Mulheres, submissão e casamento
Às vezes me perguntam por que há uma enorme destituição dos casamentos hoje em dia principalmente no meio evangélico? Em outras palavras, por que os matrimônios cristãos estão acompanhando o grande número de divórcios assistidos na justiça? Creio que os versículos acima trazem um embasamento satisfatório para tentarmos encontrar algumas respostas para as perguntas mencionadas.
Um primeiro passo é compreendermos que nenhum casamento deve ser pautado apenas na motivação, no entusiasmo; na vontade de casar de um e de outro; ou na necessidade de que o homem e a mulher têm de possuir uma relação mais íntima e sexual. O amor é condição indispensável a todo relacionamento humano; porém, no casamento, ele é mais rico quando equilibrado por questões racionais. Por exemplo: a compreensão de que o matrimônio exige conhecimento da divisão de responsabilidades de um e de outro. Sem o prévio conhecimento e consciência dessas responsabilidades (e seu perfeito cumprimento), a relação matrimonial tende a se tornar mais vulnerável e fadada ao fracasso cada vez mais.
O versículo introdutório abre com uma ordem às mulheres, no caso, às esposas: sejam submissas! Essa sujeição da mulher, aconselhada pelo apóstolo Paulo aos crentes instalados em Éfeso, desperta uma enorme polêmica nos dias atuais. Afinal, como compreender e aceitar essa submissão das mulheres em relação aos seus maridos numa época onde, transparentemente, a mulher vai mais e mais galgando conquistas sociais, profissionais e status financeiro? Algumas, inclusive, por um nível econômico melhor que a do marido, sentem-se no direito de definir todas as prerrogativas existentes no lar. O certo é que a mulher, pouco a pouco, vai conquistando espaços que antes eram de exclusividade do perfil masculino. Não que esse ponto de destaque seja ruim. Porém, é preciso ressaltar que em muitas esposas essa superindependência tem interferido negativamente nas atribuições bíblicas e sido causa dos fracassos familiares. A mulher-chefe no trabalho não pode ter a mesma autoridade da mulher-esposa no lar, ainda que o nível econômico dela em relação ao marido seja acentuado. Por outro lado, não é dado por DEUS somente a responsabilidade da mulher ao ato da procriação. Ela não nasceu apenas para procriar. Mas a esposa pode participar, como parte mais frágil, das decisões e dos destinos da família.
A sujeição a que se refere o apóstolo é mais perfeita quando o marido a ama “(…) como também Cristo amou a igreja (…) (Efésios 5:25). Entretanto, essa submissão da mulher existe independentemente de o marido temer ou não à Palavra de DEUS, exigindo dela o perfeito testemunho: “Semelhantemente, vós, mulheres, sede submissas a vossos próprios maridos, para que também, se alguns deles não obedecem à Palavra, pelo procedimento de suas mulheres, sejam ganhos sem palavra, considerando a vossa vida casta, em temor” (1 Pedro 3:1-2). Em nenhum momento da PALAVRA, DEUS pede que sejamos sujeitos ao mal; nem no casamento nem na atmosfera espiritual e social. O marido é uma autoridade constituída por DEUS para amar e respeitar suas esposas. Quando ele não a ama e não a respeita, metade do conjunto fica comprometida e tende a contaminar a outra metade. O perigo reside exatamente aí. Muitas esposas de maridos ingratos, infiéis, tendem a se fragilizar e, consequentemente, a perder o rumo do casamento. Ela se sente abatida, fraca, desanimada, sem forças até mesmo para orar. É o que diz a Palavra de DEUS: “um abismo chama outro abismo (…) (Salmos 42:7). Mas DEUS orienta para essa situação que um erro não atraia outro. Antes, que o erro do marido não afete o estado de submissão da esposa, levando-a a orar e a jejuar muito mais. Entretanto, quando ele é sábio, aprende a dividir os momentos de diálogo com a esposa.
