Como o casamento pode sobreviver à traição
Superar uma traição não é tarefa fácil, pois além das dificuldades emocionais de lidar com o fato em si, existe muita coisa envolvida. Mentiras e enganações passam a ser uma rotina na vida do cônjuge que trai, quando tudo é descoberto é inevitável que o abalo seja muito grande. "Afinal, quem é essa pessoa?" Costuma ser uma frase usual. A infidelidade tem ainda um lado social, envolvendo familiares e amigos, provocando preconceitos que podem impossibilitar a reconciliação.
Essas são questões de grande complexidade que devem ser tratadas com muito cuidado, principalmente quando existe a disposição dos cônjuges em retomar a relação. Se o seu casamento está vivendo uma crise assim, observe o que dizem os especialistas:
1- Evite intromissões: conforme afirma Gisela Castanho, professora da Sociedade de Psicodrama de São Paulo: “Cada um sabe o quanto aguenta uma traição. Tem desde aqueles que não se importam tanto assim, até quem ache intolerável”. Muito palpite pode fazer você agir em desacordo com sua vontade e se arrepender depois. O drama é seu, você é que tem que conhecer os seus limites.
2- Analise o seu grau de afetividade: o impacto da traição é diferente em cada caso, assim você precisa analisar seus sentimentos e ter em mente que esse não precisa ser um fim. Se ainda existe amor de ambas as partes é possível refazer os laços, mas o casal terá que ter muita maturidade para lidar com a crise. A autora do livro “Resgate de um Casamento”, a terapeuta Anna Sharp, escreveu: "Dá para superar e crescer se o amor permanece. Do lado de quem é traído, ajuda muito tentar responder a perguntas como, o que é mais importante: ter razão ou ser feliz? Proteger seu ego ou apostar na sua felicidade? Se você tem a compreensão do que aconteceu por dentro do outro, por que vai jogar tudo fora?”
3- Fuja do papel de vítima: conforme afirmou a psicóloga Angélica Amigo: “O rancor vira um processo de vitimização em que o papel de sofredor, incompreendido e infeliz se torna cômodo, impedindo qualquer um de seguir em frente”. Importante observar que o papel de vítima é degradante e, consequentemente, não ajuda em nada. Bom mesmo é assumir responsabilidades e operar mudanças no próprio comportamento. Nada justifica uma traição, mas acusar o tempo todo só piora as coisas; melhor direcionar energias a favor de tornar o relacionamento mais harmonioso.
4- Mude a ótica: é importante tentar entender o cônjuge em seus defeitos e carências. A psicóloga Araceli Albino explica: "Não encare o ato como algo que foi feito contra você, mas, sim, uma falha do outro, uma fraqueza ou uma necessidade. E lembre-se de que o outro existe "além de você", e que ele tem defeitos, carências ...". Veja as coisas por outro prisma e saia da situação de alvo; a ideia não foi ofender ou magoar você, embora essa tenha sido a consequência.
Por fim, não é humilhante ou entristecedor sobrepujar a traição e manter o casamento, muito pelo contrário, desde que seja uma atitude madura, é enobrecedor.
Suely Buriasco
Essas são questões de grande complexidade que devem ser tratadas com muito cuidado, principalmente quando existe a disposição dos cônjuges em retomar a relação. Se o seu casamento está vivendo uma crise assim, observe o que dizem os especialistas:
1- Evite intromissões: conforme afirma Gisela Castanho, professora da Sociedade de Psicodrama de São Paulo: “Cada um sabe o quanto aguenta uma traição. Tem desde aqueles que não se importam tanto assim, até quem ache intolerável”. Muito palpite pode fazer você agir em desacordo com sua vontade e se arrepender depois. O drama é seu, você é que tem que conhecer os seus limites.
2- Analise o seu grau de afetividade: o impacto da traição é diferente em cada caso, assim você precisa analisar seus sentimentos e ter em mente que esse não precisa ser um fim. Se ainda existe amor de ambas as partes é possível refazer os laços, mas o casal terá que ter muita maturidade para lidar com a crise. A autora do livro “Resgate de um Casamento”, a terapeuta Anna Sharp, escreveu: "Dá para superar e crescer se o amor permanece. Do lado de quem é traído, ajuda muito tentar responder a perguntas como, o que é mais importante: ter razão ou ser feliz? Proteger seu ego ou apostar na sua felicidade? Se você tem a compreensão do que aconteceu por dentro do outro, por que vai jogar tudo fora?”
3- Fuja do papel de vítima: conforme afirmou a psicóloga Angélica Amigo: “O rancor vira um processo de vitimização em que o papel de sofredor, incompreendido e infeliz se torna cômodo, impedindo qualquer um de seguir em frente”. Importante observar que o papel de vítima é degradante e, consequentemente, não ajuda em nada. Bom mesmo é assumir responsabilidades e operar mudanças no próprio comportamento. Nada justifica uma traição, mas acusar o tempo todo só piora as coisas; melhor direcionar energias a favor de tornar o relacionamento mais harmonioso.
4- Mude a ótica: é importante tentar entender o cônjuge em seus defeitos e carências. A psicóloga Araceli Albino explica: "Não encare o ato como algo que foi feito contra você, mas, sim, uma falha do outro, uma fraqueza ou uma necessidade. E lembre-se de que o outro existe "além de você", e que ele tem defeitos, carências ...". Veja as coisas por outro prisma e saia da situação de alvo; a ideia não foi ofender ou magoar você, embora essa tenha sido a consequência.
Por fim, não é humilhante ou entristecedor sobrepujar a traição e manter o casamento, muito pelo contrário, desde que seja uma atitude madura, é enobrecedor.
Suely Buriasco
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