quinta-feira, 14 de julho de 2011

Brigas Típicas de Casais e Como Resolvê-las - Parte I

Brigas entre casais são constantes, mas muitas delas podem ser evitadas. A psicoterapeuta Graciela Moreschi dá dicas para uma convivência mais harmônica.

“Quando um não quer, dois não brigam”, já diz o velho ditado popular. Mas entre casais é difícil que não haja pelo menos uma discussão vez por outra. Por isso iniciaremos hoje uma série de matérias, onde a cada semana será tratado um tema relacionado às 10 brigas mais comuns entre os casais. Então, leia com atenção cada palavra para melhorar o seu relacionamento e evitar brigas.


A vida de um casal não é sempre harmônica. Os desencontros e as discussões se sucedem a cada minuto. Como abordar as diferenças de um modo inteligente e produtivo? A médica psicoteraupeta Graciela Moreschi nos dá as respostas.


- Quais são as 10 brigas mais comuns dos casais e como resolvê-las?
Para além das histórias pessoais e do tempo que levam juntos os casais, existe uma série de temas conflituosos que, no geral, são os mesmos: o dinheiro, a família do outro, os amigos, o tempo livre, os filhos, a carreira ou o trabalho, as fofocas, a intenção de controlar o outro, os detalhes e a mania de querer ter razão.


Para resolvê-los, temos que aprender certas ferramentas e atitudes:
• Saber o que um sente sem botar a culpa no outro.
• Aprender a impor limites.
• Ser assertivo (falar as coisas em primeira pessoa e afirmativamente).
• Ser flexível.
• Saber negociar sem se resignar nem tentar impor ao outro.


1- A família de origem


O tema da família dele ou dela é um motivo freqüente de discussão, sobretudo entre casais recém-casados, que estão marcando terreno para ver quem impõe as regras. Estas são brigas pelo poder, em que cada um descobre que tem uma visão particular sobre o mundo que não coincide com a do outro.


- Por que a família do outro pode ser um problema?
Quando alguém se casa, forma um novo sistema familiar. Mas isso não implica em desligar-se do anterior. Hoje mais que antes, as pessoas permanecem muito mais ligadas a sua família de origem, sobretudo por questões econômicas. Como os novos casais não confiam que a relação seja duradoura, sabem que o que pertence aos pais lhes pertence como filhos, enquanto que aquilo que compartilham com seu par pode, amanhã, ser perdido. O certo é que existe mais fidelidade vertical (com a família de origem) que horizontal (com a nova família). Isto gera um desequilíbrio, porque começa a haver uma questão de lealdade.


A quem se deve ser leal?
A lealdade está no casal. Se supõe que, desde o momento em que se casam, formam uma nova sociedade e um rompimento com o núcleo anterior. Essa é a única forma do sistema se fortalecer.


Se um tem problemas com a família do outro, evitar o encontro é uma solução?
Supõem-se que um não pode se afastar de sua própria família, nem pedir ao outro que o faça, há que se somar e não diminuir. Em outras palavras, não se trata de abster-se ou afastar-se, e sim de pôr limites a esta influência. E aquele que em primeiro lugar tem que por limites, é o filho. Não a mulher do filho, ou o marido da filha.


E como se põe limites sem magoar o companheiro?
Os limites, primeiro se põem na própria família e, em seguida, ao companheiro. Pôr limites não é brigar com eles, sim argumentar quando uma situação nos fizer sentir mal e que esperamos tolerância da outra parte. Também é pedir um tratamento respeitoso. Não se pode exigir do outro que ele goste de alguém que ele não goste, mas se pode pedir que não provoque conflitos, finaliza a médica.



Fonte: Revista Buena Salud
Enviada por: J.C.
Tradução e Edição: Denise Moura

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