quinta-feira, 31 de maio de 2012

Planejamento Familiar


         Temos diante de nós uma tarefa hermenêutica: trazer para hoje a interpretação de algo sobre o qual a Bíblia é muito econômica.
         Há todo um quadro sociológico, psicológico, de valores espirituais, e determinantes teológicas que não é o nosso à luz da clareza do evangelho, dos ensinos de Jesus e da Igreja apostólica.
         Temos dois diferentes problemas que se entrançam: o da contracepção e o do planejamento familiar. O primeiro não é novo. As Escrituras Sagradas mencionam o caso de Onã, neto de Jacó, filho de Judá com uma mulher cananéia (Gn 38.1-9). Tendo morrido seu irmão Er, Onã assume o seu lugar junto à viúva, com o objetivo legal de deixar descendência para o irmão Diz o texto "que toda vez que se unia à mulher de seu irmão, derramava o sêmen no chão para Dar descendência a seu irmão" (v.9). Realizava ele o que é chamado "coito interrompido", considerado no texto como um mal. Aliás, a análise dos métodos anticoncepcionais considera como "um dos menos eficazes" . Quanto ao caso seguinte, ou seja, de planejamento familiar, a Bíblia menciona em Gênesis 30.14 algo nos domínios da medicina popular, "saiu Rúben nos dias de ceifa do trigo e achou mandrágoras no campo, e as trouxe a Léia, sua mãe. Então disse Raquel a Léia. Dá-me, peço das mandrágoras de teu filho".
         Também Oséias 1.8 relata algo que se enquadra ao que a medicina ensina a respeito da esterilidade por ocasião do aleitamento:
         "ora depois de haver desmamado a Lo-Ruama, concebeu e deu à luz um filho",
         Onde, além de nutrição do recém-nascido, era forma de controle da natalidade e de planejamento da família. Nesse sentido, o problema é novo:
         "As trinta mil gerações humanas que nos precedem sempre consideraram que a procriação freqüente era a primeira garantia da família e da sobrevivência do grupo. Nosso problema não preocupou mais que as últimas doze gerações da espécie humana. Não nos deve estranhar, portanto, que seja difícil mudar um hábito mental e moral tão antigo".

O QUADRO BÍBLICO
         A Bíblia não fala de controle de nascimentos. Discute, sim, sobre filhos, responsabilidade familiar e questões de sexualidade.
         Relações sexuais entre os cônjuges são perfeitamente corretas: "Honrado seja todos o matrimônio e o leito sem mácula; pois aos devassos e adúlteros, Deus os julgará"(Hb 13.4). E, "Seja bendito o teu manancial; e regozija-te na mulher da tua mocidade. Como corça amorosa, e graciosa cabra montesa saciem-te os seus seios em todo o tempo; e pelo seu amor sê encantado perpetuamente" (Pv. 5.18,19).
         O relacionamento sexual no casamento é um dever e um privilégio. Dessa forma, "O marido pague à mulher o lhe é devido, e do mesmo modo a mulher ao marido. A mulher não tem autoridade sobre o seu próprio corpo, mas sim o marido; e também da mesma sorte o marido não tem autoridade sobre o seu próprio corpo, mas sim a mulher. Não vos negueis um ao outro senão de comum acordo por algum tempo, a fim de vos aplicardes à oração e depois vos ajuntardes outra vez, para que Satanás não vos tente pela vossa incontinência" (I Co 7.3-5).
         O sexo há de ser apreciado e valorizado:
         "O meu amado é para mim como um saquitel de mirra, que repousa entre os meus seios. A sua mão esquerda esteja debaixo da minha cabeça, e a sua mão direita me abrace" (Ct 1.13; 2.6).
         Mas o problema proposto é "quantos filhos?" A Bíblia não responde, apenas diz: "Eis que os filhos são herança da parte do Senhor, e o fruto do ventre o seu galardão. Como flechas na mão dum homem valente, assim são os filhos da mocidade. Bem-aventurado o homem que enche a sua aljava; não serão confundidos, quando falarem com os seus inimigos à porta" (Sl.127.3-5);
         E, também: "Então Deus os abençoou e lhes disse: Frutificai e multiplicai-vos; enchei a terra e sujeitai-a; dominai sobre os peixes do mar, sobre as aves do céu e sobre os animais que arrastam sobre a terra." (Gn. 1.28; (Cf. Gn 9.1; Sl. 128 3,4).
         Daí em diante, entra a inteligência nossa no discernimento, e de outros na orientação e ajuda. É deduzir do estudo da Palavra de Deus, e nos conduzirmos nos seus parâmetros.
         Não podemos esquecer a origem nômade do povo hebreu. Nesse quadro, havia um caráter tríplice que tornava a geração de filhos um dever sagrado:
         * caráter pastoril,
         * O tribal, e
         * O patriarcal.

         Crescia o clã, crescia a tribo e a importância da nação. Havia, portanto, necessidade de renovação e ampliação. Por isso: "Então o levou para fora, e disse: Olha agora para o céu, e conta as estrelas, se as podes contar, e acrescentou-lhe: Assim será a tua descendência" (Gn. 15.5), E,
         "Eis que os filhos são herança da parte do Senhor, e o fruto do ventre o seu galardão." (Sl. 127.3)
         Como resultado, vinha o respeito ao homem rico, à mãe de família numerosa, ao idosos, às pessoas de vida longa. E o conseqüente desprezo ao pobre, às mulheres estéreis, e ao doente. É ler, "E farei a tua descendência como o pó da terra; de maneira que se puder ser contado o pó da terra, então poderá ser contada a tua descendência" (Gn13.16);
         "Disse Deus a Abraão: Quanto a Sarai, tua mulher, não lhe chamarás mais Sarai, porém Sara será o seu nome. Abençoá-la-ei, e também dela te darei um filho; sim, abençoá-la-ei, e ela será mãe de nações; reis de povos sairão dela. Ao que se prostrou Abraão com o rosto em terra, e riu-se, e disse no seu coração: A um homem de cem anos há de nascer um filho? Dará a luz Sara, que tem noventa anos?" (Gn 17.15.17);
         "E Abraão expirou, morrendo em boa velhice, velho e cheio de dias; e foi consagrado ao seu povo" (Gn 25.8).
         Para o hebreu que morresse sem deixar filhos, foi criada a já mencionada lei do levirato encontrada em Deuteronômio 25.5-10.
         O Antigo Testamento insiste no dever de gerar filhos, ou seja, na bênção divina que representa um nascimento (Cf. Gn. 13.16; 12.3b). Rico em filhos, rico em força de trabalho, prestígio social, autoridade no presente, segurança no futuro. Por isso, a suprema miséria, é não ter filhos ou propriedade. A esterilidade é um drama teológico. Segundo o Talmude da Babilônia, a esterilidade da mulher aos dez anos de casamento dava ao marido o direito do divórcio. E, no entanto, o "tema da mulher estéril" é freqüente no Antigo e no Novo Testamentos, haja vista as esposas dos patriarcas - Sara (Gn 11.30; 16.2), Rebeca (Gn 25.21) Raquel (Gn 29.13) - e também a mãe de Sansão (Jz 13.24), Ana (1 Sm 1.6), Isabel (Lc 1.7). Tão importante é a descendência que há bênçãos que atingem até a quarta geração.
         Quanto ao cristianismo, o Novo Testamento não tem textos que falem sobre planejamento familiar e/ou controle da natalidade. Na verdade, a fé na vinda do Messias mudou a perspectiva da necessidade de descendência. No judaísmo, a mulher queria filhos para ser mãe do Messias, mas no cristianismo, a doutrina era que os tempos se haviam cumprido. Então, para que prolongar a espécie humana? Para que filhos? Deu-se o contrário: a abstinência, ou como colocou André Dumas, teólogo protestante francês: "a abstinência veio por entusiasmo escatológico".
         Há no entanto, dois versículos no Novo Testamento em que é feita recomendação às esposas cristãs de terem filhos, visto que estavam demasiadamente tendentes a se libertarem da condição de mães:
         "... a mulher... salvar-se-á, todavia, dando à luz filhos..." (1 Tm 2.15);
         "Quero pois que as mais novas se casem, tenham filhos..." (1 Tm 5.14).
         A geração de filhos antes do nascimento de Jesus era uma sagrada esperança; depois depois de Cristo era dever para calar, os que acusavam os cristãos de abandonar a família e o trabalho. Nada disso, porém, ensina sobre o controle da natalidade, ou mesmo o planejamento da família, e especialmente sobre as motivações atuais.
         O Novo Testamento combate o exagero da continência (1 Co. 7.5), o menosprezo do casamento.
         "Mas o Espírito expressamente diz em tempos posteriores alguns apostarão da fé, dando ouvidos a espíritos enganadores, e a doutrina de demônios,... proibindo o casamento,..." (1 Tm 4.1,3a), e exorta contra perversões (adultérios, fornicação, homossexualidade, prostituição). Nem ascetismo nem libertinagem carnal. As heresias gnósticas condenavam a procriação porque significava criar corpos materiais que eram maus e que encarcerariam as almas que eram boas.

O DESPERTAMENTO PARA O PROBLEMA
         A reforma Protestante do século XVI trouxe mudanças na compreensão cristã da sexualidade e do casamento. A ética protestante sempre foi mais favorável à natalidade por ver no casamento uma vocação religiosa preferível ao celibato. Daí porque, enquanto os católicos romanos louvam a virgindade e o celibato (veja-se o ministério religioso entre os padres, freiras, frades, eremitas), entre os evangélicos, olha-se com desconfiança o pastor não casado, a não ser que haja vocação para isso (Cf. 1 Co. 7.7; Mt. 19.12b)
         Também não há entre os evangélicos o tom sacramental que caracteriza o casamento católico romano.
         Igualmente está modificada a doutrina dos fins do casamento que ensina ser unicamente para a procriação. Afirmamos os evangélicos que a procriação acompanha e coroa a companhia mútua dos cônjuges (esse o sentido de Gênesis 2.24: 'Portanto, deixará o homem a seu pai e a sua mãe, e uni-se-á à sua mulher, e serão uma só carne".
         O consenso nas Igrejas Protestantes e Evangélicas é sobre a legitimidade do controle de nascimentos sem distinguir, em princípio, entre os diversos métodos, desde que os casais o pratiquem de modo responsável e em comum acordo.
         Algumas importantes datas são:
          1910 - Lançado em Nova Iorque o movimento para o Planejamento Familiar por Margaret Sanger.
         1923 - Fundada em Londres a primeira clínica de controle da natalidade, e autorizada pela Câmara dos Lordes o ensino do mesmo nos centros comunitários da Grã-Betanha (os Welfare Centres).
        1930 - A Assembléia de Lambert da Igreja Anglicana (Epscopal) expressou o reconhecimento do conceito de limitações da família (a partir de 1930 houve consenso favorável nas esferas protestantes sobre a geração responsável de filhos).
         1958 - realização de outras Assembléias de Lambert que emitiu uma declaração instituída A Família do Dia de Hoje, que, entre outras coisas diz:
         "É preciso voltar a insistir sobre o Planejamento Familiar como resultado de uma decisão cristã pensada em oração. Assim, os maridos e mulheres cristãos não devem vacilar em oferecer humildemente sua decisão a Deus e seguí-la com clara consciência"(Cit. Dumas, p.54)
         Lambert utilizou o conceito de "paternidade responsável", evitando expressões como "controle da população", "regulação da fertilidade", "prevenção da natalidade", entre outras. A expressão "paternidade responsável" nasceu no meio protestante-evangélico, falando do papel central do casal, papel que não pertence ao estado, às Igrejas, ou a um só cônjuge.

