terça-feira, 25 de setembro de 2012

Como Cultivar a Presença de Jesus Cristo no Lar?

Um lar cristão é o lugar onde a presença de Cristo é a característica mais forte e a principal atração. Cada membro da família tem consciência de Sua presença, governo e orientação.
Tudo o que falamos nos capítulos anteriores são importantes para colocar em ordem a família, mas não é o suficiente. O que faz com que a família seja dinâmica, vital e espiritual é a presença de Cristo agindo em nosso interior, transformando-nos à sua semelhança.
“Se o Senhor não edificar a casa, em vão trabalham os que a edificam; se o Senhor não guardar a cidade, em vão vigia a sentinela” Sl 127.1.
Tal como expressa o salmista, sem a presença de Cristo no lar, todas as ações, aspirações e esperanças se frustram. Como podemos ter a presença de Deus no lar diariamente? Qual é a nossa responsabilidade para que isso ocorra?

I. OS PAIS SÃO OS SACERDOTES DO LAR
Antes de Deus estabelecer uma ordem sacerdotal em Israel, os pais atuavam como sacerdotes de seu lar. Notemos alguns exemplos:
Noé (Gn 8.20-22);
Abraão (Gn 12.7,8; 13.4,18; 15.1-8; 17.1-22; 18.20-33);
Jó (Jo 1.5).
A função específica do sacerdote é vincular Deus com os homens. Os pais (marido e mulher) tem uma responsabilidade sacerdotal diante de seus filhos. Deus os comissionou para formá-los e criá-los, a fim de que sejam integrados na grande família de Deus. Também devem interceder por eles diante do Senhor, comunicar as instruções da parte de Deus, ser o exemplo de conduta e orientar a respeito do culto que devemos prestar ao Senhor.
Todo esse ministério se fundamenta na pessoa e obra de Jesus Cristo, a quem os pais se sujeitam e em nome de quem ministram (Gn 18.17-19; Ef 30; Lc 2.21-38).

II. JESUS CRISTO: UMA REALIDADE GLORIOSA NA VIDA FAMILIAR
Esta realidade se alcança quando a presença de Cristo é notória na vida dos pais. Entretanto, Deus quer se revelar de uma forma pessoal e íntima a cada membro da família.
As crianças tem uma grande capacidade para perceber a presença de Deus, crer e confiar nele. Encontram-se nas escrituras muitos exemplos disso:
a) Samuel conheceu a Deus quando pequeno (I Sm 3);
b) Davi foi testemunha da presença de Deus em sua infância (Sl 22.9,10);
c) Timóteo foi instruído na fé e no conhecimento de Deus por sua mãe e avó desde a infância (II Tm 3.15);
d) Jesus exorta para não subestimar a fé de uma criança (Mt 18.6). O Senhor usa as orações e os testemunhos (especialmente do pais) para conduzir outros membros da família à fé (Ver o caso da mulher samaritana – Jo 4.39-42). Observar alguns casos bíblicos em que a fé dos pais envolveu o resto da família:
Josué (Js 24.15);
Cornélio (At 11.12-15);
Lídia (At 16.14,15);
Carcereiro de Filipos (At 16.30-34).
Existem dois indicadores claros na vida familiar que evidenciam a presença de Cristo:
a) O bom uso do tempo. Dedicar-se diariamente para orar, ler e meditar na palavra, conversar com a família sobre os interesses do Senhor e o discipulado, indicam que a família reconhece a gloriosa presença de Cristo.
b) O bom uso do dinheiro e de todos os bens materiais da família, mostra que ela reconhece Deus como o provedor e dono de tudo. A generosidade é a maior evidência disso. Todos devem ser ensinados quanto a ser generosos e a repartir com outros suas necessidades. Os filhos imitam naturalmente a seus pais. Por isso devem ele ser o exemplo prático de tudo o que Deus espera deles.

