domingo, 18 de março de 2012

Recuperando Os Valores Perdidos na Família

 “Ou qual é a mulher que, tendo dez dracmas e perdendo uma dracma, não acende a candeia, e não varre a casa, buscando com diligência até encontrá-la?”Lucas 15;8

Para recuperar os valores perdidos no lar, o casal necessita mudar suas atitudes erradas, disciplinar-se na Palavra de Deus e cooperar num esforço conjunto.INTRODUÇÃO
A vida familiar e conjugal deve ser norteada por valores bíblicos. No decorrer dos tempos, alguns desses valores se perdem. A ausência desses valores resulta em desarmonia e frustração nas relações familiares. É preciso empreender esforços para recuperar os valores perdidos.

I – A PARÁBOLA DA DRACMA PERDIDA

“Ou qual a mulher que,tendo dez dracmas, se perder uma, não acende a candeia, varre a casa  e a busca com diligência até achá-la? E achando-a, convoca as amigas e vizinhas, dizendo: Alegrai-vos comigo;  porque achei a dracma perdida.”

Lucas 15:8-9

1. Parábola é uma espécie de alegoria apresentada sob forma de narração, relatando fatos naturais ou acontecimentos possíveis, sempre com o objetivo de declarar ou ilustrar uma verdade, um princípio divino.

2. A parábola da dracma é como jóia desprezada no escuro, mas de incalculável valor quando colocada em plena luz. A  dracma perdida simboliza os valores espirituais e porque não dizer, certos valores familiares que vamos perdendo. É impossível viver sem perder, todavia, podemos viver mais e perder menos. São muitos os que mais perdem do que ganham na vida familiar.

3. Para compreendermos com exatidão a citada parábola, teremos que recorrer ao estudo dos costumes da época envolvendo o povo judeu. Como parte integrante do ornamento da mulher hebréia, havia o uso de colar ou diadema de moedas de prata, mais especificamente, de dracmas. O colar ou diadema servia de dote de casamento que as mulheres davam cuidadosamente, como seu maior tesouro, para transmitir às filhas. A perda de uma moeda, parte integrante da beleza do ornamento, era considerada séria calamidade e sua recuperação era a causa de grande alegria. Assim, explica-se o cuidado e a diligência da mulher descrita na

II – DEZ VALORES NO RELACIONAMENTO FAMILIAR

Assim como eram necessárias as dez dracmas no colar, citaremos dez valores, dos quais, se um deles se perder, poderá trazer tristeza e frustração no relacionamento conjugal.

Respeito

1. É a consideração pela pessoa por aquilo que ela é, não por aquilo que você gostaria que ela fôsse (I Pe 2:17, Ef 5:33).

2. Como todos os valores morais, o respeito é mais aprendido do que ensinado. Em vista disso, faça mais questão de ser exemplo de respeito do que ensiná-lo. Você ganha respeito por si mesmo se demonstrar respeito pelos demais. O verdadeiro respeito gera espaço para que seu cônjuge desenvolva sua individualidade e potencial. Gera espaço ao invés de restringir a liberdade. Como será tratada a questão do respeito em seu casamento?

Honestidade
1. Ser sincero e verdadeiro, em todos os momentos da vida, torna-se indispensável quando se deseja estar sob a bênção do Senhor (Lc 8:15).

2. A desonestidade e o engano podem destruir o relacionamento. Uma frase fingida, às vezes, é doce ao paladar, mas as palavras mentirosas acabam queimando no estômago, como comida deteriorada, até fazê-lo vomitar. Quando você tiver que tomar uma decisão entre falar a verdade ou mentir, compare cuidadosamente os benefícios da honestidade com as conseqüências do engano. Pequenas mentiras cotidianas abrem grandes brechas para o inimigo agir em nosso lar.

Romantismo
1. São as atitudes de namoro no casamento (Ct 2:14).

2. Os passeios românticos tem como ponto central o interagir juntos. Um presente, um gesto de carinho, uma canção. Você poderá gastar dinheiro num presente, mesmo que isto no momento custe sacríficio, porém, o clima romântico faz valer a pena privar-se de outras coisas em prol daquele momento. Um jantar à luz de velas, um simples abrir a porta do carro para o cônjuge entrar, poderão significar muito no fortalecimento do casal.

