Como conviver com uma pessoa briguenta
Não sei por que, tenho a impressão de que Salomão estava falando de sua própria experiência quando afirmou que “a esposa briguenta é como um dia triste em que a chuva não pára de cair. O que é que você pode fazer para que ela fique calada?” (Prov. 27:15 e 16). Coitado do Salomão, com tantas mulheres, deve ter sofrido com mais de uma! E ele não disse, mas é lógico que existem também maridos briguentos. E não é nada fácil conviver com pessoas assim, sejam elas o esposo, a esposa, a sogra, ou aquela nora ou genro caídos do Céu...
Agora, uma pergunta importante a fazer é: Por que essa pessoa briga tanto? Normalmente alguém briga para defender algo ou alguém. E se esse é o caso, a que ou de que está se defendendo? Se você convive com uma pessoa briguenta, a primeira coisa a fazer é descobrir se, por acaso, mesmo sem perceber, você não a está atacando. Existe a possibilidade de que essa pessoa se sinta molestada sem que tenha havido de sua parte uma real intenção de agredi-la.
Outra possibilidade é o fato de que muita gente se defende mesmo é das miragens de agressões que imagina estar sofrendo. (Se este é o seu caso, dificilmente você vai saber, porque para quem as têm, essas miragens parecem ser extremamente reais!) Essas pessoas, supercriativas, normalmente têm auto-estima tão baixa e uma sensação de culpa tão grande, que estão sempre imaginando que outros estão invadindo seu espaço, descobrindo seus defeitos ou as acusando de alguma coisa errada. E então se defendem dessas ilusões com unhas e dentes. E quem não teve a intenção de atacar, e muitas vezes nem atacou mesmo, fica ressentido e pode acabar devolvendo a agressão, fechando-se o círculo da miséria e engrossando o pirão! No livro Mente, Caráter e Personalidade, vol. II, pág. 649, Ellen G. White, de maneira inspirada, descreve este mecanismo acrescentando um dado muito importante – um inimigo está interessado em tudo isso:
“Os que amamos falarão ou agirão talvez inadvertidamente, o que nos poderia ferir muito fundo. Não era sua intenção fazer isto, mas Satanás amplia-lhes as palavras e atos em nossa mente, disparando assim um dardo de sua aljava para ferir-nos. Retesamo-nos para resistir àquele que julgamos nos ter ofendido e, assim fazendo, estimulamos as tentações do inimigo. Em vez de orar a Deus pedindo força para resistir a Satanás, permitimos que nossa felicidade seja prejudicada com o tentar colocar-nos na defesa do que chamamos 'nossos direitos'. Concedemos assim dupla vantagem ao adversário. [1] Agimos em harmonia com nossos sentimentos ofendidos, e Satanás [2] serve-se de nós como instrumentos para ferir e afligir aqueles que não nos pretendiam ofender.” (Grifo nosso)
Como diz o texto, colocar-se sempre na defensiva é conceder dupla vantagem ao inimigo: agimos de modo inapropriado (o que é pecado) e ainda somos usados como instrumentos de Satanás para ferir aos outros de volta. Baseado nesse texto, chego a pensar que se você acha que está convivendo com uma pessoa briguenta, é bem provável que ela também pense o mesmo. Talvez você não concorde com essa opinião dela porque dificilmente alguém é capaz de discernir esse mecanismo atuando em si mesmo ou em suas relações. Fica muito mais fácil olhar para fora do que para dentro de nós mesmos. Mas já que ninguém briga sozinho, quem é realmente o(a) brigão(ona)? Muitas vezes, o problema está tão grande, que já nem se sabe mais quem começou ou como tudo começou. E, no fundo, não interessa mesmo. O que importa é que, a partir de você, existe um jeito de lidar com isso, porque Deus não apenas nos ensina a como deixar de ser brigões mas também a conviver com eles, se for preciso, e ainda sermos felizes. Se andamos com Deus e começamos o dia com Ele, nossa felicidade não pode mesmo vir daqui de baixo.
De acordo com Pedro (I Ped. 2:21-23), Cristo nos deixou exemplo para seguirmos os Seus passos. Ele nunca deixava que o erro dos outros fosse desculpa, e por isso nunca saía algo inapropriado de Sua boca. “Quando foi insultado, não respondeu com insultos. Quando sofreu, não ameaçou, mas pôs a Sua esperança em Deus, o justo Juiz”, até porque só Ele, o Juiz, pode saber o que realmente está acontecendo.
Quando a Bíblia diz que Ele não respondia às ameaças e aos insultos, não quer dizer que Jesus “dava gelo” ou lançava olhares de desprezo ou mesmo de superioridade. Seu silencio também não era subserviente, mas nobre, majestoso, respeitoso e, sobretudo, amoroso, perdoador! Até Seus olhos transmitiam o perdão que Ele sempre tinha para dar, mesmo antes que os outros pedissem ou precisassem. E recebia essa habilitação do Céu, a cada manhã, quando era despertado e tomava tempo para ouvia a voz de Deus, através de Sua Palavra. Então, segundo o que está escrito em Isaías 50:4 e 5, Ele sabia como dar uma boa palavra ao cansado.
Agora, para que possamos agir do mesmo modo, e ainda gostarmos disso, é necessário que antes aconteça uma transformação da natureza, do coração. Mas isso não acontece simplesmente por esforço de nossa parte. Estou falando de um milagre mesmo! E esse milagre começa a acontecer aos poucos, devagarzinho, quando, imitando a Jesus, tomamos tempo diariamente para orar, meditar e ler a Bíblia em busca de intimidade com o Senhor Jesus. Quando isso acontecer em sua vida, pelo menos você já deixou de ser um briguento ou uma briguenta. E, então, como diz o ditado, “quando um não quer, dois não brigam.”
