quinta-feira, 18 de agosto de 2011

Aprendendo Sbre Fmília Com o Pai do Filho Pródigo - parte 1


 Nada é mais gratificante para um pregador do que saber que uma vida foi transformada por Deus ao ouvir uma de suas mensagens.
Quando preguei o sermão, "Aprendendo sobre família com o Pai do Filho Pródigo", num congresso no Estado do Rio de Janeiro, pude ver uma multidão sendo tocada poderosamente pelo Espírito Santo. Foi a partir daí que nasceu a idéia deste livro; para que milhares de outras pessoas e famílias fossem alcançadas. O meu desejo é que até o fim da leitura desta mensagem, o leitor seja envolvido pela mesma glória que nos envolveu naquele dia, marcando nossas vidas para sempre.
É bem provável que você já tenha lido, uma ou mais vezes, a Parábola do Filho Pródigo. Porém, hoje, vamos fazer uma leitura diferente, buscando extrair o máximo que pudermos de lições que nos levará a experimentar uma dimensão de vida em família que ainda não experimentamos. Lembre-se: o segredo para crescer está no desejo de mudar. As mudanças param quando as pessoas deixam de aprender. Não foi por acaso que Jesus disse: "... aprendam de mim, pois sou manso e humilde de coração, e vocês encontrarão descanso para as suas almas" (Mt 11.29, grifo do autor). Nenhuma outra parábola contada por Jesus ensina tanto sobre família como essa. Estudá-la é dessedentar a alma numa fonte inesgotável de lições.
Os mestres ensinam contando histórias...
Jesus nunca ensinou de forma sistemática e específica sobre o tema "Família". Ao ler os Evangelhos, não encontramos nenhum estudo, como os do apóstolo Paulo, sobre relacionamento FAMILIAR; porém, tudo o que Jesus ensinou são princípios imprescindíveis e aplicáveis a todas as áreas da vida, inclusive para se construir relacionamentos saudáveis, sejam eles apenas as de um casal, sejam eles as de uma família inteira.
Como Mestre por excelência, Jesus contou muitas parábolas para ensinar lições do Reino aos seus discípulos. Contar estória sempre foi um método pedagógico muito eficiente porque as pessoas aprendem e, com facilidade, memorizam o que aprenderam. A maior prova disso é que já se passaram mais de dois mil anos e, até hoje, as crianças, os jovens, os adultos ainda aprendem com as parábolas de Jesus. Na verdade, a Bíblia é um Livro de parábolas, histórias, pensamentos e provérbios.
Eu sempre gostei de ouvir e contar estórias para os meus filhos; e isso contribuiu muito para que eles aprendessem princípios que estão bem firmados no seu coração. Os pais deveriam gastar mais tempo contando parábolas ou até mesmo a sua própria história aos seus filhos.
O Dr. Augusto Cury, em seu livro "Pais brilhantes e professores fascinantes", diz que: "Os pais brilhantes são agradáveis contadores de estórias. Esse hábito dos pais contribui para desenvolver criatividade, inventividade, perspicácia, raciocínio esquemático e capacidade de encontrar soluções em situações tensas".
O adulto que, quando criança e,ou jovem cresceu ouvindo estórias ou histórias dos pais, dos avós e dos professores guardam isso com muita firmeza em suas mentes.
Spurgeon, que foi considerado o "príncipe dos pregadores" do seu tempo, dizia: "Um sermão, sem algumas estórias para ilustrar, é como um prédio construído sem janelas".
Era fácil compreender o que Jesus ensinava por causa das parábolas que Ele contava. Seja você também um educador, um mestre na arte de contar estórias para os seus amigos, cônjuge, filhos e alunos, com o propósito de ensinar.
A mais linda de todas as parábolas!
Ao construir a Parábola do Filho Pródigo, Jesus talvez tivesse em mente um pai e dois filhos que Ele conhecia muito bem.
George Murray disse: "Essa é uma parábola que permanece incomparável dentro de toda a literatura. É a narrativa mais divinamente terna e mais humanamente tocante, jamais contada na terra". Charles Dickens referiu-se a ela como "a melhor das pequenas narrativas jamais escritas". Quando fazemos uma leitura mais minuciosa e abrangente, percebemos que essa parábola tem três níveis: a rejeição do lar, a volta ao lar e a recepção na chegada ao lar.
Dois pedidos diferentes foram feitos pelo "filho pródigo". No primeiro, ele diz: "dá-me"; e, no segundo, "faze-me, recebe-me".
De acordo com a lei judaica, caso existissem dois filhos, o mais velho receberia duas porções; e o mais moço, um terço de todos os bens móveis. O filho mais moço tinha o direito de fazer o que quisesse com sua parte da herança, mas não tinha qualquer direito legal de exigir sua parte na herança, enquanto seu pai continuasse vivo. Essa parte da herança poderia ser-lhe dada pela graça e pela vontade livre do seu pai; e o filho só poderia pedir isso como um favor, e não como algo que lhe fosse devido por lei. É bom lembrar que o sistema de família naquela época era o sistema patriarcal. O pai era soberano, tudo girava em torno do seu governo.
Existe família perfeita, sem problemas?
                         (Amanhã Parte2)    

Pr. Josué Gonçalves

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