Apreço


1. Significa esquecer de si mesmo para observar todas as pequenas coisas positivas que seu cônjuge faz e apreciar mais suas qualidades do que suas realizações (Ef 4:32).

2. Os elogios transmitem ternura, mas é preciso que haja equilíbrio entre o que as pessoas fazem, e quem elas são. Elogios baseados em qualidades pessoais são raros, porém altamente apreciados.

Encorajamento

1. Exercer o papel de idealizador e realizador dos sonhos de Deus na vida do cônjuge (Dt 31:23).

2. Quando pensar em encorajar os membros de sua família, não use apenas palavras, mas tenha uma atitude encorajadora. Se você apoia uma pessoa, mas a sua disposição corporal ou facial não demostra o mesmo, com certeza esta pessoa não vai sentir-se encorajada. Procure outros meios para comunicar o que deseja dizer. Lembre-se de que, às vezes, o coração precisa falar mais alto do que seus lábios. O encorajamento não custa nada, mas rende grandes dividendos.

Intimidade

1. São os momentos de intimidade física regados pelas palavras carinhosas e “toques”que começam pelo café da manhã e desembocam no leito conjugal (Ct 5:16).

2. O que vem a mente quando a palavra intimidade é proferida? Sexo? Acertou, contudo existe outras definições:

Intimidade emocional

É quando você compartilha tudo na área emocional, inclusive, tristeza e alegria. Você compreendem seu próximo e está sempre atento ao sentimento dele. Essa é a intimidade que fundamenta o relacionamento.

Intimidade Social: Envolve ter amigos em comum para se divertir, conversar, orar e proporcionar auxílio mútuo.

Intimidade sexual: Muitos casais “fazem” sexo, mas carecem de intimidade sexual. Realizar o ato físico é uma coisa, mas conversar sobre ele é outra. A intimidade sexual gera prazer, mas também significa que vocês devem conversar a respeito, esforçar-se para satifazer as necessidades do cônjuge e impedir que a relação acabe ficando rotineira.

Lazer

1. São os momentos reservados, sem a cronometragem do tempo, sem as tarefas rotineiras, para apenas ficarem juntos se divertindo (Sl 37:4).

2. Para se divertir, não é necessário gastar muito. Muitos de nós cremos que, para conseguir diversão, é necessário gastar muito dinheiro em equipamentos esportivos extravagantes ou em férias muito programadas. Errado! Aproveitem do mundo natural que Deus criou para nós. Lagos,

Compreensão

1. Saber como o cônjuge se sente na maior parte das situações, sem que ele precise fornecer explicações (Cl 3:12).

2. Significa esquecer de si mesmo para observar todas as pequenas coisas positivas que seu cônjuge faz e demonstrar que você as aprecia. Significa também focalizar e enfatizar as experiências positivas e não as negativas. Demonstrar preocupação sincera para com o cônjuge ao observar que ele está aborrecido, gera união e intimidade na vida conjugal. Talvez você não possa fazer nada para ajudar, mas o fato de demonstrar o interesse e compartilhar já é importante.

Afinidade

1. Desenvolver um ritmo harmonioso no relacionamento conjugal          (I Co 13:6-7).

2. Amizade no amor significa compartilhar alguns aspectos individuais, mesmo que à princípio não lhe cause interesse. É buscar um equilíbrio entre as suas necessidades e desejos e as do seu cônjuge. É importante manter um equilíbrio entre “viver juntos” e manter a individualidade.

3. Vivemos em uma sociedade competitiva. Às vezes, é necessário competir, mas entre o casal não poderá existir competição. Haverá momentos em que as opiniões poderão divergir, isto é normal e saudável, porém, não é necessário haver disputas.

