sábado, 24 de março de 2012

O Casamento Com o Qual Você Cresceu

Como o casamento dos seus pais afeta o seu próprio casamento

Na época em que nos casamos, meus pais já estavam casados por 35 anos, e os do meu marido, por 25. Esse dois lares de origem eram felizes, e aumentaram muito a possibilidade de que nosso próprio casamento também fosse feliz. Tínhamos instintivamente aprendido padrões de comportamento que tinham funcionado bem para nossos pais, e não pensamos duas vezes ao aplicá-los ao nosso próprio casamento.
E esse foi o problema – meu marido estava me tratando como seu pai trata sua mãe, e eu estava respondendo como minha mãe responde ao meu pai.
O problema era que seu pai não era casado com a minha mãe. Os padrões que tínhamos trazido para nosso casamento eram excelentes – mas eles pertenciam a nossos pais. Se tivessem que funcionar para nós, teriam que ser adaptados, para se tornarem apropriados para nossas personalidades, nosso relacionamento, nossa maneira de fazer as coisas.

A União de Seis Pessoas

Francine Klagsburn, autora do livro Pessoas Casadas: Permanecendo Juntas em Tempos de Divórcio, diz: “De nossas famílias… trazemos as idéias sobre como homens e mulheres devem agir no casamento, obtidas à partir de anos de observação de nossos pais e dos papéis que os dois exerciam um para o outro.

As tradições familiares são pontos de conflito a cada dia. Numa época de Natal, a família dela poderia abrir os presentes na noite do dia 24, a dele, na manhã do dia 25. A família dele sempre ia à igreja nos cultos de natal, a dela preferia ficar cantando em casa os hinos natalinos. … A família dele comia a janta de Natal à meia noite, a dela, às oito da noite. A família dela servia pato assado e pudim de ameixa; a dele servia peru assado e panetone. A família dele se reunia no Sul, e esperava que todos estivesse ali. A dela, se reunia no norte, e esperava que todos estivessem ali. É uma série de conflitos pequenos, que no montante se transformam numa imensidão.

Infelizmente, muitos casais não percebem que seus desentedimentos frequentemente dizem respeito mais com tradições familiares diferentes do que a questões de certo e errado. Além disso, muitos deles podem ter o sentimento de nostalgia ao pensar nas tradições familiares.

Resolvendo Conflitos

Uma das áreas mais difíceis de se lidar com as diferenças de tradições é a área de resolução de conflito.

Os conflitos podem ocorrer em quase qualquer área de atuação. Se a mãe dele e o pai dela sempre levavam o lixo para fora, a cozinha vai ficar com lixo até a altura do joelho antes que os dois se sentem para estabelecer um acordo sobre isso. Se os pais dela frequentemente assumiam dívidas a fim de oferecerem presentes generosos um ao outro, e os pais dele não compravam nada a não ser que tivessem o dobro do dinheiro em mãos, ela pode se perguntar frequentemente se ele realmente a ama, e ele pode ficar constantemente com medo da ruína financeira.

O casamento tem mais probabilidade de ser bem sucedido apesar das diferenças por duas importantes razões. Primeiro, se ambos vierem de famílias nas quais o compromisso era levado a sério. Segundo, se conseguirem se comunicar bem um com o outro.

Ainda na questão de conflitos, Klagsburn afirma: “A intensa proximidade do casamento desperta os sentimentos de raiva ou conflitos que experimentamos com nossos pais, que foram as únicas outras pessoas em nossa vida com quem tivemos tal proximidade”.

Aprendendo Lições Erradas
Nunca é fácil unir dois casamentos diferentes numa nova relação harmoniosa. Para alguns casais isso é especialmente difícil porque um ou ambos os casamentos dos pais viviam em conflitos sérios.

Deixando o Passado para Trás

Independente se o casamento de nossos pais foi um sonho ou um pesadelo, isso afeta nossos próprios relacionamentos. Mas isso não quer dizer que nosso destino está selado. Há maneiras de ir além das fraquezas dos nossos pais e melhorar os pontos fortes deles, maneiras de mudar nossas próprias reações não apropriadas para maneiras mais construtivas de se relacionar.

O segredo para a mudança efetiva se divide em três partes:

Primeiro: É necessário percepção. Precisamos reconhecer as atitudes e ações que adotamos do casamento de nossos pais. Para alguns casais isso ficará muito evidente; para outros, é necessário um longo tempo de aconselhamento para descobrir as reais razões do comportamento.

Segundo: Demanda uma decisão firme e inabalável. Isso pode significar a resolução de mudar certos comportamentos auto-destrutivos ou, na verdade, cortar alguns laços. “Um homem deixa seu pai e sua mãe, e seu une à sua mulher”.

Finalmente: Exige-se um trabalho duro. Mudar o padrão de comportamento de uma vida nunca é fácil, e os resultados podem aparecer lentamente.

Klagsburn diz que “nos casamentos que perduram, o passado nunca desaparece completamente do presente, mas as imagens e padrões familiares que cada parceiro traz para o casamento se transformam… à medida que o tempo passa, mais e mais das atitudes reais, da vida real, ocorre dentro da família, moldando-a para ser uma nova família”.

É claro que naquele momento, passamos nossas tradições para nossos filhos – e o ciclo é reiniciado.

REFERÊNCIA: NEFF, LaVonne. The Marriage You Grew Up With, Partnership Magazine, September-October, 1987.

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