Os cinco lados da intimidade
Henry era geralmente jovial e positivo. Na noite passada, no entanto, ele chegou atrasado ao nosso encontro na igreja e não tinha muito que dizer. “Nunca entendi as mulheres” – ele me disse após o encontro. – “Minha esposa acha que precisamos de mais intimidade. Ela diz que não somos tão próximos quanto já fomos um dia. Não sei do que ela está falando. Pensei que tínhamos um bom casamento”.
Há algo sobre nossa forma psicológica, espiritual e física que clama por intimidade uns com os outros. Isso ocorre, porque Deus desenhou o casamento para ser a mais íntima das relações humanas, na qual dividimos a vida intelectual, social, emocional, espiritual e fisicamente.
Você e seu cônjuge são íntimos desta forma?
Intimidade intelectual – Não diz respeito à discussão de idéias altamente intelectuais. O importante é discutir seus pensamentos. Podem ser pensamentos sobre comida, finanças, saúde, crime, trabalho e política. Eles revelam algo sobre o que se passou em sua mente durante o dia.
Intimidade social – Significa dedicar tempo aos eventos da vida. Alguns desses eventos serão experiências em que estaremos juntos; outros acontecerão enquanto estivermos separados, e dividiremos as experiências através de comunicação aberta. Muitas coisas na vida envolvem o fazer. Quando fazemos coisas juntos não apenas desenvolvemos vivência comunitária, mas também aprofundamos a intimidade.
Intimidade emocional – Sentimentos são a nossa resposta emocional espontânea ao que encontramos nos cinco lados da intimidade. Se eu vir um caminhão de bombeiros correndo pela avenida, me sinto incomodado. Se você toca minha mão, me sinto amado. Quando dividimos emoções, construímos intimidade emocional.
Intimidade espiritual – Geralmente a mais preterida das bases da intimidade matrimonial, porém tem impacto significativo nas outras. Não requer concordância em cada detalhe. Porém, buscamos dizer ao outro o que há em nosso interior. Discutimos nossos pensamentos sobre a realidade espiritual. O propósito não é concordância e sim compreensão.
Intimidade física – Homens e mulheres são diferentes (graças a Deus pelas diferenças!), portanto geralmente chegamos à intimidade sexual de forma diferente. O marido dá maior ênfase aos aspectos físicos – olhar, tocar e o clímax são os focos de sua atenção. A esposa, no entanto, encontra a intimidade sexual com mais interesse no relacionamento. Sentir-se amada, apreciada e tratada com ternura, traz a ela grande alegria. Intimidade sexual requer compreensão e resposta a estas diferenças.
Um ingrediente essencial da intimidade é permitir que seu cônjuge seja ele mesmo sem obrigá-lo a se conformar com seus ideais.
Na intimidade, tentamos nos aproximar, não eliminar “o que é do outro”, e sim apreciar as diferenças. Homens e mulheres são diferentes e não devemos, nem mesmo com a melhor das intenções, destruir tais diferenças.
O que nos impede de experimentar a intimidade? Todos nós somos egoístas, o mundo gira ao nosso redor.
No entanto, quando nosso foco é este, perdemos a intimidade.
O oposto do egoísmo é o amor. O amor concentra-se no bem-estar do cônjuge. Investimos tempo para ouvir seus pensamentos, sentimentos e desejos. Buscamos compreender e responder com empatia. Escolhemos fazer coisas juntos, e até coisas que possam não ser nossas atividades favoritas, pelo simples fato de que queremos estar juntos.
Neste contexto de intimidade nos tornamos suporte carinhoso um para o outro, o que constrói um casamento mais forte.
Gary Chapman
0 comentários:
Postar um comentário