quarta-feira, 16 de novembro de 2011

A Igreja de Cristo e a Restauração Familiar


“(…) Os filhos das trevas são mais prudentes na sua geração do que os filhos da luz” (Lucas 16:8).

Costumo dizer que se não houvesse notícia no mundo de nenhuma restauração familiar realizada por DEUS; se também não houvesse ministérios, pastores, irmãos que acreditassem no processo de restituição familiar; eu ainda assim acreditaria de toda a minha alma que o casamento para DEUS é um só e que, sendo assim, ELE é o maior interessado em consertar o que antes se fez errado.
Algum leitor cristão poderia me argumentar: mais essa é uma questão de fé, ótica pessoal; podendo uns creem dessa forma e outros não. É verdade. Essa é a minha fé em relação ao que DEUS pensa e quer para as famílias do mundo. É por ela que serei julgado; e não estou nem um pouco temeroso por isso. Digo e repito amparado na Santa Palavra: CASAMENTO PARA DEUS É UM SÓ! Mas há os que também se dizem cristãos que creem que podem, com o apoio de DEUS, se divorciar dos seus cônjuges e contraírem um segundo casamento, estando o primeiro marido ou esposa ainda vivos.

A fé dos cristãos deveria ser apenas uma (“há um só Senhor, uma só fé e um só batismo”. Efésios 4:5); e não uma fé repartida, dividida, como é a fé dos que estão perdidos no mundo. Se há várias fés, apenas uma nos levará ao céu, porque, de fato, só existe uma fé e uma doutrina verdadeiras. Uma pessoa pode crer na existência de vários caminhos que a conduzirá ao Reino de DEUS, mas JESUS foi enfático nessa questão: ”Eu sou o caminho, a verdade e a vida, ninguém vem ao Pai senão por mim” (João 14:6). Ou seja, JESUS não anulou a possibilidade de existirem uma infinidade de crenças pelo mundo, muitas até que citam o Nome DELE; mas DEUS irá julgar a humanidade por aquilo que ela acreditou ser verdade. A fé que estiver de acordo com a Palavra, fiel aos conselhos de CRISTO, levará o indivíduo à salvação. A que não estiver fiel aos princípios cristãos, conduzirá à perdição. “De maneira que cada um dará conta de si mesmo a Deus” (Romanos 14:12).

A luta pela restauração de uma família se dá a partir de três pontos os quais considero essenciais: 1) porque eu creio que para DEUS casamento é apenas um; 2) que reconheço diante de DEUS e para o cônjuge que errei e contribuí para que algo desse errado em meu casamento; 3) que DEUS perdoa e é todo poderoso para fazer novas todas as coisas em meu casamento. Portanto, quem não luta pela restauração da sua família é porque não acredita em nenhum dos pontos acima levantados e deseja viver pela sua própria vontade.

Querer o casamento restaurado, a família restituída, deveria ser um alvo primeiro, um marco, um motivo de glória e honra no meio do povo cristão. Denominações cristãs, líderes evangélicos, dogmas, deveriam dar às costas aquilo que é comum ao mundo em termos de família e serem os principais incentivadores incondicionais da restauração familiar. É comum as pessoas do mundo se darem em casamento; e, logo por qualquer motivo que consideram relevante, separarem, divorciarem e se casarem pela segunda, terceira, quarta e até mais vezes. Repito: isso é comum para quem está no mundo; para quem não é nascido em CRISTO JESUS e não guarda os seus mandamentos. Quem cria essa bagunça familiar é satanás na vida dos que não querem olhar para CRISTO e obedecê-LO. As atitudes das igrejas deveriam ser radicalmente contrárias às práticas mundanas. Deveria, mas a realidade é tristemente diferente disso. É muito mais fácil uma pessoa, que sofreu com a destituição de sua família, encontrar outras mundanas, incentivando a lutar pela restauração familiar, a não desistir; do que pessoas que levam consigo o nome de DEUS. Também é muito fácil e comum encontrarmos lideranças totalmente despreparadas para lidar com os sérios problemas conjugais que se surgem na vida de uma pessoa cristã. Sem preparo nem conhecimento bíblico, ouvimos de muitas lideranças evangélicas conselhos do tipo: “seja feliz, procure outro homem”; “ele não tem mais jeito”; “se ele não quer, Deus não vai trazê-lo de volta”; “essa mulher não te merece, siga sua vida com outra pessoa”; “ela te traiu, quebrou a aliança com Deus, não tem mais jeito”; e outras coisas do gênero. O cristão diz acreditar em DEUS, mas ao mesmo tempo limita a capacidade DELE de agir, de realizar. É como se DEUS tivesse poder para curar um cego, fazer um coxo andar, abrir portas de emprego, mas não tivesse, por exemplo, o mesmo poder para restaurar uma família, trazer um marido ou uma esposa de volta para o seu verdadeiro lar.

