O ROMANTISMO DEVE DURAR PARA SEMPRE
Deus, o Supremo Criador, ao voltar os olhos para cada uma das coisas que criara, reputou-as como boas. Podemos observar no capitulo 1 de Gênesis, seis vezes a expressão: “E viu Deus que tudo era bom”.
Faltava, no entanto, a coroa da criação: o homem.
Logo depois da criação do homem, como podemos ler em Gênesis 1.27 “E criou Deus o homem á sua imagem, à imagem de Deus o criou, macho e fêmea os criou” Deus realizara seu plano completamente e então podemos
perceber uma expressão muito mais completa. “E viu Deus tudo quanto tinha feito e eis que era muito bom” Gênesis 1.31.
O casamento está no clímax na obra da criação. “E Deus os abençoou e lhe disse: Frutificai, multiplicai-vos, enchei a terra…” Gênesis 1.28.
Partindo então da premissa de que tudo que Deus fez foi muito bom, o sentimento de afetividade com que foi dotado o casal Adão e Eva deveria perdurar e seria um legado a todas as gerações assim como tem perdurado para a obra da criação: o brilho dos luminares, o florescer, o frutificar e todo o contínuo e constante trabalho da natureza.
Por que vemos jovens casais em processo de separação? Enquanto isso vemos casais de cabecinha branca, juntos por tantos anos e tão identificados um com o outro que não podem separar-se. Quando acontece de um ser levado pela morte, o outro não tem muitas vezes condições de resistir. Que é isso senão o aconchego, o romantismo que os acompanhou, não obstante o passar dos anos?
Perguntamos então: pode um sentimento criado pela vontade de Deus, com o propósito de perdurar, algo considerado muito bom, acabar? Pode, mas não deveria.
A propósito, há algum tempo uma jovem durante um aconselhamento para o casamento, fez-me a seguinte colocação: ela desejava saber se aquele sentimento mágico do tempo de namoro se aquele só querer estar junto persistia após o casamento.
Expliquei-lhe que depois este sentimento persiste de forma diferente, ou seja, é mais intensificado e mais substancial que no tempo de namoro. Ela não conseguia entender e pedia mais explicações. Isso era perfeitamente compreensível, pois seu lar era completamente desajustado devido ao mau relacionamento conjugal de seus pais. Já estando noiva, sentia-se completamente insegura nesse campo e buscava ansiosamente uma estabilidade para seu futuro matrimônio.
O que se deve buscar no casamento através dos anos é que haja a doçura, a cortesia, o carinho do tempo de namoro e até mais, pois agora não há barreiras a impedir quaisquer demonstrações de afeto.
Recentemente comparei o casamento à construção de uma casa. Jamais uma casa fica totalmente pronta. Há sempre alguma coisa a acrescentar, a modificar. Às vezes são pequeninos detalhes que vem trazer mais beleza ou maior utilidade.
É gratificante ouvir da mulher: “sou cada dia mais apaixonada por você”. E assim também ouvir do marido dizer a mesma frase apaixonada.
Os filhos sentem-se felizes, seguros, ao virem os pais namorando. Baseio-me em Gênesis 2.24 “Portanto deixará o varão o seu pai e a sua mãe e apegar-se-á à sua mulher e serão ambos uma só carne”.
Há muita profundidade neste termo apegar-se, que significa aderir, colar, juntar. É essa a vontade de Deus.
O romantismo pode atravessar os anos sim! Não se pode admitir casamento duradouro sem aquela aura de romantismo que atravessa o período de namoro, noivado e é uma constante no casamento. Ser romântico é expressar esse romantismo com palavras e atos.
Mário Valdez
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