PATERNIDADE RESPONSÁVEL
         O conceito é pertinente, autêntico, nobre e bíblico. Afinal, os pais são admoestados na Bíblia a fazer provisão para a sua família:
         "Se alguém não cuida... da sua família, tem negado a fé, e é pior que um incrédulo." (I Tm 5.8), e daí as lições:
         "Instrui o menino no caminho em que deve andar, até quando envelhecer não se desviará dele" (Pv. 22.6; cf. Dt. 6.6,7).
        Por isso, a paternidade deve ser planejada, e deve-se prover o bem-estar dos filhos financeira, acadêmica, social (através da disciplina e amor) e espiritualmente. Se não pode fazê-lo, deve considerar seriamente se está realmente honrado a Deus colocando filhos no mundo. E porque a Bíblia não fala especificamente sobre o Planejamento Familiar, deu-nos a responsabilidade de usar a inteligência, porque os casais têm problemas e sensibilidades diferentes. Não é nossa responsabilidade julgar, mas ensinar e instruir.
         São condições que o casal deve possuir para a paternidade consciente e responsável: felicidade e harmonia (espiritual, psicológica e sexual) que assegurem ambiente emocionalmente equilibrado nas relações familiares; saúde física e psíquica; disposição para uma preparação constante tanto para a paternidade quanto para a educação; capacidade de modificar psicossocialmente o pensamento para assimilar novas idéias.
         Interessante aplicação do verso cinco do Salmo 127 ("Bem-aventurado o homem que enche [de filhos] a sua aljava...") pode ser feita nos seguintes termos: a aljava (depósito de flechas) era proporcional ao tamanho e peso do portador. Assim, o pai deve colocar no mundo tantos filhos quantos possa sustentar, criar e educar adequadamente. Cada casal cristão responsavelmente dará a resposta à pergunta "quanto filhos?" que corresponda a suas possibilidades. Quem tem capacidade para cinco filhos, cinco; para dois, dois para um, um. O princípio bíblico a ser adicionado será o de Lucas 12.48a: "a quem muito é dado, muito se lhe requererá", pois que o planejamento familiar e a Paternidade Responsável levam em conta não só o número de filhos e sua educação, mas também o próprio relacionamento familiar e suas necessidades morais e religiosas. Ao casal com uma consciência bem orientada compete decidir quanto ao tamanho da família, e qual o método a ser adotado.
         Por outro lado, a Paternidade Responsável leva em consideração a qualidade de vida familiar. Ou seja, é melhor cinco filho que dez, e dois, que cinco. Não podemos, então esquecer a espiritualidade da procriação, quando o ser humano é co-criador (cf. Gn 1.26-28).
         O Planejamento Familiar deve nascer a rigor no namoro porque será sábio o casamento sem que haja temor de gravidez prematura, seja emocional ou economicamente. E visto que os meios de Planejamento Familiar são, em grande medida, questão de escolha médica e estética, desde que admissível à consciência cristã, impõe-se a formação da consciência. Quer dizer que a privação voluntária da relação sexual por parte de um dos cônjuges não pode ser aprovada porque nega as intenções do casamento; meios que interrompam ou impeçam o cumprimento do ato sexual, e assim que ele chegue ao seu apogeu, também; o aborto provocado, o feticídio, a não ser que seja imperativo para a vida da mãe e por inegável necessidade médica. O uso de método contraceptivos deve honrar o vínculo do matrimônio e enriquecê-lo moral e espiritualmente, porque o Planejamento Familiar deve ser meio de ajudar a família a encontrar seu equilíbrio.

O AMOR...
         Não haverá família de verdade senão onde reinar o amor entre marido e mulher. Por isso, Paulo ensina, "Todos os vossos atos sejam feitos com amor" (1Co 16.14 AR).
         O filho deve ser desejado, recebida com alegria, bem-vindo, pois há diferença entre controle da maternidade e o controle consciente da natalidade, caso em que são levados em consideração os valores humanos.

Fontes Primárias
1. DUMAS, André. El Control de los Nascimentos en el Pensamiento Protestante. Buenos Aires, La Aurora, 1968. Tead A F. Sosa, 191p.
2. HAVEMANN, Ernest et al. (orgs). Control de la Natalidad. Países-Baixos, Time-life, 1967. 118 p.
3. KELLY, George A. Manual do Matrimônio Católico, São Paulo, Dominus, 1963. 219 p.
4. NARRAMORE, Clyde M. A Christian View of Birth Control, 3ª impr 1961. 30 p.
5. RODRIGUES, Walter. Planejamento Familiar, 2ª ed. Rio, Departamento da Infância e Educação (Sociedade Civil Bem-Estar Familiar no Brasil), s.d. 60 p.

 Walter Santos Baptista 

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quarta-feira, 30 de maio de 2012

Dois Apaixonados, Um Leito Viçoso.


Este é um dos casais mais interessantes da Bíblia. E é no livro de Cantares onde está registrada a sua história, onde se revela toda a sensualidade dos amantes, o Rei Salomão e a sua amada Sulamita.
Ela afirma que o seu amado tem saudades dela, e eu fico, aqui com meus botões, imaginando a convicção com que ela expressa isto, ela tem certeza de que ama e é amada.

Meu amado tem saudades de mim ( Cantares 7:10)

E não é sem razão que ele tenha saudades. Qual o homem que não teria saudades de uma mulher como a Sulamita?
Ela é realmente uma mulher admirável, incrível, a mulher maravilha do Antigo Testamento.
O seu marido é um homem de sorte, diria uns, mas já as mulheres diriam que ela também é uma mulher abençoada pelo céu, pois tem ao seu lado um homem sensível , que a aprecia, poderoso, um grande amante.
Vamos ver um pouco mais sobre esta relação bonita, cujo registro é um estímulo para os casais contemporâneos.

Ct 1:2 Beije-me ele com os beijos da sua boca; porque melhor é o seu amor do que o vinho.

Ela mostra desejo pelo seu amado e faz uma comparação elogiosa sobre o beijo do amado, dizendo que é melhor e mais saboroso que o vinho, desejável e inebriante. O beijo do amado lhe rouba os sentidos.

Ct 1:5 “Eu sou morena, mas agradável...”

Veja que ousadia, ela diz que é uma morena agradável, ela tem a sua auto-estima lá em cima.
Eu gosto quando minha esposa brinca assim comigo, mostrando que está de bem com a vida, sem complexos, sem traumas por causa disso ou daquilo.

Eu já falei sobre isso outras vezes, mas repito aqui, um homem procura duas virtudes como entre os mais importantes em uma mulher, primeiro um bom sexo, segundo, que ela seja uma companhia agradável.
Para algumas esposas eu digo: Pare de ser ranzinza, “mulher limão”, seja agradável com seu homem e logo você poderá falar como a Sulamita: "Meu amado tem saudades de mim".

Olha, quem aguenta mulher crítica, exigente, organizada demais, que vive resmungando, difícil de ser agradada.

Tem mulher que é difícil de se amar. Um marido me disse outro dia durante um aconselhamento: "Pois é , pastor, a Bíblia diz que eu tenho que amar até os meus inimigos, então vamos lá, né?
Ele não se referia aos inimigos, mas a esposa encrenqueira que tinha dentro de casa.

Caminhemos um pouco mais:

Ct 1:16 “Eis que és gentil e agradável, ...”

Ela é uma mulher simples, mas que aprendeu a ter palavras elogiosas nos seus lábios, diz que o seu amado é gentil e agradável e como consequência disso as noites de amor são exuberantes.
Olha aí o segredo para apimentar a vida conjugal. Marido gentil, cavalheiro, agradável, simpático, que pensa na mulher e não só em si mesmo, merece e tem um "leito viçoso."
Ele sabe aguçar seus desejos através de uma comunicação eficaz e eficiente, quem sabe ele a alegra com fartos elogios, desperta fantasias para serem vividas a dois, por isso ela se desmancha em amores.

Ct 2:10-14 “ O meu amado fala e me diz: Levanta-te, amiga minha, formosa minha, e vem. Porque, eis que passou o Inverno: a chuva cessou, e se foi. Aparecem as flores na terra, o tempo de cantar chega, e a voz da rola ouve-se em nossa terra. A figueira já deu os seus figuinhos, e as vides em flor exalam o seu aroma: levanta-te, amiga minha, formosa minha, e vem.Pomba minha... mostra-me a tua face, faze-me ouvir a tua voz, porque a tua voz é doce, e a tua face aprazível.”

Aqui eu vejo o amado dizendo para ela assim:

“Olha, vem comigo, deixa essa tristeza, saia dessa depressão, vamos celebrar a vida juntos. Chega de choramingo, o tempo de cantar chegou para nossa vida, vem comigo, dá-me o ar da sua graça, venha!! Você é importante para mim, vamos eliminar das nossas vidas tudo aquilo que nos atrapalha, as picuinhas, as implicâncias, essas coisas que nos afasta um do outro, vamos celebrar o nosso amor.”

Ele não é um homem rancoroso, mas sim, é aquele que cria espaço para o perdão e dá uma nova chance para a paz entre eles quando isso se faz necessário.
Quando houve um pequeno desencontro entre os dois, o amado a deixou sozinha e vendo que estava errada, ela vai atrás dele e o procura desesperadamente, porque ele é importante para ela.

(Um dia desses uma esposa me pediu aconselhamento, ela havia mandado seu marido embora e ele foi e nunca mais voltou, arrumou outra mulher e ela ficou perdida, porque na verdade , não era aquilo que desejava.)

E quando as suas amigas da Sulamita vem o seu desespero e perguntam:

Ct 5:9 “ Que é o teu amado mais do que outro amado, ó tu, a mais formosa entre as mulheres? Que é o teu amado mais do que outro amado, que tanto nos conjures?”
Em outras palavras: “ Quem é este homem, afinal? o que ele tem de tão bom assim, para que justifique a sua procura? O que é que este homem tem que outro não tenha? “

Parece-me até que elas estão dizendo, será que ele merece o seu amor, será que não ta na hora de deixá-lo ir para nunca mais voltar, quem sabe seja a hora de começar nova vida com outro. Não são assim os conselhos de muitos quando um casal está em crise?

E ela responde:

Ct 5:10-16 “O meu amado é cândido e rubicundo; ele traz a bandeira entre dez mil. A sua cabeça é como o ouro mais apurado, os seus cabelos são crespos, pretos como o corvo. Os seus olhos são como os das pombas, junto às correntes das águas, lavados em leite, postos em engaste.As suas faces são como um canteiro de bálsamo, como colinas de ervas aromáticas; os seus lábios são como lírios que gotejam mirra.As suas mãos são como anéis de ouro, que têm engastadas as turquesas: o seu ventre, como alvo marfim, coberto de safiras. As suas pernas, como colunas de mármore, fundadas sobre bases de ouro puro; o seu parecer, como o Líbano, excelente como os cedros.O seu falar é muitíssimo suave; sim, ele é totalmente desejável. Tal é o meu amado, e tal o meu amigo, ó filhas de Jerusalém. “

Exaltando sempre as qualidades de seu amado, fala bem dele e não mal. Sabe o que é isto, é amor, paixão, mas também é respeito.

