Amores Que Doem
Por que alguém se torna violento(a)? Por que alguém se casa com uma pessoa violenta? Como lidar com essa situação dentro de uma perspectiva bíblica? Qualquer tipo de abuso, inclusive a violência física, é completamente inaceitável tanto diante da igreja quanto diante de Deus e da sociedade. Apesar de que normalmente quem pratica esse tipo de abuso já sofreu o mesmo tratamento antes, isso nunca poderá servir de justificativa para a violência. Diante de Deus, nunca vamos poder jogar a culpa nos outros por nossas atitudes. A Palavra de Deus afirma que “cada um de nós dará contas de si mesmo a Deus” (Rm 14:12).
E o padrão de Deus para nossos relacionamentos está na Bíblia, e aparece em vários versos. Um deles é o que diz: “Não entristeçais o Espírito de Deus... Longe de vós, toda a amargura, e cólera, e ira, e gritaria, e blasfêmias... Antes, sejam uns para com os outros benignos, compassivos, perdoando-vos uns aos outros, como também Deus, em Cristo, vos perdoou” (Ef 4:30-32). Cólera, ira, gritaria e blasfêmias, além de serem a antesala da violência, fazem parte de um rol de atitudes que ofendem o Espírito Santo e excluem Sua presença da vida. Acreditamos que, nesse caso, são os anjos das trevas que passam a controlar o ambiente.
Mas existe outro aspecto. Violência física para com o cônjuge ou outra pessoa é uma maneira de fazer justiça com as próprias mãos. É sinal de que alguém, pelo menos naquele momento, deixou de confiar na justiça de Deus e no jeito dEle para resolver os problemas. Portanto, não é só um pecado contra o ser humano. É mesmo um pecado ofensivo ao próprio Deus.
Mas por que alguém se torna violento? A Bíblia nos diz que depois da entrada do pecado no mundo, essa tendência para distanciar-se de Deus e errar e falhar em algum aspecto passou para todos os homens. Para alguns, a fraqueza mais evidente é a violência. Mas raramente ela aparece por acaso. Estudos têm indicado que comportamentos violentos, na maioria dos casos, são aprendidos. Em grande parte das vezes, tanto as pessoas que cometem a violência quanto as que sofrem, estão apenas repetindo mandatos familiares, ou seja, já estavam acostumadas a esse tipo de resposta violenta na família de origem.
E por que alguém se casa com uma pessoa violenta? Os terapeutas de família acreditam que essa escolha não é casual. Talvez seja uma tentativa inconsciente de repetir a família de origem. Escolhemos uma pessoa que possui um comportamento que na maioria das vezes nos é familiar, ou seja, um tipo de comportamento com o qual já estávamos acostumados a lidar lá na casa onde nascemos. Isso não significa que gostávamos, mas simplesmente que estávamos acostumados.
Mas, no caso da violência, se alguém não gostava dela na sua família de origem, por que acabou fazendo essa escolha? Parece que nos sentimos mais seguros com aquilo que é conhecido, ainda que pior, e o aceitamos em lugar daquilo que até poderia ser melhor, mas desconhecido... É por causa dessa tendência de repetir aquilo que é familiar que, quando uma pessoa que sofria agressões físicas se separa, a tendência para casar-se novamente com um(a) outro(a) agressor(a) é muito grande.
Terapeutas de família têm observado que pessoas que costumavam sofrer ou presenciar abusos na família de origem muitas vezes continuam procurando estender esse padrão à nova família, ou seja, ao casamento. E mesmo quando a agressão não ocorreria automaticamente, podem adotar comportamentos que induzem à violência por parte do cônjuge agressor que, por sua vez, também teria aprendido a reagir de maneira violenta na sua família de origem.
Quem é mais culpado? Quem induz a violência ou quem a pratica? Aos olhos da sociedade, sempre será mais culpado aquele que caiu na armadilha e respondeu com uma agressão fisica. Mas aos olhos de Deus, cada um responderá por si mesmo, pelos próprios erros (Rm 14:12). Ao mesmo tempo que um pecado, por pequeno que seja, se não confessado, pode nos excluir do Céu, não existe pecado que não possa ser perdoado, quando confessado (1Jo 1:9). Não existe pecado grave demais que Deus não possa perdoar, nem impulso demasiado mau que Deus não possa controlar. Agora mesmo o Senhor está disposto a ajudar aqueles que procuram com humildade o Seu auxílio.
