terça-feira, 23 de agosto de 2011

Quando surgem DESACORDOS no CASAMENTO

NENHUM marido ou esposa em sã consciência gosta de conflitos no casamento, mas tais conflitos são muito comuns. O que acontece geralmente é que um diz algo que irrita o outro. Levantam as vozes e os ânimos se exaltam, resultando numa discussão acalorada e em comentários sarcásticos. Depois há um silêncio total, em que os dois se recusam obstinadamente a conversar. Com o tempo, a raiva diminui e pedem desculpas. A paz é restabelecida — pelo menos até a próxima briga.
Brigas sem importância são o tema de inúmeras piadas e quadros de programas de televisão, mas a realidade não é nada engraçada. De fato, um provérbio bíblico diz: “Há alguns cujas palavras são como pontas de espada.” (Provérbios 12:18, Almeida, revista e corrigida) Sem dúvida, palavras duras deixam cicatrizes emocionais que duram por muito tempo depois de a discussão ter terminado. O conflito pode até mesmo levar à violência. — Êxodo 21:18.
É claro que, por causa da imperfeição humana, às vezes os problemas no casamento são inevitáveis. (Gênesis 3:16; 1 Coríntios 7:28) Mesmo assim, os desentendimentos freqüentes e intensos não devem ser considerados normais. Especialistas têm notado que brigar com freqüência aumenta a probabilidade de o casal por fim se divorciar. Em vista disso, é vital que vocês aprendam a lidar com os desentendimentos de maneira pacífica.

Analise a situaçãoSe no seu casamento há muitas discussões, procure verificar se ocorrem sempre da mesma maneira. Normalmente, o que acontece quando você e seu marido (ou sua esposa) discordam em algum assunto? Será que a situação logo foge ao controle e se transforma numa torrente de insultos e acusações? Nesse caso, o que você pode fazer?
Primeiro, faça uma análise honesta de como você pode estar contribuindo para o problema. Será que se irrita facilmente? Por natureza, gosta de discutir? O que diria seu marido ou sua esposa sobre você nesse respeito? Esta última pergunta é importante e deve ser considerada, porque vocês podem ter conceitos diferentes sobre o que é ser uma pessoa briguenta.
Por exemplo, suponhamos que um de vocês seja um tanto reservado, ao passo que o outro é franco e muito emotivo ao expressar-se. Você talvez diga: “Na minha casa, todo mundo conversava assim. Isso não é briga!” E pode ser que para você não seja mesmo. No entanto, o que acha ser uma conversa sem rodeios, para o outro pode ser uma conversa que magoa e ofende. Simplesmente reconhecer que vocês têm estilos diferentes de comunicação pode ajudar a evitar mal-entendidos.
Lembre-se também de que discutir nem sempre envolve gritaria. Paulo escreveu aos cristãos: “Sejam tirados dentre vós . . . brado, e linguagem ultrajante.” (Efésios 4:31) “Brado”, ou grito, indica alterar a voz, enquanto que “linguagem ultrajante” refere-se ao conteúdo da mensagem. Em vista disso, até mesmo um sussurro pode causar discussão se for irritante ou depreciativo.
Com isso em mente, considere de novo como você lida com desacordos no casamento. Você gosta de discutir? Como já vimos, a verdadeira resposta a essa pergunta depende muito do ponto de vista do seu cônjuge. Em vez de desconsiderar o conceito dele como sendo sensível demais, procure ver a si mesmo como ele o vê, e faça os ajustes necessários. Paulo escreveu: “Que cada um persista em buscar, não a sua própria vantagem, mas a da outra pessoa.” — 1 Coríntios 10:24.
O que fazer quando surge uma discussão
Escute seu cônjuge.— Provérbios 10:19
Respeite o ponto de vista dele.— Filipenses 2:4
Reaja de forma amorosa.— 1 Coríntios 13:4-7

Preste atenção a como escuta’Outro fator a ser levado em consideração ao lidar com os desentendimentos é encontrado nas palavras de Jesus: “Prestai atenção a como escutais.” (Lucas 8:18) É verdade que Jesus não estava falando sobre a comunicação no casamento. No entanto, esse princípio se aplica nesse caso. Você escuta com atenção, ou pelo menos escuta, quando seu marido ou sua esposa fala? Ou interrompe bruscamente com soluções banais para problemas que não entende bem? A Bíblia diz: “Quando alguém replica a um assunto antes de ouvi-lo, é tolice da sua parte e uma humilhação.” (Provérbios 18:13) Quando surgem desentendimentos, vocês precisam falar sobre o assunto e realmente escutar um ao outro.
Em vez de minimizar o ponto de vista do outro, tente ‘compartilhar os sentimentos’. (1 Pedro 3:8) No grego original, esse termo indica basicamente sentir a dor do outro. Se o seu marido (ou sua esposa) estiver angustiado com alguma coisa, você deve compartilhar o sentimento dele. Tente ver o problema como ele o vê.
É evidente que Isaque, um homem temente a Deus, fazia isso. A Bíblia nos diz que sua esposa, Rebeca, ficou muito perturbada com um problema familiar que envolvia o filho deles, Jacó. Ela disse a Isaque: “Tenho chegado a abominar esta minha vida por causa das filhas de Hete. Se Jacó tomar esposa das filhas de Hete iguais a essas, dentre as filhas do país, de que me adianta a vida?” — Gênesis 27:46.
É verdade que, por causa da ansiedade, Rebeca talvez tenha exagerado. Afinal, será que ela realmente abominava a sua vida? Preferiria mesmo morrer, caso o filho se casasse com uma das filhas de Hete? Provavelmente não. Mesmo assim, Isaque não minimizou os sentimentos de Rebeca. Pelo contrário, reconheceu que a preocupação dela era válida e agiu de acordo. (Gênesis 28:1) Faça o mesmo da próxima vez que seu marido (ou sua esposa) estiver ansioso por causa de algum problema. Em vez de tratar o assunto como algo sem importância, escute seu cônjuge, respeite o conceito dele e reaja de forma compassiva.

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