quinta-feira, 7 de junho de 2012

Finanças- Administrando o presente e Planejando o Futuro


PRINCIPIO CHAVE DA LIÇÃO

A coerência e seriedade na administração das finanças trazem harmonia e prosperidade para a família.

INTRODUÇÃO
Um dos grandes problemas que afeta profundamente o relacionamento familiar é a questão das dívidas. Elas tem sido a causa de dissoluções , de conflitos em todas as esferas, entre esposa e esposo, pais e filhos. Milhares de casais se separam por causa das dívidas. Planejar é uma maneira de prevenir dívidas, mas se você já está comprometido com elas, durante o planejamento estas deverão ter prioridade em seu orçamento.

I - NEGOCIANDO AS DÍVIDAS
1. O primeiro passo é tentar negociar com o credor. Lojas, bancos, financeiras, entre outros, estão dispostos à negociar para evitar perdas maiores.

2. A multa por atraso no pagamento de crediários, empréstimos bancários e cartões de crédito diminuiu seu percentual. Mas os juros continuam pesados demais. E é aí que os inadimplentes devem tentar um desconto.

3. Para isso é melhor ir direto ao credor e não esperar pelas empresas de cobrança. Para estas, a única coisa que importa é que o devedor quite a dívida atrasada. Se o problema for com uma prestação de alto valor mensal, analise bem o contrato, reúna todos os recibos e tente, na pior das hipóteses, alongar o prazo de pagamento para reduzir este valor.

4. Nunca aceite propostas que impliquem no aumento da taxa de juros inicial ou que altere o valor a serem pagos originalmente.

5. Você tem como escapar de uma vida financeira atrapalhada, mas para isso deverá ter humildade e tomar uma firme resolução diante de Deus:

Humildade para pedir perdão a Deus por ter sido negligente como mordomo das coisas Dele;

Pedir sabedoria e graça de Deus para poder pagar suas dívidas;

Procurar ajuda com o pastor ou alguém de confiança;

Procurar seus credores e expor sua situação.

6. Precisamos aprender a estar firmes no Senhor em qualquer situação, porque ele conhecendo as nossas necessidades, todas suprirá    

II - PLANEJANDO PARA VENCER
1. Por que surgem as dívidas? Existem várias razões para o surgimento das dívidas, mas a principal delas é a falta de planejamento familiar. Não ter controle sobre os gastos, comprando sem saber se poderá pagar é o maior pecado contra o orçamento familiar.

2. Mas, ao contrário do que pode parecer, a principal causa do descontrole financeiro são as pequenas despesas. Os gastos exagerados com supérfluos* costumam ser o destino do dinheiro, que no final do mês, falta para as despesas fixas (que na maioria das vezes aumentam a cada mês) ou para realizar conquistas reais, como a aquisição de um carro ou a entrada da casa própria.

3. Quem nunca passou pela experiência de sair de casa com um nota de R$ 50,00 na carteira e no final do dia, sem um "tostão", não conseguir lembrar no que foi gasto esse dinheiro?

4. As pessoas dificilmente pensam no peso das pequenas escolhas. Isso não quer dizer que terá de deixar de lado os pequenos gastos que dão satisfação. Você pode e até deve dar-se a esses prazeres, mas com moderação, ou seja, tomando cuidado com as compras desnecessárias.

5. Esse assunto é de fundamental importância, porque milhares de casais se separaram por causa da má administração nas finanças domésticas. Se vocês têm falhado nessa área peçam a graça de Deus.

6. Outro fator que gera muito transtorno na vida conjugal é individualidade financeira. Muitos dizem: O que eu ganho é meu e faço o que bem desejar. A palavra de Deus nos ensina sermos "um só coração e uma só alma" em todos os sentidos. Portanto, o que o casal ganha é conjugal e de seus dependentes, e deverão repartir, planejar e administrar (At 4:32-35).

7. Observem esse texto extraído do livro "Pequenas coisas da família":

"Podemos falar a respeito do que é importante para nós, mas nossas verdadeiras prioridades serão reveladas pela maneira como lidamos com as finanças. Os que vivem ao nosso redor talvez não prestem atenção ao que dizemos, mas com certeza perceberão como gastamos o nosso dinheiro. Esse é um exemplo real de que os recibos do caixa falam mais alto do que nossas palavras. Na verdade, as finanças pessoais são um meio muito conveniente de julgar que tipo de pessoa você é. Um rápido exame da maneira como você gasta o dinheiro pode revelar mais a seu respeito do que você gostaria de saber....Além de ser um espelho do coração, suas finanças é uma excelente ferramenta de ensino. Como em muitos aspectos da vida, sua conduta pode ser um bom exemplo ou não. Felizmente, podemos escolher que tipo de exemplo que desejamos ser. Assim, se queremos demonstrar que Deus tem prioridade em nossa vida, o reconhecimento dessa prioridade se dá quando devolvemos a Ele um pouco de nossos bens... É Muito bom, de quando em quando, gastar algum tempo para refletir e examinar o nosso interior. Não fique porém, só contemplando a si mesmo. Pegue o talão de cheques e veja como você tem gastado o seu dinheiro. Será um tempo proveitoso, averiguar se ele foi bem gasto

IV - PLANEJAMENTO NA PRÁTICA

1. Registre suas despesas. Anote diariamente todas as despesas realizadas durante o mês, para servir de base para planejar o orçamento do mês seguinte. Guarde os comprovantes para facilitar o controle no final do mês.