Mas como agir se você está sofrendo violência física? Em primeiro lugar, peça ao Espírito Santo para revelar se por acaso você também não está manifestando algum comportamento abusivo - seja por palavras ou atos - que esteja induzindo à violência (isso é mais comum do que se imagina). Em segundo lugar, é bom lembrar que nem sempre os métodos do mundo deveriam servir de critério para nós, cristãos. Todos nós concordamos que a violência física é algo completamente inaceitável. Por isso, o mundo aconselha a quem sofre esse tipo de abuso a procurar as autoridades, tornar público o problema e até a solicitar a separação. É bom lembrar que, em caso de separação por esse motivo, em nenhum lugar a Palavra de Deus apóia um novo casamento, e, por isso, nem a igreja o faz.
É lógico que a violência física é algo grave, mas esses conselhos do mundo, citados acima, não podem ser aprovados pela Palavra de Deus. É verdade que em certos casos o silêncio e o segredo perpetuam a agressão e dão impressão de impunidade ao agressor. No caso de haver violência sexual contra crianças, por exemplo, o silêncio só protege o agressor e perpetua o mal. Mas em outros casos de violência, a decisão de tornar o problema público deveria ser pesada com muita oração e cuidado, porque quando já não há mais imagem alguma a preservar, o vínculo pode se desfazer de uma vez por todas. Será que o relacionamento saudável não poderia ser restaurado de outra maneira?
Todas as variáveis devem ser muito bem avaliadas para que tudo seja feito para preservar o vinculo do casamento que, juntamente com o sábado, é uma instituição até mais sagrada do que a própria igreja (ambas, casamento e sábado, já existiam antes do pecado – casamento ainda antes do sábado)! Vivemos em um mundo que está longe do ideal planejado por Deus, o que pode ser muito dolorido para nós. Cristo nunca prometeu que neste mundo nunca teríamos aflições. O que Ele promete é que, pelo menos no fim, sempre vai compensar seguir os Seus caminhos. Quem está sempre à procura de alívio rápido, pode acabar tomando decisões equivocadas.
Pode ser que a solução mais fácil seja a separação, mas esta raramente será a melhor alternativa. Deus opera através do casamento, mesmo durante as crises e sofrimentos, para desenvolver nosso caráter, nos habilitando para a convivência com os anjos. É através do sofrimento que podemos perceber melhor nossos próprios defeitos e pecaminosidade, e então buscar de Deus um milagre para a purificação do caráter. Desistir do casamento, na maioria dos casos, é desistir de todo esse processo. É como fugir da escola.
Foi o próprio Senhor Jesus quem disse como deveríamos agir: “Ouvistes que foi dito: Olho por olho, dente por dente. Eu, porém, vos digo: não resistais ao perverso; mas, a qualquer que te ferir na face direita, volta-lhe também a outra... Amai os vossos inimigos e orai pelos que vos perseguem; para que vos torneis filhos do vosso Pai celeste... Porque se amardes os que vos amam, que recompensa tendes?” (Mt 5:38-46).
Tenho descoberto que o ato de orar pelas pessoas que me machucam ou perseguem (seja essa perseguição real ou imaginária) habilita Deus a operar tanto na outra pessoa como em mim mesmo! (Para ser sincero, na maioria dos casos o milagre ocorre mais em mim do que nos outros...) Muitos, mas muitos problemas, inclusive de violência, poderiam ser resolvidos ou atenuados por meio da oração intercessória. Jesus deixa claro que orar e amar aqueles que nos perseguem é o que evidencia que realmente somos filhos dEle, ou seja, que nossa vida se harmoniza com a dEle (Lc 6:32-36). Apenas estar na Igreja não significa muita coisa! Ser parecido com Cristo e imitá-Lo é o que vai nos habilitar para o Céu. E isso não acontece por nosso esforço, mas pela comunhão diária com Ele. Isso significa que vou precisar programar um tempo todos os dias para orar, confessar, meditar, ler a Bíblia e freqüentar a igreja.
Sabemos que Jesus tratou bem até aqueles que O crucificavam. No Seu momento final, ainda encontrou forças para dizer: “Pai, perdoa-lhes porque não sabem o que fazem.” Percebia tudo que ocorria como estando dentro do contexto do grande conflito entre as forças da Luz e a das trevas. Os conflitos e violências se estendem para além das fronteiras da humanidade (Ef 6:12). Mas mesmo percebendo as realidades espirituais e aceitando os planos de Deus para Sua vida, Jesus não foi liberto do sofrimento e da morte.