4. Quando surgirem divergências, o objetivo do casal é buscar a conciliação das idéias através do acordo.

Privacidade

1. Tornar o lar um lugar tranqüilo e sossegado, sem a perturbação e a loucura do mundo exterior.

2. Proteger e respeitar a privacidade é uma atitude que devemos ter em relação à nós mesmos e aos outros (Pv 25:17).

3. Sugere que a nossa sanidade e felicidade são da maior importância. Nossa casa é o lugar onde temos o poder de dizer não. Proteger sua privacidade envolve muitas coisas. Pode significar deixar a secretária eletrônica pegar suas mensagens ou gravar os chamados, para que não tenha que fazê-lo naquele momento. Todos precisamos de privacidade em diferentes níveis. Na intimidade sexual é imprescindível.

III – AVALIANDO A SITUAÇÃO NA CASA

1. A Mulher da parábola perdeu a moeda dentro da casa. Não foi no quintal, em foi na rua, mas dentro de casa. Os valores familiares são perdidos entre as quatro paredes da casa. As casas  pequenas da Palestina, das classes mais humildes, geralmente não tinham janelas, e a única

2. Concluímos assim, que a casa era escura, o que dificultava muito para encontrar a dracma perdida. O piso da casa geralmente era de terra, raramente varrido, então o pó e o lixo também dificultavam a busca.
Portanto, duas coisas dificultavam a busca da Dracma Perdida:
Falta de luz;
Sujeira ali existente.

3. Quando a luz, que é Jesus, entra na vida do casal, tudo é restaurado e não existe espaço para a sujeira ficar.

IV – RECUPERANDO OS VALORES PERDIDOS

1. A mulher da parábola representa o cristão descuidado com os valores familiares. A ausência de luz e a sujeira são de nossa responsabilidade. Quando valores se perdem é necessário acender a luz e limpar a casa.
2. Observamos algumas atitudes que devemos ter para encontrar o valor perdido:

Acenda  a  Candeia (Jo 8:12).

A Mulher acendeu a candeia*. Jesus é a luz, peça para Ele iluminar os “porões” escuros da alma, para que você possa ter o discernimento e sabedoria para encontrar valores que se perderam. O Espírito Santo é o “azeite”que irá trazer luz à tua casa. Orem juntos, marido e mulher, mantenham acesa a chama do amor dentro de casa. Ore por seu cônjuge, mas esteja pronto caso Deus comece a transformar você.

“Fui  eu”: Assuma  a  responsabilidade

A mulher da parábola, não culpou ninguém pela tragédia. Ela resolveu assumir a culpa. “Eu perdi, eu vou encontrá-la”. Analisando o texto bíblico, a postura dessa mulher foi coerente. É impossível que um valor perdido seja responsabilidade apenas de uma pessoa. Temos que assumir que o problema familiar tem um nome: “EU”.

Humilhe-se  para  fazer  mudanças (Ef 4:2 e Lc 6:27)

A mulher da parábola varreu a casa diligentemente. Pra limpar a sujeira da casa é preciso varrer**.

Quem se humilha, está protegido, tem beleza, é forte e flexível e se torna invencível.

Valorize  os  pequenos  detalhes

A Mulher da parábola, enquanto varria a casa, observava minuciosamente em cada canto e em cada fresta dos aposentos. Os móveis eram afastados, tapetes eram erguidos, enfim verificava os detalhes. Dê importancia aos detalhes do seu relacionamento.

Não  aceite  o  “caos”  como  natural

Não se conforme com a tragédia, saiba que Deus está mais interessado em

restaurar seu relacionamento familiar do que você mesmo. Não desistam, perserverem. Vocês encontrarão a dracma perdida.

Vença  o  desconforto  da  mudança

Para procurarmos um valor perdido, precisamos varrer, e isto “levanta o pó”, “ataca a rinite”, causa desconforto. Mas é preciso vencer a barreira da dor e mexer na ferida para curá-la definitivamente, sem deixar sequelas.

CONCLUSÃO

Muitos estão perdendo valores por não acenderem a candeia, por não aplicarem a Palavra de Deus em suas vidas, por não assumirem uma postura de humildade diante das circunstâncias e por não empreenderem esforços para buscar uma solução. A casa simboliza o coração humano. Talvez a sua casa esteja mal iluminada e suja. Limpem toda a sujeira, peçam ao Senhor que lhes dêem graça, que vocês encontrem a dracma perdida e comemorem com grande festa espiritual, a vitória dada por Deus.

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