Mulher: derrubando mitos
Mitos – Alguns mitos foram desenvolvidos a respeito da mulher, a partir da máquina da propaganda que produziu a mulher com dupla jornada de trabalho. É preciso refletir um pouco mais a respeito de tudo aquilo que se ouviu falar, e avaliar o quanto é, na realidade, fruto da nossa cultura.
· Mito do pensamento com o coração
De certa forma, vem desacreditar a mulher enquanto ser racional, mas que forma maravilhosa é essa de poder ver além da realidade aparente, que é percebida pelos demais?
· Mito da feminilidade eterna – ou da eterna juventude
Aprisionada pelo mito, a mulher não percebe que é uma escrava de toda uma indústria montada e mantida pela propaganda, e esquece-se do dom da acolhida, do calor do afeto, que ultrapassa os limites de um corpo malhado e conservado para a visão e deleite dos demais.
· Mito do casamento
A educação feminina ainda é feita no sentido de levar a menina a desejar o casamento como meta mais importante de vida. Será que uma mulher que decidiu não se casar, é menos mulher do que as demais, como se o nosso destino tivesse que ser necessariamente atrelado ao de um companheiro, sem o qual a nossa existência é um não-ser?
· Mito da maternidade amorosa
Mãe é um ser especial que não se cansa, não se impacienta, não se desgasta, está sempre a postos 24 horas por dia, 365 dias por ano, sem férias, sem salário. O seu marido, ou a sua família, conhece o universo de pensamentos e fantasias que você alimenta enquanto passa a roupa , limpa a casa ou cuida da comida?
· Mito de liberdade feminina
Há uma dupla moral vigente para homens e mulheres. A mulher atual tem liberdade para viajar, sair sozinha, freqüentar restaurantes – mas o “não fica bem” é uma constante na vida feminina desde cedo. Aprendeu a dirigir carro, xingar no trânsito e trocar pneu, para garantir a sua independência, mas ganhou de presente o estresse, aumentando o índice de doenças cardíacas no gênero feminino. A mulher moderna é, na realidade, a mulher antiga, só com novas obrigações.
· Mito do maior tempo de reação
Diz-se que as mulheres são mais lentas, mais reflexivas, demoram mais para reagir…Como se explica a rapidez com que conseguem preparar uma refeição ou prestar socorro em casos de acidentes domésticos?
Maternidade – Desde a antigüidade, as sociedades sempre preparam a mulher para as tarefas da formação e manutenção do ninho e não para a caça, a pesca e os combates armados. Nas antigas tribos, a mulher era protegida e alimentada para gerar e criar filhos, produzindo novos guerreiros ou patriarcas. Nos dias de hoje, à medida que a população mundial começa a estabilizar-se, a sociedade nos impõe novos papéis, e nos faz ir à luta. Apenas uma coisa a sociedade não pode mudar em relação às mulheres: ainda são elas que dão à luz os filhos. Esta é a diferença fundamental, que dá origem a todas as demais. Quanto das características femininas, na verdade, se originam da vivência única e pessoal da geração de uma nova vida dentro de si? Toda a sensibilidade, toda acolhida, toda a compreensão do mundo podem ter a sua origem nesse fenômeno maravilhoso que só a mulher vivencia, e para o qual ela é preparada por outra mulher desde que nasce.
Leila Krause Silva Rabello
terapeuta da família
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