Comentando o que aconteceu com Jesus, foi que Pedro escreveu: “Porquanto para isto mesmo fostes chamados, pois que também Cristo sofreu em vosso lugar, deixando-vos exemplo para seguirdes os Seus passos, O qual não cometeu pecado, nem dolo algum se achou em Sua boca; pois Ele, quando ultrajado, não revidava com ultraje; quando maltratado, não fazia ameaças, mas entregava-Se àquele que julga retamente...” (1Pe 2:21-23).
Depois, Pedro acrescenta: “Ora, quem é que vos há de maltratar, se fordes zelosos do que é bom? Mas ainda que venhais a sofrer por causa da justiça, bem-aventurados sois. Não vos amedronteis, portanto, com as suas ameaças, nem fiqueis alarmados; antes santificai a Cristo, como Senhor, em vosso coração... porque se é da vontade de Deus, é melhor que sofrais por praticardes o que é bom do que praticando o mal. Pois também Cristo morreu, uma única vez, pelos pecados, o justo pelos injustos...” (1Pe 3:13-17).
Isso não significa que você deve ser masoquista, apreciar o sofrimento e acostumar-se a situações de violência como se esse fosse o seu destino. Faça tudo o que estiver ao seu alcance e procure toda a ajuda cristã que estiver disponível: pastor, terapeuta familiar, psicólogo, etc. Pode ser que em situações extremas, quando há risco de vida envolvido, seja o caso de se analisar a possibilidade de uma separação. Mas isso deveria ser evitado a todo custo. Seria isso mesmo a vontade de Deus? Você já experimentou orar por essa pessoa agressora? Enquanto houver ódio e ressentimento, você continuará dormindo com essa pessoa todas as noites, ainda que esteja a quilômetros de distancia...
Então, compare todos os conselhos que receber de profissionais e conselheiros com aquilo que está escrito na Palavra de Deus e em livros inspirados, como por exemplo o Mente, Caráter e Personalidade (CPB). Mas se, como disse Pedro, você tiver que sofrer, é melhor que isso aconteça fazendo o bem. Afinal, nossos sofrimentos no tempo presente não são para comparar com a glória por vir, a ser revelada em nós! Portanto, ânimo no Senhor!
Pr. Marcos Faiock Bomfim
Terapeuta de família
E o padrão de Deus para nossos relacionamentos está na Bíblia, e aparece em vários versos. Um deles é o que diz: “Não entristeçais o Espírito de Deus... Longe de vós, toda a amargura, e cólera, e ira, e gritaria, e blasfêmias... Antes, sejam uns para com os outros benignos, compassivos, perdoando-vos uns aos outros, como também Deus, em Cristo, vos perdoou” (Ef 4:30-32). Cólera, ira, gritaria e blasfêmias, além de serem a antesala da violência, fazem parte de um rol de atitudes que ofendem o Espírito Santo e excluem Sua presença da vida. Acreditamos que, nesse caso, são os anjos das trevas que passam a controlar o ambiente.
Mas existe outro aspecto. Violência física para com o cônjuge ou outra pessoa é uma maneira de fazer justiça com as próprias mãos. É sinal de que alguém, pelo menos naquele momento, deixou de confiar na justiça de Deus e no jeito dEle para resolver os problemas. Portanto, não é só um pecado contra o ser humano. É mesmo um pecado ofensivo ao próprio Deus.
Mas por que alguém se torna violento? A Bíblia nos diz que depois da entrada do pecado no mundo, essa tendência para distanciar-se de Deus e errar e falhar em algum aspecto passou para todos os homens. Para alguns, a fraqueza mais evidente é a violência. Mas raramente ela aparece por acaso. Estudos têm indicado que comportamentos violentos, na maioria dos casos, são aprendidos. Em grande parte das vezes, tanto as pessoas que cometem a violência quanto as que sofrem, estão apenas repetindo mandatos familiares, ou seja, já estavam acostumadas a esse tipo de resposta violenta na família de origem.
