Como agir quando a família do companheiro interfere no casamento?
Para alguns, o momento de se apresentar e conhecer os familiares do companheiro pode ser difícil e causar tensão, para outros, nem tanto. Não é sempre que a compatibilidade prevalece, e a união de duas famílias diferentes pode gerar mal-estar e até discussão, principalmente quando alguma das partes é contra a união do casal.
Mas, entre todos os empecilhos que podem surgir, capazes de estremecer o convívio, um dos maiores problemas é quando a vida a dois passa a ser vivida e compartilhada com a família. É importante respeitar a privacidade entre o homem e a mulher. Não dar espaço para que os outros interfiram com as opiniões. E saber que, no casamento, manter o bom relacionamento com os familiares do cônjuge é fundamental.
“Há alguns anos os adolescentes não viam a hora de conquistar a própria independência. Agora, de uns anos para cá, tudo mudou. Os filhos têm ficado mais na barra da saia da mãe, inclusive aqueles que, mesmo tendo se casado, não conseguem abandonar a casa dos pais”, comenta o apresentador do programa “The Love School – A Escola do Amor” (www.iurdtv.com), bispo Emerson Silva.
Segundo o bispo, muitos casais acabam brigando pelo fato de a esposa querer competir com a mãe. “Ao invés de se tornar uma aliada da sogra, em momentos de comentários, não, a esposa quer competir”, explica. Por isso, deve-se saber que os cuidados de uma mãe são incomparáveis, então, não se torne uma adversária.
Antes de subir ao altar, veja bem quais são os costumes do seu companheiro com a família dele. Caso não esteja de acordo, pense antes de oficializar a união. Em situações que haja interferência de alguém, espere o momento certo e pergunte se, caso fosse o oposto, ele ou ela aceitaria casar e levar de brinde seus pais e os outros agregados.
A união é para ficar a dois e não se estender às demais pessoas de ambas as famílias. “O diálogo é fundamental para que o casamento não corra o risco de acabar”, frisa o bispo. Quem ama, sacrifica.
“Minha esposa foi criada só pela mãe, e por ser a filha mais nova era muito mimada. Com o passar do tempo, isso implicou na convivência a dois. Houve uma situação até de ela ficar doente e ligar para a mãe, para que ela a levasse ao hospital”, conta o vendedor Caio Luís Dantas, casado há 4 anos.
Segundo a esposa dele, a auxiliar administrativa Juliane Dantas, em contrapartida, no começo do casamento ele era grosso, e como ela era mimada, estranheou muito. “Na casa da minha mãe era tudo da maneira que eu queria. No casamento, cada um queria algo de uma maneira, e essa parte foi muito difícil”, lembra ela.
E tudo só dificultava ainda mais o entrosamento entre os dois. “Minha sogra cuidava muito bem dele. A comida dela era maravilhosa, e eu ficava com ciúmes, pois ela queria fazer tudo para ele, mas eu era quem queria fazer. Ela perguntava da roupa, se eu estava cuidando direito, dizia que ele estava emagrecendo. Diante dos cuidados dela, eu me sentia diminuída”, comenta Juliane.
De acordo a auxiliar, ela teve que se impor diante da sogra. “Ela gosta muito de dar opiniões, falava de tudo para mim e como eu deveria fazer cada coisa. Se eu deixasse, ela escolheria até a cor que eu ia pintar a minha casa.” Para Caio, no início foi complicado discordar da mãe. “Com o tempo, a gente passa a perceber que a vida é ao lado da esposa. Mas só compreendi isso depois de acontecer um diálogo.”
Seja sábia. “Aprendi que eu tinha que me unir à minha sogra. Consegui entender que ela apenas queria o bem do filho dela. Agora, ao invés de cuidar apenas do filho dela, também tem que cuidar de mim. Hoje, ela é uma segunda mãe, me ajuda muito nos nossos afazeres”, finaliza Juliane.
Transforme a vida sentimental
A insegurança sobre a própria capacidade de despertar e alimentar o interesse no outro muitas vezes atrapalha o andamento do relacionamento e faz com que as pessoas se afastem gradativamente, ou de uma vez só, da pessoa amada.
Débora Ferreira
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