Orgasmo – Como Descrevê-lo?
Ninguém melhor do que a Dra. Marie Robinson, uma psiquiatra, casada, cuja maioria dos seus clientes são mulheres, para dar uma definição convincente. Ela descreve o orgasmo feminino da seguinte forma:
Por que Algumas Mulheres não Sentem Prazer Sexual?
Nunca compreendi muito bem o que é orgasmo.
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Segundo inúmeras mulheres com quem já debati essa experiência, o prazer é causado mais pela sensação de ter a vagina ocupada ou pela pressão e fricção na superfície posterior. No momento de maior tensão muscular, todas as sensações parecem receber um impulso para cima. A mulher experimenta esta tensão em um grau tão elevado que lhe parece ser impossível mantê-la por mais tempo. E realmente o é, pois aí então ela é dominada por uma série de espasmos musculares.
Estes espasmos ocorrem no interior da vagina, produzindo nela ondas de intenso prazer. Essas ondas se transmitem para o corpo todo, simultaneamente: no tronco, rosto, braços e pernas – e até na planta dos pés. Esses espasmos que sacodem o corpo todo, convergindo na vagina, representam e constituem o verdadeiro orgasmo.
Nesse momento, a cabeça se encurva para trás e a extremidade pélvica como que se volta para diante e para o alto, numa tentativa de obter maior penetração possível do pênis. Esses espasmos duram alguns segundos na maioria das mulheres, embora essa duração varie de pessoa para pessoa, e em algumas delas possam chegar a um minuto ou mais, conquanto vão decrescendo de intensidade.
Muitas mulheres conseguem repetir isso duas ou três vezes antes que o companheiro atinja o orgasmo. Neurológica e psicologicamente, está aberto o caminho para outro orgasmo, e se o marido continuar com a ativação, ela poderá agir adequadamente. Já ouvi de algumas mulheres que o último orgasmo, por vezes, é mais intenso e satisfatório que o primeiro.
Assim que a mulher se satisfaz nessa experiência orgástica, ela relaxa a tensão muscular e neurológica acumulada durante o período de preparação. Quando alcança satisfação completa, sua movimentação cessa, e pouco depois a pressão sangüínea, a pulsação, a secreção glandular, a tensão muscular e todas as modificações físicas que ocorrem e caracterizam o excitamento sexual, voltam às condições normais, ou até sub-normais.
Tendo havido estudos detalhados das reações físicas, tanto dos homens quanto das mulheres, durante o ato sexual, creio ser importante entender que, dos menores detalhes até os orgasmos, as reações e as experiências subjetivas do prazer são paralelas nos dois sexos. As diferenças dignas de notas são que a mulher reage mais lentamente que o homem ao estímulo externo, e o orgasmo masculino é caracterizado pela ejaculação do líquido seminal no interior da vagina.
A plena satisfação sexual é seguida de um estado de calma total. O corpo sente-se absolutamente sereno. Psicologicamente a pessoa sente completamente satisfeita, em paz com o mundo e com tudo o que há nele. A mulher, em particular, sente-se mais amorosa para com o companheiro que lhe proporcionou tanto gozo e lhe deu esse arrebatamento de êxtase. Muitas vezes, ela deseja abraçá-lo durante algum tempo e permanecer um pouco mais ao “clarão” que vai se apagando. Sem dúvida, com esta descrição, podemos dizer que o orgasmo é um experiência singular, fortíssima. Não existe outra experiência fisiológica ou psicológica que se compare à sua intensidade extasiante ou ao tremendo prazer que proporciona.
Uma das perguntas que muitas mulheres fazem, é se podem ter mais de um orgasmo durante a relação. A resposta é sim. O corpo da mulher foi projetado por Deus para ser multiorgástico. Porém, para que a esposa desfrute desta plenitude, todos os fatores de amor e consideração devem estar presentes e é imprescindível que haja estimulação adequada. Sendo assim ela poderá ter quantos orgasmos desejar. Existem algumas barreiras à multiplicidade do orgasmo, duas das quais são, as inibições e a falta de estimulação suficiente. Marido e mulher devem, a cada dia, se preocupar com o crescimento da qualidade do ato sexual. Há um texto em Cantares de Salomão que nos incentiva a tornar a experiência da sexualidade rica e prazerosa:
Eu sou do meu amado, e ele me tem afeição. Vem, ó amado meu, saiamos ao campo, passemos as noites nas aldeias.
Levantemo-nos de manhã para ir às vinhas, vejamos se florescem as vides, se já aparecem as tenras uvas, se já brotam as romãzeiras; ali te darei os meus amores. As mandrágoras exalam o seu perfume, e às nossas portas há todo o gênero de excelentes frutos, novos e velhos; ó amado meu, eu os guardei para ti (Ct. 7:10-13).
Pastor Josué Gonçalves
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