Mulher que tem sabedoria não fala das deficiências do marido, não faz propaganda negativa, não faz comparação com o galã da TV, com o famoso, com o mais rico, não cria fantasias com outros, mas fala aquilo que é bom no seu marido, apresenta o que ele tem de melhor. Não fica focada nos defeitos, mas sim, nas suas qualidades e virtudes.

Ela resumindo tudo diz, o meu amado é totalmente desejável, o seu falar é doce. Olha aí, uma lição para nós homens, que muitas vezes somos tão mal educados com as esposas, as tratamos com deselegância, com agressividade e depois nos sentimos no direito de fazer amor. Penso que o sexo pode até acontecer em momentos assim, mas é só sexo mesmo e não amor.

Só abrindo um parênteses aqui para comentar algo que me veio a mente.

Certa noite eu assistia o noticiário na TV quando passou uma reportagem sobre um homem que estava preso e foi posto em liberdade condicional pelo juiz da comarca. Passado três dias ele volta ao fórum e pede ao mesmo juiz que o recolha de novo à prisão, pois ele não aguentava mais a sua mulher, e que seria melhor permanecer preso do que viver com ela. Já pensou que esposa era aquela? Que o Senhor nos livre de uma mulher assim.

Voltando para a história do casal, Salomão e Sulamita,ela manda um recado a ele, pois está doente de tanto amor, sentindo a sua falta como um paciente sente a falta de um remédio para a dor.

Ct 5:8 “Conjuro-vos, ó filhas de Jerusalém, que, se achardes o meu amado, lhe digais que estou enferma de amor.”

E ele por sua vez, revela o que lhe vai a alma com relação a sua esposa, veja o que ele diz:

Ct 4:12 “Jardim fechado és tu, irmã minha, esposa minha, manancial fechado, fonte selada.” e ainda:

Ct 8:6 “Põe-me como selo sobre o teu coração, como selo sobre o teu braço, porque o amor é forte como a morte, e duro como a sepultura o ciúme; as suas brasas são brasas de fogo, labaredas do Senhor.”

Ele está falando de sua alegria de tê-la com exclusividade, ele tem convicção de sua honestidade e respeito para com ele. Ela é uma fonte selada, onde se bebe daquela água aquele que a selou para si. Vejo homens casados sofrendo angústias profundas por não confiarem em suas esposas, e pior ainda, tem motivas para não confiarem. Não é o caso de Salomão, ele sabe a mulher que tem. E dessa certeza ela toma outra atitude, ele lhe diz :

“ eu quero ser o seu dono, o dono do seu coração, pois o meu amor é inalterável, é forte como a morte."

Se a morte é uma certeza, se ela é invencível , assim também é o seu amor por ela. Nada pode separar os dois, é isso que ele está falando.

Eu fico impressionado, pois tenho aprendido que as mulheres precisam, tem necessidade de ter o amor do marido reafirmado vez ou outra, elas precisam saber se ainda são amadas, e vejo Salomão fazendo exatamente isto, afirmando o seu amor.

Depois de tudo isto, será que fica difícil para um casal assim fazer amor, será que eles têm problemas na cama?Teria o sexo que eles estão praticando caído na rotina?

Certamente que não, mas só prá encerrar este raciocino veja mais esta:

Ct 7:11-13-“ Vem, ó meu amado, saiamos ao campo, passemos as noites nas aldeias.Levantemo-nos de manhã para ir às vinhas, vejamos se florescem as vides, se se abre a flor, se já brotam as romeiras; ali te darei o meu grande amor.As mandrágoras dão cheiro, e às nossas portas há toda a sorte de excelentes frutos, novos e velhos: ó amado meu, eu os guardei para ti.”

Ela está convidando o amado para uma noitada de amor e delícias. Propõe uma saída ao campo, passando pelas aldeias, um tempo romântico observando a naturreza, as flores, os frutos, e nesse lugar diferente, especial, ali ela promete fazer amor com ele. E sabe o que mais, não vai ser pouca coisa não, ela avisa que as mandrágoras dão o seu cheiro, ou seja, é um afrodisíaco. O cenário está pronto, está tudo pronto, até o Viagra daquele tempo foi providencialmente colocado ali, os atores só precisam entrar em cena.

Interessante observar que é ela quem preparou aquela fuga romântica, ela quem teve a iniciativa. E você mulher, que está lendo este livro, já fez algo parecido para o seu marido. Taí uma sugestão para a comemoração de uma data especial.

Concluindo, estes são passos para um leito viçoso, um leito que tem vida, onde o amor e a paixão estão presentes, mas que não acontece somente na cama, mas no cotidiano da vida.

Que o casal celebre o prazer de se pertencer, que os dois sintam saudades um do outro. Que a esposa se empenhe em ser agradável ao seu marido; que ele corresponda e seja doce no seu falar e totalmente desejável para sua esposa.

Por fim, que este texto nos ajude a repensar nossa relação conjugal, que o primeiro amor renasça, que a paixão floresça e que a vida em comum seja uma delícia.

E mais, que o perdão seja liberado, que as pequenas desavenças sejam deixadas no canto do esquecimento.

Que o lar seja um ninho de amor, aonde o bem de Deus chega, aonde o cuidado de um para com o outro seja visível, e por fim, o leito seja viçoso.

Ct 1:16”-... amado meu; o nosso leito é viçoso.”

Pr Ismael.

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terça-feira, 29 de maio de 2012

CUIDANDO DA HERANÇA DE DEUS


Filhos desviados. E agora, o que fazer?
 

1) O que os pais devem fazer quando os filhos se desviam do Evangelho? Geralmente os pais ficam histéricos, desesperados. Qual é a maneira certa de agir?
Depende muito da idade dos filhos. Se eles ainda estão em idade que devem submissão aos pais, os pais devem exercer autoridade e colocar limites. Quando os filhos já têm idade para assumir responsabilidade sobre si mesmo, a atitude dos pais deve ser a mesma que Pedro ensina às esposas em I Pedro 3.1-3 - calar - há poder no silêncio de pais fiéis a Deus.
2) Como se prevenir para que isso não aconteça e manter o filho dentro da igreja?
Só amar os filhos não basta. As mães dos marginais que estão nos presídios os amam profundamente. Os visitam e ficam desesperadas a cada motim, querendo notícias suas.
É preciso educar os filhos. Educar no temor do Senhor, em submissão, no ensino da Palavra, gastando tempo com eles, discipulando, conversando, brincando e se divertindo e permitindo que a criança viva todas as fases da vida, desde a meninice até a juventude em plenitude, de forma saudável e feliz. Sem imposições ou extremos.
3) Os pais geralmente estão muito preocupados o que eles vão ser quando crescer. E a parte espiritual, eles têm sabido cuidar dessa parte?
Existem dois extremos perigosos. Alguns pais vivem ocupados demais com igreja, trabalho e os próprios interesses, assim, nao gastam tempo com os filhos. Outros, obrigam os filhos a serem crentes a todo custo, querendo que os filhos sejam "santos"antes da hora ou exigem uma santidade que eles nao possuem. Pais saudáveis produzem filhos saudáveis.
4) A igreja e os pais têm sua parcela de culpa quando um jovem se desvia?
Nem sempre. E claro que todos os pais se culpam quando um filho se desvia, mas conversão é uma decisão pessoal. Ë possível fazer tudo certo e mesmo assim o filho se desviar.
5) Alguns pais tem costume de largar os filhos na igreja, transferindo sua responsabilidade de educar. Isso é correto?
De jeito algum. A responsabilidade de educar os filhos é primariamente dos pais.

AD

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segunda-feira, 28 de maio de 2012

A VERDADEIRA PROSPERIDADE NÃO ESTÁ SÓ NO OURO E NA PRATA


 Cinco Princípios Para a Prosperidade Familiar

Estamos vivendo um tempo de avivamento familiar. A unção do Espírito Santo é palpável e temos experimentado o cumprimento da promessa de Deus para Abraão no livro de Gênesis 12:3.
Há uma história que diz que um judeu muito próspero ensinava o seu filho sobre 05 princípios para prosperidade, pois sobre ele havia a unção da prosperidade já que era um dos homens mais ricos de sua nação e era marcado por esses princípios. Falaremos sobre eles:

1. Amar a Deus

“Amaras, pois, ao Senhor teu Deus, de todo o teu coração, de toda a tua alma e com todas as tuas forcas.” (Dt 6:5)

Só existe prosperidade em um casal, uma família, um líder, se amarmos a Deus em primeiro lugar. Essa é a exigência de Deus para os Seus filhos no livro de Deuteronômio 6:5. Do amor a Deus depende o sucesso em todas as outras áreas. Nada deve tomar o lugar desse amor, de se entregar de todo o coração, alma e força. Viver a plenitude desse amor fala de decidir amá-lO, entregando-se completamente. Quem ama verdadeiramente é fiel. Se queremos viver em prosperidade precisamos obedecer a essa chamada.

Após o culto, na hora em que o pastor faz o apelo e muitas pessoas entregam a vida a Jesus, o pastor ouviu, no meio desta multidão uma voz gritando se Deus a aceitaria. Ao olhar a multidão, lá estava um homem sem braços e sem pernas se arrastando com dificuldades e perguntando se Deus o aceitava apesar de ser uma pessoa pela metade. O pastor disse a ele que, ainda que pensasse ser apenas a metade, sua entrega era por inteiro e que Deus, só não aceitava aqueles que pareciam inteiros, mas se entregavam pala metade.

Entregar-se por inteiro a Deus representa renunciar os seus desejos e os seus sonhos para receber os desejos e os sonhos do coração de Deus.

 2- Orar e amar a Jerusalém

“Orai pela paz de Jerusalém, prosperem aqueles que te amam.” (Sl 122:06)

Jerusalém é a cidade do Grande Rei.
Amar a Jerusalém e lembrar dessa cidade com intercessões e súplicas pela sua paz demonstra o sentimento de amor de alguém que não a ama superficialmente, de alguém que não permitirá que esse amor esfrie, pois possui um amor espiritual e o amor profético da chuva de bênçãos, como está escrito em Zacarias 14:16-19.

Nosso desejo é que você faça do seu devocional diário um tempo para orar e amar a Jerusalém.

3- Devolver o dízimo - Malaquias 3:8,9

Muitos têm o hábito de dizer: já devolvi o meu dízimo. Na verdade o dízimo não é nosso, é do Senhor. A entrega do dízimo é um ato profético que cancela a visitação do gafanhoto migrador, destruidor e cortador. Todos os grandes homens de Deus entenderam a importância de dizimar. Em Gênesis 28:22, Jacó entrega o dízimo em Betel, a casa de Deus e após esse dia, através desse ato de fidelidade, ele prosperou e foi transformado em Israel.

Como casal é preciso sentar com os nossos filhos e ensiná-los a importância da fidelidade a Deus em nossas finanças. Quem não é fiel a Deus nos dízimos é chamado pelo próprio Deus de ladrão (Ml 3:8-12).

Façamos uma aliança com o Senhor, como casais, como família, como líderes e sejamos fiéis nos dízimos, pois essa fidelidade nos fará prosperar e trará proteção espiritual sobre nossas finanças.

