quarta-feira, 27 de abril de 2011

Um Chefe de Família de Sucesso.

Hoje, alguém só é um homem de sucesso quando tem alta posição social, quando dirige uma empresa, quando movimenta muito dinheiro na sua conta bancária, quando está na mídia, é uma celebridade.Mas como pergunta Roberto Shinyashiki: “E os milhares de trabalhadores, de pessoas comuns, de gente boa, porém, não rica, e essa gente? São o que? Fracassados na vida?”
Não, certamente que não. Precisamos de uma mudança do nosso modo de ver as coisas, pois estamos olhando a construção da vida, com um olhar secular, mundano e cruel. Estamos olhando como quem ama o dinheiro, como quem só valoriza aquele que possui. Estamos mensurando a felicidade segundo a riqueza, a quantidade de dinheiro que se possui, mas pense bem, será que é isso que importa para vida, será que a fonte de alegria, de felicidade está aí?
E com isso, muita gente vive oprimida e infeliz, porque não vêm a possibilidade de chegar lá ( mas lá aonde? ).Todos querem uma boa posição diante dos homens, fazendo disso um ideal de vida. Ser reconhecido por todos como uma “grande” pessoa, olhar na garagem do vizinho e ver que seu carro é mais novo que o dele, se aproximar do colega de trabalho com um olhar superior, quem sabe assinar os documentos com um “Dr” diante do nome.
Muito do que somos e pensamos vai para os da nossa família. Se a nossa visão da vida é essa secular que apresentei acima, então, nossos filhos também receberão essa carga de pensamentos irracionais e se transformarão em pessoas desesperadas “para o sucesso”, capazes de sacrificar relacionamentos, amizades, capazes de pisar em alguém para conseguir o seu intento. Não sou pregador do ócio, da licenciosidade, inimigo da prosperidade. Não. Mas, é que vejo tanto sofrimento de famílias, esposas e filhos que me arrisquei a pensar sobre isso.
Essa perspectiva não é o que Deus imaginou para nós. Pare de sofrer com essas coisas que podem agradar demais aos homens, mas que pouco importa para Deus.
Sabe o que importa para Deus? Veja isso nas palavras do apostolo Paulo:
“Porque nada trouxemos para este mundo, e manifesto é que nada podemos levar dele. Tendo, porém, sustento, e com que nos cobrirmos, estejamos com isso contentes. Mas os que querem ser ricos caem em tentação, e em laço, e em muitas concupiscências loucas e nocivas, que submergem os homens na perdição e ruína. Porque o amor ao dinheiro é a raiz de toda a espécie de males; e nessa cobiça alguns se desviaram da fé, e se traspassaram a si mesmos com muitas dores. Mas tu, ó homem de Deus, foge destas coisas, e segue a justiça, a piedade, a fé, o amor, a paciência, a mansidão. Milita a boa milícia da fé, toma posse da vida eterna, para a qual também foste chamado, tendo já feito boa confissão diante de muitas testemunhas. I Tm 6:7-12.”
A missão do macho humano, além da reprodução da espécie, é ser um libertador de sua família, um braço que protege, um coração que ama e olhos atentos que vem para o bem e para a paz, alguém que seja capaz de indicar a direção da vida, que faça de sua casa pessoas livres em Cristo.
Outro dia um amigo me contou a história de um pai que queria que sua filha fosse uma dessas “mulheres de sucesso”, sabe, dessas que aparecem na capa das revistas de negócios, profissionais liberais, altas executivas. Mas de repente, a menina se apaixonou pelo homem errado, por um “homem problema”. Então, seu pai a expulsou de casa e lhe disse que não era mais o seu pai, que nunca mais voltasse ali, ou seja, trancou a porta da esperança, trancou a porta do coração e da reconciliação. Passado algum tempo, ela morando com o tal homem, vinha sofrendo violência e mal tratos de toda sorte. Depois de ter batido bastante nela, aquele homem a trancou dentro de casa e saiu porta afora. Passado dois dias, a vizinha chamou a família da menina, os pais dela. Quando chegaram bem pertinho da janela do quarto ouviram-na balbuciar as palavras “mãe, me ajuda, mãe, me ajuda” . Invadiram a casa e a encontram caída ao chão, os dois pulsos cortados, a vida se esvaindo. Quem sabe se o pai não tivesse trancado a porta da reconciliação, o fim poderia ser outro.
Um homem, um marido, um pai, deve ser o libertador de sua casa, não o seu opressor. Não pode trancar as portas de entrada da casa para os seus, não pode induzi-los para o erro. O que se espera dele é que viva uma vida de retidão, de bom senso, e que distribua a paz entre os seus. Que seja misericordioso com aquele que necessitar de misericórdia, fazendo isso com muita paciência e mansidão, e mais, acreditando na volta daquele que está caminhando errado. Penso que é com isso que Deus se importa, esse é, verdadeiramente, um homem de sucesso, um homem que mantém a unidade em família, que conduza a sua casa para o céu.
Eu quero ser este homem, eu preciso ser.
                                                                         Pr Ismael

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