E por que alguém se casa com uma pessoa violenta? Os terapeutas de família acreditam que essa escolha não é casual. Talvez seja uma tentativa inconsciente de repetir a família de origem. Escolhemos uma pessoa que possui um comportamento que na maioria das vezes nos é familiar, ou seja, um tipo de comportamento com o qual já estávamos acostumados a lidar lá na casa onde nascemos. Isso não significa que gostávamos, mas simplesmente que estávamos acostumados.
Mas, no caso da violência, se alguém não gostava dela na sua família de origem, por que acabou fazendo essa escolha? Parece que nos sentimos mais seguros com aquilo que é conhecido, ainda que pior, e o aceitamos em lugar daquilo que até poderia ser melhor, mas desconhecido... É por causa dessa tendência de repetir aquilo que é familiar que, quando uma pessoa que sofria agressões físicas se separa, a tendência para casar-se novamente com um(a) outro(a) agressor(a) é muito grande.
Terapeutas de família têm observado que pessoas que costumavam sofrer ou presenciar abusos na família de origem muitas vezes continuam procurando estender esse padrão à nova família, ou seja, ao casamento. E mesmo quando a agressão não ocorreria automaticamente, podem adotar comportamentos que induzem à violência por parte do cônjuge agressor que, por sua vez, também teria aprendido a reagir de maneira violenta na sua família de origem.
Quem é mais culpado? Quem induz a violência ou quem a pratica? Aos olhos da sociedade, sempre será mais culpado aquele que caiu na armadilha e respondeu com uma agressão fisica. Mas aos olhos de Deus, cada um responderá por si mesmo, pelos próprios erros (Rm 14:12). Ao mesmo tempo que um pecado, por pequeno que seja, se não confessado, pode nos excluir do Céu, não existe pecado que não possa ser perdoado, quando confessado (1Jo 1:9). Não existe pecado grave demais que Deus não possa perdoar, nem impulso demasiado mau que Deus não possa controlar. Agora mesmo o Senhor está disposto a ajudar aqueles que procuram com humildade o Seu auxílio.
Mas como agir se você está sofrendo violência física? Em primeiro lugar, peça ao Espírito Santo para revelar se por acaso você também não está manifestando algum comportamento abusivo - seja por palavras ou atos - que esteja induzindo à violência (isso é mais comum do que se imagina). Em segundo lugar, é bom lembrar que nem sempre os métodos do mundo deveriam servir de critério para nós, cristãos. Todos nós concordamos que a violência física é algo completamente inaceitável. Por isso, o mundo aconselha a quem sofre esse tipo de abuso a procurar as autoridades, tornar público o problema e até a solicitar a separação. É bom lembrar que, em caso de separação por esse motivo, em nenhum lugar a Palavra de Deus apóia um novo casamento, e, por isso, nem a igreja o faz.
É lógico que a violência física é algo grave, mas esses conselhos do mundo, citados acima, não podem ser aprovados pela Palavra de Deus. É verdade que em certos casos o silêncio e o segredo perpetuam a agressão e dão impressão de impunidade ao agressor. No caso de haver violência sexual contra crianças, por exemplo, o silêncio só protege o agressor e perpetua o mal. Mas em outros casos de violência, a decisão de tornar o problema público deveria ser pesada com muita oração e cuidado, porque quando já não há mais imagem alguma a preservar, o vínculo pode se desfazer de uma vez por todas. Será que o relacionamento saudável não poderia ser restaurado de outra maneira?
Todas as variáveis devem ser muito bem avaliadas para que tudo seja feito para preservar o vinculo do casamento que, juntamente com o sábado, é uma instituição até mais sagrada do que a própria igreja (ambas, casamento e sábado, já existiam antes do pecado – casamento ainda antes do sábado)! Vivemos em um mundo que está longe do ideal planejado por Deus, o que pode ser muito dolorido para nós. Cristo nunca prometeu que neste mundo nunca teríamos aflições. O que Ele promete é que, pelo menos no fim, sempre vai compensar seguir os Seus caminhos. Quem está sempre à procura de alívio rápido, pode acabar tomando decisões equivocadas.
Pode ser que a solução mais fácil seja a separação, mas esta raramente será a melhor alternativa. Deus opera através do casamento, mesmo durante as crises e sofrimentos, para desenvolver nosso caráter, nos habilitando para a convivência com os anjos. É através do sofrimento que podemos perceber melhor nossos próprios defeitos e pecaminosidade, e então buscar de Deus um milagre para a purificação do caráter. Desistir do casamento, na maioria dos casos, é desistir de todo esse processo. É como fugir da escola.