4- Estabelecer os objetivos e crer

Não existe fórmulas para prosperarmos naquilo que fazemos, o fundamental é termos fé (Hb 11). Porém, em tudo que fizermos devemos ser organizados e empenhar nossa força, envolvendo-nos e crendo que somos as pessoas certas para tal.


a) No casamento

Todo o casamento precisa de muito investimento. Isso envolve comunicação, pois através dela conhecemos melhor o cônjuge. Todo o tempo para a aliança não é gasto é investimento e essa consolidação deve ser diária no casamento. Os pequenos detalhes constroem os grandes alicerces. Aqui vai uma historinha muito simples, porém, verdadeira. Uma menininha ganhou do seu pai uma bela flor, colocou em cima da mesa da sala e deixou ali a flor. No terceiro dia ao olhar a flor, viu que estava murcha. A menininha ficou triste. No quinto dia ao olhar a flor, viu que as pétalas haviam caído e a flor morrera. Quando relatou em choro ao pai o que acontecera, ouviu dele: filha, isso é para que desde cedo você aprenda que tudo na vida que não for cuidado e regado diariamente morre.

Assim acontece no casamento. Seja o maior investidor dessa terra, a sua aliança. Cuide, regue-a, proteja-a diariamente, pois todo o investimento na aliança trará retorno. Que hoje a bênção do casamento perfeito envolva o seu relacionamento, a sua aliança.

b) Na família

A nossa família é a célula principal. Tenha como objetivo fazer da sua casa a sede do avivamento. A família física envolve todos os que têm aliança de sangue, ou seja, a maior parte dos familiares. Invista em toda a sua família desde o cônjuge e filhos, até seus pais, parentes. Avive a sua fé. Faça como Josué, dê o seu grito: eu e a minha casa serviremos ao Senhor. Trace objetivos para que essa verdade seja estabelecida e que a bênção da família seja estabelecida sobre a sua casa.

c) No secular

Todo o trabalho é dom de Deus. Muitos não gostam do que fazem, e por isso, fazem pela metade ou mau feito. Seja grato a Deus pelo seu trabalho, pois dele vem o sustento e o conforto para sua casa. Tudo o que fazemos com amor fazemos bem feito. A organização, o conhecimento do que fazemos é importante. Seja organizado e sempre que possível, envolva o cônjuge e os filhos nesse trabalho.

Decida não ser apenas mais um profissional, afinal, você tem o Espírito Santo de Deus, seja o melhor profissional naquilo que faz. Creia, isso é possível e é também necessário. Que a bênção da riqueza venha em tudo o que você colocar as mãos.

5) Ter apenas uma família

Todo o pecado contra a família abre portas para demônios familiares. O pecado familiar fecha as portas da prosperidade. Toda família que viveu a ruptura na aliança, adquiriu pobreza, miséria, brigas etc. E é interessante, como, todos da casa sofrem essa influência espiritual.

Se em sua casa, você vive essa realidade, é preciso se arrepender dos pecados, tanto os cometidos por você, como pelos pecados dos seus pais. Em II Crônicas 7:14, a Bíblia diz: “Se o meu povo que se chama pelo meu nome, se humilhar,orar e me buscar, e se converter dos seus maus caminhos, então eu ouvirei dos céus, perdoarei os seus pecados e sararei a sua terra.”

Hoje o Senhor nos chama a vivermos esses cinco pilares para atrairmos a prosperidade em todas as áreas. Você nasceu para ser feliz, para ter uma família feliz, para prosperar e cumprir todos os sonhos de Deus.
 nessa Terra. E, com certeza, a sua descendência comerá da prosperidade do seu investimento.

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domingo, 27 de maio de 2012

NOSSAS CASAS SERVINDO AO SENHOR


    Adorando a Deus em Família

Há algumas ordenanças exteriores e meios de graça muito importantes que estão claramente implícitos na Palavra de Deus, sem o exercício das quais temos poucos, senão nenhum, preceitos claros e positivos; por vezes somos deixados a colhê-los do exemplo de homens santos e de variadas circunstâncias acessórias. Uma finalidade importante é demonstrada por essa afirmação a tentativa é feita dessa maneira de acordo com o estado de nossos corações. Ela se torna evidente porque uma ordem expressa não pode ser dada requerendo-se seu desempenho, sem que cristãos professos negligenciem um dever claramente explícito. Assim, mais do estado real de nossas mentes é descoberto, e é feito manifesto, tenhamos nós ou não um amor ardente para com Deus e Sua obra. Isso é bem sustentado pela adoração pública e pela familiar; todavia, é absolutamente difícil comprovar a obrigação da devoção doméstica.

Considere, em primeiro lugar, o exemplo de Abraão, pai dos justos e amigo de Deus. Foi por sua devoção doméstica que ele recebeu a bênção do próprio Jeová, Porque eu o escolhi para que ordene a seus filhos e a sua casa depois dele, a fim de que guardem o caminho do SENHOR e pratiquem a justiça e o juízo;(...)(Gn 1819). O patriarca é elogiado aqui por instruir seus filhos e empregados no mais importante dos deveres, o caminho do Senhor - a verdade acerca de Sua gloriosa pessoa. O que Ele exige tanto de nós, o que Ele requer de nós. Observe bem as palavras para que ordene a eles, isto é, que ele usaria a autoridade que Deus havia lhe dado como pai e cabeça de sua casa, para fazer cumprir as funções de sacerdote da família. Abraão também orava tão bem quanto instruía sua família onde quer que ele armasse sua tenda, ali ele erguia um altar ao Senhor (Gn 127; 134). Agora, meus leitores, nós poderiamos nos questionar será que somos a semente de Abraão (Gl 329) se não fizermos a obra de Abraão (Jo 839) e negligenciamos o pesado dever de adoração em família O exemplo de outros homens santos é parecido com este de Abraão. Considere a determinação piedosa de Josué, que declarou a Israel Quanto a mim, eu e minha casa serviremos ao Senhor (2415). Nem a tormenta pela qual ele passou, nem as complicadas funções públicas que ele desenvolveu, permitiram que ele deixasse de cuidar do bem-estar espiritual de sua família. Ademais, quando Davi trouxe a arca de Deus para Jerusalém com alegria e ação de graças, depois de de cumprir com suas funções públicas, ele voltou para abençoar sua casa (2 Sm 620). Além destes eminentes exemplos, nós podemos citar os casos de Jó (15) e Daniel (610). Limitando-nos somente ao Novo Testamento, nós pensamos na história de Timóteo, que foi criado em uma casa temente a Deus. Paulo o trouxe à lembrança esse fato, e acrescentou a qual fez morada primeiro em tua avó Loide e em Eunice, sua criada. Há algum espanto, então, no fato de o apóstolo dizer que desde a infância, sabes as sagradas letras (2 Tm 315)

 Por outro lado, podemos observar que maldições são pronunciadas contra quem desconsidera esse dever. Nós imaginamos quantos de nossos leitores seriamente ponderaram palavras imponentes, tais como Derrama a tua indignação sobre as nações que não te conhecem e sobre os povos que não invocam o teu nome; (Jer. 1025)! Quão solene e indizível é descobrir que famílias que não oram estão juntas aqui com o pagão que não conhece ao Senhor. Isso ainda precisa nos surpreender Há muitas famílias pagãs que se unem para adorar seus falsos deuses; elas não colocam milhares de cristãos professos em vergonha Observe também que Jr 1025 registrou uma medonha imprecação sobre ambas as classes de modo parecido Derrama a tua indignação sobre... Quão audivelmente essas palavras devem falar conosco!

 Não é suficiente que oremos individualmente em nossos quartos; de nós é requerido honrar a Deus em nossas famílias também. Pelo menos duas vezes por dia - de manhã e à noite - toda família deve colher unida o que plantou diante do Senhor - pais e filhos, empregadores e empregados - confessar seus pecados, dar graças pelas misericórdias de Deus, procurar Sua ajuda e bênçãos. Nada deve ser autorizado para alterar esse dever todos os outros planos domésticos devem se curvar diante disto. O cabeça do lar é o único que deve liderar as devocionais, mas se ele se ausentar, ou estiver seriamente enfermo, ou seja incrédulo, então a mulher lhe tomará seu lugar. De jeito nenhum o culto familiar deve ser omitido. Se nós temos apreço pela bênção de Deus sobre nossa família, então deixemos que seus componentes colham juntos diariamente para louvar e orar. 'Aquele que me honra eu o honrarei é Sua promessa.

Um antigo escritor disse bem Uma família sem oração é como uma casa sem telhado, aberta e exposta a todas as tempestades do Paraíso. Todo nosso conforto doméstico e misericórdia temporais emanam do Senhor rico em amor, e o melhor que nós podemos fazer em contrapartida é reconhecer, juntos e com gratidão, Sua bondade estendida a nós como uma família. As desculpas contra o ônus desse sagrado dever são inócuas e sem valor. Que proveito haverá quando prestarmos conta a Deus quanto ao cuidar de nossas famílias ao dizer que não tivemos tempo disponível, trabalhando duramente desde manhã até a noite Quanto mais nossas funções temporais estiverem sob pressão, maior será nossa necessidade de procurar socorro espiritual. Nenhum cristão pode alegar que não reúna os requisitos para tal trabalho; dons e talentos são desenvolvidos pelo uso, não pela negligência.

O culto familiar deve ser conduzido com reverência, de modo sério e simples. É nele que os pequenos receberão suas primeiras impressões e formarão suas concepções iniciais do Senhor Deus. Um grande cuidado é necessário para que uma idéia falsa não lhes seja dada sobre o caráter divino, e para este equilíbrio seja preservado entre sua transcendência e imanência, Sua santidade e piedade, poder e ternura, justiça e graça. O culto deve começar com umas poucas palavras de oração invocatória da presença e das bênçãos de Deus. Uma pequena passagem de Sua Palavra deve se seguir, com breves comentários sobre a mesma. Dois ou três versos de Salmos serão cantados. Finalize com uma oração de confiança nas mãos de Deus. Embora não possamos orar eloqüentemente, nós devemos fazê-lo seriamente. Orações que prevalecem normalmente são breves. Tenha cuidado de não aborrecer os jovens.

As vantagens e as bênçãos do culto familiar são incalculáveis. Primeiro, o culto familiar impedirá muitos pecados. Ele torna respeitosa a alma, conduz a um senso de majestade e autoridade divinas, estabelece verdades solenes à mente, traz benefícios de Deus ao lar. A piedade pessoal no lar é o maior dos meios de influência, debaixo de Deus, de conduzir a piedade aos pequenos. As crianças estão na maior parte das vezes criaturas de imitação, aprecaindo bastante copiar o que vêem nos outros. Ele estabeleceu um testemunho em Jacó, e instituiu uma lei em Israel, e ordenou a nossos pais que os transmitissem a seus filhos, a fim de que a nova geração os conhecesse, filhos que ainda hão de nascer se levantassem e por sua vez os referissem aos seus descendentes; para que pusessem em Deus a sua confiança e não se esquecessem dos feios de Deus, mas lhe observassem os mandamentos; (Sl 785-7). Quanto da moral terrível e da condição espiritual das massas de hoje pode ser traçado em torno do descuido de seus pais, nesse dever Como podem aqueles que negligenciam o culto a Deus em suas famílias procurar nelas paz e comodidade A oração diária em casa é um abençoado meio de graça para abrandar aquelas infelizes paixões as quais nossa natureza comum é submetida. Finalmente, a oração familiar ganha para nós a presença e a bênção do Senhor. Há um promessa de Sua presença que é peculiarmente aplicável a este dever veja Mateus 18:19,20. Muitos tem encontrado na adoração em família aquela ajuda e comunhão com Deus que almejam e com menos efeito do que a oração em particular.