III. COMO APRESENTAR JESUS CRISTO A NOSSOS FILHOS
É imprescindível viver diante de nossos filhos em total integridade, buscando a presença e direção do Senhor em toda a situação. Seja em momentos de tensão ou tranqüilidade, de alegria ou dificuldade, tanto nas boas como nas más. Há certos elementos que devem ser levados em conta:
A. NOSSO EXEMPLO – Gn 18.17-19 – O fundamento do sacerdócio dos pais é o amor e a devoção a Deus. Se os pais querem que seus filhos amem a Deus e o sigam, devem antes dar exemplo. Esse amor e devoção estão expressos numa vida de oração e dependência de Deus. Sua fé será conhecida pela maneira como vive. Caso contrário, será notória a hipocrisia. Quando vivemos para Deus independe se o nosso vizinho está ouvindo ou não. Nossos atos e atitudes são baseados no fato de que Deus governa de verdade sobre o nosso coração.
B. A PALAVRA DE DEUS – Dt 6.6-9; 11.1,19-21; Js 1.8 – Na medida em que os filhos crescem, deve-se comunicar-lhes a palavra de Deus. Eles devem amá-la, obedecê-la com reverência e apreciá-la como o maior valor que eles possuem. Para isso, deve-se usar tudo o que for possível: ler e contar histórias das sagradas escrituras para os filhos, fazer referências a ela, cantar porções da palavra, memorizar e citar textos.
C. REPRESENTAÇÕES SIMBÓLICAS – Js 4.20-24 – Os quadros, fotos, textos, mapas, desenhos e demais expressões gráficas que adornam a casa, e especialmente o dormitório dos filhos, exercem muita influência sobre seus pensamentos e desenvolvimento espiritual.
D. MÚSICA – Cl 3.16 – É extraordinária a influência que a música exerce sobre o ser humano! O Senhor deseja que seus filhos o louve e o adore com cânticos e hinos espirituais. Cantar a palavra é uma forma não só de louvar mas de memorizar e proclamar as verdades do Senhor. Por isso é bom que o papai e mamãe cantem para seus filhos desde o nascimento e que essa prática sempre esteja presente na vida da família.
E. NOSSA BÊNÇÃO – Mc 10.13-16 – A imposição de mãos e a oração abençoam, protegem, liberam, acalmam e saram a nossos filhos. Em virtude da autoridade paterna (e materna) e do nome do Senhor Jesus Cristo invocado sobre eles, a família é abençoada. É uma viva e poderoso expressão de nosso sacerdócio como pais.

IV. DISCIPULADO DA FAMÍLIA – Longe de tornar algo mecânico e frio, o discipulado da família é uma oportunidade grandiosa de poder demonstrar a presença de Jesus no lar. Dentre muitas coisas, sugere-se algumas que podem fazer parte desse ministério sacerdotal na família.
a) Leitura da palavra. Buscando sempre aplicar a palavra ao momento em que vive a família, quer seja de alegria ou de tristeza, de prosperidade ou de dificuldade, etc. E que seja sempre inspirativo, ou seja, aplicado com fé e ardor. Nunca como algo enfadonho. Para as crianças pequenas, sugere-se a leitura própria para a idade, com figuras e ilustrações.
b) Memorização de Textos Bíblicos. O melhor é acompanhar o que a igreja já pratica, usando a catequese das apostilas. Entretanto, textos que estejam relacionados a vida familiar também podem ser repetidos e memorizados.
c) Testemunhos e Transparência. Este é algo bom de fazer. Abre-se um espaço para comunhão onde todos podem se inteirar das necessidades uns dos outros e poder cooperar em conselhos e sugestões.
d) Oração. Este é um bom momento para ensinar pelo exemplo. Orações com objetivos específicos ajudam a ordenar a vida de oração. Que a família tenha uma lista comum de oração e que todos orem. É uma boa oportunidade para ensinar sobre ter fé e depender de Deus.

V. TESTEMUNHO DO LAR: UMA LUZ ENTRE OS VIZINHOS
A presença de Jesus Cristo na vida cotidiana da família é o melhor testemunho que se pode dar do lar. Esta característica se constitue numa grande atração para os vizinhos que, ao verem a vida que levam, desejarão conhecer o Senhor da família. A presença de Jesus na família faz a diferença entre o amor e a discórdia, entre a obediência e a rebelião, entre a ordem e a confusão, entre a disciplina e a desordem. É o mesmo que dizer: o reino de Deus é um reino de amor e poder.
Todos os membros da família devem manter sua disposição de compartilhar o amor com seus vizinhos e estar atentos às situações especiais quando se permite uma expressão maior de amor e de serviço.
Deste modo se estendeu a Igreja no começo e, da mesma maneira, deve-se estender melhor em nossos dias.

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