparação que foi feita pelo apóstolo Paulo no livro aos Efésios, e que também serve para nós, os nossos dias. Casamento é uma aliança, igreja também é. O casamento está sujeito a lutas, traições e a grandes crises, a igreja também está. Mas em tudo e em todos, encontramos em CRISTO a esperança de redenção, de cura e de justificação. Aleluia!!
Aos adúlteros DEUS manda: “Voltai para mim de todo o vosso coração, com jejuns, com choro e com pranto. Rasgai o vosso coração, e não as vossas vestes. Voltai para o Senhor vosso Deus, porque ele é misericordioso, e compassivo, e tardio em irar-se; e grande em amor; e se arrepende do mal (Joel 2:12-13); “Sabereis que eu estou no meio de Israel, e que eu sou o Senhor vosso Deus, e que não há outro; o meu povo não será envergonhado para sempre” (Joel 2:27); Assim diz o Senhor à casa de Israel: buscai-me e vivei” (Amós 5:4).
Aos repudiados, DEUS ensina e consola: “Contudo, o Senhor espera para ter misericórdia de vós; Ele se detém para se compadecer de vós. Pois o Senhor é um Deus de justiça. Bem-aventurados todos os que nEle esperam. Ó povo de Sião, que habita em Jerusalém, tu não chorarás mais. Certamente, Ele se compadecerá de ti, à voz do teu clamor e, ouvindo-a, te responderá. Embora o Senhor te dê pão de angústia e água de aperto, contudo não se esconderão mais os teus mestres; os teus olhos verão a todos eles. Quer te desvies para a direita, quer te desvies para a esquerda; os teus ouvidos ouvirão a palavra que será dita atrás de ti. Este é o caminho. Andai nele” (Isaías 30:18-21) (grifo meu); “Deleita-te no Senhor, e Ele te concederá os desejos do teu coração” (Salmos 37:4).
Que DEUS nos abençoe!
Fernando César
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