terça-feira, 4 de junho de 2013

Como discordar sem brigar

Pessoas têm pontos de vista diferentes e isso é normal; convivendo intimamente têm ainda mais oportunidades para discordar. Consequência da cultura litigiosa que ainda domina a sociedade. Muitos ainda não compreenderam a importância de aceitar que sua opinião não é universal.

A comunicação não violenta é um método transformativo que garante maior harmonia nos relacionamentos. Pensar em alternativas pacíficas pode ser muito útil:

1- A fala.
Não há melhor forma de se entender do que conversar. Diga o que está acontecendo com você, mas é preciso avaliar muito bem o que você vai falar, levando em consideração, inclusive, a maneira de se expressar. Através do diálogo sincero, objetivo e educado é possível ampliar a visão dos fatos.

2- A audição.
Diálogo pressupõe uma troca de mensagens, portanto, é preciso considerar o tempo de falar e também o tempo de ouvir. Ouça com atenção os motivos que levam a outra pessoa a não estar de acordo com você; aceite pontos de vista divergentes com naturalidade. Nessa troca todos ganham, além do que você pode aprender algo e também ensinar alguma coisa. Somos todos aprendizes e professores nessa escola da vida.

3- A autenticidade.
Seja sempre verdadeiro, quem age com autenticidade tem autoridade moral no que diz. Sem contar que agindo com sinceridade na troca de ideias com os outros as chances de desenvolver uma conversa construtiva são muito maiores. Assim, você poderá reformular conceitos ou mesmo reafirmar as suas convicções. Isso promove segurança!

4- A calma.
Ao se referir ao outro seja o mais respeitoso possível, busque fazê-lo no momento de calma. Rispidez e agressividade promovem a balbúrdia e a incompreensão, porque confundindo nossos pensamentos, confundem igualmente a nossa fala, sem contar que ao agir assim sempre perdemos a razão e nos arrependemos depois. Quando você sentir que a irritabilidade e a disposição de agredir estão tomando vulto em seus pensamentos, busque recolhimento e mude seu quadro mental. A paz começa em nós mesmos!

5- O respeito.
Evite ameaçar e censurar. Procure de forma simples expor a sua maneira de enxergar a situação, mas permita que o outro faça o mesmo. Por mais que você sinceramente se considere com razão aceite que o outro pensa diferente e não polemize. Quando duas pessoas estão inflexíveis em suas posições a melhor coisa a fazer é expressar respeito e, caso haja necessidade, buscar alternativas para um acordo.

6- A discordância.
Não espere que o outro mude de opinião a seu favor e mantenha-se fiel aos próprios valores, aceitando opiniões contrárias. Caso elas acrescentem algo você terá aprendido, se não acredita nelas, rejeite com compaixão. Aceitar que os afetos mais caros discordam de você denota maturidade; encare isso como oportunidade de ampliar a sua capacidade de compreensão pela vida, pelas pessoas, pelas diferenças. Só temos a ganhar quando concordamos em discordar sem fazer disso uma briga.

Segundo Marshall Rosenberg: "Quando nos concentramos em esclarecer o que está sendo observado, sentido, e necessário ao invés de diagnosticar e julgar, descobrimos a profundidade de nossa própria compaixão."


Suely Buriasco

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