quarta-feira, 20 de novembro de 2013

A forte presença da avareza no adultério

“Na alegria e na tristeza, na saúde e na doença, na riqueza e na pobreza…” são promessas que, geralmente, são feitas entre um casal em uma celebração de casamento.

Mas no relacionamento extraconjugal, ou seja, adúltero, as coisas não funcionam bem assim.

Quase sempre um relacionamento adúltero só funciona “bem” quando existe a possibilidade de obtenção de algo, de uma melhor qualidade de vida em cima do que o outro (ou a outra) pode oferecer. Afirmo que os companheiros estranhos não estão propícios a viverem um relacionamento retratado na necessidade, na falta, nas dificuldades, doenças, desemprego.

Porque o olhar da (o) adúltera (o) está precisamente sobre a avareza, sobre aquilo que o outro pode oferecer a ela ou a ele. O coração de uma pessoa adúltera é também impregnado de avareza. Ele é a “sanguessuga” disfarçada de bondade que atrai o (a) outro (a) a grandes degraus de falência material, espiritual e moral. E depois o (a) repudia. Por isso que o adúltero é perverso e, ao mesmo tempo, enganador; comportamento muito peculiar a quem serve ao diabo e aos seus demônios. Quando me refiro ao olhar sobre o que o outro tem a oferecer, não digo que necessariamente seja em algo de grande valor, mas, pelo menos, na proporção à realidade de vida do adúltero para cima (nunca para baixo). O ponto de sustentação desse “novo amor” está na possibilidade de obtenção de algo, na ilusão de uma vida melhor, materialmente falando.

Se o teu cônjuge, separado de você, dormisse na rua, comesse do lixo, enfim, não tivesse nada, absolutamente nada para oferecer, será que alguma mulher de um padrão de vida razoável gostaria de se relacionar seriamente com ele? Duvido! Mas o “olho gordo” da adúltera vê inicialmente se o outro está empregado, a renda fixa mensal, os bens materiais que existem ainda para serem repartidos, frutos da separação com a esposa legítima, uma casa, um automóvel etc.

O olhar do adultério é um olhar destruidor, consumidor, levado às últimas consequências. O homem casado e que mantém um relacionamento extraconjugal ama oferecer o melhor à adúltera; muitas vezes deixando a sua família legítima passar por grandes dificuldades e privações.

Trago aqui um testemunho de vida, que é comum em muitas famílias vitimadas pelo adultério de um dos cônjuges. Uma prima, da parte materna, cristã, foi repudiada pelo marido por 8 anos. Nesse tempo, ele se relacionou com uma mulher bonita, bem mais nova (o diabo oferece um prato assim exatamente para acorrentar o indivíduo. Nunca oferece uma 60 anos mais velha, desdentada, leprosa..), destruidora de casamentos. A beleza dela e/ou a pouca idade confirmam algo próprio da natureza do adultério: a concupiscência do olhar. JESUS disse que o adultério se inicia a partir daquilo que se vê, que se deseja para si de forma ilícita.

Mesmo sendo um simples mecânico de carro, semianalfabeto, acabado fisicamente, a adúltera sabia que ele era casado, tinha casa própria, um carro usado e era dono de uma oficina de carro (nem sempre ela projeta isso de forma intencional ou proposital, mas os demônios que estão nela possuem esse alvo). Para ela, aquilo bastava. Então investiu poderosamente em um homem que não lhe pertencia, mas que tinha algo para lhe oferecer. O marido da minha prima apaixonou-se por outra mulher. Vendeu a casa e o carro que tinha, juntamente com a esposa (usou de mentiras e chantagens e fez com que ela assinasse os papéis); e investiu todo o dinheiro na mulher estranha, dando-lhe do bom e do melhor. A legítima esposa foi morar de aluguel com os filhos em uma casa dentro de uma favela. Como sempre dependeu financeiramente dele, vivia daquilo que ele enviava. Segundo ela conta, “pão e mortadela, da pior qualidade, todos os dias”. Mas para a adúltera, comidas caras e de melhor qualidade (um dia o entregador trocou os produtos e entregou para minha prima o melhor. Só assim ela pode perceber). Até que esse homem, aos poucos, foi falindo. Quando não tinha mais nada para oferecer, foi repudiado por ela, que o trocou por outro melhor. Houve restauração familiar depois de 8 anos; não só familiar, como espiritual e material da vida de Milton, que voltou aos braços do SENHOR.

Por que os grandes executivos, políticos, empresários, artistas vivem em segundo, terceiro casamento? O braço forte deles é a fama, a posição social e o dinheiro. O relacionamento é sustentado nesses interesses espúrios. Essas pessoas não estão nem aí em obedecer a Palavra de DEUS, em ao menos saber o que DEUS diz sobre tudo isso, mas buscam apenas a felicidade pessoal; e terminam por cometer a loucura de abandonar a família de sua mocidade.

Uma das principais áreas atingidas em uma separação familiar é a financeira. Toda e qualquer separação conjugal resulta em divisão de bens, em enfraquecimento da qualidade de vida. O que DEUS antes abençoou o casal para prosperidade familiar, agora satanás quer destruir tudo, e levá-los à miséria.

O adultério é uma ilusão, uma farsa, que se esconde por trás de um falso amor. O adultério dura apenas o exato tempo da satisfação pessoal. Ele é como a traça e a ferrugem: vão consumindo aos poucos, lentamente, até não restar mais nada. Depois tudo perde a graça; e a máscara cai.

Os cônjuges, que hoje buscam a restauração familiar no SENHOR, precisam ficar bem atentos a isso para não caírem também nas armadilhas do diabo. Preservar o que hoje têm, o que existe, em relação às finanças e aos bens materiais. Não emprestar dinheiro nem ter dó daquele ou daquela que já está endividado e começando a falir. Cada um precisa colher exatamente aquilo que plantou. Mantenha-se distante. Lembre-se de que você não pode nem deve fazer nada por um caído. Apenas orar e, diante de DEUS, não desistir da vida dele. Não é você, com sua força, que vai levantá-lo, mas o SENHOR, quando ele buscá-LO de todo coração. E, sendo liberto pelo SENHOR, a primeira atitude dele será te pedir perdão e voltar para casa. O arrependimento verdadeiro leva à restituição, sempre que possível.

Amor verdadeiro não olha para o que o outro tem em termos materiais ou financeiros; e está pronto a ser companheiro até mesmo em um leito de morte. O amor verdadeiro, haja o que houver, nunca repudia, ainda que as dificuldades sejam imensas, porque no amor há a esperança de cura e de restauração.

FERNANDO CÉSAR

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