quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

A Lua de Mel Acabou

Os especialistas em comunicação afirmam que as pessoas abordam os conflitos de maneiras diferentes. Alguns atuam agressivamente para deixar bem claro que posição tomam no conflito. Outros evitam a confrontação, e preferem não lidar com as diferenças. Ainda outros buscam soluções criativas para problemas interpessoais.

O conflito é uma parte inevitável da vida. Ele não é nem bom, nem ruim – ele apenas existe. O conflito pode nos deixar com o sentimento de que nosso gerador de força foi desligado.

Mas o conflito tem um lado positivo. É mediante o conflito que aprendemos mais sobre nossos sentimentos e atitudes. O conflito aumenta nossa percepção de nossas próprias crenças e nos dá uma oportunidade de ouvir as convições dos outros. Ele gera mudança e estimula o crescimento. E quando lidamos de maneira apropriada com o conflito, ele freqüentemente cria laços de solidariedade.

Os psicólogos têm identificado quatro maneiras específicas pelas quais as pessoas respondem aos conflitos. Todas a quatro respostas são úteis em algumas situações. Nossa eficiência em lida com um conflito depende do que é exigido pela situação e de quão apropriada é nossa resposta. Aprender quando certas reações são construtivas e quando são prejudiciais pode aliviar a tensão.


Recolher-se ou evitar o conflito é a reação que ocorre quando alguém pára de falar no meio da discussão. Algumas vezes a pessoa pode mesmo sair da sala. Em alguns casos, evitar o conflito pode acabar piorando as coisas.

Contudo, há momentos quando evitar o conflito pode ser útil. Por exemplo, quando há questões mais importantes para resolver, pode ser melhor ignorar as diferenças insignificantes.

Evitar o conflito também pode ser útil em momentos de tensão e em discussões muito acaloradas. Nessas, os participantes precisam se acalmar e recuperar o pensamento claro ou a compostura. A cabeça quente não pensa direito. Quando isso acontece, espere um pouco, e permita-se “pedir tempo” para estabilizar suas emoções.

Mais importante ainda é ficar de fora do campo de batalha até que você tenha compreendido todos os fatos. Pergunte a si mesmo: “Qual é a natureza de nossas diferenças? Quais são as razões? É importante saber porquer você está indo para o campo de batalha antes de empunhar suas armas.

O conflito freqüentemente é resolvido quando uma pessoa se acomoda ou abre mão da opinião. O casamento é uma grande escola para o aprendizado dos benefícios da acomodação.

O acomodação também é útil quando uma questão é muito mais importante para a outra pessoa do que é pra você.

A competição pode incendiar o conflito. Sempre que um indivíduo briga por uma coisa que ele quer ou acredita, a competição está presente. Enquanto um espírito competitivo é apropriado em algumas frentes, os relacionamentos são melhores cultivados se a competição estiver ausente. No contexto de companheirismo, Deus nos chama para sermos o serviço humilde, não a competição orgulhosa. Ele nos instrui a cuidar de nossas atitudes quando interagimos com os outros: “Nada faças por partidarismo ou vanglória, mas por humildade, considerando cada um os outros superiores a si mesmo”.

Quando as atitudes competitivas não são evitadas, os aliados desaparecem ou se tornam inimigos.

Quando as pessoas escolhem colaborar uma com a outra, elas trabalham para alcançar um objetivo, mesmo durante o conflito. Um colaborador vê as diferenças como experiências e oportunidades de aprendizado para o ganho mútuo. Em termos bíblicos, a colaboração é um processo de “cuidar dos próprios interesses, bem como dos interesses dos outros” (Fp. 2:4, parafraseado).

A colaboração não é necessariamente a resposta final para o conflito. É preciso tempo e energia – recursos nem sempre abundantes para a maioria de nós. Os problemas triviais geralmente não exigem colaboração: Por exemplo, gastar 30 minutos decidindo se o suco a ser servido é TANG ou KiSuco é um tema que não vale a pena o esforço. Lembre-se de sempre guardar suas energias para situações mais importantes.

Durante o passar dos anos, tenho visto que o conflito é uma maneira de trazer a tona o que há de melhor em mim e em meus amigos. “Como o ferro com o ferro se afia, assim, o homem, ao seu amigo” (Pv. 27:17). Durante o processo de atrito contra o caráter singular de outra pessoa, minha vida é afiada e as rusgas são removidas. Durante o conflito, tenho o privilégio de aprender novas perspectivas de mim mesmo, além de ganhar mais sabedoria.

Sempre haverá pessoas que não terão a mesma visão que nós. E isso não é problema. Mas, quando vamos de encontro às idéias de outras pessoas, precisamos nos lembrar do lado positivo disso. O conflito pode ser útil para nós – se trabalharmos com ele.

REFERÊNCIA: VREDEVELT, Pam Walker. The Honeymoon is Over. Partnership Magazine, September-October, 1987.

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