Uma esposa cristã precisa, inicialmente, ter, com alegria e obediência, a disposição em aceitar esse estado de dependência. Tudo o que ela ouve do seu marido deve ser devidamente justificado: o ”sim” e o “não”; o poder e o não fazer. A justificativa anula toda aparência de um homem ditador, autoritário, que não está preparado para ouvir as sugestões e opiniões de sua amada esposa. Uma esposa submissa não faz nada sem antes consultar o marido. O marido, que ama a sua esposa como Cristo amou a sua igreja, não dá o veredicto final sem antes levar ao conhecimento da mulher as coisas que são do interesse do lar, da família. O resultado da perfeição união da submissão com o amor é a cumplicidade e o respeito que ambos nutrem um pelo outro. Mas, detalhe: a decisão final sempre caberá ao homem, e nunca a esposa, sem que ele não consinta. A mulher não pode trazer para si uma responsabilidade que não lhe cabe, que não lhe foi atribuída. Mesmo nas atividades domésticas: o que é da mulher, é para ela tomar a frente; o que é do homem, a mesma maneira. Claro que, vez por outra, é natural que o homem vá à cozinha preparar uma comidinha especial para a mulher amada. Não é desonra nem quebra dos direitos. Porém, cuidado para que isso não se torne rotina e o homem se veja diariamente assumindo um papel que não é exclusivamente seu dentro do lar. Com relação ao sexo, tanto o marido quanto à mulher devem ir em busca do prazer pleno para os dois. Um deve dominar o corpo do outro, em honra e santidade, temendo ao Senhor JESUS; pois o amor do marido com a esposa consiste em alimentar a carne como JESUS alimentou a igreja, e não deixou que nada lhe faltasse.
E por tudo, crendo que a mulher não foi constituída por DEUS para delegar sobre o lar; mas antes, ser submissa com respeito e boa consciência ao seu marido para ter um casamento agradável; assim nenhuma dela deveria também receber a consagração ao ministério pastoral nas igrejas. Eu, particularmente, sou contra essa ordenação. Ela pode até ser a esposa do pastor, dirigir ministérios, porém, estar à frente das decisões da igreja, discordo veementemente. Observe o cuidado que o apóstolo teve em comparar a subserviência da mulher e o amor do marido a CRISTO e à igreja. A esposa assume o papel da igreja e o marido o papel do Senhor. Quem santifica a igreja é JESUS assim como o marido à esposa. Se há uma inversão de valores, uma troca desses papéis, a vida espiritual da igreja e do lar fica doente e seriamente ameaçada. Alguns ministérios, infelizmente, têm aceitado o pastorado de mulheres apenas para aumentar a renda da família. Se eu acreditasse que uma mulher pudesse delegar sobre os destinos de uma igreja, teria que aceitar também que ela estivesse na vanguarda das decisões do lar, o que seria um equívoco, considerando o que diz a Sagrada Escritura. Há quem discorde, usando o exemplo de Raquel no Antigo Testamento. Mas esta mulher nunca, em tempo algum, recebeu o chamado para pastorear ovelhas humanas.
Uma das virtudes da mulher sábia do livro de Provérbios está na sua capacidade de ouvir, perguntar se pode fazer ou se está certo fazer determinada coisa e orar; ser a coluna de sustentação do marido em oração. Uma mulher que não se excede, que não se irrita, não bate-boca com o marido, que não queira peitá-lo, não seja rebelde, nem tome decisões por sua inteira responsabilidade. Mas uma mulher mansa, serena, prudente, serva do SENHOR JESUS. Esta, sim, é honrada onde quer chegue: “Enganosa é a graça e passageira a formosura, mas a mulher que teme ao Senhor, essa será louvada” (Salmos 31:30). Submissão, de uma forma geral, provém da capacidade de respeitar à autoridade de alguém que está um degrau acima de nós. Isso serve para os filhos em relação aos pais, para as esposas em relação aos maridos, à sociedade em relação às autoridades públicas e para a igreja em relação a JESUS CRISTO. Quem apregoa que não existe hierarquia, ordem, decência, organização, divisão de responsabilidades no Reino de DEUS estará mentindo aos outros e enganando a si próprio. Lugar da esposa não é apenas na cozinha nem na cama como muitas “mentes estreitas” pensam. Lugar da mulher casada é ao lado do marido, onde ele estiver, dando-lhe honras, valorizando-o junto à família, à igreja e à sociedade em geral. E para finalizar, chamo a atenção também para os efeitos que o mau cumprimento dos mandamentos divinos possam causar ao lar e à igreja. DEUS exigiu como princípio elementar que amemos uns aos outros. Amar significar sentir prazer em renunciar ao próprio “eu” e compartilhar, com sinceridade, os segredos, desejos e frustrações.
Aliás, que maridos e mulheres sejam muito mais que amantes do corpo do outro: sejam companheiros na perfeita acepção da palavra. Companheirismo significa “compartilhar o pão”; assim como fez JESUS com os seus discípulos na Santa Ceia. Vivamos a dividir esse pão com todos os que têm sede e fome de Justiça e prossigamos em viver um cristianismo com sabedoria e longe das adaptações que os homens têm insistido em promover no seio das igrejas à custa de interesses espúrios. A quem muito é dado, muito também será cobrado. Isso serve para os maridos, para as esposas e para todos os líderes religiosos do mundo. “Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas” (Apocalipse 2:29). Maranata!! Ora, vem, Senhor JESUS!!!
FERNANDO CÉSAR
0 comentários:
Postar um comentário