2. Ao terminar o mês, faça uma comparação entre a receita (tudo aquilo que você(s) ganharam no mês) e as despesas totalizadas no mês. Caso a soma de seus gastos esteja maior que o ganho é hora de economizar. Então fixe a lista de despesas na porta do refrigerador ou em algum outro lugar onde toda a família possa ver e explique onde estão os exageros. Juntos vocês podem tentar diminuí-los. Por ex: que tal deixar de pedir a pizza por telefone todo final de semana. Até economizar em coisas básicas como diminuir o tempo do banho, fazer pesquisas de preço antes de comprar qualquer coisa e assim por diante.
3. Um real aqui e outro ali farão a diferença no final do mês. Se as despesas estiverem planejadas, a família conseguirá um orçamento equilibrado, com possibilidades de sobrar dinheiro para colocar na poupança. O ideal é pelo menos guardar 10 (dez) por cento da renda mensal. Assim qualquer imprevisto que surja ou mesmo o desejo de contribuir em algo que lhe represente uma conquista, poderá ser facilmente alcançado e sem fazer empréstimos ou entrar em dívidas.


V - ALGUMAS  INFORMAÇÕES  ÚTEIS  SOBRE O CHEQUE

Agora algumas informações adicionais sobre cheques, que a exemplo da lição anterior não necessita da leitura com a classe, mas como curiosidade para casa.

1. Você e o seu cheque: O cheque nasceu como um instrumento prático e seguro para pagar as contas, mas ao longo dos tempos acabou se transformando em um tormento para muita gente. Fraudes, roubos e saques de contas sem fundo são os principais problemas. Foi por isso que o I.B.D.C. (Instituto Brasileiro de Defesa ao Consumidor) fez um guia prático sobre cheques, publicado na Revista Consumidor S.A..

2. Dicas: Ao preencher um cheque, não deixe em branco espaços que possam ser utilizados para adulteração do valor. Preencha sempre com sua própria caneta. Se o preenchimento for feito por máquina, dessas que se encontram em lojas e supermercados, verifique se o valor e a data estão corretos antes de assinar. Não deixe seu talão de cheques exposto. Nunca dê ou aceite cheques rasurados com emendas ou borrões.


3. Você sabia? O consumidor em débito tem direitos, mesmo sendo devedor. Assim ele não pode ser exposto ao ridículo, nem sofrer ameaça ou ser submetido a qualquer constrangimento na cobrança de uma dívida? (Artigo 42 do código civil de defesa ao consumidor).

4. Cheque sem fundos: Pagar com um cheque sem fundos é considerado crime de estelionato no código penal e pode até dar prisão de um(1) a cinco(5) anos. Um cheque sem fundo fica "sujo". O comércio não aceita mais seus cheques, o banco deixa de fornecer fundos e pode levá-lo ao prostesto no Serviço de Protestos. Para limpar seu nome, você deve quitar o cheque. Depois comparecer a agência do banco, levando o cheque que foi devolvido ou o extrato bancário que prove já ter sido pago. O Banco fica obrigado, automaticamente, à enviar um pedido de exclusão do nome ao Banco Central. Se o cheque foi protestado, basta apresentar uma certidão ou negativa ao Serviço de Proteção ao Crédito (SPC). O nome do consumidor não pode ser mandado para a "lista negra" sem seu prévio conhecimento. No caso de haver devolução indevida do cheque pelo banco, quem deu o cheque tem direito a ser ressarcido por danos morais e materiais.

5. Cheque pré-datado: Conforme a legislação específica, o banco deve descontá-lo assim que for apresentado, já que o cheque é uma forma de pagamento à vista. O cheque pré-datado deve ser sempre nominal e com a data em que ele deverá ser depositado. Não deve ser assinado atrás. Como garantia, faça constar na nota fiscal o número do cheque emitido para pagamento de compra. No caso do cheque ser descontado antes da data combinada, a loja onde foi efetuada a compra é responsável pelos danos causados ao consumidor. Pra exercer o seu direito, o consumidor emitente deve enviar carta protocolada no correio, ao estabelecimento, alegando dano moral. Depois disso o consumidor pode entrar com uma ação judicial alegando dano moral.

6. Cheque sustado: O bloqueio do pagamento de cheques pode acontecer em várias situações: Furto, perda, roubo e até mesmo depois de pagar uma conta. Como bloquear um cheque? O corentista deve comunicar imediatamente o banco, tomando o cuidado de anotar o nome e função do atendente. No dia seguinte, deve-se pedir por escrito a sustação. Se a justificativa for furto ou roubo, deve-se apresentar um boletim de ocorrência. O consumidor fica isento de culpa e tem o direito de ser ressarcido quando o banco paga um cheque depois de sustado. O mesmo acontece quando o banco compensa cheque roubado ou furtado com assinatura falsificada, desde que a culpa não seja do correntista. Se por acaso seu cheque for devolvido e você tiver seu nome incluso no cadastro do SERASA ou do SPC, você poderá exigir judicialmente reparação por danos morais e patrimoniais contra o banco.

7. Cheque especial: É uma linha de crédito colocada a disposição do cliente de forma automática, toda vez que ele emite um cheque e sua conta corrente não apresenta fundos para o pagamento. O banco é obrigado a dar informações sobre a taxa de juros que irá cobrar sobre o cheque especial. Assim, se o consumidor não for comunicado pode alegar falta de conhecimento e exigir justiça, isto é, o ressarcimento de cobrança indevida. Queixa sobre cobranças abusivas podem ser levadas aos orgãos de defesa do consumidor ou mesmo à justiça.

Pedro Almeida

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