sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

Família Sadia é a Que Valoriza o Outro


Nosso mundo trata as pessoas pelo que possuem ou pelo prazer que proporcionam, não porque são seres humanos criados à imagem de Deus. O que não dá prazer é descartável. Isso acontece até nas relações familiares. Filhos que irritam os pais são jogados à morte do 7° andar. Se alguém se encanta com outra pessoa 10 quilos mais magra e 10 anos mais jovem, o cônjuge atual é deixado “numa boa”. O compromisso está em baixa, o prazer em alta. Há esperança para as famílias nessa sociedade? É possível a pessoas da mesma casa olharem uns aos outros com olhos de valor?

Um texto que reflete bem a valoração do outro em família é Pv 31.1-10. Ali, o respeito à singularidade de cada um produz uma família funcional. Baseados nesses princípios, uma família aprende a valorizar seus membros quando nela existe autoestima individual, igualdade conjugal, um pacto social e visão espiritual.

1- Autoestima Individual (10) “... O seu valor em muito ultrapassa os das mais finas jóias!” (KJV)

Só consegue valorizar o outro quem reconhece primeiro o seu próprio valor. Ela sabe que vale mais que bens caros. Tal percepção contagia os demais membros da família. Pais com baixa autoestima influenciam seus filhos, que se facilmente se envolvem com vícios, drogas, sexo antes da hora e se expõem em situações de risco. Kanitz diz em Família Acima de Tudo, que uma criança “tem de gostar de si primeiro para que possa gostar dos outros...”, confirmando o que disse Jesus: “Amarás o teu próximo como a ti mesmo” Lc 10.27. Essa mulher com elevada autoestima conduz os demais membros da família a mesma posição.

Pergunta: Como me sinto em minha família? Satisfeito ou o “patinho feio’?

2- Igualdade Conjugal (11) “O seu marido tem plena confiança nela...” (KJV)

Como eles se amam. Essa relação é de confiança e afeto, pilares sólidos da conjugalidade sadia. Um casamento baseado na cooperação, não se preocupa com hierarquia rígida. Aqui a mulher assume naturalmente a liderança administrativa da casa, sem competir com o marido. O mais importante é a capacidade singular de cada um em contribuir para o bem da família. A valorização do outro como igual, faz circular um clima afetivo familiar no qual todos se sentem bem. A tentativa de superioridade de gênero provoca infelicidade entre os cônjuges e desemboca em traições e rompimento da confiança e afeto do casal.

Pergunta: Eu e meu cônjuge competimos pelo poder ou trabalhamos juntos pelo bem da família?

3- Pacto Social (28) “Seus filhos fazem questão de elogiá-la e seu marido proclama suas virtudes...” (KJV)

Naquela família todos falam bem uns dos outros. Os filhos não são revoltados, desejando que seus pais sejam os do amigo e o marido elogia publicamente a esposa. Existe um pacto afetivo entre eles. Certamente não há famílias perfeitas, sem problemas; mas quando surgem devem ser resolvidos em casa ou em ambiente sigiloso e não expostos fora. Falar mal publicamente da família é denegrir a própria imagem. Tiago diz: “... não faleis mal uns dos outros” (Tg 4.12). Mas é comum ouvir em rodas de conversas, críticas ao cônjuge ou piadas que ridicularizam a imagem do outro, em geral ausente. Conquanto o amor seja muito importante, é bom lembrar que é o respeito que o solidifica.

Pergunta: O que falo sobre minha família fora de casa?

4- Visão Espiritual (30) “... a mulher que teme... o Senhor... essa será honrada” (KJV)

Buscar ao Senhor primeiro é a orientação bíblica para o acréscimo das demais coisas. Quando Deus é valorizado na família, o outro também é. Essa família é bonita de se ver: financeiramente equilibrada, suprida em todos os sentidos, resultado de um afeto circulante naquela casa e muito trabalho, naturalmente. Mas sabia que essas coisas são resultado de uma busca espiritual sadia. A história não descreve, mas é possível prever que oravam antes das refeições, iam ao templo adorar e possuíam uma ética espiritual elevada. Família bonita de verdade, não é a das páginas de revistas sociais, mas que busca a Deus. Kanitz diz: “As pessoas mais infelizes que eu conheço são as mais ricas”.

Pergunta: O que é prioritário para minha família: A espiritualidade sadia ou a aparência?

Valorizar o outro é honrá-lo em verso e prosa, através de uma rima:

O VALOR DO OUTRO NA FAMÍLIA


I PARA VALORIZAR O OUTRO PRECISO A DEUS DAR VALOR COMO JESUS ENSINOU VALORIZAR OS DE CASA AME AO PAI E A VOCÊ E NO OUTRO VALOR VAI VER


II É UM EXERCÍCIO IMPORTANTE E FALAR BEM DELES LÁ FORA UM DESAFIO CONSTANTE


III NA FAMÍLIA FUNCIONAL CADA UM TEM VALOR SINGULAR SEM APARÊNCIA OU COMPETIÇÃO REINA A COOPERAÇÃO DOS QUE SÃO DE DEUS CRIAÇÃO


Que o Senhor nos ajuda a dar ao outro, o valor que ele nos dá. 

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