Até Que a Morte os Separe! Será?
Uma instituição falida, assim é considerado o casamento por muitas pessoas. Recentes pesquisas revelam que o número de divórcios é desproporcional ao número de casamentos. Definitivamente, para muitas pessoas o casamento não tem o mesmo significado que tinha antigamente. Aquele romantismo que envolvia o período pré e pós-matrimônio já não é tão presente hoje em dia. Entre os jovens poucas são as moças que nutrem o sonho de entrar “de veu e grinalda” em uma igreja; e entre os rapazes, a maioria pouco se importa quanto ao fato de se entrar ou não em uma igreja. Com a disseminação do “ficar (“…Eu sou de ninguém / Eu sou de todo mundo e todo mundo é meu também…”, diz o trecho da letra da música “Já sei namorar” do trio Tribalistas)”, as descobertas da não mais tão esperada noite de núpcias (ou lua-de-mel), inexistem, pois tudo que tinha que se descobrir, foi descoberto já há muito tempo. Casar virgem? Ah! Fala sério, ainda existe isso (virgindade é algo raro no meio da juventude de hoje)?
Com essa triste realidade, bodas de bronze é motivo de grande alegria; bodas de prata, motivo pra festejos e comemorações; bodas de ouro, motivo de feriado regional; bodas de diamante, motivo de feriado nacional.
Muitos preferem “juntar as escovas de dentes”, afinal “‘juntado’ com fé, casado é”, afirmam. Assim, crescem as famílias sem nenhuma referência, onde os papéis são trocados; não há respeito, não há limites. Famílias completamente desestruturadas. Conseqüentemente, proliferam os incestos, os crimes sexuais em família, o adultério (que hoje é tido como coisa normal e explicitamente aludido na tv, no cinema, no teatro, na literatura, na música…). Encontrar casais verdadeiramente monogâmicos está quase uma raridade, haja vista o número crescente dos crimes passionais, por motivos ligados direta ou indiretamente à prática do adultério.
A máxima dos filósofos gregos de que o “homem é um ser de necessidades” foi transmutada para “o homem é um ser social” pelos antropocentristas do Renascimento. O que, evidentemente, é um jogo de palavras, que não tem o poder de alterar a realidade: o homem continua sendo um ser de necessidades. Precisamos de outras pessoas para continuar vivendo, e continuar… existindo.
Mas o que é um casamento?
Dentro de uma ótica humana, e social, o casamento é algo como o encaixe de duas partes de uma mesma moeda, que se unem em torno de objetivos comuns. Duas pessoas com valores, referências, e objetivos muito distintos não vão permanecer muito tempo juntos.
Numa outra visão, um casamento é um relacionamento de duas pessoas de sexos opostos, onde deve haver dois elementos: sexo e amizade. Os cônjuges devem ser amigos e amantes. Não apenas amigos, mas também amantes. Não apenas amantes, mas também amigos. E isto é uma coisa rara (infelizmente) entre os casais.
Na maior parte dos casos são apenas amantes, que se unem numa conjunção carnal com o fito de descarregar as energias eróticas que a Natureza dotou ao ser humano. Mas não são amigos. Não se confiam um ao outro, e nem confiam um no outro.
O casamento é a união de: corpos, espíritos e almas.
Sendo assim concluímos que não existem casamentos perfeitos, porque não existem homens e mulheres perfeitos. O que existem são casamentos que vão se aperfeiçoando a cada dia, com o aperfeiçoamento dos cônjuges. Cônjuges que vão renunciando aos seus propósitos egoístas, à sua arrogância e prepotência para se dedicar ao outro.
O que for feito fora desses padrões somente trará dor e sofrimento para todos. Principalmente para os familiares. Para as pessoas que estão juntas conosco, e nos amam, e nos querem bem.
Diante dessa realidade, será que os solteiros de plantão, estão prontos a encarar esse enorme desafio que é a vida conjugal? E os casados, teriam todas as convicções necessárias, que envolvem toda a complexidade de uma vida a dois?
Em suma, um casamento realizado sem a presença e direção de DEUS antes, durante e depois está fadado ao fracasso. Devemos pensar nisso antes do conclusivo “sim”, para que não venhamos a aumentar as lamentáveis estatísticas, quanto ao número de divórcios no meio evangélico.
Leonardo S. Silva
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