quarta-feira, 30 de novembro de 2011

QUAL CASA É A SUA ?


"Todo aquele que vem a mim, e ouve as minhas palavras, e as pratica, eu vos mostrarei a quem é semelhante. É semelhante a um homem que, edificando uma casa, cavou, abriu profunda vala e lançou o alicerce sobre a rocha; e, vindo à enchente, arrojou-se o rio contra aquela casa e não a pôde abalar, por ter sido bem construída. Mas o que ouve e não pratica é semelhante a um homem que edificou uma casa sobre a terra sem alicerces, e, arrojando-se o rio contra ela, logo desabou; e aconteceu que foi grande a ruína daquela casa" Lucas 6:47-49
 O texto acima descreve a comparação usada por Jesus para definir uma pessoa que pratica seus ensinamentos e outra que apenas os ouve. Embora o sentido original tenha sido este, gostaria de sugerir que pensássemos na situação das famílias em nossos dias. No versículo 48, é apresentada por Jesus uma casa, que fora construída com cuidado e atenção, com fundamento sólido e profundo, cujos ventos e as tempestades, por mais rijos que fossem não podiam abalá-la de forma alguma. Esta é a casa de verso 48. Já no seguinte, Jesus faz referência a uma casa que, embora construída, nota-se fragilidade e descaso no processo de sua construção, o que resultou em desabamento após situações inesperadas que surgiram contra aquela casa. A esta, daremos o número 49. Embora o texto se refira a uma casa no sentido literal, podemos aplicar a expressão “casa” ao contexto de uma família. A partir desta aplicação, pergunto: Qual é a sua casa? A de número 48 ou 49? Antes de tudo, para não falharmos no quesito honestidade, precisamos admitir que uma casa não se define apenas pelas paredes levantadas - o que aparentemente se vê. Por isso, é de suma importância observar seu alicerce, onde e como está seu fundamento. Portanto, assim como uma casa sem alicerce pode aparentar o que não é de fato, da mesma forma pode ocorrer com nossa família: viver de maneira teatral. A maneira como os pais vivem no casamento, a forma como aplicam a si mesmos as instruções impostas aos filhos e o modo como se relacionam com Deus, demonstram de verdade como está o alicerce desta família. Lembro-me de um caso que aconteceu há alguns anos na cidade do Rio de Janeiro, que se referia a um conjunto de edifícios que desabara pelo fato de a construtora ter desprezado as considerações técnicas sobre fundamento e construção (mais tarde, com base em diversas investigações, a polícia constatou que a construtora usou areia de praia no processo de concretagem das vigas de sustentação dos prédios, o que, sem dúvida, era proibido). Até hoje, famílias inteiras sofrem por terem perdido não apenas sua moradia, bem como todos os pertences pessoais. Mas algo muito mais valioso, uma história toda foi derrubada naquele lugar. Este exemplo deve chamar nossa atenção para o fato de que o pior estado de uma casa mal fundamentada não se resume apenas no desabamento, mas na destruição da história das pessoas que nela moravam. Sendo assim, o maior sofrimento para uma família que vive de forma aparente, não se dá somente pela descoberta de fatos que não foram trabalhados ao longo da vida, mas no rompimento da história dos relacionamentos familiares. Diante disso, voltamos à velha pergunta: Qual casa é a sua? Outro trecho da palavra de Deus nos incita a pensar sobre qual fundamento temos implantado em nossa família: se na verdade, na justiça e no amor de Deus, ou em qualquer outro que não dará sustentação suficiente ante os dias caóticos em que qualquer família no mundo está sujeita a enfrentar.

Salmo 127:1  “Se o SENHOR näo edificar a casa, em väo trabalham os que a edificam; se o SENHOR näo guardar a cidade, em väo vigia a sentinela”.

Neste texto, Salomão, até por razão de suas tristes experiências familiares, esclarece-nos o fato de que qualquer família que almeja viver de modo saudável, apenas o viverá se aplicar os princípios de Deus estabelecidos em Sua Palavra. Do contrário, tudo o que se emprega pode ser passageiro, pois não se traduz como um estilo de vida para cada membro da família. Por fim, é muito bom saber que muitos especialistas no assunto Família afirmam que a boa convivência familiar gera bem-estar, segurança, e até mesmo saúde física e mental. Entretanto, vale lembrar que qualquer bom convívio familiar que não se baseia em princípios eternos como a Palavra de Deus será apenas mais um instante raro de felicidade familiar, e não um estilo de vida duradouro. Significa morar na casa de número 49 com pintura reformada - a cor é nova, mas a casa continua sendo a mesma. Pense nisto!
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