Arthur W. Pink

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sábado, 26 de maio de 2012

É NECESSÁRIO REVISAR PARA NÃO QUEBRAR


 DISCERNINDO ALGUNS PONTOS DE TENSÃO DO RELACIONAMENTO  

             Você já teve a experiência de "ficar na mão" quando mais precisou do seu carro? De repente, o seu automóvel parou de funcionar. Todo carro, mesmo aquele que acabou de sair da loja, novo, com o passar do tempo precisa de revisão. Muitas coisas podem fazer um carro parar de funcionar, desde um simples fio quebrado até o motor travado. Assim é o casamento, de tempos em tempos, precisa de revisão, reparos, etc.  Vamos analisar alguns pontos que podem comprometer o bom andamento da relação de um casal.

1. Individualidade e mutualidade. Individualidade - respeito consigo mesmo. Mutualidade - respeito com os outros. O equilíbrio entre individualidade e mutualidade é um desafio permanente na vida de um casal (liberdade e compromisso). Isto porque é difícil construir uma relação em que os aspectos saudáveis de cada um se completem, onde um e outro possam ser o que são, coexistindo duas individualidades numa parceria. Carl A. Whitakar diz que "quanto mais você é livre para ficar com os outros, especialmente com a sua mulher, mais você se sente livre consigo mesmo". Qual é o grau de liberdade e independência necessário para que a relação continue viva e abrigue possibilidades de desenvolvimento pessoal?

a)    Deus criou o homem carente de relacionamento, com ânsia  de se juntar e não passar a vida sozinho (Gn 2.18).

b)    Casamento não é uma chamada para o encarceramento, prisão ou escravidão, no sentido de perda total de liberdade e de individualidade. A unidade do casal não pode ser doentia. No amor não há sentimento de possessão.

c)    Se uma pessoa é dominadora (possessiva) e tolhe a liberdade do parceiro, o companheirismo deixa de existir. À medida que o amor cresce, também crescem a liberdade, a responsabilidade e o próprio amor.

d)    O equilíbrio entre a proximidade e a liberdade de cada indivíduo é uma das características mais importantes da completude.

e)    Casamento problemático é aquele em que uma das partes enxerga as horas de separação, a individualidade e o espaço como ameaças.Para essa pessoa, a individualidade significa falta de amor e descaso. Ela só se sente amada quando está ao lado do outro.

f)      Deve-se estar atento para o perigo de se usar a liberdade de modo destrutivo. Adão e Eva usaram a liberdade para pecar contra Deus. Paula fala sobre isso (Gl 5.13,14).

g)    Não podemos usar nossa liberdade para satisfazer nosso egocentrismo.

h)    Cada casal deve encontrar um grau de individualidade com sabedoria para que nenhum dos dois sofra.

i)       A Bíblia diz: "Ame o próximo como você ama a si mesmo" (Mc. 12.33). Ao exercer a sua individualidade, não deixe de ver como a sua liberdade está afetando a pessoa que você ama. Você gostaria de ser tratado com desrespeito?

2.     O que estou recebendo é suficiente em relação ao que eu preciso?

Como seres humanos, somos incrivelmente complexos, com uma infinidade de carências físicas, emocionais e espirituais que precisam ser satisfeitas. Preciso de uma hora de atenção personalizada por dia, mas estou recebendo uma hora de atenção superficial por semana ou mês (esposa). Preciso de três encontros sexuais por semana, e estou recebendo apenas um a cada 40 dias (maridos). Quando o cônjuge está recebendo muito abaixo do que realmente precisa, o "relacionamento vai ficando anêmico - desnutrido". Para uma auto-avaliação, veja alguns sintomas que evidenciam esta defasagem no relacionamento conjugal:

a)    O marido pede à esposa que gaste menos, e ela o culpa por ganhar pouco;

b)    A esposa quer dividir os serviços da casa com o marido, e ele não aceita;

c)    O marido não quer ir a uma festa, e a esposa esfria com ele para puni-lo;

d)    A esposa não quer fazer sexo, e o marido age como mártir;

e)    O marido discorda dos planos da esposa para o fim de semana, e ela explode com ele;

f)      A esposa pede a ajuda do marido com os filhos, e ele se recusa a ajudar.

3.     O que estou dando é proporcional ao que estou recebendo? ("Efeito Mar Morto")

A razão pela qual não há vida no "Mar Morto" é em função do seu "egoísmo". Só tem entrada e não há saída. Não é diferente numa relação de casal, quando o cônjuge recebe - recebe, e não retribui. Muitas mulheres, para agradar o marido, dos quais dependem emocional e, muitas vezes, economicamente, esforçam-se para dar mais do que receber. Quando isso acontece, o casamento vai se empobrecendo e perdendo a beleza da glória conjugal. Sendo assim, o sexo passa a ser para elas uma obrigação em nome do dever, para o bem do matrimônio e visando a maternidade, às custas dos próprios desejos sexuais. Neste caso, as mulheres se vêem forçadas a terem que responder às necessidades sexuais dos maridos, enquanto suas próprias necessidades de envolvimento e intimidade não são respeitadas. Esta é uma das causas porque muitas reagem procurando evitar as relações sexuais. Alguns homens, por não conseguirem discernir este modelo de linguagem da mulher, interpretam essa reação como rejeição à sua virilidade, e a represália mais comum é acusar a mulher de frigidez.

4.     A maneira como se lida com o dinheiro (ter x poder)

A questão do dinheiro pode ser a causa de todo conflito.  É interessante observar a interação entre dinheiro e poder no funcionamento de casal, e as repercussões que as modificações dos ganhos de um e de outro passam a ter sobre a composição do vínculo. Aqui temos aqueles que, ao verem a mulher trabalhando, se acomodam e param de crescer, outros que, ao obterem um pouco mais e trocar de carro, se tornam insuportáveis, começam a reclamar de tudo, começam a paquerar as mulheres na rua e pensam que tem o "rei na barriga".  Quando essa posição se inverte, o homem fica com menos poder.

5.     A falta de espaço para as diferenças

Cuidar e ser cuidado, respeitando as diferenças recíprocas. Eis o desafio. Ninguém é uma extensão do outro. Ao contrário, somos indivíduos distintos, cada qual com seus próprios direitos. Quando deixamos de ver as pessoas como realmente são, o amor acaba. Não podemos querer transformar o cônjuge em escravo de nossas vontades e não vê-lo como realmente é. Precisamos superar o egocentrismo básico com o qual nascemos e perder a mania de achar que "o mundo gira em torno de nós". É possível resolver os conflitos de opiniões ou de interesses diferentes.  O que é necessário para que isso aconteça?

Para os maridos: Você sabia que...

*      O bem-estar das mulheres é determinado primariamente pela qualidade de seus relacionamentos?

*      Elas têm uma capacidade maior de detectar sentimentos e insinuações não-verbais e de perceber detalhes nas pessoas?

*      Elas têm uma necessidade especial de expressar sentimentos e experimentar amor?

*      Elas se utilizam da linguagem especialmente para desenvolver relacionamentos? Por isso, é mais provável que procurem segurança em relacionamentos do que em realizações.

*      O lar para elas é o local onde deve existir comunicação significativa?

*      Elas desenvolvem modelos de comunicação indiretos: explosões de raiva, choro, dissimulação ou, quando tudo isso não serve para nada, desenvolvem sintomas? Isso confunde e afasta os homens, que não entendem o que elas querem e esperam deles.

Estas características reforçam a capacidade que as mulheres têm de compreender, nutrir e apoiar.  Ela precisa ser amada e reconhecida pelo que ela é, e não por alguma tarefa que realiza. O maior medo das mulheres é ser desejada apenas como objeto, enquanto for útil. Quando a necessidade da mulher de ser amada não é satisfeita, ela sente uma perda da intimidade. Para suprir esta falta, ela tenta estabelecer vínculo por meio de perguntas, pedidos, apelos, exigências ou acusações. A reação do homem é de se afastar e isso aumenta o conflito.


Para as esposas. Você sabia que...

*      O bem-estar deles é determinado primariamente pelo sucesso que experimentam no trabalho, e que isso tem a ver com a realização de objetivos econômicos e sociais?

*      Eles têm uma capacidade maior de analisar e chegar ao fim de uma questão, sem se deixar envolver por problemas pessoais e emocionais?

*      Eles têm uma necessidade particular de ser respeitados e considerados competentes?

*      Eles usam a linguagem, primariamente, para expressar idéias e conceitos e para manter posições de destaque?

*      Eles procuram segurança e realizações, mais do que em relacionamentos?

*      O lar para eles é o lugar onde podem se desligar e descansar sem se preocuparem com a sua produtividade?

Estas características aumentam a capacidade dos homens agirem, aceitarem desafios e vencerem.  Se um homem se deixar envolver por detalhes ou emoções, será um fraco general na guerra e um administrador sem eficiência. O maior medo dos homens é serem considerados incompetentes, diminuídos, rejeitados e dominados.

Quando há espaço para as diferenças...

*      O cônjuge enxerga o outro como uma pessoa, e não como uma propriedade sua. Isso é compreender que o outro não existe apenas para nos satisfazer.

*      Respeita-se os sentimentos do outro. Deixamos de lado os nossos sentimentos e aprendemos a nos colocar no lugar do outro.

*      Damos ao outro a liberdade de ser diferente.

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sexta-feira, 25 de maio de 2012

Divórcio Sem Adultério. Deve?

“(…) É lícito ao homem repudiar sua mulher por qualquer motivo?” (Mateus 19:3).

Recebo um e-mail de um querido irmão em Cristo. Ele me pergunta, de forma clara e direta, se um homem pode se divorciar de sua esposa, com a qual mantém um casamento de anos, amigavelmente (sem que tivesse existido o adultério em uma das partes); se esse tipo de divórcio tem amparo bíblico. Confesso que essa não é uma resposta tão simples como muitos podem achar. Um casamento cristão pressupõe basicamente compromisso, afinidades, objetivos, busca de interesses comuns e, claro, amor. Casamento é comunhão, acordo que ambos aceitam assumir, desde o momento em que deixam suas famílias de origem e decidem seguir a vida juntos. Mas casamento também pressupõe afinidade sexual (ambos se proporcionarem prazer), organização e planejamento econômico; enfim, vida em comum (e não incomum). Tudo que se relaciona a casamento passa pelo crivo e pela decisão de um marido e de uma mulher (sabendo-se que aí um e outro têm suas responsabilidades gerais e específicas). Ou seja, não se concebe um casamento fora desse laço, dessa união, dessa reciprocidade e comunhão.

A família é resultado do casamento; ela se forma a partir dele. Casamento pleno e perfeito para DEUS se estabelece entre um homem e uma mulher, no Civil e na Igreja, diante das autoridades eclesiásticas e das testemunhas. Família, segundo a Bíblia, é responsável por gerar filhos e gerações seguintes. E o divórcio onde entra nessa história?

Ele é citado diretamente na Bíblia apenas seis vezes: em Deuteronômio 24:1; em Isaías 50:1; em Jeremias 3:8; em Malaquias 2: 16; em Mateus 19:7 e em Marcos 10:4. Também há outras referências indiretas como escreveu o apóstolo Paulo na Primeira Carta à Igreja de Corinto, capítulo 7, versículos 10, 11e 27. Vejamos o que diz cada versículo destes e depois procuraremos compreendê-los.

Deuteronômio 24:1 – “Se um homem tomar uma mulher, casar-se com ela, e esta depois deixar de lhe agradar por ter ele achado nela qualquer coisa indecente, escrever-lhe-á uma carta de divórcio, e lhe dará na mão, e a despedirá de sua casa”.