Foi o próprio Senhor Jesus quem disse como deveríamos agir: “Ouvistes que foi dito: Olho por olho, dente por dente. Eu, porém, vos digo: não resistais ao perverso; mas, a qualquer que te ferir na face direita, volta-lhe também a outra... Amai os vossos inimigos e orai pelos que vos perseguem; para que vos torneis filhos do vosso Pai celeste... Porque se amardes os que vos amam, que recompensa tendes?” (Mt 5:38-46).
Tenho descoberto que o ato de orar pelas pessoas que me machucam ou perseguem (seja essa perseguição real ou imaginária) habilita Deus a operar tanto na outra pessoa como em mim mesmo! (Para ser sincero, na maioria dos casos o milagre ocorre mais em mim do que nos outros...) Muitos, mas muitos problemas, inclusive de violência, poderiam ser resolvidos ou atenuados por meio da oração intercessória. Jesus deixa claro que orar e amar aqueles que nos perseguem é o que evidencia que realmente somos filhos dEle, ou seja, que nossa vida se harmoniza com a dEle (Lc 6:32-36). Apenas estar na Igreja não significa muita coisa! Ser parecido com Cristo e imitá-Lo é o que vai nos habilitar para o Céu. E isso não acontece por nosso esforço, mas pela comunhão diária com Ele. Isso significa que vou precisar programar um tempo todos os dias para orar, confessar, meditar, ler a Bíblia e freqüentar a igreja.
Sabemos que Jesus tratou bem até aqueles que O crucificavam. No Seu momento final, ainda encontrou forças para dizer: “Pai, perdoa-lhes porque não sabem o que fazem.” Percebia tudo que ocorria como estando dentro do contexto do grande conflito entre as forças da Luz e a das trevas. Os conflitos e violências se estendem para além das fronteiras da humanidade (Ef 6:12). Mas mesmo percebendo as realidades espirituais e aceitando os planos de Deus para Sua vida, Jesus não foi liberto do sofrimento e da morte.
Comentando o que aconteceu com Jesus, foi que Pedro escreveu: “Porquanto para isto mesmo fostes chamados, pois que também Cristo sofreu em vosso lugar, deixando-vos exemplo para seguirdes os Seus passos, O qual não cometeu pecado, nem dolo algum se achou em Sua boca; pois Ele, quando ultrajado, não revidava com ultraje; quando maltratado, não fazia ameaças, mas entregava-Se àquele que julga retamente...” (1Pe 2:21-23).
Depois, Pedro acrescenta: “Ora, quem é que vos há de maltratar, se fordes zelosos do que é bom? Mas ainda que venhais a sofrer por causa da justiça, bem-aventurados sois. Não vos amedronteis, portanto, com as suas ameaças, nem fiqueis alarmados; antes santificai a Cristo, como Senhor, em vosso coração... porque se é da vontade de Deus, é melhor que sofrais por praticardes o que é bom do que praticando o mal. Pois também Cristo morreu, uma única vez, pelos pecados, o justo pelos injustos...” (1Pe 3:13-17).
Isso não significa que você deve ser masoquista, apreciar o sofrimento e acostumar-se a situações de violência como se esse fosse o seu destino. Faça tudo o que estiver ao seu alcance e procure toda a ajuda cristã que estiver disponível: pastor, terapeuta familiar, psicólogo, etc. Pode ser que em situações extremas, quando há risco de vida envolvido, seja o caso de se analisar a possibilidade de uma separação. Mas isso deveria ser evitado a todo custo. Seria isso mesmo a vontade de Deus? Você já experimentou orar por essa pessoa agressora? Enquanto houver ódio e ressentimento, você continuará dormindo com essa pessoa todas as noites, ainda que esteja a quilômetros de distancia...
Então, compare todos os conselhos que receber de profissionais e conselheiros com aquilo que está escrito na Palavra de Deus e em livros inspirados, como por exemplo o Mente, Caráter e Personalidade (CPB). Mas se, como disse Pedro, você tiver que sofrer, é melhor que isso aconteça fazendo o bem. Afinal, nossos sofrimentos no tempo presente não são para comparar com a glória por vir, a ser revelada em nós! Portanto, ânimo no Senhor!
Pr. Marcos Faiock Bomfim
Terapeuta de família
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