É certo que o ser humano é livre para fazer ou tomar a atitude que quiser. Como é certo também que foi o próprio DEUS que deu a ele essa liberdade. Mas a liberdade humana, concedida por DEUS, não anula, não é igual nem superior aos propósitos de DEUS. E o maior propósito de DEUS, depois da salvação de vidas, é o de restaurar os lares que ELE um dia uniu e abençoou. Os homens, ao longo do tempo, criaram meios para tentar destruir aquilo que DEUS criou. As leis são os maiores exemplos disso. Há leis que autorizam o aborto, leis que dão direito à pessoa se divorciar e se casar outra vez (tornando-a adúltera para JESUS), até leis que fazem o “casamento” (para DEUS isso nunca foi nem será casamento) entre pessoas do mesmo sexo. Tais leis colocam o homem mais distante dos propósitos de DEUS para a salvação de sua vida e o faz viver de acordo com os seus preceitos e vontades. Mas a lei de DEUS nos ensina exatamente o contrário: que devemos morrer para as nossas vontades, diminuirmos, para que CRISTO habite em nós.

A igreja vai na contramão daquilo que professa como fé, do que está escrito na Bíblia Sagrada. É uma profunda, dolorosa e amarga contradição. Lideranças que ensinam o homem a ser feliz em seu próprio querer, buscando e seguindo as suas próprias ambições, ainda que tenha, com isso, que passar por cima dos conselhos de CRISTO. O tipo de ensinamento que vejo por aí é exatamente assim: “faça o que acha que é certo, que Deus será misericordioso com você”. Um conselho simples e aparentemente correto. As misericórdias de DEUS nos levam a nos reconhecer pecadores, abandonarmos o pecado e a obedecermos a Santa Palavra. Não me dá o direito de permanecer no erro. Se eu sei que estou no erro e não quero abandoná-lo, a misericórdia de DEUS não se fará presente em minha vida: “O que encobre as suas transgressões nunca prosperará; mas o que as confessa e deixa alcançará misericórdia” (Provérbios 28:13). Essa é a verdade que deve ser ensinada.