Pr. Marcos Bomfim,
Agora, uma pergunta importante a fazer é: Por que essa pessoa briga tanto? Normalmente alguém briga para defender algo ou alguém. E se esse é o caso, a que ou de que está se defendendo? Se você convive com uma pessoa briguenta, a primeira coisa a fazer é descobrir se, por acaso, mesmo sem perceber, você não a está atacando. Existe a possibilidade de que essa pessoa se sinta molestada sem que tenha havido de sua parte uma real intenção de agredi-la.
Outra possibilidade é o fato de que muita gente se defende mesmo é das miragens de agressões que imagina estar sofrendo. (Se este é o seu caso, dificilmente você vai saber, porque para quem as têm, essas miragens parecem ser extremamente reais!) Essas pessoas, supercriativas, normalmente têm auto-estima tão baixa e uma sensação de culpa tão grande, que estão sempre imaginando que outros estão invadindo seu espaço, descobrindo seus defeitos ou as acusando de alguma coisa errada. E então se defendem dessas ilusões com unhas e dentes. E quem não teve a intenção de atacar, e muitas vezes nem atacou mesmo, fica ressentido e pode acabar devolvendo a agressão, fechando-se o círculo da miséria e engrossando o pirão! No livro Mente, Caráter e Personalidade, vol. II, pág. 649, Ellen G. White, de maneira inspirada, descreve este mecanismo acrescentando um dado muito importante – um inimigo está interessado em tudo isso:
“Os que amamos falarão ou agirão talvez inadvertidamente, o que nos poderia ferir muito fundo. Não era sua intenção fazer isto, mas Satanás amplia-lhes as palavras e atos em nossa mente, disparando assim um dardo de sua aljava para ferir-nos. Retesamo-nos para resistir àquele que julgamos nos ter ofendido e, assim fazendo, estimulamos as tentações do inimigo. Em vez de orar a Deus pedindo força para resistir a Satanás, permitimos que nossa felicidade seja prejudicada com o tentar colocar-nos na defesa do que chamamos 'nossos direitos'. Concedemos assim dupla vantagem ao adversário. [1] Agimos em harmonia com nossos sentimentos ofendidos, e Satanás [2] serve-se de nós como instrumentos para ferir e afligir aqueles que não nos pretendiam ofender.” (Grifo nosso)
Como diz o texto, colocar-se sempre na defensiva é conceder dupla vantagem ao inimigo: agimos de modo inapropriado (o que é pecado) e ainda somos usados como instrumentos de Satanás para ferir aos outros de volta. Baseado nesse texto, chego a pensar que se você acha que está convivendo com uma pessoa briguenta, é bem provável que ela também pense o mesmo. Talvez você não concorde com essa opinião dela porque dificilmente alguém é capaz de discernir esse mecanismo atuando em si mesmo ou em suas relações. Fica muito mais fácil olhar para fora do que para dentro de nós mesmos. Mas já que ninguém briga sozinho, quem é realmente o(a) brigão(ona)? Muitas vezes, o problema está tão grande, que já nem se sabe mais quem começou ou como tudo começou. E, no fundo, não interessa mesmo. O que importa é que, a partir de você, existe um jeito de lidar com isso, porque Deus não apenas nos ensina a como deixar de ser brigões mas também a conviver com eles, se for preciso, e ainda sermos felizes. Se andamos com Deus e começamos o dia com Ele, nossa felicidade não pode mesmo vir daqui de baixo.
De acordo com Pedro (I Ped. 2:21-23), Cristo nos deixou exemplo para seguirmos os Seus passos. Ele nunca deixava que o erro dos outros fosse desculpa, e por isso nunca saía algo inapropriado de Sua boca. “Quando foi insultado, não respondeu com insultos. Quando sofreu, não ameaçou, mas pôs a Sua esperança em Deus, o justo Juiz”, até porque só Ele, o Juiz, pode saber o que realmente está acontecendo.
Quando a Bíblia diz que Ele não respondia às ameaças e aos insultos, não quer dizer que Jesus “dava gelo” ou lançava olhares de desprezo ou mesmo de superioridade. Seu silencio também não era subserviente, mas nobre, majestoso, respeitoso e, sobretudo, amoroso, perdoador! Até Seus olhos transmitiam o perdão que Ele sempre tinha para dar, mesmo antes que os outros pedissem ou precisassem. E recebia essa habilitação do Céu, a cada manhã, quando era despertado e tomava tempo para ouvia a voz de Deus, através de Sua Palavra. Então, segundo o que está escrito em Isaías 50:4 e 5, Ele sabia como dar uma boa palavra ao cansado.
Agora, para que possamos agir do mesmo modo, e ainda gostarmos disso, é necessário que antes aconteça uma transformação da natureza, do coração. Mas isso não acontece simplesmente por esforço de nossa parte. Estou falando de um milagre mesmo! E esse milagre começa a acontecer aos poucos, devagarzinho, quando, imitando a Jesus, tomamos tempo diariamente para orar, meditar e ler a Bíblia em busca de intimidade com o Senhor Jesus. Quando isso acontecer em sua vida, pelo menos você já deixou de ser um briguento ou uma briguenta. E, então, como diz o ditado, “quando um não quer, dois não brigam.”
Pr. Marcos Bomfim,
Ministério da Família
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