Isaías 50:1 – “Onde está a carta de divórcio de vossa mãe, pela qual eu a repudiei? Ou quem é o meu credor, a quem eu vos tenha vendido? Por causa das vossas maldades fostes vendidos; por causa das vossas transgressões, vossa mãe foi repudiada”.

Jeremias 3:8 – “Dei carta de divórcio à infiel Israel e a despedi, por causa dos seus adultérios. Contudo, vi que a sua infiel irmã Judá não temeu; ela se foi, e também se prostituiu”.

Malaquias 2:16 – “Eu detesto o divórcio, diz o Senhor Deus de Israel, e aquele que cobre de violência as suas vestes, diz o Senhor dos Exércitos. Portanto cuidai de vós mesmos, e não sejais desleais”.

Mateus 19:7 – “Perguntaram-lhe: Então por que mandou Moisés dar-lhe carta de divórcio e repudiá-la?”.

Marcos 10:4 – “Eles disseram: Moisés permitiu escrever carta de divórcio e repudiar”.

1 Coríntios 7:10, 11 e 27 – “Todavia, aos casados, mando, não eu mas o Senhor, que a mulher não se aparte do marido. Se, porém, se apartar, que fiquem sem casar, ou que se reconcilie com o marido. E que o marido não deixe a mulher. (…) Estás ligado à mulher? Não busques separar-te. Estás livre de mulher? Não busque casamento”.

Como observamos a Palavra de DEUS anula completamente a possibilidade de uma separação, seja amigável ou não, entre o marido e sua esposa. Destituição do casamento é abominável aos olhos de DEUS. A possibilidade de divorciar-se só entrou na Bíblia devido à dureza do coração humano. Um casal casado deve buscar a presença de DEUS, caminhar juntos nessa direção e, se possível, buscar também ajuda de algum especialista, um psicólogo ou terapeuta. Todo casal deve lutar pela restauração do casamento. Ninguém se casa para ser feliz, mas para fazer o outro feliz. E este esforçar-se para fazer o outro feliz pressupõe anulação do próprio EU interior e renúncia. O motivo maior para a não-separação ou para o não-divórcio está neste mesmo livro e capítulo, nos versículos 14 e 15: “Perguntais: Por quê? Porque o Senhor foi testemunha entre ti e a mulher da tua mocidade, com a qual foste desleal sendo ela tua companheira, e a mulher de tua aliança. Não fez ele somente um? Em carne e espírito são dele (…)”. O que mais aparece, na verdade, são citações aos termos “repúdio” e “adultério”, ambos, de acordo com as épocas, significando a mesma coisa. Quem repudia a sua esposa cometeu adultério. Adulterar é, pois, repudiar a uma aliança matrimonial, que fora abençoada e testemunhada por DEUS. Divórcio, traição, adultério é como se CRISTO, depois de toda a maravilhosa obra evangelística e redentora que promoveu aqui na terra, fizesse um acordo com satanás e com ele se unisse, traindo a Sua igreja, o Seu povo escolhido. Portanto, meus queridos irmãos, segundo a vontade de DEUS, divórcio em hipótese alguma, nem com nem seu adultério. O perfeito, puro e agradável é que os cônjuges lutem juntos por um matrimônio feliz.

Há um casamento eterno entre um Noivo (JESUS) e a Sua noiva (Igreja). Há bodas e um paraíso para abrigá-lOs. Esse casamento em nada poderá ser quebrado ou rompido porque foi lavado com um Sangue eterno e precioso. Há uma família oriunda a partir desse casamento. Há também filhos e gerações que foram resgatados a um preço muito alto, cuja descendência deve ser abençoada e próspera. Se um homem quer se afastar de sua esposa, ainda que amigavelmente, ou seja, com a concordância do cônjuge, ambos estarão rompendo um Contrato eterno com DEUS, desfazendo-se de tão grande Obra redentora. Quem em CRISTO se casou vive feliz, ainda que lutas, obstáculos, desertos se levantem contra o casal. Compromisso verdadeiro é indissolúvel; um e outro não abrem mão de estarem juntos para sempre até que o Senhor JESUS os chamem para a Glória Eterna. Se há problemas no casamento, procure, repito, um aconselhamento terapêutico-cristão com um especialista da área. Talvez seus líderes espirituais aqui na terra não tenham preparo suficiente para orientá-los quanto a um prévio fracasso matrimonial. Porém, não entrem jamais na artimanha do diabo de que “o amor acabou ou o prazer não existe mais”. Afinal, casamento não é eternamente sorriso, sexo, prazer, como não é eternamente tristeza, dissabor e frustração. Casamento é, sim, eternamente…. GRAÇA ETERNA!! Que DEUS nos abençoe!

FERNANDO CÉSAR

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quinta-feira, 24 de maio de 2012