O ser humano ama procurar meios que possam justificar os seus atos falhos. E ele os encontra exatamente na igreja, com o apoio e o consentimento dos que foram chamados por DEUS apenas para ensinar a Verdade, doa em quem doer. A igreja parece que existe apenas para passar a “mãozinha” sobre a cabeça de quem insiste em permanecer no erro, especialmente se essa pessoa tiver um dízimo interessante. Observe o que está escrito no livro do profeta Ezequiel: “se eu disser ao ímpio: ó ímpio, certamente morrerás; e tu não falares para desviar o ímpio do seu caminho, morrerá esse ímpio na sua iniquidade, mas o seu sangue eu o derramarei da tua mão. Mas, quando tu tiveres falado para desviar o ímpio do seu caminho, para que se converta dele, e ele não se converter do seu caminho, ele morrerá na sua iniquidade, mas tu livraste a tua alma” (33:8-9). O que entendo disso? Que jamais poderei deixar um rebelde, desobediente, morrer em seus pecados, sem mostrar para ele que aquela atitude o levará à morte; pois, se assim eu agisse, DEUS cobraria de mim o sangue dele; e minha alma não estaria livre. O livro de Lucas também nos mostra um exemplo muito interessante da responsabilidade que temos sobre o outro: “o servo que soube a vontade do seu senhor; e não se aprontou, nem fez conforme a sua vontade; será castigado com muitos açoites. Mas o que não a soube, e fez coisas dignas de açoites, com poucos açoites será castigado. A qualquer que muito for dado, muito se lhe pedirá, e ao que muito se lhe confiou muito mais se lhe pedirá” (12:47-48). Tiago nos alerta: “aquele, pois, que sabe o bem que deve fazer e não o faz, comete pecado” (4:17). Em sua Primeira Epístola João adverte: “aquele que diz: eu conheço-o e não guarda os seus mandamentos é mentiroso, e nele não está a verdade” (2:4). Quantos hipócritas e mentirosos estão em nosso meio!

Grande será o julgamento para aqueles que foram chamados para fazer e ser a diferença nesse mundo e não fazem nem são! Aqueles que incentivam a separação dos casais e que são a favor do divórcio e do segundo casamento de pessoas divorciadas. Os mesmos líderes, que não ensinam as suas ovelhas o caminho que verdadeiramente devem andar, são aqueles mesmos que afirmam “não tem mais jeito. Desista! Parta para outra pessoa; você merece é ser feliz”. Eu pergunto: que felicidade é essa que conduz a pessoa à destruição da sua alma?

Certa vez, um cristão, em uma cantina de uma faculdade, estava aconselhando uma moça ímpia a não desistir do seu marido, do casamento que estava em crise. Com muita fé, mostrou-lhe o que DEUS pensa a respeito. A moça estava muito feliz ao ouvir tudo aquilo, quando, de repente, aproxima-se uma cristã para participar da conversa. A primeira coisa que saiu da boca da cristã como conselho para a moça ímpia foi “desista do seu marido! Deus não vai mudar a vontade dele se ele não quiser!”. É triste, mas foi verdade! Uma cristã, que nasceu para ajudar o cego a enxergar, contribui mais e mais para o abismo dele. Nosso DEUS afirmou: “O meu povo é destruído porque lhe falta o conhecimento. Porque tu rejeitaste o conhecimento, também eu o rejeitarei como meu sacerdócio; visto que te esqueceste da lei do teu Deus, também eu me esquecerei de teus filhos. Quanto mais eles se multiplicaram, tanto mais contra mim pecaram; eu mudarei a sua honra em vergonha. Alimentam-se do pecado do meu povo, e da maldade dele têm desejo ardente. Por isso, como é o povo, assim será o sacerdote. Castigá-lo-ei pelos seus caminhos, e lhe darei a recompensa das suas obras. Comerão, mas não se fartarão; entregar-se-ão à luxúria, mas não se multiplicarão, porque deixaram de olhar para o Senhor” (Oséias 4:6-10).

Se a sua liderança ignora ou distorce os ensinamentos de DEUS para as famílias, mostre a verdade para ela na Sagrada Escritura. Se ela permanecer endurecida em sua soberba e ignorância, afaste-se da tal, e procure outra liderança responsável com a Palavra de DEUS. Mas não se junte nem seja participante dos erros com ela.

Na glória de DEUS só entrarão santos, pessoas que se deram apenas a um casamento, ou a dois, se tiveram se tornado viúvas. Adúlteros não herdarão o Reino de DEUS! Por isso, lutar pela restauração da sua família se faz tão importante; não somente porque dela faz parte a sua salvação, mas também para que o mundo saiba o quanto o Nosso DEUS é infinitamente Poderoso para mover as águas e executar a Sua soberana e perfeita vontade! DEUS nos abençoe!                

FERNANDO CÉSAR 

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