quinta-feira, 12 de junho de 2014

Razões bíblicas para o uso do sexo exclusivamente no casamento

Uma das características dos dias de hoje é a ênfase na sexualidade e na sua aprovação social para qualquer modo em que ocorra. O que antigamente era feito às ocultas, agora é feito abertamente, inclusive, com pressão social. Pessoas que não querem seguir os novos parâmetros da sociedade são taxadas de puritanas e radicais. Nas escolas, os jovens que querem manter o padrão moral ensinado nas Escrituras sofrem zombarias, perseguições e até mesmo agressões físicas. Dentro do casamento, a pressão não é menor, pois filmes, seriados, novelas, literaturas e músicas enaltecem a infidelidade conjugal. Por mais absurdo que pareça, há até sites que incentivam e facilitam o adultério. Mais absurdo ainda é ver líderes eclesiásticos aprovando a relação sexual fora do casamento baseados na sugestão de que Deus criou o homem “para ser feliz” independente do modo que escolha para isso.
Os riscos de desvio e problemas na área da sexualidade fizeram com que muitas pessoas, ao longo da história da igreja, a considerasse a prática sexual uma maldição, ou um tipo de arma do diabo para a queda dos servos de Deus, motivo pelo qual deveria ser evitada com a castidade absoluta. Contudo, da perspectiva cristã, o sexo é visto como um presente de Deus a fim de prover prazer físico, suporte emocional e unidade espiritual (Stewart, Gary P. (et al), Basic questions on sexuality and reproductive technology, BioBasics series (20), Grand Rapids: Kregel Publications, 1998, p.19).

Apesar disso, a Bíblia não prevê o relacionamento sexual em qualquer tipo de união entre pessoas. Ela proíbe os servos de Deus de manterem relacionamento pré-conjugal, ou seja, antes do casamento (1Co 7.8,9,28,36); proíbe o relacionamento extraconjugal, aquele que é mantido por pessoas casadas com parceiros que não sejam seu cônjuge (Pv 5.15-20; Ml 2.14;15; Hb 13.4) e o relacionamento homossexual, que é aquele entre pessoas do mesmo sexo (Lv 18.22; Rm 1.26,27; 1Co 6.9). É claro que tais proibições devem ter força para guiar a vida daqueles que, pela fé em Cristo, foram salvos e transformados e agora são filhos e servos de Deus. Dificilmente, aqueles que rejeitaram a salvação em Cristo se comoverão a obedecer aos padrões morais que se baseiam na santidade de Deus, de modo que os cristãos pouco sucesso terão ao tentar estabelecer na sociedade a moral cristã – os cristãos devem trabalhar pela conversão dos incrédulos por meio da fé em Jesus e não pela simples cristianização dos hábitos dos incrédulos. Entretanto, dentro do povo de Deus, a ética sexual deve, obrigatoriamente, seguir a moral, a santidade e a revelação do nosso Deus.

A própria Bíblia define os propósitos e o campo do relacionamento sexual: procriação (Gn 1.27,28) e felicidade (Ec 9.9). Contudo, isso é algo que deve ser vivido e usufruído “dentro do casamento” (Gn 2.24). Assim sendo, nossa intenção é oferecer base bíblica suficiente para a análise da questão e para o direcionamento do procedimento cristão concernente ao assunto.

Razões bíblicas para o uso do sexo exclusivamente no casamento:

1. Cria relacionamento e intimidade entre os cônjuges.

“Por isso, deixa o homem pai e mãe e se une à sua mulher, tornando-se os dois uma só carne” (Gn 2.24).

2. Sexo fora do casamento é qualificado como impureza e é vetado aos solteiros.

“Quanto ao que me escrevestes, é bom que o homem não toque em mulher; mas, por causa da impureza, cada um tenha a sua própria esposa, e cada uma, o seu próprio marido” (1Co 7.1,2).