CÔNJUGES: AMIGOS E AMANTES

O conhecimento humano se triplicou por milhões no século XX. E o mais interessantes é que o que está na Bíblia há 2000 anos ou mais foi (e continua sendo) confirmado pelas pesquisas e estudos científicos sérios.
Nesta oportunidade, quero externar minha visão acerca da falência de grande parte das uniões matrimoniais, inclusive dentro de nossas igrejas. Não tenho a pretensão ou a petulância de explicar os motivos e fundamentos desta falência nestas poucas e mal-escritas linhas, mas, pelo menos, abrir a discussão sobre o assunto. Podemos continuá-lo numa outra oportunidade.
A Bíblia diz que Deus viu que o homem estava só, e fez para ele uma companheira utilizando-se de uma costela. Não foi feita a partir de um osso cabeça para comandar, e nem de osso do pé para ser pisada, mas de uma costela, que está no meio do corpo, para lhe ser igual, e de perto do coração, para ser amada. O simbolismo que envolve essa narrativa é lindo e profundo, mas que não temos tempo e nem espaço para explaná-los detalhadamente.
Cônjuges são as partes de um casal. O cônjuge do marido é a mulher, e o cônjuge da mulher é o marido. A palavra cônjuge quer dizer "debaixo do mesmo jugo". Significativo, não é mesmo? A título de curiosidade, jugos são aquelas peças de madeira ou metal e couro que são colocados sobre os animais para que puxem cargas ou carroças.
Casamento é, antes de tudo, uma instituição divina. Deus instituiu o casamento, e impôs algumas bases e diretrizes. Alguns "requisitos".
Os seres humanos são constituídos de três partes: corpo, alma e espírito. Um casamento é uma união entre estas três partes de duas pessoas de sexos opostos.
Se não houver a união entre estas três partes, o casamento tem muito poucas chances de sobreviver ao tempo...
Casamento é algo como o encaixe de duas partes de uma mesma moeda. As reentrâncias devem servir para se completar, se complementar, e não para causar brigas e desentendimentos. Num outro giro, deve haver num casamento dois elementos: sexo e amizade. Os cônjuges devem ser amigos e amantes. Não apenas amigos, mas também amantes. Não apenas amantes, mas também amigos. Num casamento deve haver sexo e amizade.
Não existem "almas gêmeas". Não existem almas que foram feitas um para o outro. Esta é uma visão poética, fantasiosa e idealista que está na visão imaginária dos apaixonados e dos cantores que vendem ilusões.
Não existem casamentos perfeitos, porque não existem homens e mulheres perfeitos. Existem casamentos que vão se aperfeiçoando a cada dia, com o aperfeiçoamento dos cônjuges. Cônjuges que vão renunciando aos seus propósitos egoístas, à sua arrogância e prepotência para se dedicar ao outro.
Muitas pessoas casam-se por paixão, que é um sentimento egoísta, uma vez que é causada por alguma coisa, e quando essa alguma coisa se esvai, ou perde o sentido, perde-se também a razão da paixão, e... do casamento.
Na verdade muitos casamentos começam errados e continuam sendo uma sucessão de erros, o que não impede, em absoluto, que uma união como essa venha a convalescer e frutificar.
Freqüentemente os futuros cônjuges se preocupam com a dúvida: "serei feliz com ele(a)?", quando o verdadeiro seria: "poderei fazê-lo(a) feliz?". Isto demonstra que querem um casamento onde sejam felizes, e não um casamento onde possam fazer alguém feliz. Isto é, queremos um companheiro, mas não queremos ser companheiros. Queremos que nossos sonhos se realizem, mas não nos preocupamos em realizar os sonhos de nossos cônjuges. Queremos, enfim, que nossos cônjuges se submetam ao nosso jugo, mas não nos preocupamos em nos submetermos ao jugo deles. Em outras palavras: queremos que nossos cônjuges nos ajudem e nos acompanhem a conseguir nossas aspirações, nossos sonhos e nossos desejos, mas não nos importamos em acompanhá-los e ajudá-los a conseguir seus sonhos, aspirações e desejos. E por aí vai...
Amar é dar maior importância à felicidade da pessoa amada do que à própria felicidade, por isto, quando nós amamos realmente alguém, nós queremos o melhor para esse alguém, mesmo quando "o melhor" não somos nós. Daí vai que quem ama realmente, mesmo que isso lhe cause um sofrimento sem tamanho, é capaz de deixar a pessoa amada ser feliz. Mesmo... que seja ao lado de outro alguém.
Gostar é um termo egoísta. Nós só gostamos daquilo que nos agrada. E quando nós amamos, amamos apesar daquilo que nos desagrada. Lembre-se: a paixão procura suprir uma necessidade do apaixonado, e o amor procura suprir uma necessidade da pessoa amada.
Percebe que as pessoas do mundo estão complemente equivocadas no que se refere ao amor, invertendo totalmente o sentido das coisas?
A maior e mais dura prova de amor que uma pessoa pode dar e receber é o tempo. O tempo é a maior e mais dura prova, o maior e mais duro teste que o amor pode, passar e receber. O que importa não é o quanto se ama, mas até quando amará. Se não houver amor depois que a paixão acabar, não haverá nada sólido que possa agregar ou conjugar duas pessoas de sexos opostos.
O nosso grande problema é que sempre queremos e esperamos que as outras pessoas ajam e reajam como nós agiríamos e reagiríamos. Os maridos esperam que suas esposas ajam como se fossem homens. As esposas querem que seus maridos ajam como se fossem mulheres. Os pais pretendem que seus filhos ajam como se fossem adultos. E os filhos esperam que seus pais ajam e reajam como se fossem crianças. É aí que começa o conflito.
Em Amós 3:3, a Bíblia pergunta se duas pessoas andam juntas se entre elas não houver acordo. Não exatamente concordância, mas acordo. Nós podemos, muitas vezes, nos submeter a situações com as quais não concordamos. Os acordos são feitos após algumas negociações. Negociações são feitas a base de exigências e concessões. Caso haja apenas exigências ou apenas concessões, não temos uma negociação, mas sim uma adesão: é do jeito que eu quero ou nada feito. Tudo ou nada.
Jesus Cristo deixou uma regra de ouro para o relacionamento interpessoal: aquilo que vós quereis que os homens vos façam, façais vós também a vós outros (Mateus 7:12). Façam aos outros o que quer que os outros lhe façam. Trate-os como quer ser tratado. Dê-lhes o que quer receber. Semeie o que deseja colher.
Avançando um pouco mais, num relacionamento conjugal, os direitos que você tem são os mesmos que você concede, e as obrigações que você impõe são as mesmas que você deve observar. Trocando em miúdos: se eu posso, meu cônjuge também pode; se meu cônjuge é obrigado, eu também sou obrigado.
Não temos o direito de exigir dos outros que façam ou sejam aquilo que nós próprios não fazemos ou não somos. Muito embora muitos o façam.
Nós criamos os nossos próprios infernos quando criamos o inferno das pessoas que estão conosco. Seja uma benção na vida de teu irmão e não uma maldição, faça com que as pessoas se agradem de sua presença, e não que a detestem.
Um outro elemento a que gostaria de fazer especial referência é em relação ao perdão. Queremos ser perdoados de nossas atitudes erradas, ríspidas, e de nossas intolerâncias. Mas nos recusamos a perdoar as atitudes erradas, ríspidas e intolerância de outras pessoas. Principalmente as de nossa própria família.
Como podemos cumprir o mandamento de Jesus Cristo de amar nossos inimigos, se somos incapazes, muitas vezes, de perdoar aqueles a quem proclamamos amar?
Sem nos darmos conta, continuamente estamos a exigir que nossos pares aceitem nossos defeitos, nossas mazelas e nossos erros (sempre tem uma justificativa e uma explicação). Mas nos recusamos terminantemente a aceitar os defeitos, mazelas e erros de nossos pares.
Jamais vamos conseguir ser felizes sozinhos. A nossa felicidade consiste em fazer com que as pessoas que convivem conosco sejam felizes. Ame seu próximo, como deseja ser amado. Lute pela felicidade das pessoas que você crê amar. Assim fazendo estará cumprindo a Lei e os profetas.
Fica difícil falarmos sobre amigos nesta época de superficialidades, futilidades e individualismo... mas... vamos lá. Normalmente, as idéias que temos sobre a amizade são aquelas transmitidas pelos poetas. Tipo: amizade é quase amor.
Não é objeto da presente dissecar ou detalhar a amizade, mas traçar um paralelo entre a amizade dentro e fora do relacionamento conjugal.
Primeiro, não tratamos nossos amigos como capachos. Não os humilhamos, não os rebaixamos, não os achincalhamos, não os expomos ao ridículo nem os exploramos. Não os tratamos como serviçais incompetentes e nem como empregados preguiçosos. Se você trata seu cônjuge como um capacho, como um serviçal incompetente, como empregado preguiçoso, se você o humilha, o rebaixa, o explora, o achincalha ou o expõe ao ridículo, você não é amigo dele...
Em segundo lugar, nós conversamos com nossos amigos, trocamos confidências, tiramos dúvidas, pedimos opiniões, respeitamos pontos de vista, damos e ouvimos conselhos. Se você não conversa com seu cônjuge, não troca confidências, não tira dúvida não pede opiniões, não respeita seu ponto de vista, não dá nem ouve conselhos, ele não é seu amigo.
Em terceiro lugar, você não agride seus amigos, não ofende, não xinga, não é áspero, ríspido, e nem espinhoso. Se você agride seu cônjuge, ofende-o, xinga-o, é áspero e ríspido ou espinhoso, não está sendo seu amigo.
Em quarto lugar, você não tem medo de ser manipulado, manobrado, explorado, chantageado ou extorquido pelos seus amigos. E por isso, pode reconhecer os erros e pedir perdão. No mínimo, desculpas. Se você tem medo de ser manipulado, explorado, manobrado, chantageado ou extorquido pelo seu cônjuge, e por isso não pede desculpas e nem perdão pelos erros e faltas que comete, então ele não é seu amigo.
A lista de comparativos é longa, extensa. Penso que nestes itens pude listar as principais características da amizade que devem estar presentes no relacionamento conjugal. Bom... deixei um item de fora: confiança. Nenhum destes elementos existe numa amizade se não existir confiança. Não existe amizade entre pessoas que não confiam uma na outra.
Você pode confiar em seu cônjuge? Seu cônjuge pode confiar em você? A gravidade da resposta revela a gravidade da pergunta.
Se seu cônjuge se apaixonar por outra pessoa, ou sentir uma atração homossexual, ele pode confiar a você este segredo? E se ele o fizer, você vai ajudá-lo ou apedrejá-lo? Com certeza vai se sentir traído, roubado, injustiçado, num primeiro momento. Mas e depois?
Qual seria a tua reação se teu cônjuge te confessasse que não está satisfeito com teu desempenho sexual?
Nós ajudamos nossos amigos, procuramos compreendê-los, entendê-los, apoiá-los...
Se não houver amizade no relacionamento conjugal, ele está fadado ao fracasso...
Sabe, nós nos afastamos dos amigos que nos tratam com leviandade, aspereza, interesse, ou qualquer outro fator negativo. Mas quanto aos cônjuges, o afastamento não é assim tão simples por causa dos "eternos laços do matrimônio". Isto faz com que sejamos um pouco (um pouco???) desleixados quanto a estes, e nos permitimos a alguns (alguns???) excessos...
Você já percebeu que nós evitamos fazer um monte de coisas aos nossos amigos? Mas não temos o mesmo cuidado quando se trata de nossos cônjuges? Isto é, nós tratamos melhor nossos amigos do que aos nossos cônjuges. E por isso, nós damos mais ouvidos aos nossos amigos do que aos nossos cônjuges. Nossos cônjuges não são nossos amigos... Uma pena.
O que eu vejo em muitos relacionamentos é uma relação de poder, uma relação de domínio e exploração... Fazendo com que uma situação irônica e trágica ocorra: duas pessoas unidas pelos laços do matrimônio, carentes de carinho, de amor, de ternura, de consolo, mas que não são capazes de amar um ao outro. Uma tem o que a outra necessita, e necessita do que a outra tem, mas existe um abismo entre elas que torna impossível olharem-se nos olhos, mesmo que estejam tão próximas que possam se tocar... Espero que não seja o teu caso, amado leitor.
Quero finalizar com uma pergunta seca e direta: você é amigo de teu cônjuge?
Falar sobre amizade no relacionamento conjugal foi mais complicado. Falar sobre relacionamento sexual, depois de tudo, é um pouco menos complicado.
No título acima, o termo "amante" não significa "pessoa que mantém um amor", tipo "ó amante de minh´alma, tu és tudo para mim". É amante no sentido de pessoa que mantém um relacionamento sexual, que tem um parceiro sexual.
Rubem Alves, em seu livro "O que é religião" (Editora Brasiliense, Coleção Primeiros Passos), fala da reificação das pessoas. Res em latim significa coisa. Daí a palavra res+publica = a coisa do povo.
Reificação de pessoas é a sua coisificação. As pessoas perdem alma, sentimentos, emoções, sonhos, aspirações... identidade... passam a ser apenas rostos, pernas, seios, bumbuns, tórax, bíceps e tríceps... objetos. Objetos dos desejos.
Recentemente eu vi uma propaganda da revista masculina playboy nas bancas. Era uma mulher nua, com os dizeres: "Garçom, me traz uma dessas". Que dizer, o sujeito pede uma mulher do mesmo modo que pede uma cerveja ou um petisco, um prato de comida. Não está preocupado pode tornar aquela mulher feliz, se pode satisfazer suas necessidades, ajudá-la a alcançar seus objetivos e resolver seus problemas, vencer seus fantasmas. Está preocupado apenas e tão-somente em satisfazer seus desejos mórbidos, descarregar suas energias eróticas, fruir e usufruir daquela mulher. Usá-la e satisfazer-se com ela. Diversão. Apenas isso.
As mulheres, por outro lado, não estão em melhor condição quando suspiram por um homem e deixam escapar: "que pedaço de mau caminho..." Não estão igualmente preocupadas se podem tornar aquele homem feliz, satisfazer suas necessidades, ajudá-lo a resolver seus problemas. Estão igualmente preocupadas em satisfazer seus desejos mórbidos, descarregar suas energias eróticas, fruir e usufruir daquele homem. Usá-lo e satisfazer-se com ele.
Para ambos, nestes casos, se preocupam apenas com o prazer que podem obter e não no prazer que podem proporcionar.
Para as mulheres mais românticas (a maioria absoluta), o sonho pode ser um marido ideal, perfeito. Um homem robusto, forte, firme, corajoso, fiel, delicado, dedicado, solícito, carinhoso, rico, humilde, um atleta sexual, preocupado com sua silhueta (leia-se "barriga"), que a defenda contra tudo e contra todos, especialmente quando está errada. Com tudo isto, nem precisa ser bonito. Se for, melhor ainda.
Aliás, as mulheres tendem pensar que podem mudar a personalidade de um homem. Que depois do casamento, conseguirão transformar o mais vagabundo dos mulherengos em tudo isto que foi colocado aí em cima...
Partindo-se do princípio de que amar é dar maior importância à felicidade da pessoa amada do que à própria felicidade, os amantes (parceiros na relação sexual) devem se preocupar mais com dar e proporcionar prazer do que desfrutar dele. E isto deve ser um propósito recíproco: ambos devem pensar e agir assim.
E aqui vai um alerta importante: uma grande parte das mulheres (inclusive dentro das igrejas) mente. Finge que está tendo e usufruindo de um prazer que não existe, somente para não magoar ou não perder o marido. Maiores detalhes somente pessoalmente.
Aí pode ser que você me pergunte como é que eu sei de tudo isto. Porque há padrões de comportamento. A maioria dos seres humanos age tal e qual a maioria dos seres humanos age. E nós formulamos nossas teorias, nossas teses e nossas leis, de acordo com a maioria, e não de acordo com as exceções. O que eu digo aqui não pode e nem deve ser tomado como algo absoluto, uma regra imutável, mas como uma referência, uma linha de raciocínio.
Amantes que não são amigos agem tal e qual homens e mulheres que se prostituem, e homens e mulheres que procuram esses outros que se prostituem: de um lado, interessados apenas no prazer que podem obter, na satisfação dos próprios desejos. De outro, fingem que estão tendo prazer, e se preocupam em proporcionar prazer para criar uma dependência, um vínculo que os faça serem procurados uma próxima vez.
Infelizmente, muito embora não existam estatísticas, temo que uma boa parte (leia: a maioria) dos casais do mundo, inclusive dentro de nossas igrejas, são apenas amantes, mas não amigos. Às vezes... nem isso.
Os amantes devem ter entre si um relacionamento sexual sadio, saudável, frutífero e... prazeroso. Se assim não for, não são amantes. Estão se prostituindo, se sujeitando a um relacionamento sexual para não perder o casamento, e não por prazer.
Para fechar o presente, somente uma pergunta cuja resposta, mais uma vez, revela a gravidade da pergunta: você tem um relacionamento sadio, saudável, frutífero e prazeroso com seu cônjuge?

Takayoshi Katagiri - katagiri@nutecnet.com.br
JesusSite

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quarta-feira, 23 de maio de 2012

SUPERANDO AS CRISES NO CASAMENTO

Casamento feliz é o casamento em que os cônjuges dialogam, erram, se enganam, tropeçam , se perdoam, têm objetivos em comum, são parceiros, se alegram e choram juntos, superam os problemas da vida e conseguem viver diariamente a realização do verdadeiro amor.
 Este é o propósito de Deus para todos nós. Que vivamos felizes e o sirvamos com alegria e novidade de vida, criando nossos filhos em sujeição e temor. Gn.2:18 – Ec.9:9
Não há casamento sem problemas. Todo casamento exige renuncia e adaptação. Nenhum casamento sobrevive sem perdão e restauração. É comum surgirem crises logo no início da vida conjugal. Aqui destacaremos apenas duas,que inegavelmente são muito difíceis de serem vencidas. A primeira crise é a da ADAPTAÇÃO. Os primeiros meses e  anos da vida conjugal nem sempre são tão românticos como deveriam ser para alguns casais.(Segundo alguns especialistas na área de família,o período de adaptação conjugal pode levar até cinco anos). A maneira  como foram educados, seus costumes, hábitos e oscilações temperamentais podem ser motivos causadores de desarmonia entre ambos. Esta primeira crise pode facilmente ser vencida desde que ambos se voltem para o hábito de dialogar, de respeitarem-se, orar juntos, freqüentar com regularidade a igreja e serem carinhosos mutuamente. I PE.5:7 – Ef.5:25 – Ef.5:22

A segunda  crise é a da  DESMOTIVAÇÃO,é natural a frustração diante de certas atitudes,comportamentos e expressões da pessoa amada.Lentamente o castelo começa desmoronar-se, mil pensamentos passam pela cabeça; acabar com tudo ou continuar mais um pouco? No auge da felicidade e  das perspectivas de um casamento feliz certos detalhes não foram observados,e até mesmo valorizados.Com o passar dos dias as coisas começam se afunilar; a perda da paixão,a ausência do carinho,a falta de estímulos,os distanciamentos, as inversões das prioridades e o mutismo são os ingredientes necessários para por fim a qualquer romance.Evidentemente também existe cura para estes males.Tudo pode mudar quando ambos resolvem dialogar com maturidade, sem agressões, cobranças ou críticas.Para duas pessoas andarem juntas é necessário estarem de acordo.Por isto todo esforço deve ser envidado para a manutenção do casamento. Am.3:3. As reavaliações dos valores, dos ideais do casal, das possíveis mudanças de ambas  partes, são decisões sábias que o casal pode tomar conjuntamente e buscar de Deus a graça para superar os desafios.

Valdemir Campos

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terça-feira, 22 de maio de 2012

Fazendo de sua esposa uma rainha.


" E o rei amou a Ester mais do que a todas as mulheres e ela alcançou perante ele graça e benevolência mais do que todas as virgens, e pôs a coroa real na sua cabeça e fez dela rainha.”(Ester 2:17.)

O rei encontrou uma mulher maravilhosa para se casar, e logo entendeu que haveria algumas coisas que ela mereceria receber dele, até por uma questão de direito.
Ele encontrou um tesouro e não é sem razão que Salomão disse um dia: “Como é difícil encontrar uma boa esposa! Ela vale mais do que pedras preciosas! (Provérbios 31:10).

Ester era fabulosa em beleza,valor e estatura moral.

Nossa!! Quantas mulheres da estirpe de Ester estão esperando que o seu rei a coroe de honra e a trate com carinho, fazendo de si uma verdadeira rainha.

Ela não era um anjo, mas certamente veio do céu, confirmando o que o mesmo Salomão disse : “A casa e os bens vêm como herança dos pais; mas do SENHOR, a esposa prudente.Pv.19:14.

A coroa era um direito dela, uma posição diante dele, mas ele foi além da obrigação, usou de graça e de bondade para com ela.

Sabe o que é isso? É tratar bem a esposa mesmo nos momentos em que entenda que ela não esteja merecendo, mesmo quando não concordamos com tudo o que ela faz.

Este rei foi além, ele amou a Ester com intensidade e com profundidade, mais do que todas as outras mulheres que ele poderia amar. E não eram poucas e eram lindas.

O bonito do amor conjugal é a sua exclusividade, é você se sentir pertencente a alguém especial. É olhar do lado e saber que tem quem se importe e quer o teu bem. E é muito bom ter alguém especial, alguém com quem partilhar sonhos, alguém para estar ao seu lado quando amanhece o dia e há uma luta lá fora.

Quando penso nisso, vejo o quanto é importante a gente procurar ser merecedor do amor e dos cuidados do outro.

É preciso ser realmente um “achado” para a vida do outro. E daí, meu caro leitor, você é um “achado” para o seu cônjuge?

O marido de Provérbios 31:28 declara para sua esposa que existem muitas mulheres maravilhosas sobre a face da terra, mas que para ele, ela é incomparável.

E o rei usou de benevolência, isto é bondade. Bondade traduzidas em gentilezas,cuidado, carinho na forma de falar,e suprimento nas necessidades surgidas.
Ele honrou Ester, sua esposa, deu-lhe um lugar de destaque em sua vida.Ela se tornou a número um, uma prioridade. Ele a acolheu não só ali na sala do trono, mas no íntimo do seu coração.Ela foi aceita por ele, foi recebida em amor.

É isso que a esposa espera de seu marido. Poder estar ao seu lado nas decisões importantes, ser reconhecida como pessoa de valor, um sonho que permeia mentes e corações femininos.

O grande desafio para um bom marido é fazer de sua esposa uma rainha, amando-a com exclusividade e se relacionando com ela com bondade e graça, mesmo quando as coisas não estiverem do jeito que arquitetou nos seus pensamentos,  pois graça é isso, não há mérito, nem mesmo justiça, mas amor.

Antes de fazer dela uma rainha, é preciso ser um rei, com tudo o que se encontra no imaginário popular de uma figura assim, ou seja, justiça, bondade, paz, provisão, e proteção.

Se você se um rei, se você reina em sua casa, então, ela tem que ser honrada como tua rainha. A coroa lhe cai muito bem. Experimente..., faça..., dispõe-te.

Pr Ismael

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segunda-feira, 21 de maio de 2012

Fases e Crises Previsíveis Num Casamento.

Existe um ciclo de vida dos amores conjugais que tem crises previsíveis nos tempos modernos. Obviamente, isto é didático e as fases podem se sobrepor.
Nas relações conjugais e familiares, o liberalismo e o autoritarismo excessivos promovem endividamentos e desorganizações que se refletem nas relações implícitas e explícitas das gerações familiares.
Os amores possíveis no casamento, metaforicamente falando, são:
Aghape: o amor em projetos comuns na vida: filhos, matrimônio e carreira, entre outros.
Filos: é o amor do companheirismo, da amizade, do afeto e da cumplicidade.
Eros: é o chamado amor químico, da atração, da paixão, do sexo e do desejo.
Existe um ciclo de vida dos amores conjugais que tem crises previsíveis nos tempos modernos. Obviamente, isto é didático e as fases podem se sobrepor.

Fase 1: A paixão

Na fase da paixão,acontecem as escolhas co-inconscientes e co-conscientes de parceiros. O homem, habitualmente jovem está pleno de testosterona e no apogeu do desejo, de seu papel de sedutor. A mulher, cheia de estrogênios, está na sua plenitude reprodutiva e receptividade sexual.

Os biólogos estudiosos do casamento dizem que a feniletilamina é a molécula do amor. Está presente especialmente nos quatro ou cinco primeiros anos do casal a partir do momento em que se apaixonam.

Na paixão acontece em uma idealização do romance. Chamamos de relação eu – eu, a esse fenômeno onde a pessoa apaixonada vê no outro o que espera, maximizando as qualidades e minimizando os defeitos. Eros é o amor mais presente nessa etapa.
A crise previsível dessa fase é chamada de luto da paixão.

Acontece neste momento de haver mais responsividade, menos romance, muito trabalho e desidealização romântica.

A relação eu - tu Fica aos poucos mais estabelecida, onde um enxerga muito mais o outro como ele é de fato e faz-se necessária a legitimação das diferenças.

A fase 2 é a chamada etapa de formação do casal conjugal, também carregada de ideais e expectativas sobre o que seja a relação conjugal.

Os valores das famílias de origem manifestam-se com mais força.
Os amores eros, quente e aghape,compromissos, passam a co-existir com mais intensidade. Diz-se que sob a ótica hormonal, acontece o efeito ocitocina que produz busca de intimidades, onde a mulher quer mais romance, e o homem, mais sexo.

A crise previsível da fase 2 na formação do casal conjugal ocorre com os choques de expectativas um do outro, da vida, das facilidades e dificuldades encontradas na conveniência diária.

O contato com a realidade se intensifica. É uma relação eu – tu, como já dissemos, onde podem existir algumas desilusões, e o contato físico, de carinhos, pode ficar menor. Nesse momento pode ocorrer a busca de filhos.

A fase 3 é a formação do casal parental, do casal de pais, quando surgem novos papéis de pai e mãe, além dos já existentes de marido e mulher.

Os amores presentes são: eros, filos e aghape.
A relação que se estabelece é a eu – nós, ou seja, eu mulher ou marido mais seu cônjuge e seus filhos. Quanto mais maduro estiver o casal sobre o ponto de vista emocional mais facilmente conseguirão espaços para lidar com as diferenciações que existem, e mais facilmente serão superadas as dificuldades.

A crise previsível da fase 3 dá-se com os pequenos afastamentos onde o amor eros diminui, e os amores aghape e filos crescem. A chegada de filhos muitas vezes pode sobrecarregar o jovem casal que, preocupado com esta grande responsabilidade, pode ficar com pouco espaço e estimulação para o amor erótico.
A prolactina na etapa de amamentação, pode diminuir o impulso sexual da mulher. Choros de bebês, sono interrompido, preocupações e ansiedades novas poderão naturalmente estressar o casal.

A fase 4 é a de filhos adolescentes. Nessa etapa pode ocorrer a busca pro-ativa do orgasmo feminino. O homem estará mais envolvido sexualmente, mais aberto a intimidades e carinhos.

A ocitocina é chamada o hormônio da super cola dos relacionamentos. São esperadas as famosas crises de meia idade com estresses característicos. É a fase de avaliação da construção do patrimônio familiar, da educação e saúde de filhos e, muitas vezes, de cuidados com os pais mais velhos.

As crises previsíveis da fase 4 apresentam tendências a isolamento. Pode acontecer o chamado divórcio emocional no casal conjugal, quando eles ficam juntos mas com baixo desejo sexual, rotina e amor eros frio. Pode haver depressão e infidelidades sexuais, algumas vezes onde o marido se interessa por jovens de idades próximas às de seus filhos recém saídos do ninho.

A fase 5 que é a chamada da meia idade ou do ninho vazio apresenta uma revisão da vida.

Podem surgir novos desafios que exigem apoio recíproco, para a menopausa e a andropausa do casal, dependendo se será com ou sem reposição hormonal, com maiores índices de saúde, bom humor e esperanças para novos alcances existenciais. Hormonalmente falando, o estrogênio diminui, há menor disponibilidade sexual e pode haver maior irritabilidade entre o casal.

As ereções penianas do marido serão menos intensas e o casal deverá buscar novas maneiras de se relacionar sexualmente, com redescoberta da intimidade, de novas formas de orgasmos. Os homens podem ser os mais gentis amantes nesta fase. Cuidados com a saúde, além de novas sensualidades também podem ser conseguidos através de potentes e remédios da medicina moderna.

As vivência aghape e filos poderão ser mais efetivas, com companheirismo excepcional.
A crise previsível da fase 5 pode ser dificuldade de envelhecer, busca de parcerias mais jovens, divórcios emocionais, infidelidades, e friezas no convívio conjugal.

A fase 6 do ciclo de vida do casamento, também chamada a fase de melhor idade pode trazer mais tempo para o lazer do casal.

A mulher pode estar mais sensual e auto confiante. Os homens mais gentis e amorosos. O companheirismo do amor filos poderá estar em alta. “Não há um ancião que esqueça onde escondeu seu tesouro.” (G. G. Marques, 1982).

A crise previsível dessa fase 6 pode conter enfermidades debilitantes, disfunções sexuais, frustrações profissionais, aposentadorias injustas, afastamento da família e da vida social com perdas de estatus.

Ana Maria Fonseca

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