“E aos solteiros e viúvos digo que lhes seria bom se permanecessem no estado em que também eu vivo. Caso, porém, não se dominem, que se casem; porque é melhor casar do que viver abrasado” (1Co 7.8,9).

3. A união carnal pré ou extraconjugal desonra o Espírito Santo.

“Não sabeis que os vossos corpos são membros de Cristo? E eu, porventura, tomaria os membros de Cristo e os faria membros de meretriz? Absolutamente, não. Ou não sabeis que o homem que se une à prostituta forma um só corpo com ela? Porque, como se diz, serão os dois uma só carne. Mas aquele que se une ao Senhor é um espírito com ele. Fugi da impureza. Qualquer outro pecado que uma pessoa cometer é fora do corpo; mas aquele que pratica a imoralidade peca contra o próprio corpo” (1Co 6.15-18).

4. A imoralidade sexual é uma obra da carne contrária ao fruto do Espírito.

“Ora, as obras da carne são conhecidas e são: prostituição, impureza, lascívia” (Gl 5.19).

5. É vontade de Deus que o crente ande em santidade e pureza.

“Pois esta é a vontade de Deus: a vossa santificação, que vos abstenhais da prostituição; que cada um de vós saiba possuir o próprio corpo em santificação e honra, não com o desejo de lascívia como os gentios que não conhecem a Deus; e que, nesta matéria, ninguém ofenda nem defraude a seu irmão; porque o Senhor, contra todas estas coisas, como antes vos avisamos e testificamos claramente, é o vingador, porquanto Deus não nos chamou para a impureza, e sim para a santificação. Destarte, quem rejeita estas coisas não rejeita o homem, e sim a Deus, que também vos dá o seu Espírito Santo” (1Ts 4.3-8).



Se o mundo vive de tal maneira, “por que os crentes não podem seguir seu tempo?”

“Sabei, pois, isto: nenhum incontinente, ou impuro, ou avarento, que é idólatra, tem herança no reino de Cristo e de Deus. Ninguém vos engane com palavras vãs; porque, por essas coisas, vem a ira de Deus sobre os filhos da desobediência. Portanto, não sejais participantes com eles” (Ef 5.5-7).



É possível para os cristãos resistir às tentações no campo sexual?

“Não vos sobreveio tentação que não fosse humana; mas Deus é fiel e não permitirá que sejais tentados além das vossas forças; pelo contrário, juntamente com a tentação, vos proverá livramento, de sorte que a possais suportar” (1Co 10.13).



Ferramentas para lutar contra a tentação:

A. Ter na mente as Palavras de Deus.

“De que maneira poderá o jovem guardar puro o seu caminho? Observando-o segundo a tua palavra… Guardo no coração as tuas palavras, para não pecar contra ti” (Sl 119.9,11).

B. Ter na mente bons pensamentos.

“Finalmente, irmãos, tudo o que é verdadeiro, tudo o que é respeitável, tudo o que é justo, tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama, se alguma virtude há e se algum louvor existe, seja isso o que ocupe o vosso pensamento” (Fp 4.8).

Sendo assim, há algumas coisas que tanto solteiros como casados devem a ter em mente a fim de lutar contra a tentação de manter um relacionamento sexual que não seja dentro do casamento. Exemplos de pensamentos a serem levados em consideração em momentos de tentação no campo sexual são:

“Pelo sexo fora do casamento eu entristecerei o Senhor que me resgatou”;
“Mancharei o nome de Cristo e da sua Igreja”;
“Um dia estarei face a face com o Senhor Jesus”;
“Conheço pessoas que sofreram por causa do sexo pré-conjugal”;
“Trarei tristeza e vergonha para pessoas que amo”;
“Me arriscarei a uma gravidez indesejada ou a contrair doenças”;
“Ficarei limitado na minha atuação na igreja”;
“Conviverei com um tremendo sentimento de culpa”;
“Trarei prazer a satanás e motivo de acusações diante de Deus”;
“Prejudicarei minha comunhão com meu Senhor e Deus”.

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